Por Um Segundo escrita por Phallas


Capítulo 12
Pegue o volante


Notas iniciais do capítulo

Eu acabei de voltar de uma festa. São 00:52 e estou postando.
Acho que foi porque essa festa foi muito problemática.
Sabem, eu escrevi um texto sobre ela, um dia, se eu tiver coragem, eu posto aqui.
Enfim, ninguém tá aqui pra saber da minha vida, né? Até porque todo mundo gosta mais da Bellie do que de mim, snif snif. kkkkkkkk eu tô idiota porque é de madrugada, desculpem.
Mas é isso aí, boa leitura ;)



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"Estou sempre disposto a aprender, mas nem sempre gosto que me ensinem."

                                   Winston Churchill





– Essa Amy é louca. Completamente louca. - Afirma Tensy, na minha frente, com o jornal de quarta-feira nas mãos.

– Ela é. - Concorda Viper, pegando o jornal da mão de Tensy. - Mas eu gosto dela.

– Eu também. - Respondem Tensy e Griffin.

Eu não digo nada. Olho para o pátio lotado de alunos com o Westpaper na mão. A distribuição dessa edição foi tumultuada. Os mais desesperados pulavam uns em cima dos outros para conseguir um exemplar. Concordia, Bravo e Caitlin cuidaram de entregar essa remessa. Para minha sorte, nunca precisarei entregar nada, uma vez que não podem saber que eu trabalho no jornal.

Sra. Nichols já passou por aqui e me lançou um olhar penetrante. Os três acharam estranho, mas ninguém perguntou nada. Todos em Westward sabem que a professora de história não gosta de Bellie Harper.

Tensy e Viper dizem que vão comprar alguma coisa na cantina e me deixam sozinha com Griffin, finalmente. Não que eu não goste de tê-las por perto, mas eu e ele temos pouco tempo sozinhos. Eu suspiro pesadamente.

– O que foi? - Pergunta Griffin, apertando mais os braços em torno de mim.

– Eu estava pensando... - Falo, respirando fundo. - em começar a dirigir.

Griffin ri.

– Sério? - Ele fala, em um tom meio debochado.

Eu me desencosto dele.

– É. - Digo, não entendendo. - Por quê?

– Nada. - Ele dá um beijo no meu rosto. - Quer que eu te ensine?

Eu mordo meu lábio.

– Não sei. - Respondo. Tenho medo de parecer uma idiota perto dele, considerando minha ignorância para carros.

– Vamos. - Ele olha para mim. - É fácil.

Eu não posso recusar. Não com Griffin olhando para mim desse jeito.

– Tá. - Aceito.

– Ótimo. - Ele desvia o olhar. - Pode ser hoje, na minha casa?

Onde?

– N-na sua casa? - Gaguejo, nervosa. - Já conheço seus pais.

"E não desejo vê-los tão cedo", quase complemento.

– Mas não conhece a minha casa. - Retruca ele.

– Eu não sei...

Griffin suspira.

– Somos namorados ou não, Bellie? Está na hora de você conhecer a minha casa. Eu já conheço a sua. - Argumenta ele.

– Mas seus pais...

– Eles não estarão em casa. - Informa Griffin. - Vão fazer alguma coisa qualquer com Viper. Blake não está na cidade.

Assim é diferente. Por mais que eu não queira ir até a casa dele, essa é uma coisa que eu tenho que fazer. Respiro fundo e decido.

– Hoje, então.



○ ○ ○



– Bem vinda. - Diz ele, enquanto para na frente de uma mansão em tons pastéis e janelas de vidro grosso e brilhante, atrás de um jardim amplo e bem cuidado.

– Uau. - É só o que respondo.

Griffin para a BMW na garagem, um espaço grande e claro, onde está a Range Rover de Viper, uma Mercedes, um Pagani e um Subaru. O Jaguar do pai de Griffin e o Porsche de Blake realmente não estão aqui.

Ele abre a porta para mim sorrindo. Eu fiquei nervosa por causa disso o restante das aulas, mas a verdade é que isso nada mais é do que eu e ele juntos de novo. Mesmo que na casa dele.

Griffin joga um aceno para os jardineiros perto das plantas. Eles me olham com curiosidade e me cumprimentam com simpatia. Eu os cumprimento também, corando.

– Quer aprender agora ou quer entrar? - Pergunta ele.

– Quero aprender. - Respondo, tentando sorrir. É melhor me adaptar um pouco antes de entrar na casa.

– Toma. - Fala ele, jogando para mim a chave da BMW.

– O quê? - Pergunto. - Não vou dirigir seu carro.

Griffin pisca.

– Por que não?

Porque eu posso perder o controle, bater em alguma coisa, capotar cinco vezes em sequência, bater com a cabeça no teto amassado e morrer.

– Porque eu posso arranhar o retrovisor.

Ele bufa.

– Não acontecer nada com o retrovisor. Mas se você se sente tão desconfortável no meu carro, pegue a Range Rover de Viper.

– Ah, claro. Agora eu estou muito confortável. - Ironizo.

Griffin estala a língua com impaciência. Ele pega a chave do carro de Viper e me olha.

– Não é possível que você já esteja me dando tanto trabalho. Viper já quer comprar um carro novo para ela de qualquer maneira, não tem problema se você bater com este aqui. Vamos.

A parte boa é que ele confia em mim.

– Tem certeza? - Mordo meu lábio. - Ela não é grande demais?

Griffin respira fundo.

– A Mercedes, então.

– Ok. - Respondo, mesmo não concordando. Não quero ficar desagradando Griffin.

Ele dá a volta e pega a chave da Mercedes, em um chique e dourado porta-chaves no canto esquerdo da garagem. Que ironia. Aprender a dirigir em uma Mercedes.

– É fácil, Bellie. - Fala Griffin, vendo meu nervosismo.

– É claro que é. - Balbucio, olhando para o chão, enquanto Griffin me entrega a chave da próxima Mercedes amassada da Califórnia.



○ ○ ○



– O que eu fiz de errado agora? - Pergunto, jogando minha cabeça contra o banco do motorista.

– Você deixou o carro morrer, Bellie. - Griffin me responde, pela milésima vez. - A embreagem é a primeira, como eu te disse cinco minutos atrás.

– Ok. - Respondo, ligando o carro e acelerando-o de novo. A Mercedes morre outra vez. - Este carro não está me respeitando.

– Você só não está passando a marcha no tempo certo. - Fala ele.

– Não entendo por que eu preciso passar a marcha se esse carro é automático. Eu nunca soube por que você insiste em passar a marcha da BMW.

– Porque é a melhor parte de dirigir. Agora se concentre. Seu teste será com um carro manual, onde você terá que passar a marcha.

– Então é melhor eu aprender a andar de ônibus, porque eu não vou acertar o tempo dessa coisa nunca.

Griffin ri.

– Você é a melhor jogadora de vôlei que eu conheço e não consegue acertar o tempo de passar uma marcha?

Eu penso bem no que ele diz. É como saltar e atacar. Só que um pouco menos emocionente.

– Vou tentar de novo. - Anuncio. Eu ligo o carro de novo e consigo fazê-lo se mover por cinco segundos, até que eu entro em êxtase e paro de acelerar. - Eu consegui! - Grito.

Griffin assente com um sorriso enorme.

– É, você conseguiu.

– Graças a você. - Completo, tirando o cinto de segurança para chegar até o banco do passageiro para lhe dar um beijo.

E acho que preciso respeitar a Tensy. Quero dizer, ela ainda é péssima motorista, mas não deixava o carro morrer a cada sete centímetros de caminho, pelo menos.



○ ○ ○



– Você foi muito bem. - Fala Griffin, me dando um beijo no alto da cabeça, seu braço nos meus ombros, enquanto nos encaminhamos para aentrada da casa dele.

– Obrigada. - Eu o abraço enquanto andamos.

Depois que eu consegui fazer a Mercedes sair do lugar pela primeira vez, consegui todas as outras que tentei, e já aprendi a frear e a fazer curvas. Faltam ainda aprender a dar ré e estacionar. Griffin é um ótimo professor de direção.

– Você vai aprender o resto fácil. - Afirma ele.

– Se você me ensinar, vou mesmo. - Eu o beijo na entrada da casa.

Griffin abre a porta e nós entramos em uma bela sala. Vasos e quadros chiques estão espalhados pelas paredes vermelho-sangue. Tapeçarias indianas que provavelmente foram caríssimas cobrem o chão requintado. Efeites de cristal estão postos sobre a mesa elegante entre dois sofás de cor clara e aparência macia. Talvez a decoradora da família Carmichael queira dar algumas dicas a sra. Mckingdom.

Meu coração dispara. Por incrível que pareça, não é mais a sala que chama a atenção. Meus olhos se arregalam e meu corpo congela no mesmo instante que sinto os músculos de Griffin se enrijecerem do meu lado. Não sei exatamente por que estou nervosa, só sei que eu deveria estar. Uma voz se pronuncia.

– Olá, Griffin.

Griffin não consegue se mexer direito, mas não está tão paralisado quanto eu.

– Meus pais não estão em casa. - Informa ele.

– Sei disso. - Diz a pessoa. - Nós, na verdade, queremos falar com você e sua bela acompanhante...- Seus olhos se viram para mim. - Bellie Harper, não é?

Eu assinto porque não consigo dizer mais nada.




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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a quem leu.
Mil beijos e até o próximo =D



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