Why You Saved Me Draco? - 2 escrita por Blue Cupcake


Capítulo 12
Capítulo 12 -Harry Foge.


Notas iniciais do capítulo

Só três reviews no anterior? ~cry~ ç.ç



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/197841/chapter/12

Assim que me separei, notei que ele ainda estava de olhos abertos. E com expressão confusa. Mau sinal.

–Ah, me desculpe, eu não... – Comecei a falar, enquanto tentava inutilmente enxugar o rosto. – Você... Não se lembra?

Ele sacudiu a cabeça levemente, como se tivesse acabado de acordar.

–O que... Que foi isso? – Ele perguntou confuso. Não, não estava confuso. Parecia curioso.

–ah, não foi nada. – respondi, corando levemente. Aquilo era tão estranho. –Eu... Me desculpe.

–Hã, era isso que tínhamos? – ele perguntou, envergonhado. – Quero dizer...

Eu sacudi a cabeça em sinal de sim.

–Você não se lembra...De nada?

–Não. Mas parece que – Ele ia terminar de falar, quando foi interrompido por Gina, que chegou correndo, desesperada.

–HERMIONE! – Ela gritava. – O HAR-RRY! E-ELE VAI SE ENTREGAR!

–O quê? – perguntei – COMO ASSIM?

Ela caiu de joelhos no chão, chorando desesperadamente.

–A V-VOZ! VOCÊ NÃO OUVIU? ELE...ELE VAI PRA FLORESTA! VOCÊ TEM QUE PARÁ-LO! – Ela soluçava cada vez mais alto.

Eu me levantei num salto, e corri para os portões do castelo.

Milhões de batalhas se travavam ao meu lado, muitos feitiços quase me atingiam, mas não importava. Eu precisava salvar meu melhor amigo.

Assim que cheguei ao jardim, eu o avistei. Ela estava muito à frente, e parecia não ter notado minha presença.

Eu corri tão rápido, que na metade do caminho, meus joelhos começaram a pesar, metros depois, desabei no chão, soltando um grito horrível. Não sei como poderia ter corrido, no estado em que estava a minha perna, mas eu não podia perder Harry.

–h-harry. – disse com todas as forças que tinha, saindo assim como um sussurro. Por incrível que pareça, ele pareceu escutar e se virou. Assim que viu meu estado, correu ao meu encontro, e ajoelhou-se em minha frente.

–H-harry. – sussurrei, minha voz trêmula. – você... Não... Pode ir.

–Eu não vou deixar que mais ninguém morra por mim. – Ele disse, enquanto tentava me manter sentada, já que eu ficava tentando levantar e impedi-lo de ir.

–N-não, por favor Harry. – Eu disse, tentando segurar a gola da sua camisa, para que ele não levantasse. Minha cabeça começou a pesar, então eu a apoiei em seu peito. Acho que eu iria desmaiar, mas me forcei a manter os olhos abertos. Ficamos alguns minutos em silêncio.

–Meu tempo está acabando. – Ele disse, finalmente.

–Harry, você não pode fazer isso! –Eu disse, com a voz um pouco mais forte. Então ela voltou a falhar. Eu parecia uma criança que implorava à mãe por algum brinquedo. – P-pense em Gina... Em Rony... Em mim!

–Exatamente. – Ele disse, me dando um pequeno beijo na testa. Sim, agora eu parecia uma criança. Passos se aproximavam do lugar onde estávamos – Eles estão vindo. Adeus.

Eu não lhe respondi. Como ele poderia fazer algo tão cruel, tão egoísta?

Então percebi que ele estava fazendo isso por nós. E eu parecia um criança fazendo birra. Eu estava sendo egoísta.

Lhe chamei uma última vez, e quando ele se virou, eu simplesmente disse:

–Vou sentir a sua falta.

...

Neville e Rony me carregaram novamente para a sala precisa (desta vez, eu insistindo que Neville fosse junto). Me deitaram em uma pequena cama, com Madame Pomfrey me dando mais doses da poção, reclamando que eu não deveria ter me esforçado tanto.

Gina que se sentara ao meu lado na cama, não falara nada. Apenas seus olhos, que agora estavam absurdamente vermelhos falavam por ela.

–E Malfoy? – Ela falou de repente. – Deu certo?

Sacudi a cabeça.

–Ah. Legal. – Ela respondeu distraidamente, e percebi que ela estava perturbada. Só perguntara aquilo para fazer parecer que estava tudo bem.

–Gina, ele fez isso por todos nós.

Ela não respondeu. Apenas continuou olhando para o nada. Parecia que ela não percebia que suas lágrimas molhavam todo o colchão.

–E a perna?

–Está melhor. – respondi.

–Ah. Legal.

Ficamos em silêncio por um tempo.

–Eu prefiro que ele não se lembre. – Soltei.

–Quem?

–Draco.

–Porquê?

–Eu só encrenquei a vida dele. Desde o início era melhor que ele me esquecesse. E conseguiu.

–Não fale assim.

–Mas é a verdade.

–Em parte. Mas você também melhorou a vida dele.

–Claro. – eu respondi, com ironia. – Eu matei sua própia mãe.

–Grande coisa.

– tá.

–tá o que?

–só “ta”. Você não está uma boa pessoa pra conversar nesse momento.

Ela deu um sorriso melancólico, então me perguntei se teria falado demais.

–E o Ron? – perguntou.

–O que tem ele?

–você gosta dele?

A pergunta me pegou de surpresa.

–Já gostei. Não mais.

–Você acabou de beijar ele.

–Ele me beijou. E foi forçado.

–Ah. É bem a cara dele.

–é.

–E o Malfoy?

–O que tem ele?

–Se ele não voltar ... Vai ficar com quem?

–Vou ficar pra titia.

–E o Rony?

–Porque tantas perguntas sobre o Rony ? – perguntei.

Ela não respondeu.

–Ele te pediu pra perguntar isso? – questionei, já ficando revoltada. Ele tinha acabado de perder o melhor amigo, e só queria saber de mim?

–Não...Sim.

–Ah. Mas que estúpido. – Eu disse, me levantando. Aquele papo com a Gina já estava me irritando.

– Onde vai?

–Vou ficar por aí.

–E a perna?

–Foda-se minha perna.

E com essas últimas palavras amistosas, me retirei da sala precisa.

...

O castelo estava estranhamente silencioso. Não se travavam mais batalhas. Apenas as marcas de onde houveram tais circunstâncias. Corpos no chão.

Reconheçi Zoey, uma garota da corvinal. Sempre era quieta, então agora não parecia diferente, deitada no chão, com os braços queimados. Efeito de algum feitiço que eu desconhecia.

Logo ao lado dela, Paul Joonkey, da Lufa-Lufa. Já falara com esse garoto antes, que agora jazia no chão, com uma pedra de uma das paredes do castelo em seu estômago.

Sim. Muitos corpos. Alguns alunos os recolham e os levavam para o salão principal.

Sim. Muitas mortes. Harry estava certo, aquilo tinha que acabar.

Por um momento pensei. Harry. Talvez eu pudesse salvá-lo, ou algo assim. Ainda tinha o pequeno frasco, com a poção cor de água. A poção que Draco me dera, horas atrás, quando ainda se lembrava de mim.

Escorreguei o liquido pela minha boca, senti o famoso arrepio, então corri para a floresta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Why You Saved Me Draco? - 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.