A New Life 2.0 escrita por L Angels


Capítulo 9
Capítulo 09 - Um príncipe ou um...


Notas iniciais do capítulo

Se tem uma coisa que todos deveriam saber é que não se mexe com a Sophia.



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** PDV Sophi

 

 

 

Acordei no dia seguinte com um frio na barriga, um pressentimento ruim, não sei ao certo porque. Quando cheguei na porta da escola e aquela mesma sensação ruim voltou a me perturbar, mas eu simplesmente a ignorei.

Look:

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Fui direto para o meu armário pegar algumas coisas e quando eu o abri uma coisa verde gosmenta pulou bem de dentro do meu armário para cima dos livros que eu estava segurando.

Não consegui raciocinar direto, quando eu vi que aquilo era um sapo, eu simplesmente dei um grito e joguei tudo no chão, porque tinha um sapo no meu armário? Comecei a tremer e ficar gelada, só então percebi que uma plateia começou a se formar á minha volta.

Aquele sapo nojento deu mais um pulo e eu não consegui conter as lágrimas que começaram a se formar sem parar. Saí correndo deixando os livros no chão e provavelmente o armário aberto, que se dane tudo isso, eu só preciso de um lugar seguro.

Em quanto eu corria com a visão embaçada passei por uma figura conhecida que me parou segurando meu braço com força.

 

 

— Sophia o que houve? Você está chorando?? - O Zach perguntou confuso.

 

Não respondi, simplesmente me soltei e mais uma vez saí correndo para o único lugar onde eu poderia ficar sozinha naquela escola. Entrei no banheiro feminino, fui até a última das cabines, me tranquei e finalmente parei de tentar segurar as lagrimas e as deixei correrem soltas.

Eu não sei explicar o que tinha acontecido comigo, era uma sensação de medo, pânico, constrangimento e até uma pitadinha de ódio, tudo ao mesmo tempo.

 

 

— Isso é ridículo Sophia, ninguém tem medo de um sapinho, nos desenhos tem até gente que beija uma coisa nojenta daquelas. – Falei comigo mesma, mas não adiantou nada.

 

 

 

 

** PDV Zach

 

  

Eu estava andando calmamente para a sala até que vi a Sophia correndo. Estranhei o porquê de tanta pressa e quando ela passou por mim eu a segurei pelo braço.

 

— Sophia o que houve? Você está chorando?? – Fiquei confuso, mas ela se soltou entrou correndo no banheiro.

 

Tem alguma coisa muito errada aqui. Pelo pouco que eu conheço da Sophia sei que ela é de chorar por qualquer coisa. Qual é, não faz nem quatro dias que eu tive que segurar ela para que ela não entrasse em uma briga.

Eu não podia deixar ela sozinha nesse estado, ela não tem nenhum outro amigo aqui para que ela possa conversar sobre isso, então não pensei duas vezes. Olhei para ver se não tinha ninguém olhando, e lá fui eu entrar no banheiro feminino que por sorte estava vazio.

Achei umas placas de piso molhado em um canto do banheiro e as usei para pressionar a porta de uma forma com que ninguém conseguisse abri-la do lado de fora. Então comecei a procurar a Sophia entre as cabines.

 

— Sophia cadê você? O que está acontecendo? – Disse com uma voz calma.

— Zach? O que você ta fazendo? Não sei se você percebeu, mas esse é um banheiro feminino. – Segui a voz dela até a última cabine.

— Sim eu percebi, mas não deixo meus amigos sozinhos quando sei que eles precisam de mim. - Falei chegando mais perto da porta e apoiando minhas mãos na mesma.

— Eu não preciso de ninguém! Por favor Zach, me deixa sozinha - Ela falou com uma voz de choro.

— Claro que precisa! Me deixa te ajudar... – Falei baixinho e ela ficou em silêncio.

— Ok você não quer me contar o que aconteceu, tudo bem... Você tem todo o direito! Mas fique sabendo que eu não vou sair daqui sem você. – Disse sério.

 

Fiquei lá em pé apoiado na porta por um certo tempo até que escutei a trava sendo aberta e recuei alguns passos. Assim que a Sophi abriu a porta pude ver que ela estava pálida, parecia que ela tinha visto um fantasma ou sei lá.

Ela veio até mim e me deu um abraço apertado, bem apertado, essa pequenininha é bem forte, eu fiquei sem respirar direito, mas retribuí o abraço mesmo assim. Ela estava tremendo um pouco e não demorou muito até ela desabar e começar a chorar de novo.

 

— Eii! Não chora! Eu estou aqui com você... – Acariciei seus cabelos.

 

 

 

** PDV Sophi

 

 

 

Depois de algum tempo chorando nos braços do Zach, eu finalmente me acalmei e contei tudo o que tinha acontecido.

 

 

— Poxa isso é muita maldade Sophi. Você acha que foi a Selina que fez isso? - O Zach perguntou depois de me ouvir. 

— Não! As únicas pessoas que sabem disso é o meu irmão e o... – Não consegui terminar a frase.

— Seu irmão e quem Sophia? – O Zach perguntou confuso.

— DESGRAÇADO, IMBECIL. EU VOU MATAR ESSE GAROTO! – Comecei a gritar.

— Matar quem? Sophia se acalma! – O Zach me segurou pelos braços.

— O Cameron! Só pode ter sido ele Zach! Ninguém mais sabia disso. Ele deve estar com raiva pelo que eu disse ontem. Mas isso é ridículo, como ele pôde ser tão baixo? – Comecei a chorar mais uma vez, mas agora de raiva.

— Não pode ser Sophi. O Cam não faria isso. – O Zach se recusava a acreditar.

— Eu vou quebrar a cara daquele infeliz! – Falei secando as lágrimas.

— Você está brincando né? Você por acaso já olhou para o Cameron direito? O braço dele é o dobro do meu, nem eu posso com ele, quanto mais você. – O Zach disse sério.

— Ele é grande, mas não é dois! Ele me paga, e vai ser agora! – Tentei sair, mas o Zach me segurou.

— Sophia para com isso, se acalma, respira fundo. Sei que você é nervosinha, mas não é assim que se resolvem as coisas. – O Zach disse me acalmando.

 

Então eu respirei fundo algumas vezes e o Zach começou a mexer no celular.

 

— Pedi pra Manu e pra Carol pegarem a matéria pra nós. A Manu disse que viu tudo e guardou suas coisas de volta no armário assim que você saiu correndo, a chave está com ela, viu? Você não está sozinha aqui. – Ele disse depois de um tempo.

— Obrigada, vocês são maravilhosos! – Fiquei mais calma.

— Bom... Já que perdemos umas duas aulas mesmo, que tal dar um passeio? - Ele disse caminhando até a porta do banheiro.

— Ótimo, não estou aqui nem uma semana e já vou bolar aula. – Bufei. - Para onde nós vamos?

— Tem uma sorveteria aqui perto, podemos passar lá e depois damos umas voltas. – Ele começou a tirar umas placas de piso molhado do caminho.

— Ótima ideia! Estou precisando de um sorvete. – Eu ri.

— Foi o que eu pensei! Agora vamos sair de fininho, vem... – Ele disse abrindo a porta.

— Zach espera. – Eu o impedi.

— Que foi? – Ele me olhou confuso.

— Obrigada por tudo! – Dei um abraço bem forte nele.

— Que isso... Amigos são pra essas coisas. – Ele retribuiu o abraço.

 

 

[...]

 

Eu e o Zach ficamos andando por aí até dar o horário da saída, então o Zach me mostrou onde era a casa dele para que eu fosse lá mais tarde ver o ensaio. Ele queria me levar para casa, mas não ia deixar ele ir para depois voltar tudo de novo.

Segui minha caminhada sem nem saber muito bem se estava muito longe da minha casa, só sabia que já passei por aqui antes, mas as coisas de carro ficam muito mais perto do que realmente são. 

Não precisei andar muito até finalmente me localizar, eu estava na rua da casa dos Quiseng, óbvio que todo mundo por aqui mora perto um do outro, coincidências nunca são de mais. Não consegui me segurar, já que eu estava aqui eu tinha que fazer alguma coisa. Fui até a casa dos Quiseng e toquei a campainha.

 

— Sophi minha querida, tudo bom? – A Vovó Quiseng disse assim que abriu a porta.

— Oi Vovó Quiseng. To bem sim e a senhora? – Dei um sorriso falso.

— Estou ótima, vem entra... – Ela me deu espaço e eu entrei.

— O Cameron está? Meu irmão me pediu pra vir pegar de volta uma coisa que ele tinha emprestado para o Cameron... – Inventei uma desculpa qualquer. 

— Ele ta lá no quintal anjo. Eu estava indo no mercado, mas fique a vontade, a casa é sua. – Ela falou saindo e eu apenas sorri.

 

 

Assim que ela fechou a porta eu fui até o quintal e encontrei o Cameron tocando violão no mesmo banco onde eu estava tocando uns dias atrás, assim que ele me viu ele parou de tocar e me encarou confuso.

 

— Sophia? O que você está fazendo aqui? O Bernardo está lá na sala? – Ele perguntou se levantando.

— Eu sei que foi você seu idiota. – O empurrei e ele caiu sentado no banco.

— Ei... O que foi que eu fiz? – Ele se levantou novamente.

— Não precisa se fazer de inocente seu imbecil! Ta na cara que foi você. – Comecei a perder a paciência.

— Sério que você veio até a minha casa só para me xingar sem motivo nenhum? Você só pode ser maluca! – Ele disse irritado.

— Ah claro... Eu que sou a maluca! Quer saber, melhor ser maluca do que ser um idiota completo, um mimadinho que não aceita que as pessoas não gostem dele! – Provoquei.

— Cala essa boca garota. Do que você ta falando? Você é uma doida ignorante que se acha melhor que todo mundo. Você não tem moral alguma pra falar dos outros. – Ele estava começando a subir a voz.

— NÃO ME MANDA CALAR A BOCA CARALHO! – Gritei.

 

Então estava dada a partida para uma discussão de verdade, os xingamentos começaram a ficar mais pesados, comecei a falar que nenhum Quiseng prestava e ele revidava falando o mesmo dos Albuquerque.

Meu sangue estava fervendo, minha vontade era de socar a cara dele, mas o Zach tinha razão quando disse que ele era muito mais forte que eu.

 

 

— Acho que você está confundindo COM A SUA NAMORADA, AQUELA PUTA! Ela já deve ter passado na mão daquela escola inteira! Não sei como você aguenta o peso desses seus chifres enormes. – Disse revoltada.

— SAI DA MINHA CASA AGORA! – Ele gritou

— E SE EU NÃO QUISER? – Revidei.

— SAI DA MINHA CASA AGORA SE NÃO EU... – Ele parou de falar.

— Se não o que? Você vai me bater? Anda, bate... Eu não tenho medo de você! – Comecei a encara-lo e ele respirou fundo.

— Você não tem coragem não é? – Minha voz saia desafiadora.

— Por favor... Sai da minha casa... – Ele disse com uma voz mais controlada e eu fui embora.

Ficar ali era perda de tempo.


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