Já à noite, a lua
decaía sobre o mar em forma de silencioso beijo, é impossível tanta perfeição,
seu esplendor era magnífico. Sobre a areia, estava lá, Eddie, pensando consigo
mesmo, tanta coisa, tanta confusão. Sua mente estivera corrompida por um longo tempo,
agora, está conseguindo juntar os fragmentos, e conseguindo pensar novamente. O
quão longe poderia ir? Quantas barreiras ele podia atravessar? Mesmo que fosse
o melhor, não teria forças contra todos os monstros que lhe aguardavam. Ali
mais tarde, foi acompanhado pela presença de Lisa, com seus cabelos castanhos
raspando em seu pescoço. Os dois permaneceram calados por uma fração de tempo.

— Às vezes eu penso o que eu estou fazendo aqui? Sabe? Dá
vontade de sair, de ir embora, de viver em paz, sem crocodilos gigantes ou
coisa parecida. — Eddie disse.

— Às vezes eu também.. Uma certa paz interior seria legal..
— Música para ouvidos de Eddie, sua linda voz contagiava até sereias.

— Você acha que iremos conseguir? Desafios pela frente, são
de monte. Nada como o que você já enfrentou anteriormente.

— O que for que seja, conseguiremos enfrentar com certeza.

Os dois aproximaram-se, em um pequeno toque de mãos, e faces
quase coladas entre eles, o pequeno e bom sinal do beijo, foram interrompidos.

Francis veio correndo, quase chorando, cansado, com manchas
pretas de fumaça em todo o corpo, seu olho estava sangrando, com a mão sobre
ele, disse:

— Lisa, Eddie, Rápido! Temos dragões atacando as cabanas!
Rápido!

Os dois se levantaram em um pulo forte, e acompanharam o
garoto.

As cabanas emergiam em fogo, as telhas da cabana central, já
estavam se despencando. Todos pegaram suas armas, assim, Eddie pegou
Caphricornius e atingiu o primeiro dragão que viste.

Explodiu o vento escaldante em sua boca, o fogo foi apagado
por alguns segundos, logo, o dragão o recuperou, acertou algumas chamas no
braço de Eddie, fazendo-o perder o bastão.

Então Eddie se escondeu atrás de uma árvore, enquanto o
dragão tentava o colocar em combustão. Lisa estava atirando com seu arco feito
de madeira sagrada, em um dos dragões, o menor deles, atingiu sua asa, o qual
caiu no chão. Cuspiu fogo diretamente á menina, mas entanto ela se desviou com
cautela. Chegou perto do monstro, e fincou seu arco na barriga do mesmo. Os
servos lutavam contra os demais, eram muito fortes, destruíam cada um. Francis,
caído, se sentindo derrotado, levantou e lá podíamos ver um arco dourado em
volta de seu corpo, Francis estava em Fúria. Porém, era outro tipo de fúria, a
fúria que condenava o espírito do hospedeiro, a Merin, deus do ouro. Francis
tinha uma conexão com o deus, portanto, o motivo da fúria. Pegou Natascha e a
transformou em ouro, e começou a lutar. Seus golpes atingiam em cheio no dragão
que estava tentando transformar Eddie em pó. Seu machado estourava trovões
dourados a cada batida, suas mãos estavam molhadas, e vermelhas. O dragão
esquivou de alguns golpes, repeliu fogo e se curvou novamente, queimando a
perna de Francis. Batia com rapidez o garoto, soltou alguns raios, e o dragão
caiu ao chão. Chegou perto do dragão, mas, o monstro evaporou em sombras. As
sombras tinham começado seu ataque de proteção pela primeira vez, e logo, quase
caíram. Viram o poder de uma sombra, e entanto, recolheram para as cabanas. Os
servos se sentaram nas cadeiras á frente, para sentinela. Lisa deu um sorriso para Eddie,
e entrou na cabana dela. Ele retribuiu com outro sorriso. Eddie levou Francis até
a cabana de ambos, e o deitou na cama.

— Foi uma batalha cansativa irmão, porém, gostei da seu
esforço, para me proteger. E conseguiu. — Eddie se deitou na outra cama ao lado,
e fechou os olhos.