Versão Esme.

Alguns dias haviam se passado e tudo estava cada vez pior. Eu os amava demais e a falta me matava aos poucos durante todos os dias.

Ligações, mensagens, e-mails. Tudo. Eu recebia diariamente e me privava de responder. Eles deveriam esquecer que um dia eu vivi em suas vidas.

Eu me sentia cada vez pior, cada vez mais fraca, quase não caçava mais e ficava muito em meu quarto. Eu já estava no meu limite, precisava caçar e sair um pouco daquele quarto. Mais vontade não havia pra isso.

-Esme. –A porta se abriu devagar.

-Entra. –Falei e me virei pra porta.

-Como você esta? –Ela perguntou e veio ate mim.

-Estou bem. –Me sentei devagar na cama.

-A dias que você não vai caçar, você precisa se alimentar Esme.

-Esta tudo bem, não estou com cede.

-Mesmo assim Esme, vamos comigo. –Ela pediu.

-Não Allegra, não se preocupe eu estou bem. –Me levantei e tive uma forte tontura.

-Esme. –Ela me segurou. –Você não esta nada bem... Carlisle tinha alguma reserva de sangue aqui? –Ela perguntou e eu me lembrei do rosto dele.

-Sim .-Falei baixo. –Tem na geladeira.

-Tudo bem, eu vou buscar pra você. Fica aqui, não sai daqui. –Ela saiu do quarto.

Me levantei com um pouco de dificuldade, pois a tontura ainda estava presente em mim. E fui andando devagar ate a porta.

-Esme!-Allegra voltou rápido e me conduziu de volta a cama.

-Eu estou bem Allegra, foi apenas uma tontura boba.

-Vampiros não tem tonturas Esme.

-Mais eu sou uma vampira e perdi o equilíbrio por um momento. –Falei mas nem eu mesma me convencia daquilo. Como eu poderia ficar tonta? Eu nunca havia visto isso antes e muito menos ouvido falar de algo assim.

-É melhor ligarmos para Carlisle. –Ela falou me entregando o copo de sangue.

-Não, não é melhor. –Falei séria.

-Porque insiste em ficar assim Esme. Você o ama, não aguenta mais ficar longe dele e de sua família que eu sei ... Vem sentindo uma dor enorme em seu coração e é por falta deles, volte Esme... ou pelo menos ligue.- Eu abaixei a cabeça. –Ligue Esme, pelo menos  saiba se eles estão bem.

-Eu não posso, será demais pra mim. –Falei triste.

-Você tem as pessoas que mais ama na sua vida muito próximas de você, basta você querer voltar que eles vão te receber super felizes. Eles sentem a sua falta Esme.

-Eu não posso, eles vão pedir pra eu voltar e eu não conseguir dizer não... E eu não quero ... –Ela me interrompeu.

-Porque não volta? Eles te amam! Seu marido te ama e seus filhos também.

-Carlisle não é mais meu marido, ele não me ama mais...

-Esme é claro que ele te ama, você viu a quantidade de vezes que ele te ligou, se ele não amasse não iria se importar e não ligaria.

-Eu não sei, estou confusa... –Bebi mais um pouco do sangue que havia no copo.

-Liga pra eles, fala com eles e se quiser, diga aonde esta e que precisa de um tempo.

-Eu não tenho coragem, eu não posso.

-Esme, não... você pode. Vamos fazer assim, eu ligo e se você não quiser falar... eu digo que você esta bem e pergunto como eles estão.

-Será mesmo? –Perguntei um pouco receosa.

-Sim Esme, não custa nada tentar. – Eu sorri um pouco.

-Tudo bem. –Ela sorriu.

-Eba! – Ela falou sorrindo me fazendo rir. –A quanto tempo eu esperei pra ver você sorrir de novo Esme.

-Não é pra tanto querida. –Me levantei.

-Se sente melhor?

-Sim. –Lhe entreguei o copo. –Vou tomar um banho e já desço para podermos ligar.

-Tudo bem, vou te esperar lá embaixo, qualquer coisa grita. –Eu ri.

-Não vou gritar.-Ela saiu do quarto e eu fui pro banheiro.

Tomei um banho rápido e fui pro quarto, me vesti e fiquei sentada na cama por um instante.

Ligar seria a coisa certa a fazer? Talvez eu poderia voltar e dizer que esta tudo bem... mais eu estava magoada o suficiente para não fazer isso... Eu vou ligar...saber como os meus filhos estão e nada mais.

Desci e fui pra sala. Allegra estava sentada do lado de fora da casa, ela se virou e me viu, logo entrou correndo.

-Então, pronta pra ligar? –Ela me perguntou sorrindo.

-É melhor você ligar e se por acaso eu vier a falar eles vão me ouvir... Se não, você apenas pergunta como eles esta e diz que eu estou bem.

-Esme eu não quero mentir, você não esta bem, esta estampado no seu rosto que não esta.

-Por favor Allegra, apenas diga isso. Eu não quero ver eles sofrendo cada vez mais... eu amo muito os meu filhos, amo cada um deles e não vou aguentar saber que estão mal por minha causa. –Eu supliquei.

-Tudo bem, eu digo... Mais quero te falar uma coisa antes, quero que saiba toda verdade sobre mim e tudo que não lhe falei antes, pois assim talvez você mude de ideia quanto a sua decisão de não voltar pra casa. –Eu a olhei preocupada.

-Oque você tem pra me falar? Que verdade é essa? –Perguntei.

-Eu vou te explicar, vou te contar tudo e espero que entenda meus motivos, não quero me afastar de você... da pessoa que mais me ajudou na vida e que cuidou de mim como filha. Sei que você vai ficar chateada por eu não te comunicar antes mais eu estava tomando coragem para te contar e hoje eu finalmente tomei coragem e vou lhe contar tudo.

-Ta Allegra, eu entendi... Não vou ficar chateada com você, mas fala logo...Estou ficando preocupada. –Falei aflita.

-Você quer ligar antes? Talvez seja melhor. –Ela enrolou mais um pouco.

-Tudo bem, ligaremos antes... Mais você vai me contar tudo depois. –Falei.

Oque será que ela esconde de mim? Oque será e tão grave que ela esconde de mim durante esse tempo todo esse tempo e que agora tomou coragem para me contar...?

-Ligue Esme. –Ela me entregou o telefone.

-Ligue você, mas ligue pra casa. – Falei e lhe mostrei o telefone. Ela discou e colocou no viva voz. Logo alguém atendeu.

-Alô? –Uma voz doce e triste falou do outro lado da linha.

-Alô, com quem eu falo?- Allegra perguntou e eu já sabia quem era.

-É Reneesme. –Sussurrei.

-Vovó! – Ela gritou. –Vovó?!Fala comigo vovó! – Meu coração ficou minúsculo e eu estava com uma forte vontade de chorar.

-Rennesme é a Allegra.

-Allegra você esta com a minha vó? Onde ela tá? A gente vai ir atrás dela e trazer ela de volta, sentimos muito a falta dela. –Ela falou com voz de choro e eu chorei.

Eu queria voltar, queria poder estar com eles de novo. Eu sentia tanta falta. Mas não.... eu não podia voltar, pelo menos não agora. Eu ainda estava muito magoada ... Não aguentaria voltar e ver que Carlisle me traiu e que não me ama mais.

-Esme você vai falar com ela?- Allegra perguntou. –Fala com ela.

-Eu não sei ... –Eu solucei mais.

-Allegra, me deixe falar com a minha vovó, eu quero falar com ela. Por favor. –Allegra me olhou e eu tomei coragem e peguei o telefone.

-Oi meu amor, como você está? –Perguntei chorando.

-Vovó eu estou com muita muita saudade sua. Volta pra cá, nós amamos você e sentimos muito a sua falta.

-Eu também estou com muitas saudades de você meu amor. Eu sinto falta de vocês todos os dias. –Eu solucei.

-Então volta vovó, a gente ama tanto você, tanto. Todos nós te amamos muito... O vovô te ama muito e sente muito a sua falta.

-Como estão todos por ai meu anjo? –Perguntei.

-Estão todos tristes e querendo que você volte. Eu ouvi o papai falar com a minha mamãe, com a tia Rose e com a tia Alice que o vovô esta ficando doente. –Ela falou e eu fiquei nervosa. Carlisle? Doente ? Meu deus...!

-O que o seu avô tem meu anjo? Porque ele esta doente? –Perguntei nervosa e preocupada.

Eu não quero que nada de mal aconteça com o Carlisle. Eu ainda o amo e não quero ver e ele doente e vê-lo assim me deixa nervosa e preocupada.

-Ele ta com dor no coração vovó. –Ela falou triste. –Ele ta ficando dodói. –Eu já estava em pânico. Como Carlisle foi ficar doente?

-Esme é melhor você voltar, ele deve estar tão ruim quanto você, ou ate pior.-Allegra falou.

-Você está com quem em casa querida?

-Só com o vovô, mais ele esta no escritório sozinho desde que me trouxe da escola. –Ela falou. –Ele esta chorando vovó. Volta vovó,volta!- Ela começou a chorar.

-Nessie não chora meu amor, não chora. –Eu pedi, mas eu já estava chorando a tempos.

-Você vai voltar vovó? Volta vovó, eu quero você de volta, todos queremos você de volta.

-Eu não sei meu amor, eu ai estou muito confusa.

-Você esta magoada com o vovô? Eu sei que está. Ele vem se culpando todos os dias desde que você foi embora que a culpa foi dele, mas não foi... foi da bruxa da Kate, vovó. Volta por favor, volta.

-Sim meu amor, eu estou muito magoada com o seu avô ainda ... Mas... eu posso falar com ele? –Perguntei incerta sobre oque iria fazer.

-Claro que sim vovó, eu vou levar o telefone pra ele. Mas por favor... Volta, pensa nisso com carinho... Liga denovo pra gente. Estamos com muitas saudades suas. Eu amo você... Amo minha vovó Esme.

-Eu também te amo meu amor, te amo muito. –Eu falei.

-Vovô eu posso entrar?-Ouvi Reneesme perguntar, possivelmente ela estava entrando no escritório de Carlisle.

-Pode Nessie. – Eu ouvi a voz dele, a voz do meu amor! –Reneesme você estava chorando?

-Estava.-Ela falou chorando. –Tele-lefone. Pr-ra . Voc-cê. –Ela falou entre soluços.

-Minha linda,calma. O que aconteceu?

-O-o Telefone. –Ela falou soluçando.

-Eu vou atender e quero saber o porque de você está chorando. –Ele falou.

-Pelo mesmo motivo que você estava. –Ela falou.

-Alô. – Carlisle falou e sua voz soou nos meus ouvidos como sinos em melodia.

Oh Deus! Como eu sentia sua falta. Como eu sentia a falta dele comigo. Sentia falta do seu cheiro, da sua companhia, do seu carinho, do seu beijo, do seu amor ... Sentia falta dele por inteiro.

-Alô. –Ele  Falou novamente e eu não consegui falar, as palavras estavam presas em um nó em minha garganta, eu apenas conseguia soluços. –Esme? Esme? Esme é você?-Sua voz parecia aflita e eu queria responder mais não havia palavras. – Esme meu amor... Esme eu te amo, eu te amo muito e sinto muito a sua falta, todos sentimos a sua falta . Volta Esme, ou pelo menos me diga aonde você está... Eu quero reparar o erro que cometi, quero poder te amar de novo. Eu te amo, sempre amei e sempre vou amar . Volta por favor, volta. –Ele pediu e eu chorei mais.

-Esme se acalma, não fica nervosa... Não chora. –Allegra falou e me abraçou.

-Eu...eu estou fazendo mal a ele. –Eu sussurrei. –Eu não quero isso, eu não queria ele assim ... e ... eu sou horrível.

-Esme calma, não chora. –Ela afagou meus cabelos.

-Esme eu te amo, eu te amo. – Carlisle falou do telefone.

-Eu te amo... –Sussurrei e não aguentei mais ficar ali.Fui correndo para o meu quarto e me tranquei lá.

Me joguei na cama e comecei a chorar compulsivamente. Eu estava pior do que antes... Eu o amava tanto... Eu o amo tanto. Ele estava sofrendo.

“-Ele ta com dor no coração vovó. –Ela falou triste. –Ele ta ficando dodói.” A voz de Reneesme apareceu na minha mente.

Ele assim quanto eu estava sofrendo, ou ate mais. Ele não merecia isso, ele é tão bom e especial, uma pessoa completamente diferente do que eu era. Eu estava me sentindo horrível por faze-lo sofrer, horrível por ter abandonado tudo e ter pensado só em mim e por nenhum minuto se quer pensar nele. Nem um minuto se quer pensar o quanto eles iriam sofrer,eu só pensei em mim.

Eu queria poder morrer agora para pagar por todos os meus pecados nessa vida, e esse seria o mais grave. Fazer um dia quem você ama sofrer!

-Esme, abre!-Allegra bateu na porta.

-Por favor Allegra, eu não quero conversar agora. –Eu falei chorando.

-Por favor, é importante.

-Não, por favor. –Eu continuei chorando e senti algo diferente entrar em contato com a minha pele. Passei a mão no rosto e percebi que estava molhado.

Como assim molhado...? Eu... Eu estou chorando? Lágrimas estavam saindo do meus olhos. Lágrimas? Isso é totalmente impossível.

Me levantei correndo e fui ate o banheiro. Me olhei no espelho e pude ver a verdade,pude ter a confirmação de que realmente eram lágrimas. Soluços acompanhados de lágrimas que eu não derramava a séculos.

-Esmee! Abre, precisamos conversar. –Sua voz passava pela minha mente sem nenhum efeito.

Eu estava preocupada e com medo. Tudo isso pelo simples fato deu estar chorando! Como isso é possível ? Isso não é possivel. Eu era uma vampira, e estava chorando? Isso não é possível.

-Esme eu vou ligar pro Carlisle se você não abrir.-Ela gritou e eu sai do transe e fui abrir a porta.Abri e ela me olhou incrédula.

-Eu estou chorando. –Falei simplesmente.

-Esme...

-Eu estou chorando! Esta saindo lágrimas de mim! Porque isso esta acontecendo comigo?! Isso não é certo! Eu não posso chorar! – Eu falei desesperada.

-Esme se acalma.

-Me acalmar como? Eu estou chorando!! Vampiros não derramam lágrimas! – Quase gritei.

-Vampiras não engravidam! –Ela falou e eu me calei simplesmente. –Vampiros não choram, vampiros não engravidam, vampiros não tem tonturas.

-C-como? O que esta acontecendo comigo? Porque eu estou chorando? Porque você esta falando isso? Eu estou ficando louca, eu não quero mais viver ... – Eu falei chorando e me joguei na minha cama.

-Esme, deixe- me explicar...Você vai entender, mais se acalma.

-O- o  qu-qu –que  es-está  a-a-con-conte-cen-do  co-com-mig-go? –Perguntei entre soluços.

-Se acalma. Eu vou explicar tudo e você vai entender. –Ela falou me acalmando.

-Explique-se. O que você tem haver com isso? Eu estou chorando,isso não é certo. Eu estou com medo.

-Quando você me conhecer eu não lhe contei tudo sobre mim. Não sei por que não contei, talvez foi porque não tive coragem e estava assustada com o que tinha acabado de acontecer. Você me tratou tão bem, mi confortou em seus braços como se eu fosse alguém importante pra você... e depois da nossa conversa tive medo de contar toda a verdade e você se afastar de mim. –Ela segurou as minhas mãos.

-O que você não contou que pode ser tão grave assim? Porque eu me afastaria de você?

-Pode parecer bobo, mas eu estava com medo. Você é uma pessoa tão boa e talvez fosse ter medo de mim por causa do meu dom. –Eu acariciei seus cabelos.

-Eu não tenho medo de você, nunca iria ter. No dia em que te vi eu agi por impulso e não me importei se você fosse me machucar ou não...Eu apenas queria te ajudar.

-Eu sei esme, e agradeço por tudo que fez por mim mas eu preciso contar tudo. –Ela falou e eu concordei com a cabeça para que continuasse. –Eu tenho um dom. Um dom totalmente complexo e diferente de qualquer outro. Com ele eu posso realizar desejos de acordo com a vida dessa pessoa. –Ela falou e eu estava de boca aberta. – Eu vejo e sinto tudo que essa pessoa já passou ou fez na vida dela.

-Então...Então...Você...você... –Eu não conseguia completar uma frase de tão nervosa que estava.

-Sim, eu sei a sua vida inteira, sei de tudo que você passou e sentiu na sua vida humana desde que você nasceu ate agora. Quando você me encontrou e me abraçou eu vi o quanto você sofreu e o quanto foi feliz nessa vida. Você é a pessoa mais pura que conheço, você não tem maldade, tem um coração enorme e é uma ótima pessoa, é uma pessoa boa. –Ela falou sorrindo.

-Eu não sou mais. –Eu abaixei a cabeça. Ainda me sentia culpada por estar fazendo Carlisle sofrer e os meus filhos também.

-Você ainda é... Se não fosse não estaria sofrendo por eles e não se importaria com mais nada.

-Mas...O que isso tem haver com minhas lagrimas?- Perguntei.

-Todo esse tempo você foi muito boa comigo, e no dia em que resolvi ir embora eu queria lhe agradecer por tudo que fez por mim, era o mínimo que eu podia fazer, só que você já tinha tudo e eu não tinha como retribuir.

-Allegra quando eu te ajudei, eu não queria nada em troca. Eu fiz isso porque você estava sofrendo, sozinha e eu não podia ver uma pessoa assim e não fazer nada.

-Mais mesmo assim, eu queria retribuir tudo que você fez por mim, só não sabia como. No dia em que você se entendeu com Carlisle depois da briga da Rosalie com a Tanya eu consegui enxergar mais longe e pude ver o que eu lhe daria como agradecimento.

-Mais não precisa, eu não quero nada Allegra... eu fiz isso tudo porque dês da primeira vez que ti vi, eu sabia que poderíamos ser amigas e tenho você como filha. Não quero que retribua nada que eu fiz... não quero que se preocupe com isso. –Ela sorriu.

-Mais eu já retribui. –Ela falou sorrindo e eu fiquei confusa.

-Você lembra quando me encontrou o que você queria ter mais nunca poderia ter? –Ela falou e eu comecei a pensar.

“-Qual e o maior desejo que você já teve na sua vida?-Ela perguntou e  eu sorri.

-Eu... –Eu falei pensativa. –O meu maior desejo era ter um filho com o meu marido.

-Mais você não teve? –Ela perguntou.

-Eu desejo um  filho com o meu atual marido,um filho com o amor da minha vida.Eu sei que pode ser um pouco de egoísmo da minha parte porque eu já tenho 6 filhos,mas eu queria ter um filho que fosse fruto do nosso amor.Um filho biologicamente meu e dele. –Eu falei. ”

-Sim, eu lembro. –Eu falei e ela sorriu.

-Então, agora você tem. – Ela me olhou sorrindo e lagrimas desceram pelo meu rosto.

-Eu...Eu... eu estou ... Grávida? –Eu perguntei entre soluços. O que eu mais queria na vida era ter um filho com Carlisle, tudo que eu mais pedia Deus nessa minha vida vampira foi ter um filho dele, e graças a Allegra eu ia ter.

-Sim Esme, você esta gravida. Por isso esta começando a sair lágrimas dos seus olhos, esta chorando muito sempre e tendo tonturas. Que também é porque não anda se alimentando, eu peço todos os dias para que você se alimente e cuide de você, por que agora não é só você... Tem um pequeninho dentro de você.

-Eu... eu... muito obrigada Allegra. –Eu falei chorando e abracei ela. –Muito obrigada por me dar oque eu mais queria na vida, tudo que eu sempre quis.

-Agora você deve se cuidar e avisar ao Carlisle que vai ser papai. – Como eu iria falar isso pra Carlisle agora?

-Como eu vou avisar pra ele... Ele não deve estar me querendo ver mais. –Eu falei triste.

-Esme, ele te ama. Ele acabou de falar isso no telefone pra você, ele te ama e precisa saber, ele é o pai.

-Eu sei disso, só acho que poderíamos esperar mais um pouco.

-Não Esme, não podemos esperar. Eu não quero te deixar sozinha aqui, é melhor que volte pra casa logo. –Eu fiquei confusa.

-Você vai pra onde? Porque não quer me deixar sozinha?

-Eu preciso ir para Italia, preciso recomeçar minha vida. Meu tempo aqui acabou... foi ótimo ficar com você. Foi ótimo ter te conhecido e prometo ir te visitar sempre. –Ela falou se despedindo.

-Mais você vai hoje? Agora?

-Não, eu vou quando você voltar pra Forks ou quando Carlisle vier ficar com você. Eu me preocupo Esme e me importo muito com você.

-Tudo bem... Amanhã eu ligo e falo com ele, ou pelo menos tento.

-Você vai conseguir, você é forte! –Eu sorri.

-Obrigada, obrigada por tudo que tem feito por mim Allegra, obrigado mesmo. Obrigado por me dar o que eu sempre quis na minha vida.

-Não precisa agradecer Esme, eu apenas desejei que acontecesse e aconteceu porque você merece... Você e Carlisle merecem ser muito felizes juntos, vocês são almas gêmeas. –Eu sorri.

-Eu o amo muito, e ao saber que ele estava sofrendo por minha causa me doeu mais. –Ela segurou as minhas mãos.

-Esme... Ele te ama tanto, e você é perdidamente apaixonada por ele, não a nada que você faça... Quando é pra ser, é!

-Verdade...Eu não pensei nele quando vim embora, ao menos o deixei explicar...Não pensei em meus filhos quando vim embora, o quanto eles iam sofrer.

-O importante é que você vai voltar e vai levar um irmãozinho pra eles. –Ela falou sorrindo e eu sorri.

-Eu tenho uma pergunta. Eu vou ficar totalmente humana de novo?

-Creio que não, seu corpo deve se adaptar para suportar o bebe, que vai nascer vampiro. Você vai continuar sendo vampira. Sua gravidez deve durar de 6 a 8 meses,

-Obrigada novamente. –Ela sorriu.

-Estou apenas agradecendo por tudo que fez por mim, e você merece tudo de bom nessa vida Esme.

-Obrigada. Muito obrigada. –Ela se levantou.

-Vou deixar você sozinha para descansar, mas acho que mais tarde você precisa se alimentar.

-Tudo bem, daqui a pouco eu desço e podemos ir caçar. –Ela sorriu.

-Tudo bem, qualquer coisa que precisar me chame.- Ela falou e saiu.

Me deitei na cama e acariciei minha barriga. Eu não estava acreditando, eu estava grávida... grávida do Carlisle, do homem da minha vida. Eu estava imensamente feliz.

Eu fui abençoada por Deus. Eu tinha uma família linda, com filhos lindos e uma neta linda, com um ótimo marido, o homem da minha vida e que me faz feliz , e agora vou ter mais um filho ... Um filho biológico meu com Carlisle, um filho parecido com nós dois e que simbolizava o nosso amor. Amo todos os meus filhos, amo todos ... Amo como se eles estivessem saído do meu ventre, mas agora eu ia ter outro, outro que eu iria amar, dar carinho, brincar, cuidar assim como fiz com todos os outros.

Eu iria voltar pra casa, estava decidido, eu iria voltar...!