Infernal Love escrita por juhpiazza


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

primeira fic, peguem leve :33



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 POV - Niall Horan

22 de novembro de 2011 - 11h45min a.m.

      Londres - Inglaterra

 Sentei-me atrás de algumas plantas, bem a frente daquela casa. Eu estava ali agachado já havia algumas horas. Mas a luz do quarto, que eu supunha ser o dela, continuava apagada com as cortinas bem fechadas e ela não havia saido de casa. Um homem havia saido. Eu supus que era seu pai. Então fiquei mais a vontade, mas continuava a espreita.

Eu não sabia o que ia fazer quando ela acordasse. A resposta por toda essa demora era simples. Ela estava de férias. Eu havia sido tolo por ter ido tão cedo para lá. Mas o medo de perder a oportunidade era maior do que perder algumas horas de sono. Então continuei ali. Esperando.

Quando eu havia desistido e estava prestes a atravessar a rua, a janela se abriu. O quarto se iluminou e eu tive certeza que aquela era a hora. Sorri. Segui para a porta, atravessando a rua com passos cautelosos. Eu sabia que não havia motivo para ter ficado a espreita. Podia simplesmente ter tocado a campainha e a acordado. Mas não. Ninguém em sã consiencia tocaria a campainha as 08:30 a.m. Ninguém. Então preferi esperá-la acordar.

Eu estava receoso. Não sabia qual reação ela teria, se ela se lembraria de mim. Isso nunca havia acontecido antes, mas eu não queria me arriscar. Estava sendo tudo muito rápido dessa vez. E dessa vez, eu era a peça principal. Eu era o caçador. Ela era uma simples e inofensiva caça.

 Toquei a campainha duas vezes. Tudo permaneceu em um silêncio mortal, até eu escutar os passos chegando cada vez mais perto da porta. O tempo pareceu desacelerar. Parecia um último aviso mortal de quem quer que seja, para eu sair dali agora e não perturbá-la. Para eu não ousar falar com ela. Eu não me importei. Apenas soltei um riso baixo já acostumado com esse tipo de força convidativa.

 A porta se abriu com um rangido baixo e a figura apareceu. Ela tinha as mesmas feições que eu já havia conhecido ao longo de muitas décadas. Mas também reconheci a diferença de seu rosto. Era um dos mais belos que eu já havia visto, e eu já havia visto muitos rostos belos. Ela tinha uma beleza diferente. Era pura. Uma beleza ingênua. Não pude conter um sorriso ao ve-la tão perto de mim novamente. Mesmo que eu soubesse como aquilo ia acabar, era bom tê-la ali.

Ela mal sabia o que ia acontecer. Que seu sangue ia jorrar em pouco tempo e que ela não ia mais ver esse maldito mundo novamente. Ela mal sabia o que ia acontecer.

Eu mesmo mataria ela rapidamente. Assim acabavamos de uma vez com todo esse tormento. Mas, “o chefe”, gosta de brincar com a caça. Gosta de ver ela sofrer e implorar por morte. Por isso tinhamos que ir aos poucos. Molda-las, para o golpe final.

 - Quem é você? – a voz era a mesma. Melodiosa e fina.

 Analisei-a sem me preocupar em responder rapidamente. Ela tinha os cabelos castanhos ondulados caindo em cascata pelo seus ombros, ainda um pouco bagunçados. Os olhos eram completamente verdes. Os traços eram delicados, como se ela fosse uma boneca e quebrasse com um simples aperto.

 Eu podia fazer isso.

Ela ainda usava seu pijama. Um conjunto com uma regata pequena de mais e um shorts curto de mais, que deixavam suas curvas a mostra. Lindas curvas. Ela sempre fora linda. Dessa vez, ela estava diferente. Não sei se era algo como a expressão dos olhos ou mesmo sua cor. Mas ela estava mais bela do que eu jamais a havia visto.

 Escutei um pigareio baixo e notei que eu ainda estava analisando suas pernas.  Sorri.

 - Sou Niall. Estou aqui por causa do anúncio.

 - Anúncio? – ela pareceu levemente confusa e as sombrancelhas se juntaram. Aquela expressão que eu já a vi fazendo tantas vezes. – Ah, sim! Do jornal. Meu pai não está... er, Niall. Acho melhor você voltar mais tarde.

 - Não me preocupo em esperar.

 Entrei na casa sem esperar por qualquer permissão. Eu não conseguia me livrar daquela petulância. Sentei no sofá e notei que ela ainda estava parada na porta.

 - Ei, não sou um louco maníaco. Fique tranquila.

 Vi ela relaxar os ombros com a minha afirmação. Ela fechou a porta e se virou. Eu não menti. Eu não era um “louco maníaco”.

Era pior.

 - Você quer alguma coisa? Água, café, chá? – ela pediu botando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Aquilo que ela fazia sempre quando estava nervosa.

 - Não, tudo bem.

 - O.k. Eu vou subir, para me trocar. Volto já.

 Eu acenti e ela subiu as escadas aos pulos.

 Olhei o comoda a minha volta. Tudo estava praticamente igual ao ultimo dia que eu estivera ali. Não fora um dia agradavel para a família dela. Mas para mim, foi um dos melhores da minha inútil existencia. Eu ainda podia escutar os berros da mulher ecoando nos meus ouvidos enquanto a sua vida lhe era tirada. Escutava os choramingos do bebê que não sabia o que estava acontecendo.

 A última facada foi dada na mulher quando escutamos a porta de um carro bater na frente da casa. Os olhos do bebê se iluminaram, parecendo saber que o pai dela se aproximava e podia salvá-la. Larguei a criança no mar de sangue que se encontrava entre o corpo e o braço da sua mãe. A criança a cutucou, parecendo querer saber se a mãe acordaria e limparia a roupa suja de, tinta talvez. Eu sorri. Eu e mais os três que haviamos ido até lá, estavamos sujos de sangue, o sangue da mãe dela. O berreiro da criança preencheu a casa quando ela notou que a mãe não acordaria. Saimos de lá assim que o pai dela abriu a porta:

 - Natalie? NATALIE! – ele berrava tentando acordar a mulher.

Em vão.

 Voltei a realidade enquanto ela caminhava lentamente até o sofá em que eu estava sentado. Ela me analisava. Era arriscado, me mandar ali sendo que ela já havia me visto quando tinha apenas dois meses. Mas, técnicamente, eu havia a matado. Ou uma parte dela. Ela sentou ao meu lado. Com um grande espaço de distância. Não pude conter o sorriso.

 - Então, qual é o seu nome? – perguntei chegando um pouco mais perto.

 -  Alana. – ela botou uma mecha atrás da orelha novamente. E eu sabia que aquela mesma mecha ia voltar a cair em poucos segundos. – Você não é daqui, é? Seu sotaque... É diferente.

 - Não. Sou irlandês. De Mullingar. Mas como você está em casa sozinha? Onde está o seu namorado? – Eu sei, não poderia ter dito algo pior. Mas eu não havia achado outro assunto consideravelmente bom.

 Avançei e sentei ao seu lado. Ela sorriu, sem recuar.

 - Não tenho nenhum.

  Pronto, feito.

 A presa havia caido na armadilha do caçador. E ela estava em minhas mãos.


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Notas finais do capítulo

sei que ficou meio macabro. mas vai ficar por assim até tudo se ajeitar, dai acho que fica um pouco pior IHDANLDHDSALKDS
enfim, espero que vocês gostem, e comentem! tudo é bem vindo (: