Zayn ON

Anna e minha mãe haviam saído para comprar os últimos presentes de Natal, eu achava incrível o jeito como as duas se davam tão bem. Minha mãe era o tempo todo Anna isso, Anna aquilo, Zayn não poderia ter escolhido melhor, quero netos, quero planejar o casamento, Anninha pra lá, Anninha pra cá.

E minhas irmãs então, ficavam de conversinha, de segredinhos com Anna, ficavam assistindo filmes com um tal de Josh Duhamel a noite toda e suspirando NA MINHA FRENTE por ele.

E eu não poderia estar mais feliz por ela ter se integrado tão bem na minha vida.

Eu já estava quase dormindo, quando a porta do quarto abriu, achei que fosse Anna e levei um susto ao ver que não era.

-Oi Zayn – Nathan disse entrando no meu quarto.

Levantei da cama e liguei a luz rapidamente, só por prevenção.

-Que foi?

-Não cara, é só que talvez eu tenha passado a idéia errada – idéia errada de que você quer assediar meu corpo, talvez? Pensei comigo mesmo

-Idéia errada? Como assim.

-Eu não sei, mas as vezes eu tenho a impressão que você tem ciúmes da Anna comigo e eu só quero te dizer que você pode ficar tranqüilo. Eu e a Anna somos apenas amigos.

-Eu sei disso.

-Eu admiro muito a Anna como pessoa, mas não passa disso.

-Hm... tá bom. Mas por que você tá me dizendo isso?

-Porque eu quero ter uma boa relação com você Zayn. Sempre tive essa vontade, Anna sempre falava muito de você e também por você ser irmão da Doniya, ela é muito especial pra mim cara.

-Se você um dia sonhar em fazer mal a minha irmã, você vai desejar nunca ter nascido.

-Isso não vai acontecer. Eu a amo demais pra isso.

-Então tá cara, você já conseguiu meu respeito – eu disse dando um tapinha em suas costas.

Nate ia saindo do quarto quando voltou e me olhou sorrindo.

-E sobre a Anna... Tenho uma coisa pra te dizer.

-O que? – perguntei curioso e apreensivo

-Ninguém no escritório via a Anna como “mulher”. Se é que você me entende.

-Por quê?

-Dois motivos. Primeiro, Anna é muito mandona e trabalhando em um escritório onde a maioria é homem, ela era muito amiga de todos mas tinha o pulso firme, os caras costumavam brincar com ela que só o santo do namorado a agüentava.

Eu ri, lembrei do começo do nosso namoro onde ela queria mandar em tudo, mas com o tempo achei que ela tinha parado de ser mandona... Acho que aquela história de “Eu nunca vou te obedecer” funcionou.

-E outra... – Nathan continuou – Anna nunca falava de sua vida pessoal, mas era obvio que ela estava completamente apaixonada por você e era tão bonito o jeito como ela estava que ninguém tinha coragem de tentar alguma coisa com ela, porque sabiam que iam levar um Não na cara. Todo mundo tinha muito respeito por ela.

Depois disso ele saiu e eu deitei na cama. Eu era um puta de um sortudo por te-la na minha vida.

Zayn OFF

Anna ON

Eu tentava dormir mas não conseguia, levantei-me e fui até a janela do quarto, os primeiros flocos de neve do Natal caiam, não sei por quanto tempo fiquei observando os flocos caírem até que senti as mãos de Zayn me abraçando por trás.

-Vem dormir – ele pediu com a voz mais grossa, de quem acabara de dormir

Me virei e fiquei de frente pra ele, tomando seu rosto em minhas mãos, a única luz que existia era a que vinha da rua e eu fiquei observando seu rosto, não pude evitar um sorriso bobo em meus lábios.

-O que foi? – ele perguntou não entendendo nada

-Nada, é só que as vezes eu mal acredito que tudo isso seja verdade

-Tudo isso o que?

-Você! Estar aqui com sua família, ser tão bem recebida. Lembra quando a gente se conheceu? – eu perguntei e ele assentiu com um sorriso travesso em seus lábios – Naquele momento que eu derramei champanhe em você não passava nem perto da minha cabeça conhecer alguém que me fizesse perder a cabeça como você me faz todos os dias.

-Como assim? – ele perguntou mais perdido do que nunca naquela conversa estranha

-Ah deixa pra lá – eu disse já envergonhada por ser 2 da manhã e eu estar me declarando pra ele.

-No no no, você continua agora

-Eu to com vergonha – eu disse escondendo meu rosto em seu peito

-Haha, olha minha cara de preocupado com sua vergonha – ele disse rindo – Continua logo Bellinari.

-Ah! – eu me rendi e continuei – Naquele momento que nos conhecemos não passava pela minha cabeça que eu iria amar tanto alguém como eu te amo, na realidade eu não achava que poderia ser possível amar alguém como eu te amo. Não estava nem perto dos meus planos casar com alguém e de repente tudo isso vira parte da minha rotina... ficar sonhando com o dia do nosso casamento, com nossa primeira casa, com nossos filhos, Natais, páscoa, aniversários...

-Você também pensa nos nossos filhos, então? – ele perguntou

-Agora mesmo eu estava imaginando ele correndo por essas ruas, todo vestido com gorrinho, luvinha, brincando de guerra de bola de neve.

-Deixa eu te mostrar uma coisa – ele me levou até a cama e ligou a luz – Já volto.

Ele voltou com uma caixa

-Olha essa foto

Ele me mostrou uma foto dele criança, no máximo uns quatro aninhos. Todo vestido com casaco, gorrinho, luvas e com uma bola de neve na mão.

-AH que coisa mais fofa – eu disse enquanto apertava as bochechas dele – Me dá essa caixa, quero ver mais.

Ele me passou a caixa e passou os braços pelo meu ombro enquanto eu via as fotos, uma mais fofa que a outra. Tinham as clássicas fotos de banho, ele na praia, primeiro dia de escola...

-Nós faríamos bebês bonitos – ele disse

-Sem duvida – eu disse deixando a caixa de lado e deitando em seu peito – Mas teremos muito tempo pra isso ainda.

-Vamos aproveitar agora... Depois a gente começa a produção de mini Maliks – ele disse

-Mini Maliks – eu repeti rindo

-Obrigado – ele disse

-Por que?

-Por me fazer tão feliz – ele disse me abraçando