Ela me puxou pela mão com Marlene logo atrás de nós. E me levou aaté o outro lado do lago.

- Ah, fala sério!

Eu disse. Snape estava fazendo Alice levitar.

“Droga” – pensei – “Eu já vi essa cena. E odeio Déja Vu’s”.

- LARGUE ELA SNAPE! COM CUIDADO!

Eu disse, e ele a largou. Graças aos céus, ela não me xingou, só sorriu e murmurou um ‘obrigada’.

- Ora ora, vejam só quem está aqui! Lily Evans!

Metade do público riu. “Droga, também não sou mais popular. Isso não é bom” pensei.

- Então Evans, o que a traz aqui?

Ele perguntou. Encarei-o com puro ódio. Puro...

- Vim ajudar minha amiga.

- Ótimo, já ajudou.

Ele fez um feitiço e de repente Sirius estava no ar.

- Seu Merda! Me põe no chão! – Disse Sirius. Snape riu.

- Não estou com vontade Black.

“Ah droga. Tudo virou do avesso!” pensei. Ok eu estou falando muito comigo mesma.

- Solta ele Severus!

Eu disse. Snape me olhou parecendo muito o Sev de antes.

- Do que me chamou, sua sangue-ruim?

Marlene ofegou. Eu não perdi a pose.

- Te chamei de Severus.

Eu disse, confiante. A guarda dele estava baixando.

- E quando foi que eu deixei você ter toda essa intimidade comigo

?

- Desde que éramos amigos.

Eu disse, e ai a guarda dele caiu. Ele se distraiu e Sirius caiu.

- Obrigado Evans.

Murmurou ele, e logo saiu com sua trupe. Severus logo se recuperou.

- E desde quando eu sou amigo de uma sangue-ruim como você Evans?

Eu tinha que arriscar.

- Desde que me viu fazendo magia com Túnia.

Ele ficou estático e eu murmurei:

- Até logo Severus. Vamos garotas.

Emme, Marlene e Alice me seguiram. Eu estava disposta a ver algo da minha realidade nos outros.

“Severus Snape – Visto”.

- Alice, eu acho que o Frank pode gostar de você se você sair dessa fossa. Sabe, garotos gostam de meninas confiantes – ela sorriu radiante.

- Acho que você pode ter razão Lils... Até logo.

Ela saiu sorrindo e assobiando. “Alice Meane – Visto”. Emmeline me olhou incrédula.

- O Frank? Gostar da Alice? Sem ofensas Lils, ela é bonita e tal mas... Ele é o Frank Longbottom!

- Emme, eu sei que pode acontecer, eu...

- Não diga que viu no seu sonho Lils, foi só um sonho!

Me irritei um pouco mas... “Emmeline Vance – Visto”... Ela me lembrava a Emmeline de antes.

- Talvez... Talvez a Lily tenha razão. Afinal, não é impossível.

Disse Marlene, e eu sorri. Não lembrava muito a Lene de antes, mas gostei da contribuição. Emme parecia irritada.

- Olha, foi mal, mas seu sonho é muito estranho Lily. Foi mal. Mas eu não vou acreditar nisso.

Ela disse irritada, e depois saiu. Suspirei.

- É, agora sim parece a Emmeline de antes.

- Lily?

Perguntou Marlene, tímida. .Voltei minha atenção para ela.

- O que foi, Lene?

-Esse seu sonho...

- Não foi um sonho, Lene. Foi o mundo no qual vivi por dezesseis anos. Quinze, na verdade. Essa aqui é uma realidade paralela louca – ela sorriu.

- E como era a outra realidade?

- Bom, existia um garoto da nossa idade, James Potter. Ele era legal e tinha um grupo, os marotos.

- Por isso perguntou sobre os grupos? - assenti e continuei.

- Nesse grupo estavam James Potter, Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew.

Fui contando tudo para ela e acabei descobrindo algumas coisas também. Peter era um excluído da grifinória e não falava com ninguém. Tinha notas baixas e se excluía. Snape parou de falar comigo no segundo ano e virou o rei da escola. Dorcas brigou comigo, Emme e Lene quando... Bem, ela discutiu porque queríamos entrar na sala e ela não deixou. Inimizade boba.

- E – ela finalizou – o Black é o galinha do mundo.

- Hunf. Isso eu já sabia.

- Mas – ela disse, sorrindo marota. – O Black é gostoso, admito.

Ela terminou a frase corando, e eu gargalhei. “Marlene McKinnon – Visto”. A única diferença é que essa Lene corou.

- Agora sim parece a Marlene que eu conheço. Corajosa e safada – ela riu.

- Deve ser legal ser assim.

- Então seja! – ela riu novamente.

- Vou tentar Lils. É, você vai levar essa escola a loucura...

- Vou mesmo Lene, vou mesmo...

E fui rindo com ela até o salão comunal.