Hanna’s POV ~ ON’

Meu coração batia forte, aquela ligação realmente me abalou. As lágrimas eram involuntárias, desciam sem permissão. Mas aquela altura, nem controlava meu corpo, que se virava de um lado para o outro na cama.

Minha fome era tanta que me levantei da cama e abri a porta cuidadosamente. Era aproximadamente umas 14 ou 15 horas. Pus meu pé para fora do quarto, depois pus-me por inteira, meus olhos arderam com a intensidade da luz.

– Hanna ? – Chamou-me por meu apelido, nossa empregada.

– Olá Jessie. – Ela me olhava espantada, supostamente por que não me via fora do quarto por uns cinco dias.

– Você sente-se bem Hannah ? – Desta vez disse meu nome por completo, pôs sua mão em minha testa.

– Estou bem sim, obrigada. – Ela me olhava incrédula, provavelmente percebeu o inchaço de meus olhos.

– Querida, estavas á chorar ? – Eu neguei com a cabeça, mas foi em vão, pois seu olhar dizia tudo. Ela sabia que eu havia chorado, e muito.

– Na verdade sim. – Abaixei a cabeça, fitei o chão.

– Menina, vou deixar-te. Espero que melhore essa dor. – Em seguida colocou a mão em meu coração. Eu acariciei a sua mão.

– Obrigada Jessie, eu espero que passe mesmo. – Disse com voz falha, ainda de cabeça baixa. Vi ela saindo dali, de minha frente.

Já tinha me acostumado com a luz, pus meus pés na escada... Desci e fui até a cozinha. Abri a geladeira e peguei um pedaço de pizza, coloquei-a no microondas enquanto ia a sala... Depois de 13 sem ver nada na TV, ligue-a.

Estava a passar uma musica muito linda, quando acabou vi seu nome e quem a cantava.

Era ‘What Makes You Beautiful’ de uma banda não conhecida por mim, era... One Direction.

Me peguei cantarolando o refrão da musica enquanto ia para a cozinha, pela primeira vez em... 13 ou 14 dias eu estava, um pouco feliz. Eu estava me dando conta que não valia a pena chorar por Justin, ele já me fez derramar muitas lágrimas. A partir de hoje, chega!

[...]

Duas hora haviam se passado e lá estava eu em meu quarto, olhando o relógio... As palavras de Justin parecia vagar em minha mente e do nada, um desejo surgiu: eu precisava ouvir sua voz. Mas isso seria impossível, algo fora do normal. Eu acabara de brigar com ele e agora iria ligar ? Seria idiotice.

Minha vontade era tanta, que meu corpo começou a se mover sem ordem, discou o seu numero no celular e ligou.

– Alô ? – Sua voz soou do outro lado da linha, eu estava imóvel sem falar ou fazer nada além de segurar o telefone. – Tem alguém aí ? Eu vou desligar se não me responderem. – Eu havia discado como anônimo, ele nem desconfiava que do outro lado da linha estava eu.

– Tu tu tu – Fez o telefone, ele havia desligado. Mesmo com suas poucas palavras eu estava feliz por ter ouvido sua voz.

Bocejei. Eu estava com sono, havia dormindo mal a noite, pois passei a mesma a chorar. Encostei minha cabeça no travesseiro e dormi.

[...]

– Hey, acorda pequena... – Uma voz nada estranho disse, abri meus olhos e não acreditei no que vi, Joe.

– Joe. – Dei-lhe um abraço. – Que saudades. – Joe é meu irmão mais velho. Ele mora em Londres.

– Minha pequena, papai me ligou e disse que estavas em estado critico.

– Ele acabou com o que eu fui um dia. – Disse fria.

– Ele não acabou com você, mas se continuar a agir desta forma, irá se acabar por conta própria. – Suas palavras pareciam de tanta sabedoria, mas minha cabeça estava certa de que eu estava acabada.

– Ele me abandonou quando precisava dele, sei que errei... Mas Justin também. – pausei – Ele foi cruel, a vida é cruel.

– Não pequena, a vida não é cruel... Ela só tirou do seu caminho quem não merecia fazer parte da sua felicidade. – Ele disse e me abraçou, as lágrimas novamente surgiram.

– Joe ele destruiu minha vida, meus sonhos... Tudo.

– Pequena, não se deixa levar por essas ilusões criadas em sua cabecinha oca. Você é forte, vá em frente e batalhe para se reerguer.

– Não sei se consigo. Estou sozinha. – Ele colocou sua mão em meu peito.

– Você não está sozinha, eu estou e sempre estarei com você. Existe um lugar aqui – colocou sua mão sobre seu peito – em meu peito, que só pode ser preenchido por você. – As lágrimas já não eram por tudo o que eu e Justin havíamos passado e sim por que as palavras de meu irmão agora tocavam meu coração.

– Obrigada Joe boy. – Chamei-o por seu apelido carinhoso. Em seguida abracei-o.

– Conte comigo para o que precisar.

Ele saiu do meu quarto, eu fiquei pensando em suas palavras e acredite... Justin deixou meu mundo gelado, é melhor ele se preparar... Pois vou fazer nevar no dele.

2 meses depois...

Ótimo, acabei de manchar o sofá com café. Porcaria.

– Vamos logo Hannah, irá se atrasar para a escola. – Disse em tom alto lá da cozinha mamãe. Hoje seria o primeiro dia na escola, após as férias. Tudo de novo, professores, colegas, patricinha, jogadores dando em cima de mim a toda hora... Arrfu’

Subi para meu quarto correndo e peguei minha bolsa, chequei minha roupa no espelho rapidamente e fui para o carro.

(roupa Hannah: http://data.whicdn.com/images/23021697/431674_384956514863595_100000477483219_1546726_761096104_n_large.jpg)

[...]

Após me despedir de minha mãe, sai do carro e fui em direção ao portão. Entrei, e me deparei com o pátio vazio... Droga, estava atrasada! Corri para a sala onde deveria estar há.... 10 ou 15 minutos atrás.

– Com licença. – Disse da porta, o professor me olhou.

– Senhorita Hannah... Atrasada. – Balancei a cabeça positivamente.

– Desculpa.

– Entre. – Ele disse e assim fiz, fitei a sala e...

Continua...