O Conto Da Morte E Do Fênix. escrita por La-Fenix


Capítulo 1
Uma Conversa com a Morte.


Notas iniciais do capítulo

Uma vez eu tive um sonho, que eu decidi ser a base para essa história.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196646/chapter/1

Era uma noite fria e nevoenta, em Edimburgo, normalmente em uma dessas as pessoas estariam em casa, ou em algum bar para esquentar a alma com um bom uísque forte. Mas eu estava sentado em um banco de parque gélido a espera de uma pessoa importante.

A noite estava especialmente iluminada pela lua, e possuía o odor agradável de Damas-da-Noite que cresciam no parque. Fiquei me deliciando com os encantos da noite por alguns minutos até sentir dedos frios roçarem no meu pescoço:

–Que bom que você veio achei que estaria ocupada. -Falei para a recém-chegada sem deixar de olhar para a lua.

–Também achei que estaria... Mas eu não sou de faltar em compromissos se é que me entende. - Disse a voz feminina atrás de mim com um típico tom fino, e sarcástico.

–Não vai se sentar Dama-Que-Todos-Conhecem? –Falei indicando o espaço vaga ao meu lado.

–Me chame logo de morte ou invente um apelido, você sabe como ser chamada de ‘Dama-Que-Todos-Conhecem’, me irrita. –Falou a mulher que se sentava ao meu lado, ela era de um branco cadavérico, tinha cabelos negros como carvão e olhos de um azul tão claro que eram quase violeta, seus lábios tinham um tom meio azulado, como se estivesse com frio, ela vestia um manto negro que se arrastava pelo chão, e tinha mangas que cobriam as mãos.

–E que tipo de apelido eu devia dar, para a morte? –Indaguei com um sorriso no rosto.

–Não haja como se fosse a primeira vez que me apelida. –Disse a morte com um tom de falso descaso, sua figura de entidade etérea não lhe caia bem ela tinha os trejeitos de uma mulher normal e não exalava nenhuma aura maléfica ou sinistra - Se não me engano nessa vida você se tornou botânico, me dê um nome de flor.

Assenti, e pensei por um minuto revisando os nomes de flores que eu conhecia, até que por fim disse:

–Que tal... Crisântemo?-Como ela sempre soube da minha vida, isto pra mim continua um mistério.

A dama de negro me olhou com escárnio e disse:

-Que raio de nome é esse?-Sobrepus minha mão no seu rosto e me aproximei de seu rosto frio até encostar seus lábios finos nos meus.

O beijo de Crisântemo, apesar de gelado, estava cheio de amor e ternura, e se seus lábios não estivessem presos á eternidade juntamente com o seu coração eu poderia sentir alguma vivacidade vindo dos mesmos. Separei-me do beijo e encostei a minha testa com a da minha eterna dama:

-Um crisântemo simboliza o ‘estar apaixonado’... -Crisântemo tinha um brilho bonito no olhar. Há muito tempo as minhas memórias estavam impregnadas com aquele olhar, todas as minhas encarnações foram amantes da morte e eu não era a exceção.

Crisântemo se afastou um pouco envergonhada e falou um pouco cabulada:

-Você me mandou aquela mensagem por um motivo, você está com problemas?-Aquele jeito prestativo dela não mudava nunca.

Peguei a sacola de papel pardo que havia escondido embaixo do banco e de lá tirei um buquê de cravos vermelhos, que entreguei aos dedos frios e brancos de Crisântemo.

–Eu já devia saber depois de mais de dois mil anos de relacionamento que você me daria alguma coisa. –Disse Crisântemo com um sorriso depois de cheirar os cravos. –Prometo que não as deixarei morrer.

Não me contive e comecei a rir:

–Porque está rindo?

Respondi ainda rindo:

–É a morte falando que não vai deixar algo morrer! –Mal acabei de falar e ela me deu um soco no braço.

–A maioria das almas vai para o limbo sozinha para ser julgada, mas tem algumas que eu tenho que levar pelos meios não convencionais. Eu não mato todo mundo caramba! Você ma faz sentir como uma assassina serial!-Ela brigava comigo de uma maneira tão casual que chegava a ser engraçado.

Repentinamente Crisântemo se levantou colocou as flores em uma manga e na outra tirou uma foice que era duas vezes maior que ela. Só o tamanho daquele objeto era sobrenatural e eu tinha a impressão que mesmo querendo eu não conseguiria levantá-la, apesar de a mulher manuseá-la com facilidade.

-Hoje eu vou ter um problema daqueles pra resolver.-Seus olhos mudaram de azuis para um tom de vermelho sangue.

–Para onde você vai?!

E ela me respondeu com um olhar psicótico:

–Londres, Inglaterra. E só para constar é urgente. –Dito isso soltei o seu braço, e em seguida ela girou a foice na mão e cortou um circulo negro no ar. –Depois a gente continua.

No mesmo instante Camélia entrou no buraco e ele se fechou em seguida.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dei uma reescrita na história se ela melhorou ou não... Enfim achou que ninguem vai notar...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Conto Da Morte E Do Fênix." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.