Triplex escrita por liviahel


Capítulo 20
Não acredito em bruxas,mas que elas existem...?


Notas iniciais do capítulo

affe o titulo era "Não acredito em bruxas, mas que elas existem... existem?" mas o Nyah não me deixa entitular uma frase desse tamanho TT_TT...enfim...
Esse capitulo foi um especial de Halloween atrasado, que eu postei ano passado em outro site...segundo, os leitores, também um dos mais engraçados ever.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196791/chapter/20

O mês de outubro estava no fim, e o outono vinha ficando mais frio, chamando o inverno. Os dias eram frios, e as noites mais frias ainda. E numa dessas noites NichKhun voltou da agência carregando um pacote razoavelmente grande e encontrou Nana e Victoria debaixo de cobertores em frente à lareira da sala, vendo o noticiário da TV, “Vinte e oito anos, fugiu do hospital psiquiátrico há três dias... a família a procura desesperadamente... padece de problemas mentais...esquizofrenia...”.

— Oi lindo! — disseram as duas.
— Olá! Que surpresa vocês duas aqui hoje. — ele disse jogando o embrulho na mesinha. — Que dia é hoje?
— Dia trinta. — disse Nana.
— Ele quis dizer dia da semana...
— Ah sim! Hoje é quarta, e já entendi o porquê da pergunta. Sinto–lhe dizer, as nesse frio eu não tiro a roupa nem pra tomar banho. — Nana disse rindo.
— Sua sem graça. — NichKhun resmungou, mas estava brincando. — Victoria?
— Sim? — ela respondeu com um sorriso malicioso no rosto.
NichKhun recebeu uma almofada no rosto.
— Seu cachorro, safado! — Nana xingou.
— Você recusou... — ele disse brincando.
— Eu só disse que não ia tirar a roupa...
— Espera, mas como...? Deixa pra lá. — disse Victoria. — eu devia parar de perguntar o que eu não quero saber...
— Não precisa se irritar, eu estava brincando.
— Eu quero um espaço debaixo dessas cobertas, lá fora está bastante frio.

Os três se enrolaram nas cobertas e Victoria pareceu realmente notar o embrulho em cima da mesinha.

— O que é aquilo?
— Ah! São cartas de fans, eu trouxe para lê-las em casa, depois tentar responder.
— Você responde a todas?
— Seria impossível, mas sempre respondo às que já mandaram cartas outras vezes.
— Posso ver? — disse Victoria.
— Melhor não, algumas sempre têm umas propostas indecorosas...
— Como é?
— E eu não quero que você mate ninguém...
— Há! Agora é que eu quero ler mesmo, quero ver se você dá mole pra elas.

Victoria correu para pegar o pacote e NichKhun foi atrás dela, Nana ficou no sofá rindo encolhida de frio. Os dois se pegaram no tapete, NichKhun tentando pegar o pacote das mãos de Victoria, mas ela sentou-se no chão e protegeu a caixa com o corpo afastando o rapaz com as pernas, que era muito mais fortes que os braços. NichKhun esperou e na primeira brecha roubou um beijo da moça, que se distraiu e perdeu o pacote.

— Parece que funciona do jeito contrário também...
— Isso não foi justo!
— Aprendi com a Nana.
— Você nem pra ajudar hein Nana?
— Claro que não, eu também recebo esse tipo de cartas de fans, e a ultima coisa que eu quero é NichKhun fuçando nelas.
— Ah é? Dona Nana, conversamos depois. — NichKhun disse brincando de dar bronca.
— Mas eu confesso que estou curiosa, leia as cartas coma gente, sabemos que a maioria das suas fans são garotinhas do ensino médio.
— Tudo bem, me dêem espaço no sofá.

Ele se sentou entre as duas e eles ficaram lendo várias delas, rindo, e brincando de fazer rankings das melhores cartas. De repente algo chamou atenção de NichKhun, era um envelope preto no chão, ele se levantou para pegá-lo, estava selado com cera roxa, marcado com uma estrela e um circulo, um pentagrama. Ele quebrou o lacre, e tirou um papel branco, com cara de nojo.

— É parece que eu sou mesmo um beast idol, pra receber uma dessas cartas... — ele empalideceu de repente.
— Deixa-me ver! — Victoria se levantou para pegar a carta.
— Melhor não... — ele disse levantando o braço para evitar que ela alcançasse o papel.
No entanto, apesar de mais baixa que Nana uns dois centímetros, Victoria era bailarina e conseguia saltar mais alto, pegou o envelope com muita facilidade.
— “NichKhun, tive uma visão hoje, você não está mais solteiro, não é? Eu sei que você vive com alguém... Por quê fez isso? Se sou eu quem sacrifico tudo por você! Eu quero você só pra mim, mas eu já cuidei disso, não se desfaça dessa carta, de modo algum, ela é o que te mantém protegido e todos a sua volta.” Arsh que pessoa doente, e isso está escrito com sangue!

— E você sabe de onde vem esse sangue não é? — Nana disse rindo.
Victoria segurou o papel pela borda, enojada.
— Vou jogar isso fora agora. — Victoria foi até a lareira.
— O que vai fazer?! — Nana falou alto. — Você não viu o aviso da carta?
— Arsh Nana todos os idols recebem esse tipo de carta, ela nem ao menos mandou a carta pra cá! Não sabe onde ele mora! Vai levar isso a sério mesmo?
— Nem eu sei se levo a sério... — NichKhun disse.
— Gente, ela disse que sabe que o Khun não está solteiro!
— E ela também disse “Eu sei que você está com alguém”, ou seja, ela não sabe que são duas, está blefando, ou se drogando seriamente... Fala sério, você acredita em bruxas Nana?
— Nunca é demais prevenir, mas por esse lado você tem razão.
— Você anda com umas superstições estranhas... E aí Khun posso tacar fogo nessa nojeira?
— Por mim, pode, não sei o que seria mais estranho, a garota escrever uma coisa dessas com sangue de... vocês sabem do que, ou se eu guardando essa coisa em casa por medo de bruxaria.
— Então vai pro fogo.

Victoria jogou o papel e o envelope no fogo da lareira, e tudo aquilo virou cinzas rapidinho. De repente um vento forte passou pela sala fazendo com que os três estremecessem.

— Alguém deve ter deixado uma janela aberta. — Victoria disse meio cética, indo para direção de onde o vento vinha, enquanto NichKhun e Nana se entreolharam meio tensos. Ela voltou logo. — Tinha uma fresta da janela da cozinha aberta.
— Viu? Não há com que se preocupar. — NichKhun disse meio sem convicção.
— Eu vou subir pra dormir. — Nana disse meio contrariada.
— Vou tomar um banho... — Victoria disse.
— Vou junto!
— Está com medo?
— Você é quem devia estar com medo. — NichKhun respondeu maliciosamente.
— Só se você não conseguir me alcançar. — ela saiu correndo para o quarto.
*******

No dia seguinte o dia estava bem feio, e por coincidência os três tinham que sair no mesmo horário por compromissos de trabalho. Nana estava meio paranóica com a tal carta, mas bem melhor que na noite anterior, ela tinha um ensaio de fotos num parque público, perto do tríplex, mas mesmo assim ela foi de carro, porque estava frio e ela poderia ficar lá dentro enquanto o ensaio não começava. Já havia um bom número de curiosos no local por causa do equipamento exposto pela equipe. Nana ficou no carro, estacionado bem longe da bagunça e dos curiosos, esperando ser chamada para trabalhar, não queria sair antes disso de modo algum, porque as fotos eram para uma marca de camisetas, então ela teria que sentir frio por muito tempo vestindo só isso. Ela deitou o banco do carro no máximo e cochilou rapidamente. Nesse meio tempo deu até pra sonhar. O sonho tinha alguma coisa a ver com ela estar sendo seguida, o ambiente era escuro, nublado. Ela estava numa rua com o carro, que parecia ter pifado, de repente via-se uma sombra em meio à neblina. e enquanto ela pegava a chave na ignição, alguém batia no vidro da janela do motorista.

Nana acordou assustada, tinha mesmo alguém batendo na janela do carro. Era sua mente pregando peças? Ou um sonho dentro de outro sonho?
******

NichKhun saiu naquela manhã para trabalhar, tinha um ensaio para um especial da TV. Na pausa para o almoço ele ligou para Victoria,que também tinha ido para a agencia, para convidá-la para almoçar, já que evitavam ser vistos juntos no trabalho porque tinha muita gente conhecida.

Eles foram cada um no seu carro para um bairro vizinho, não muito longe. Victoria saiu primeiro do carro e foi andando na frente pela calçada, esperando que NichKhun viesse a se juntar a ela na mesa do restaurante. Mas não foi isso que ele fez, havia um beco ao lado do restaurante, e estava razoavelmente escuro por causa do mau tempo, NIchKhun pegou Victoria pela cintura e a levou para lá.

— O que está fazend...? — ela tentou dizer, mas foi silenciada por um beijo.

NIchKhun passou as mãos por debaixo da blusa de Victoria, e ela estremeceu com o choque gelado de suas mãos. Ele a empurrou contra a parede de tijolos alaranjados sem que seus lábios se desencontrassem. Ele já ia desabotoando a calça quando foi impedido pelas mãos de Victória.

— Você ficou maluco?
— Maluco não, mas me deu uma vontade... — Ele disse beijando-lhe o pescoço.
Victoria riu.
— Eu não te entendo sério, você tem problemas, nós passamos a noite toda juntos!
— Por isso mesmo! Quero mais!
— Num beco? Seria mais discreto num almoxarifado da agência, o no meio do hall. — ela disse com bom humor, mas ironicamente. — A gente sai pra não sermos visto juntos, e você quer fazer uma coisa dessas no meio da rua?
— Qual o problema? Você acha que os paparazzi ficam escondidos em becos escuros...?
— Eu estou com fome.
— Eu também!
— Eu estou com fome de verdade!
— Eu também, mas quem precisa se alimentar pra matar a fome afinal?
Victoria segurou-se para não rir muito alto.
— Está escuro aqui...
— Melhor ainda...
— E frio...
— Nem me fale, você não está ajudando lá embaixo. — NichKhun olhou para as mãos frias de Victoria no cós da calça dele.
— Ah, foi mal, se você quiser eu tiro a mão daí.
— Claro que não, é bom que eu te esquento. — ele respondeu maliciosamente.
Os dois voltaram a se beijar, Victoria estava quase cedendo, quando uma tampa de uma lata enorme de lixo do restaurante caiu de repente fazendo um barulho horroroso. Os dois se separaram ofegantes e assustados, olhando para os lados a espera de ver um fotógrafo, ou qualquer outra pessoa, mas não saíram do lugar porque aparentemente não havia ninguém. 
— Deve ter sido um rato... — NichKhun disse se aproximando para voltar a beijá-la.
— Credo! — Victoria disse, desviando do beijo e andando para sair do beco.
— Ei espera! Vai ver foi um gato, ou uma cobra...
Victoria riu e virou-se para olhar pra ele.
— Dessa aí eu não tenho medo... Quando está enjaulada. — ela disse rindo, apontando para o zíper de NichKhun, que ainda estava aberto.

Os dois entraram no restaurante e sentiram um choque de temperatura, lá estava bem mais quente. Estava vazio, exceto por um casal no fundo do estabelecimento e uma moça bonita e bem agasalhada, com um sobretudo preto, que entrou logo depois dos dois e os encarou por alguns minutos. NichKhun não se importou com o fato porque estava acostumado, imaginou que fosse uma fan ou alguém que conhecia do meio, mas claro, não deu mole. Ele e Victoria pareceram dois colegas de trabalho durante o almoço.
Victoria teve que voltar mais cedo para a agência. Enquanto que NichKhun ainda tinha umas duas horas até o ensaio recomeçar, porque agora seria no estúdio de gravação, que ainda não estava pronto.
******

Ela se virou para ver quem batia no vidro do carro, e era um rapaz bem alto, bonito, mas com cara de maluco. Por causa do susto ela demorou a notar que ele devia ser o modelo com quem ela trabalharia. “Foi só uma coincidência, provavelmente minha mente pregando peças porque eu já o devia estar ouvindo bater...” pensou consigo mesma antes de atender o rapaz. Ela abriu o vidro e sentiu uma brisa gelada percorrer todo seu corpo.

— Olá! Já vamos começar. — disse o rapaz com excesso de empolgação, abaixando-se a noventa graus para cumprimentá-la, estava muito feliz pra quem estava de regata naquele tempo horroroso.
— E você que é?
— Ok TaecYeon... eu sou muito seu fan! Tenho todas as suas revistas, cfs...
“Que coisa! Um marmanjo desse vindo dando um de fanboy hardcore, está uma coisa que não se vê todos os dias” ela pensou.
— Muito prazer. — Nana cortou muito educadamente, antes que ele começasse a citar todos os milhares de trabalhos que ela já tinha feito na vida. — Já está na hora, está tudo pronto?
— Está sim! Mas você ainda tem que se vestir, me pediram para te entregar essas roupas.
E TaecYeon ficou lá esperando feito uma estátua, Nana olhando esperando que ele saísse de perto.
— O que está fazendo?
— Te esperando. — ele respondeu de forma muito natural.
— Eu percebi, o que eu quis dizer é por que não se vira pra eu poder me trocar?
— Ah... Sim, claro. É que nesse meio as pessoas não ligam muito pra isso...
— Eu sim, se vira!

E ele se virou, meio desapontado, Nana trocou de roupa vigiando o rapaz para certificar-se de que ele não estava espiando, muito desconfortável fazer as duas coisas ao mesmo tempo dentro de um carro. Ela saiu pronta minutos depois, e o choque de temperatura foi terrível, Nana estremeceu imediatamente.

— Vamos lá! — TaecYeon disse empolgado.
— Você é sempre feliz assim no frio?
— Frio?

Ele realmente soou não estar sentindo frio algum, muito estranho.

— É, frio, sabe, quando não está quente? — Nana falou como se estivesse explicando a palavra pra um extraterrestre.
— Se você está com frio eu posso te esquentar... — ele falou de um modo bem inocente até, mas Nana achou tenso.
“Vai ser um dia daqueles, bruxa maldita. NichKhun cadê você?”
— Não se empolga. Vamos logo, pra acabar logo. — Nana respondeu, andando na frente.

O ensaio começou, Nana estava se esforçando o dobro do normal, para acabar logo, quem não ajudava muito era TaecYeon, que de tão empolgado as vezes passava da conta. A primeira parte do ensaio terminou às 1:30 da tarde.

— Vamos comer? Eu estou verde de fome. — TaecYeon esboçou um convite à Nana.
— E eu estou azul de frio, parece que não estamos na mesma sintonia. — Nana olhou ao seu redor e de repente viu NichKhun acenando, escondido perto de onde ela tinha deixado o carro. — Então, preciso ir a outro lugar rápido.
— Posso te levar se você quiser?
— Ah não, não precisa se incomodar, eu não vou ter tempo de almoçar e você disse que está com fome. Olha lá! O pessoal da produção trouxe kimchi e samgyupsal! — Nana disse, e TaecYeon se virou pra ver imediatamente, feito uma criança de oito anos.

Antes que o rapaz pudesse olhar de volta e fazer outro convite, Nana correu em direção a NichKhun e desapareceu de vista.

— Oi linda!
Nana pulou no colo de NIchKhun, beijando-o.
— Não sabe o quanto eu estou feliz por você ter vindo aqui.
— Quem é o rapaz que estava com você?
— Ah, é um fanboy...
— Você deve ter muito não é?
— Não como esse, cara estranho...
— Ele te fez alguma coisa?
— Não, só é estranho mesmo, e pra melhorar ele também é o modelo com quem estou trabalhando hoje...
— Pelo menos você não tem como receber cartas nojentas... Ou tem? — NichKhun disse rindo.
— Ãh? Ai credo Khun! Nem dá uma idéia dessas, imagina? Não inventa moda.
Nana estremeceu de frio nos braços de NichKhun.
— Opa, parece que o frio está sendo um grande problema pra mim hoje...
— Mas você está bem vestido...
—E você não...
— Está achando ruim? — Nana disse rindo.
— Claro que não, nem se incomode em colocar mais roupa, só precisamos mudar o ambiente.

NichKhun pegou as chaves de seu carro, abriu a porta de trás e entrou com ela, fechando a porta atrás de si. Por causa dos vidros muito escuros ninguém ia poder vê-los, os dois se beijaram apaixonadamente. O espaço não era dos melhores para duas pessoas com aquela estatura, NichKhun puxou Nana por cima do quadril e ficou sentado no banco, os dois já iam se beijar novamente, quando ouviu-se um estalo alto e o carro desnivelou-se bruscamente.

— O que foi isso?
— Um dejavu... — NichKhun repondeu.
— Como é?
— Já passei pó algo parecido hoje quando estive com Victoria...
— Mesmo? — Nana disse, com curiosidade.
— Isso não vem ao caso. Acho que um pneu estourou...
— Assim do nada? E de uma vez?
— Espera aqui que eu vou ver o que foi? — ele disse, facilmente tirando-a de cima dele.
— Fala sério? Foi só um pneu!
— Por isso mesmo, eu já volto.
— Homens e carros... Difícil competir. — ela disse rindo.

NichKhun abriu a porta do carro que estava virada para a parede de um prédio abandonado, que foi o lado em que o pneu furou e também porque ninguém o veria, já havia muitos curiosos dirigindo o olhar para aquela direção por causa do barulho. Ele abaixou-se para olhar o pneu e Nana baixou o vidro para ver o que tinha acontecido.

— Que estranho, parece que foi furado por algo pontiagudo, mas não tem nada aqui.
— Que bruxaria é essa?
— Fala sério, ainda a história da carta?
— Eu avisei pra vocês não queimarem a carta.
— Você queria que eu guardasse aquela nojeira?
— Podia esperar pra ver no que dava pelo menos.
— Você é doida. O mais provável é que o pneu já estivesse desgastado nessa parte e estourou quando nós ficamos balançando o carro.
— Então você está precisando comprar pneus melhores, porque a gente ainda nem estava fazendo nada. — Nana disse rindo, NichKhun também riu. — Você precisa trocar isso agora?
— Não mesmo. — Ele disse voltando para o carro. — Onde estávamos?
— Aqui. — Nana disse subindo no colo dele novamente.

Nana o beijou e NichKhun deitou a moça no banco, ainda que o espaço fosse estreito, o carro balançou e ouviu-se outro estalo.

— Arsh, fala sério! — NichKhun soou bem irritado dessa vez. – Outro pneu.
— Parece que eles nem iam agüentar os finalmentes mesmo. — Nana disse rindo.
— É.

NichKhun saiu de novo do carro para ver o pneu, Nana nem se deu ao trabalho de olhar, mas quando percebeu que ele estava calado e não voltava para o carro, ficou preocupada e saiu.

— O que foi? — Nana disse meio assustada quando o viu sentado na calçada segurando um envelope preto e um pequeno punhal.
— Outra carta... Estava enfiado no pneu.
— O que diz a carta?
— Só diz “Eu avisei para não se desfazer da carta.”, o sangue ainda está fresco.
— Credo! E você encostou nisso?
— Não, mas dá pra ver...
— Viu alguém suspeito?
— Ninguém...
— Vai ver foi o modelo maluco...
— Ele é seu fan, não meu.
— Verdade, estou viajando.
— Mas você tem razão, foi uma pessoa bem maluca.
— Uma bruxa, você quer dizer.
— Bruxas não existem Nana...
— Pra onde foi a biscate então?
— Não faço idéia, mas quero que você fique perto da equipe o tempo inteiro e volte imediatamente pra casa quando acabar. Vou chamar um reboque, e vou voltar para a agência para avisar a Victoria.
— Tudo bem.
******

Victoria tinha voltado para a agência para trabalhar coordenando uns trainnees e estava em meio a um ensaio quando recebeu uma mensagem de celular. “Preciso que me atenda agora. Khun.”
“Ele parece preocupado. Problemas e mais problemas, paz pra quê?” pensou Victoria. E o telefone tocou segundos depois.

— Pessoal, vamos fazer uma pausa de cinco minutos! — ela gritou para os jovens e saiu da sala para atender. — Oi lindo...
— Oi linda? Tudo bem?
— Aconteceu alguma coisa? Nos vimos há algumas horas...
— Aconteceu sim, recebi outra daquelas cartas...
— E o que tem isso?
— A carta veio com um punhal furando os pneus do meu carro... E dizia “Eu avisei para não se desfazer da carta.”, não vi quem foi quem a mandou...
— Ah é isso? Isso com certeza é alguém te pregando uma peça, de muito mau gosto... É de imaginar que você ia jogar a carta fora.
— Quem faria uma coisa dessas? Acho que a pessoa me viu com a Nana...
— Vocês estavam juntos?
— No meu carro...
— Arsh, vocês estão se arriscando muito, não?
— Está bem, mas quem faria uma coisa dessas?
— Sei lá, pode ser qualquer um, até o G.O...
— Faz mais de um mês que ele não faz nada.
— Por isso mesmo. E nós sabemos que ele pode ser bem sem escrúpulos.
— Falando de mim? — Alguém falou atrás dela.
Victoria pulou de susto.
— O que foi? — NichKhun disse na outra linha.
— Não foi nada, é só que a teoria da Nana funciona, quando a gente fala de coisa ruim elas realmente aparecem. G.O está aqui na agencia.
— Vai ficar tudo bem?
— Claro que sim, como se eu já não estivesse acostumada.
— Não demore a voltar para casa, não quero você perambulando sozinha por aí hoje...
— Isso é ciúmes ou preocupação? — ela disse rindo.
— Tenho motivos pra ter ciúmes?
— E eu tenho motivo pra estar com medo?
NIchKhun riu. G.O ainda escutava metade da conversa, porque só conseguia ouvir Victoria falando.
— Obrigado por me fazer rir agora, mas faça o que eu estou te pedindo, por favor?
— Não vai acontecer nada.
— Por favor!
— Está bem, eu prometo. Te vejo daqui a pouco então.
E desligou.
— Pode falar comigo agora? — disse G.O
— O que faz aqui?
— Vim trabalhar.
— Você não trabalha aqui, está aprontando não é?
— Aprontando sempre, mas dessa vez não sei do que você está falando.
— Ah não? — Victoria disse, incrédula.
— Não mesmo, a não ser que eu cause efeitos só com o pensamento, porque sempre estou pensando em aprontar, mas estou sem tempo.
Victoria riu.
— Você nem trabalha!
— E quem disse que eu estou ocupado trabalhando? — G.O disse maliciosamente.
— Ah sim, você não especifica.
— Quer que eu seja mais específico? Eu posso te mostrar...
— Não obrigada. Vá “trabalhar” com outra pessoa. — Victoria disse tentando dar as costas pra ele, ela já tinha notado que ele sempre faz alguma coisa quando ela dá atenção pras gracinhas dele.
— Não, não. Espere! Aconteceu alguma coisa? A conversa no telefone parecia tensa.
— Não foi nada, aparentemente.
— Posso ajudar em alguma coisa?
— Só se você souber desfazer trabalhos... — Victoria disse rindo, mas G.O não entendeu a piada.
— Como é?
— Nada, só problemas nada cotidianos. Tenho que ir trabalhar agora, eu diria “até mais”, mas eu não estaria sendo sincera, não quero te ver tão cedo.
— Se você não quer me ver tão cedo, que tal mais tarde? — G.O disse, rindo. Victoria também riu. — Olha, para mostrar que eu sou um bom amigo, amigo por enquanto não se empolgue, eu te levo pra casa do seu namorado quando seu ensaio terminar.
— Muito obrigada, mas eu tenho meu carro. Tchau.
******

Nana terminou o ensaio da parte da tarde, ainda preocupada com o acontecido da carta, mas se sentiu segura por estar no meio do pessoal da produção, tão segura que deixou de se incomodar pelo comportamento incomum de TaecYeon. Ela o viu trocando de roupa perto de uma das vans da produção, como se não tivesse fazendo um frio super incômodo. Ele estava vestindo uma roupa toda branca, inclusive os sapatos e o cinto, parecido com roupas de médicos, o que despertou a curiosidade da jovem modelo.

“Vou lá falar com ele, afinal ele é meu fan, uma boa ação pra ganhar o dia.”

— Que é isso que você está vestindo?
O rapaz pulou de susto, e depois soltou uma risada alta, parecido com um urso.
— Ah! Isso é o meu uniforme.
— Uniforme? De quê?
— É que eu não sou só modelo, não dá para pagar as contas, então também trabalho num hospital psiquiátrico.
— Tem certeza de que não é um dos pacientes? — Nana disse sorrindo.
TaecYeon riu alto de novo.
— Eu tenho certeza que não. Mas você está certa, o que mais tem por aí é gente maluca.
— Nem me fale.
— Falei sério, você sabe que tem uma paciente do hospital que está desaparecida, não sabe?
— É, eu vi no noticiário. E é perigosa?
—Kan MiYoun nunca chegou a fazer nada grave, mas já me cortou com uma lasca de madeira, me confundiu com alguém. Ela gosta de objetos pontiagudos. — ele mostrou a cicatriz no braço, era minúscula. — Meu trabalho hoje, é procurá-la pela lista de lugares prováveis que a equipe do hospital fez. Acho que não faria mal a ninguém, ela é obcecada com os idols dela.
Nana riu alto. “Que ironia” pensou ela.
— E como fazer pra distinguir-la das outras fangirls malucas?
— Fácil, provavelmente vai achá-la carregando fotos do NichKhun... Conhece?
Nana congelou.
— Ah, sim, já ouvi falar...
— O endereço dele está até na lista de lugares os quais eu tenho que vigiar hoje.
Uma pedra de gelo desceu coluna abaixo no corpo de Nana.
— Bom, eu não vou tomar mais seu tempo. Faça um bom trabalho!
— Obrigado. Ei Im Nana!
— O quê? — Nana se virou para encará-lo, esperando por outra noticia ruim.
— Pode me dar um autógrafo?
— Ãh? Ah, claro!
Nana autografou a camisa de trabalho dele, ele mesmo a ofereceu para ser assinada, o que era estranho, pois podia render uma suspensão ao rapaz.
— Valeu! — O rapaz ficou radiante, e deu um baita abraço em Nana, tirando-a do chão.
Depois que ele a soltou, Nana saiu correndo desesperada em direção ao seu carro. Quando o alcançou, percebeu que três pneus estavam muito murchos.
— Que merda é essa?! Droga! Tenho que ir pra casa, avisar o Khun e a Vic.
Nana pegou a jaqueta e o celular dentro do carro, olhou as horas, já era quase cindo da tarde. Saiu correndo à pé mesmo, o tríplex ficava só a umas quadras dali. E ao mesmo tempo ela ligava para Victoria.
******

NichKhun foi com o reboque até o estúdio aonde tinha o ensaio para o tal programa, e pediu ao motorista que levasse seu carro a uma oficina. Já eram quase 5 da tarde quando a equipe terminou e liberou todos os artistas. NichKhun saiu correndo para casa, que por sorte não ficava muito longe.
******

Victoria desceu para o estacionamento às quatro e meia da tarde, o céu estava assustadoramente negro, ia cair uma chuva daquelas a qualquer momento. Seu celular começou a tocar, era Nana.

— Vic? — Nana parecia ofegante.
— Aconteceu alguma coisa?
— Você está indo direto pra casa não é?
— Pretendo, por quê?
— Descobri que a doida do noticiário é quem está atrás do Khun.
— Ele me disse que recebeu mais uma carta.
— Só isso que ele te disse?
— Tem mais?
— Sim, a mulher furou os pneus do carro dele, e acho que foi ela quem esvaziou os meus. Estou indo a pé pra casa porque já estou perto.
— Sério isso?! — Victoria pareceu realmente preocupada dessa vez. — Então por isso o Khun me pediu pra ir direto pra casa. Porque ela tem o endereço da agência.
— Então eu sugiro que você obedeça, o cara do hospital psiquiátrico disse que ela gosta de coisas pontiagudas...
— Credo, vou pra casa o mais rápido que puder,quer que eu te pegue de carro?
— Não, só vá para casa rápido, você é quem está mais exposta.
— Está bem.
Quando chegou lá viu que seu carro tinha dois pneus vazios.
— Que isso? Será que foi a doida? Mas como ela ia saber que esse é meu carro? De ter sido o G.O, ele queria me dar carona...
— Eu o quê? — ele apareceu de repente.
— Você fez isso não é? — Victoria disse furiosa dando um empurrão no peito dele.
— Dessa vez não fui eu, mas eu deixo você me bater, tapa de amor não dói.
— Mas um roundhouse kick na fuça deve doer o suficiente não é?
— É, isso dói mesmo. — G.O disse, esfregando uma cicatriz rosada na sobrancelha com um dos dedos. — Mas agora você não tem quem me dê um chute em defesa da sua honra. — ele disse aproximando-se dela, e encostando-a contra a lateral do carro para tentar beijá-la.
— Tenho sim!
Victoria deu uma joelhada entre as pernas de G.O, que foi pro chão imediatamente.
— Sacanagem Victoria!
— Foi um mal necessário.
Victoria saiu correndo do estacionamento, tinha meia hora de corrida até o tríplex.
******

O céu desabou por volta das cinco e meia da tarde, desabou com força mesmo, tanto que os três jovens corredores estavam com medo de virarem pára-raios e se esforçaram ao máximo para chegar em casa rápido. Victoria, Nana e NichKhun se encontraram no portão da frente na mesma hora, coincidentemente. NichKhun abriu o portão com a chave, e os três correram para a portaria. Aparentemente o porteiro estava fazendo ronda, porque ele não estava na recepção. De repente a luz caiu e o prédio ficou num completo breu.

— Mais essa agora! — Victoria disse impaciente.
— Vamos ter que subir pelas escadas. — NichKhun comentou, acendendo uma luz no celular.
— Fala sério? — Nana disse.
— O que é que tem?
— São dez andares! Eu vi correndo por uns três quilômetros, deixei minhas pernas no caminho!
— Vai voando então. — disse Victoria.
— Não entendi a analogia com pássaros.
— Melhor que com peixes... — Victoria disse rindo.
— Vamos logo meninas, não sei de vocês, mas eu estou encharcado e com frio. — Precisamos de mais luz, com esse celular não dá.
— Eu tenho isso. — Victoria fuçou na bolsa e tirou uma penlight branca de lá, era a cor do fandom de NichKhun.
— Você tem isso? — NichKhun disse rindo.
— Tenho, por que?
— Achei fofo.
— Ela se lembrou de um vibrador e comprou, isso sim. — Nana disse impaciente, mas rindo.
— Idiota. Vamos subir logo, quero tirar essa roupa...
— Eu também! — NIchKhun disse rindo maliciosamente.
Nana e Victoria deram tapas nele.
— Que foi? Só disse isso porque não quero ficar doente.
— Seu cínico. — Nana disse.

Os três subiram correndo, e chegaram ao ultimo andar arrastando-se no chão de tão cansados. NichKhun abriu a porta e deixou as moças passarem primeiro. Victoria foi na frente deixando NichKhun sem luz. Os três foram deixando as peças de roupa molhada no meio do caminho.

— Ai! — NichKhun disse, caindo em cima nas duas.
— Que foi?
— Tropecei em alguma coisa, não foi nada Vic.
— Então você já pode parar de se segurar em mim.
— Mas eu não estou segurando em nada. Nana?
— Foi mal Vic, achei que você era o NichKhun.
— Péssimo tato o seu, hein?
— Quem é seu personal trainner Vic? — Nana disse rindo.
Os três foram passando de quarto em quarto para trocarem de roupa, já que havia pouca luz. Depois voltaram para a sala.
— Não tem gerador nesse prédio não? — disse Nana.
— Tem sim, mas é lá embaixo.
— Cadê esse porteiro que até agora não ligou essa coisa então? Ele só funciona a base de suborno?
— Do que está falando Vic?
Nana pisou no pé de Victoria.
— Ai! De nada... Só estou impaciente.
— Vou lá embaixo ver o que aconteceu.
— Que isso, você ficou maluco? A doida pode estar lá embaixo! Eu vou com você. — disse Victoria.
— Eu é que não ficou aqui sozinha. — disse Nana.
— Então vamos todos.

Eles desceram até o hall para ver se o porteiro já tinha voltado da ronda. Mas aparentemente não havia ninguém, eles deram a volta no balcão e o encontraram amordaçado.

— O que foi que aconteceu? — disse NichKhun soltando o homem. — Você foi assaltado?
— Não, uma mulher bonita disse pelo interfone que veio de visita para você, e quando eu a deixeiela entrar na portaria, ela me bateu e me amordaçou.
— E você deixou ela entrar sem perguntar quem era? — Victoria disse indignada.
— Mas o senhor sempre recebeu mulheres bonitas no apartamento...
— Viu seu safado! Culpa sua! — Victoria disse dando um tapa no ombro de NichKhun.
— Mas ela não está lá em cima. O apartamento está trancado.
— Então ela está dando um jeito de entrar. — o homem respondeu.
— Onde fica o gerador?
— Na lateral direita do estacionamento interno.
— Eu vou lá ligar.
— Nós vamos com você, vai que a doida está lá embaixo.
— Você está falando muito por nós... — Nana comentou.
— Então fica aí, mas o porteiro não vai te defender, nem ele mesmo se defendeu...
— Estou indo então.

Os três desceram ao estacionamento escuro, e não foi difícil achar o tal gerador. NichKhun pegou a penlight de Victoria para ver aonde estava a alavanca que ligava a máquina. Ele puxou a alavanca, e em menos de um minuto se fazia luz. O problema é que vários aparelhos eletrônicos ficaram meio descontrolados. O elevador indicava estar passando por vários andares aleatórios e o portão externo do prédio abriu sozinho.

— Prontinho. — disse NichKhun. — Agora vamos ligar para o hospital psiquiátrico vir pegar essa maluca aqui no prédio.
Ele saiu na frente, e de trás de uma pilastra alguém pulou no colo dele, quase derrubando-o no chão.
— Meu amor! — disse a mulher, vestida com um sobretudo elegante, Victoria notou ser a mesma mulher do restaurante.
— Quem é essa? — disse Nana.
— Eu posso dizer o mesmo. — disse Kan MinYoun por cima do ombro de NichKhun.
— Acho que essa é a doida. Nós a vimos no restaurante hoje.
— Está me traindo com essas duas? Mas eu te perdôo.
— Perdoar? — NichKhun estava achando tudo muito engraçado, Nana tinha esquecido de falar que ela gostava de coisas pontiagudas e que podia estar armada.
— Por que não larga ela logo Khun?! — disse Victoria.
—Ela tem uma chave-de-pernas e tanto...
— Como sabe disso?
— Sem tempo pra ciúmes Vic.
— Força do hábito. A Nana te disse que ela gosta de coisas pontiagudas, do tipo faca?
— Sério? — ele disse derrubando a moça no chão. — Nesse caso...
— Ahá! Viu como foi fácil largar da maluca? Viu como era você que estava de safadeza?
— Adrenalina Vic, aumenta a força.
— Sei... — disse Nana.

Kan MiYoung se levantou rápido e sacou um punhal miniatura do bolso, parecido com o que tinha usado para fincar a carta no pneu do carro de NichKhun.

— Quer saber, eu vou matar vocês todos! — ela disse, avançando alguns passos.
Mas o punhal era tão pequeno que soou mais ridícula que ameaçadora.
— Você não era apaixonada por mim? Vai me matar por quê? — disse NichKhun,segurando para não rir.
— Porque agora eu tenho outro pra amar, meu bias G.O está de volta...
— Aí Victoria, parece que você tem concorrência.
— E essa agora... Pode ficar como ele todinho, aproveita e leva a faca...
— Mas antes vou matar vocês? — a mulher voltou a avançar mais uns passos.
— Espera, espera, espera! Vai me matar com essa faquinha de passar manteiga?
— Não abusa da sorte Khun. — Nana disse, rindo.
— Essa faquinha na jugular faz estrago. — e a doida avançou de vez.
Victoria e Nana gritaram, só que a moça caiu feito pedra no chão e ninguém entendeu bem o que tinha acontecido, até que viram uma sombra armada descendo a rampa do estacionamento.
— TaecYeon? — disse Nana, vendo aparecer sob a luz, ele carregava uma arma de tranquilizantes.
— Eu mesmo.
— Como chegou até aqui?
— Eu tinha o endereço esqueceu? E o porteiro ligou para eu vir buscá-la.
Nana achou estranho ele não perguntar o porquê de ela estar ali, mas nem perguntou, sabia que aquela mente era incapaz de ligar os pontos.
— Você salvou minha vida.
— Não foi nada, você me deu um autógrafo e eu salvei sua vida,estamos quites, não? — ele disse como se fosse a troca de gentilezas mais natural do mundo. 
Victoria riu alto.
— Alguém aqui precisa rever prioridades. — ela disse.
— É TaecYeon, estamos quites. — Nana respondeu rindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Triplex" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.