O Mistério De Uma Lembrança escrita por Emmy


Capítulo 18
Capítulo 17 - Sensações


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a L Cullen - Sem Palavras Pela Recomendação! Simplesmente Amei ♥



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PDV - Alice

Alguma coisa está acontecendo! Posso sentir! Não sei ao certo dizer do que se trata, mas tem algo a ver com Bella – minha cunhada falecida.

Tenho a sensação de que muito em breve teremos uma grande surpresa.

– Amor, você está bem? – Senti os braços de Jasper circularem minha cintura.

– Estou sim – Acariciei suas mãos. – É só mai uma sensação que me abateu.

– Fique tranqüila que logo passa – Beijou meu ombro e voltou a dormir, já eu permaneci deitada olhando para o teto tentando entender a mensagem que meu coração queria me transmitir. Foi bem complicado e acabei desistindo ao me render ao bom e velho sono.

Acordei com uma ansiedade além do normal. Sai para correr, arrumei meu closet, respondi e-mails e tomei um merecido café da manhã. Tudo com o intuito de me acalmar, mas foi em vão.

Depois de um belo banho relaxante, senti uma enorme vontade de ver meu sobrinho. Levarei Thomas para almoçar fora e aproveitarei para fazer compras.

(...)

– Alguém em casa? – Perguntei ao passar pela porta da frente e adentrar a enorme sala da residência dos Cullen. Mamãe e eu sempre trocamos a decoração a cada cinco meses. Adoro essa atividade entre mãe e filha. E por conta disso me formei em design e moda. Sou fascinada pelo o que faço e não é a toa que hoje em dia meus serviços são bastante requisitados. Quando fazemos algo com amor e dedicação, os frutos sempre saem os melhores.

– Alice, minha filha! – Mamãe apareceu segurando um vaso de flores (outra paixão sua) e assim que me viu o deixou em cima de uma mesinha, vindo ao meu encontro de braços abertos. – O que lhe trás até aqui?

– Vim fazer uma visita a meus amados pais e saber como está o meu Thomy.

– Eu e seu pai estamos bem, mas não posso dizer o mesmo sobre Thomas.

– E porque diz isso? – Me sentei no sofá confortável de couro preto enquanto aguardava uma explicação.

– Desde que Edward viajou para Seattle, ele está deprimido.

– Deve ser a saudade – Deduzi. – Há quanto tempo ele já está lá?

– Acho que irá fazer um mês.

– É bastante tempo – Coloquei um dedo embaixo do queixo, pensativa. – O que será que aconteceu?

– Não sabemos. Quando Edward nos liga fala só o básico.

– Estranho... – Sussurrei para mim mesma.

– Os negócios devem estar indo muito bem por lá.

– Aposto que estão. Mas algo a mais acontecendo. Posso sentir.

– Alice, não vamos ficar nos intrometendo na vida do seu irmão. Ele já é bem grandinho.

– Mamãe por que não admiti que ainda está magoada por ele ter mudado tanto?

– Alice eu já superei a má fase de Edward.

– Então porque não parece que superou?

– Eu só fico preocupada com as atitudes que ele pode tomar.

– Não fique. Apesar de o Edward ser meio sem juízo ele não faria nada de inconseqüente porque tem o Thomas.

– Isso é verdade. O Thomas é tudo na vida dele.

– É por isso que acho estranho ele estar demorando tanto para voltar.

– Tia Lice!! – Thomas apareceu carregando o seu inseparável leão de pelúcia (que para mim já está fora de moda). Já lhe ofereci outros bichos bem melhores, mas ele nunca aceitou. Puxou o gosto do pai. Fazer o que?

– Thomy meu amor! – O abracei apertado. – Como você está?

– Quero o meu papai, tia Lice – Fez um bico que partiu meu coração.

– Ele também o quer, meu amor – Alisei seus cabelos sedosos (pelo menos ele puxou isso de bom do pai).

– Então porque ele não volta?

– Eu não sei lhe responder – Queria tanto poder dizer que Edward voltará amanhã, mas mentir só piora as coisas.

– O papai não gosta mais de mim – Concluiu fazendo uma careta de dor e começou a chorar. Detesto ver as pessoas tristes, ainda mais quando se trata do meu pequeno Thomas.

– Não diga uma coisa dessas, meu amor! – Repreendeu mamãe sempre com carinho. – Seu pai o ama desde que soube que a sua mãe estava grávida.

– O que é gávrida? – Perguntou enquanto coçava seus olhos vermelhos pelo choro.

– Se diz grávida com grá e não gávrida – Apertei levemente a sua bochecha. Acho tão fofo o modo errado como as crianças pronunciam algumas palavras. – E significa que a mulher está esperando um bebê.

Thomas apenas nos observou parecendo querer tempo para entender tudo o que dissemos.

– E onde o bebê fica?

– Ele fica na barriga da mãe.

– E como eu entrei na barriga da minha mamãe?

– É... – Olhei para mamãe que me encarou de volta. Esse tipo de conversa são só para os pais.

– Thomas você não quer um pedaço de bolo de chocolate? – Mamãe sugeriu para encerrar nossa breve conversa.

– Quero muito vovó! – Thomas saltou do sofá e saiu correndo.

– Thomas! – Mamãe o seguiu com pressa o que me fez rir. Esse garotinho não é fácil!

(...)

Quando voltei para casa, estava decidida a saber o que de fato se passa com Edward. Algo o está impedindo de voltar e preciso descobrir o que!

Será que ele se meteu com alguma mulher que o fez se esquecer que tem um filho e família?

Ou pior!

Ele se meteu com alguma mulher comprometida e o marido se vingou.

– Alice, não pense besteiras – Ri da minha imaginação fértil, que as vezes só me faz ficar nervosa.

Comecei a andar de um lado para o outro a fim de conseguiu uma solução. Já estava quase jogando a toalha quando bateram na porta.

– Emmett? – O olhei surpresa. Raramente ele aparece, e quando isso acontece sempre está acompanhado pela Rosalie. – Você por aqui?

– Não me olhe como se eu fosse um fantasma! – Entrou sem nem ao menos pedir licença. Típico do Emmett.

– Não estou falando nada seu Mané! – Me sentei. – Só quer saber o motivo para você ter vindo até aqui.

– Preciso... Da sua ajuda – Sussurrou parecendo envergonhado.

– Você o que? – Me fiz de surda só para ouvir novamente seu pedido. Coisas assim são bem raras.

– Não me faça repetir – Disse entre dentes.

– Emm não é assim tão difícil. É só pedir – O incentivei. – Repita comigo. Preciso...

– Eu preciso da sua ajuda! – Quase gritou o que me fez segurar uma risada.

– Bom garoto! – Dei-lhe uns tapinhas nos ombros largos. – Agora é só falar.

– A Rosalie não quer falar comigo – Desabafou.

– Eu pensei que ela tinha superado a briga de vocês.

– Pois é. Eu também, mas agora ela voltou a fechar a cara.

– Algo você deve ter feito para deixá-la assim.

– Esse é o problema. Eu não faço a mínima idéia.

– E para descobrir o motivo, você quer que eu converse com ela?

– Exatamente.

– Verei o que posso fazer por você, meu amigo Emmett.

– Por favor, Alice. Você sabe que eu não consigo viver sem a minha Rose.

– Ok. Agora para de choramingar e me dá licença que preciso agir.

(...)

– Então me deixa ver se entendi – Pedi um tempo para Rosalie depois de ter ouvido todas as suas reclamações. – O Emm te deixou sozinha por uma semana para ir ficar com o Edward em Seattle. E tudo só porque o Edward pediu?

– Foi isso mesmo.

– E porque está chateada?

– Porque sinto que há mulher no meio dessa história.

– Acho que o Emmett não seria capaz de te trair. Ele realmente te ama – Disse com certeza ao me lembrar dele todo choroso com medo de perder a esposa.

– Mas o Edward o influencia muito.

– Amigos sempre acabam indo pela cabeça do outro. Mas ainda acho que o Emm é inocente.

– Não sei não Alice. Enquanto não saber o que esses dois aprontaram em Seattle, não descansarei em paz.

– Se quiser posso descobrir tudo e depois te contar.

– E como pretende fazer isso? – Me olhou curiosa.

– Quanto aos meus métodos, pode ficar tranqüila. Só aguarde pelos resultados.

– Alice só não vá aprontar muito, ok?

– Confie em mim – Pisquei sorrindo com as idéias que fervilhavam minha mente.

(...)

– Alice porque você está indo para Seattle? – Jasper questionou enquanto eu fazia as minhas malas.

– Amor, eu preciso resolver alguns assuntos por lá – Acariciei seu rosto na tentativa de acalmá-lo.

– E esses “assuntos” são confidenciais?

– Ok – Fiz uma pausa. – Você quer saber o motivo da minha ida, certo?

– Com certeza! Sou seu marido e mereço no mínimo explicações.

– Vou para ajudar a Rosalie a descobrir se o Emmett a traiu.

– E como pretende fazer isso? – Me encarou desconfiado.

– Amor, em todos esses anos que estamos juntos, você ainda não conhece todos os meus truques?

– Alice esse assunto cabe somente ao casal lidar. Não devemos nos meter e a Rosalie precisa confiar em seu marido – Jasper sempre politicamente correto. Mas não posso reclamar. Adoro seu jeito clássico.

– Jazz não é só por isso que estou indo.

– E qual é o outro motivo?

– Quero saber o porquê de o Edward estar demorando tanto para voltar.

– Se quer saber, porque simplesmente não telefona para ele?

– Não é tão simples assim. Pelo celular ele pode mentir. Preciso vê-lo pessoalmente para ter certeza.

– Amor, o porquê disso tudo? – Perguntou parecendo preocupado.

– Sinto que ele está escondendo algo de nós. Tenho que saber o que.

– E se ele não quiser contar? Você precisa respeitar o espaço dele.

– Jazz, você não entende – Já estava desistindo de tentar me explicar.

– É claro que eu entendo só não aceito.

– Então me deixe ir. Prometo não fazer nada de imprudente.

– Tudo bem – Respondeu após alguns segundos. – Faça o que tem que fazer, mas caso esteja errada não quero que fique mal por isso. Ok?

– Tudo bem – Sorri. – Sei que não estou errada.

Ele riu me puxando para um beijo. – Minha baixinha teimosa. Você sabe que eu te amo, não sabe?

– Pode apostar que sei – Ri de seu aperto. – Sei muito bem!

(...)

Agora aqui estou eu na sala de embarque só esperando. Me despedi do Jasper em alto estilo e assegurei a Rosalie para não contar nada a Emmett, muito menos a Esme e Carlisle.

Quero que seja surpresa quando voltar com as novidades. Só espero que algo de bom esteja por trás disso tudo.

Mas realmente sinto que é mulher. Edward não me engana. É triste ter que vê-lo até agora se afogando em mágoas pela morte de Bella. Entendo o quão difícil é lidar com essa situação – ainda mais tendo um filho, porem ele precisa erguer a cabeça e dar a volta por cima. Aposto que se Bella estivesse viva, gostaria de saber que Edward seguiu em frente e que é feliz.

Essa era minha adorada amiga e cunhada. Sempre tão prestativa e preocupada com o próximo. Foi uma perda enorme para todos. A vida realmente é uma caixinha de surpresas, e a qualquer momento pode acontecer algo – tanto de bom quanto de ruim. O mais complicado disso tudo é saber lidar com cada situação.

A morte é um dilema que infelizmente ninguém tem a resposta.

Atenção senhores passageiros com vôo destinado a Seattle por gentileza embarcar no portão 10.

É a minha deixa.

Peguei minhas malas indo em direção ao portão informado.

– É isso ai Alice! – Respirei fundo tentado dissipar a estranha sensação que me abateu. Nessas horas odeio ser tão sensível.

Ignorei tudo e subi pela escada até entrar no enorme avião. Andei pelos corredores e consegui achar sem dificuldade a 1ª classe.

– Badalada Seattle, ai vou eu! – Anunciei em pensamento ao me acomodar na poltrona que seria minha pelas próximas duas horas.


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Notas finais do capítulo

Cá estou eu novamente
Peço desculpa pelo atraso!
Pois bem. Mais uma vez quero agradecer os reviews! Cada comentário me dá um animo para continuar firme e forte! Então não deixem de deixar suas opiniões, criticas e sugestões é claro!
Sinto decepcionar - tento dar o meu melhor a cada capitulo, mas se caso isso não acontecer só posso pedir desculpa e dizer que melhorarei (Assim desejo)
Cada detalhe tem sua importância para os demais acontecimentos, então tenham calma que mais cedo ou mais tarde tudo se acertará ;D
Leitoras novas sejam muito bem-vindas e voltem sempre!
Participem do grupo que fiz no facebook para essa estória -https://www.facebook.com/groups/261327337282833/261777023904531/
Desde já sinto decepcionar por este capitulo.
É isso amore's!
Boa leitura e até mais!
Beijo grande!
PS - Recomende caso esteja gostando ^.^
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