Time Of Dying escrita por MizuDark


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Curtam a one-shot!*joinha*



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O clube de futebol do colégio Raimon acabara de realizar seu primeiro jogo em que, apesar dos 20 gols tomados, conquistaram a vitória por desistência da Teikoku. Os garotos voltavam para o vestiário completamente acabados, mas felizes. Gouenji Shuuya havia ajudado-os, mas não se efetivou no time.

– Não esquenta galera, ainda faremos dele parte do nosso time! - Endou repetia animado.

Chegaram ao vestiário, trocaram-se e descansaram um pouco. Depois daquela partida mal teriam forças para voltar para casa. Com todos devidamente vestidos, Aki apareceu, os convidando para uma comemoração em um restaurante de rámen local, o RaiRai Ken.

– Foi mal gente, eu vou direto pra casa.

– Eeh... Vamos Handa, vai ser divertido!

– Eu também, não vou com vocês.

– Até você Max?

Todos saíram do colégio juntos, mas ao chegar a entrada dele, separaram-se. O grupo que iria para a comemoração partiu pra um lado e a dupla que não iria com eles para o outro.

– Handa-senpai, não sabia que ia por esse caminho.

– "Senpai"? Estamos no mesmo ano.

– Eeeu sei. Mas você estava no time antes de mim, certo?

– Mesmo assim, soa estranho.

– Então, posso chamá-lo de Shin'ichi?


Embora fossem da mesma classe, Handa nunca havia notado bem Matsuno. Tudo que sabia sobre ele aprendera durante o pouco tempo de convivência dentro do time. Conhecia mais ou menos a personalidade debochada dele, completamente oposta a seu próprio gênio tranqüilo e concentrado. Matsuno deveria ser o tipo de pessoa no qual discutir racionalidade não funcionaria, então, deixou como estava.

– Tudo bem.

– Meeesmo? Não vai se irritar?

– No fim das contas, ainda é o meu nome.

– Hehe.

Seguiram assim, conversando poucas vezes. Matsuno fazia perguntas sobre futebol, visto que ele era um novato nisso, e Handa respondia com seriedade. Depois de tanto tempo, era bom ter mais membros no clube.

Ainda estavam passando pela área comercial da cidade, não muito longe do bairro residencial. Sendo quase noite, algumas lojas já estavam fechando, especialmente as direcionadas ao público mais jovem, como docerias e fliperamas.

As conversas continuavam fluindo bem, até o assunto começou a mudar.

– Shin'ichi, você tem namorada?

– Eh?!

Handa levou um susto mais pelo tom sério da pergunta do que por ela em si.

– Ah, você não tem. Isso é bom.

– Você... Só falta me dizer que está andando comigo por causa de alguma amiga sua interessada em mim.

– O interesse não é mentira, só errou a pessoa.

– Hein?

– Nada não.


Handa olhava Matsuno confuso, queria saber o quê ele quis dizer com isso, mas apenas deixou quieto e voltou ao assunto sobre o futebol, então eles se separam cada um indo à sua casa, assim se despedindo.

A cada dia que se passava Matsuno andava cada vez mais com Handa conversando juntos sobre futebol, coisas banais, entre outros.

– Shin'ichi você curte música?

–Claro né.

–É que eu comprei dois ingressos para um show você quer ir?

–Me deixa ver-Diz Handa pegando um dos ingressos-Ingressos para um show de rock?

–Você não gosta?

–Não é que, eu nunca pensei que você gostava desse tipo de música.

Matsuno apenas dá de ombros.

–Eu curto um pouco, mas não muito exagerado.

–Bem então tá valendo, vamos nesse show, é quando?

–É depois de amanhã à noite, a gente se encontra nesse endereço que tal?

–Ok, até.

– Shin'ichi.

–Sim?-Diz Handa o olhando.

–Eu... Te espero ansiosamente lá, vê se não arranja desculpa para não ir ouviu?-Diz colocando os braços atrás da cabeça e indo embora.

Uma veia salta da cabeça de Handa, mas este logo se acalma, havia algo estranho dentro dele dizendo que queria muito andar com o amigo, não entendia o porquê, mas ele iria naquele show, ele iria com o Matsuno.

No dia do show...

Handa já havia chegado, e estava de frente ao lugar onde se apresentaria as musicas, estava esperando Matsuno que ainda não havia chegado

–Onde será que ele está? E depois eu é que demoro.

Matsuno estava pronto, porém ao ver a hora viu que estava atrasado então apenas pegou suas coisas e saiu correndo para chegar ao show a tempo, e não deixar seu amigo esperando.

Este não percebia o quanto errado estava ao dizer que não faria Handa esperar mais.

Handa olhava no relógio e para os lados a procura do amigo, e não havia nem o menor sinal dele.

Perto da rua dali Matsuno corria rápido para chegar ao show. Faltava virar duas esquinas e estaria lá.

Porém ao pisar a rua um carro veio em alta velocidade indo até ele ignorando o sinal fechado, mas ao perceber que um garoto estava atravessando a rua era tarde demais.

Matsuno ao correr viu uma luz do lado, e ao olhar estava vindo o carro a total velocidade, a luz branca do carro foi a ultima coisa que viu antes de ser atropelado e seu gorro voar ao vento.

Logo o show já havia se iniciado, já que a musica também havia começado.

On the ground I lay

Motionless in pain

I can see my life flashing before my eyes

– Onde ele pode estar? O show já começou!-Diz Handa olhando irritado para os lados o procurando.

Matsuno estava caído no chão, aprofundado em dor, vendo partes da vida dele e a maioria com Handa.

– Shin'ichi...!

Dead I fall asleep

Is this all a dream

Wake me up, I'm living a nightmare

Matsuno sentia sua vida esvaindo de seu ser, estava sentindo-se adormecer, mas não podia, não queria. Queria ver o Shin'ichi, seu amado Shin'ichi.

I will not die (I will not die)

I will survive!

–Não.... Não.... Shin'ichi...Eu não vou morrer....Eu quero te ver...

I will not die, I'll wait here for you

I feel alive, when you're beside me

I will not die, I'll wait here for you

In my time of dying


Logo se ouvia o som de sirene de uma ambulância que passava ali perto, e Handa mal sabia, que nesta ambulância, seu amigo Matsuno estava lá.

Handa vendo que ele não apareceria, acha que o outro não viria, assim apenas vai embora ressentido com Matsuno.

Mas Handa ao passar por duas esquinas para poder voltar à casa, vê a polícia por ali cercando o lugar e um policial gritando com um motorista aborrecido e visivelmente irritado, discutindo com o policial.

Aparentemente havia acontecido um acidente de carro e já haviam levado a vítima para o hospital.


Porém o que fez Handa arregalar os olhos e sentir um aperto no coração, foi ao ver um gorro muito conhecido jogado no chão no local do acidente.


Handa correu até o policial ignorando os outros que tentaram o barrar.

–Ei! Você sabe quem foi atropelado aqui?!-Diz Handa emergente.

–Sim, um garoto chamado Matsuno Kuusuke.

–Para que hospital ele foi?!

O Policial respondeu e Handa imediatamente sai correndo em direção ao hospital.

On this bed I lay

Losing everything

I can see my life passing me by

Was it all too much

Or just not enough

Wake me up, I'm living a nightmare


Matsuno havia sido levado para a sala de emergência o mais rápido possível.

Max olhava em volta vendo que estava deitado em uma cama, sentia-se perdendo tudo, sua vida estava passando por ele, será que havia feito muito? Ou feito pouco? Ele não sabia responder.

Handa ao chegar ao hospital perguntou onde estava Max, a recepcionista falou que estava na sala de emergência, não precisou falar mais nada que Handa já estava correndo em direção à sala.

Este praticamente havia derrubado a porta assustando todos ali, ele tentava chegar perto de Max, mas dois médicos fortões haviam o segurado.

–Max! Max! Esta me ouvindo?! Se estiver não morra ouviu bem! Resista!


I will not die (I will not die)

I will survive!


Os dois médicos colocaram ele para fora o fazendo esperar lá fora, este então apenas se senta olhando a plaquinha da emergência esperando-a apagar.


I will not die, I'll wait here for you

I feel alive, when you're beside me

I will not die, I'll wait here for you

In my time of dying


Depois de várias horas, Handa quase adormecendo, este vê a plaquinha apagar, o que o faz levantar imediatamente vendo os médicos e enfermeiras saírem.

O que havia um rosto de esperança nele, se desfez ao ver os rostos arrasados daqueles que acabaram de sair.

Um dos médicos foi até ele.

–Eu sinto muito garoto. Mas infelizmente, não é possível ajuda-lo... Ele quer te ver-Diz o médico assim saindo de lá.


I will not die, I'll wait here for you

I feel alive, when you're beside me

I will not die, I'll wait here for you

In my time of dying


Handa entra desesperado na sala indo ver Max.

–Max, Max!

– Shin'ichi...?

Ao ouvir seu nome sendo chamado Matsuno abre os olhos lentamente olhando para Handa.

–Que bom... Que você veio...

–Max... Eles disseram que você...

Handa percebe que umas lágrimas caem sobre o rosto pálido de Max.

–Não chore... Shin'ichi... Eu não pareço, mas... estou feliz por você estar ao meu lado.

–Mas... Mas... –Handa ficou um pouco surpreso com a afirmação de Matsuno.

Max coloca fracamente um dos dedos dele sobre a boca de Handa o silenciando.

–Shhhhh... Não se preocupe, você não teve culpa. Shin'ichi... lembra do dia que eu perguntei se você tinha namorada?

–Si-Sim.

–Aquele dia não era uma garota que estava interessada em você, eu que estava interessado... Por você. Shin’ichi, eu sei que isso é maluquice, mas... Eu te amo.

Handa ficou pasmo ao ouvir aquilo, mas logo relaxou em seguida olhando para o amigo que sorria para ele.

–Eu... Também te amo... Kuusuke-kun...


I will not die, I'll wait here for you

I will not die, when you're beside me

I feel alive, I'll wait here for you

In my time of dying

– Shin’ichi... Eu só fiquei aqui até agora te esperando, quando você está ao meu lado, você me faz me sentir vivo... Obrigado por ter vindo Shin’ichi...

–Kuusuke-kun?

Max conseguiu se sentar e abraçar Handa, depois este o olha e cola os lábios dos dois unindo-se.

Era uma sensação calorosa ao tocar dentro da boca do outro, uma sensação quente e boa, eles sentiam a alma deles tocar um ao outro, a alegria e o amor vivenciando entre eles.

Ao se separar por falta de ar Max deitou novamente, encostando a mão dele sobre o rosto de Handa.

–Eu realmente... Te amo Shin’ichi, A-Adeus...

Ao dizer estas palavras a mão de Max cai sobre a cama, e Handa que estava olhando nos olhos de Max, viu elas se fecharem sem vida.

A única coisa que todo o hospital ouviu sobre a noite foi um choro desolado, daquele que perdeu o melhor amigo, e seu primeiro amor.

Os dias passam, e Handa continuava indo ao túmulo de Max com o coração partido. As vezes parecia ouvir a voz de Max, pedindo a mesma coisa:


–Shin'ichi... Me perdoe, Me perdoe...


Em um dia de inverno, o dia de aniversário de Max, Handa foi à noite ao túmulo de Max, carregando algo que deu um brilho perigoso à luz do luar.

–Kuusuke-kun...

Handa ouve sobre a escuridão


–Ugh.

– Eu vou lhe cumprimentar pessoalmente em seu aniversário-Diz Handa com uma sombra sobre os olhos sem expressão.


–Não pode ser...! Não... Por favor... Não... PARE!

Handa virava a faca lentamente para si mesmo.

–Eu... Não posso viver... Sem você.

Handa balança a cabeça para os lados e desse a faca.

–SHIN’ICHI!!

O sangue descia sobre a neve, e a alma subia ao encontro de Max aproximando os lábios fantasmagóricos selando um beijo após a morte.


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Notas finais do capítulo

ok agora até eu to chorando depois dessa TOT



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