P.O.V JUSTIN

“Ninguém me entende quando eu aumento o rádio
A vida que eu levo nego pensa que é fácil
Ninguém me entende quando eu aumento o rádio
E fico rebolando na frente do espelho
Ninguém me entende quando eu aumento o rádio
A vida que eu levo nego pensa que é fácil
Acordar, lavar, varrer, passar
De cabelo em pé assim ninguém me quer
A unha cruz credo né?
Ainda tenho que aturar a família do mané
Faz isso, faz aquilo, nhanhanhanha, o paciência
Eu deixo tudo limpinho, você bagunça tudinho
Assim eu não aguento mais
Eu quero ser famosa, ser uma grande artista, gravar comercial,ser capa de revista
Eles vão ver só quando minha música tocar, vou dar maior gritão,Ahhhhh”

Não entendi bem o que era. Mas era uma mulher quem cantava, provavelmente em português.

Fui andando em direção á sala junto a pequena, e então minha boca caiu.

May pulando em cima do sofá com um short BEM pequeno de malha, uma camiseta regata branca que deixava a amostra uma parte da barriga, com um espanador na mão cantando a música junto a Lucy que passava pano no móvel ao seu lado cantando empolgada.

-May, Justin está aqui –Anne passou por mim indo pegar um paninho também

-O que? –ela abriu os olhos e olhou em minha direção, ri. Ela levou um susto tão grande que caiu para trás do sofá. Paramos todos nós de rir. Lucy desligou o rádio enquanto eu me apressava para ver May estirada no chão. Ajoelhei ao seu lado. Ela abriu os olhos me olhando e murmurando um ‘’ai’’ bem baixinho

-Você está bem ?–perguntei sorrindo de lado

-Preferia não ter passado por isso –ela riu fraco. Não aguentei, soltei uma gargalhada

-que ótimo que te divertiu –ela disse brincalhona

-Não é isso –Me levantei ainda rindo um pouco e estiquei a mão para ela, que pegou sem hesitar –quer dizer, foi mesmo ótimo. Vi um show grátis –ri

-Ai, trouxa –ela revirou os olhos rindo e se levantou

-O que faz aqui?

-ué. Combinamos de sair hoje. –ela arregalou os olhos e colocou a mão na boca

-Pior. Mas nem combinamos hora –ela fez bico

-A hora é agora, gata –pisquei. Ela riu alto.

-Hã... Ok. Eu vou tomar um banho e já volto –ela saiu correndo. Foi inevitável olhar seu corpo, mas logo me toquei da canalhice que estava fazendo e desviei o olhar.

-Opa, e aí Justin? –Tom disse me cumprimentando com a calça toda molhada

-Hey, cara! Onde estava? –arqueei as sobrancelhas

-Lavando o quintal.

-Perdeu a cena! Tava cantando Kelly Key com a May e ela dando maior show quando o Justin chegou ela foi com tudo pro chão –Lucy disse rindo. Ouvi a gargalhada de Tomas e foi impossível não rir ao lembrar da cena.

-EU PERCO AS MELHORES COISAS! –Tomas colocou as mãos para o ar

-Maldade, hein –comentei

-Maldade seria contar, que ela fala de você todo tempo –Tomas sorriu perverso

-Eu não estaria participando da malvadeza se perguntasse o que ela fala, estaria? –sorri

-Acho que não, né Tom? –Lucy entrou na brincadeira

-Não. Nem um pouco.

-Sendo assim, ela diz que seu cabelo é muito perfeito, sua cor favorita é roxo, seus olhos tem uma cor incrível e tudo desde o fato de você respirar –ri alto

-Vocês são maus. Deixa a irmã de vocês saberem da fofocaiada –semicerrei os olhos

-Então estaremos Kits –Tom disse simples

-por que?

-Ela falou da minha amiga pra meia população –tom revirou os olhos

-AMIGA? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK VOCÊ AMAVA ELA! –lucy se acabou de rir. Tentei disfarçar que estava rindo, mas foi meio falho.

-Ô LUCY, OLHA VOCÊ TAMBÉM! –Tom gritou

-Mas aí eu também vou estar kit com ela. –lucy disse também simples

-Por que?

-Porque ela não quis me emprestar a maquiagem dela. E disse que uma mulher de verdade não precisa de maquiagem pra ficar bonita.

-Aí eu concordo com a May. Você é muito novinha pra usar maquiagem. E nem precisa também

-Ow, ow. Você ta muito atirado! Decide se vai tentar com a mais velha ou a do meio. De preferencia, nenhuma –Tom disse sério. Ri

-Não é isso. É que de verdade, a Lucy não precisa de maquiagem. –ri sem graça

-Aham. Vai nessa! –tomas estreitou os olhos e riu em seguida

-nem liga, Justin. Tomas acha isso de todo garoto.

-Mas nem todo garoto fala da May para os pais –Tom e Lucy riram

-como é?

-A gente sabe Justin. May é linda, May é talentosa com animais, crianças e desenhos. May dança muito  e bla bla. A gente ficou com seus pais um pouquinho e eles falaram –tom sorriu

-Véi, na boa.

-Mas relaxa. Ela nem sabe.

-então, bora deixar isso pra lá –rimos

-O que você veio fazer aqui? –tom perguntou

-ele veio levar a May pra sair! –Lucy disse fofa e piscando

-AH MEU DEUS. VOCÊ TA SAINDO COM A MINHA IRMÃ?!?!

-o que? –ri

-NÃO ACREDITO! CARA ACORDA. É A MAAAAAAAAAAAY!

-Mas tomas...

-ELA USA SUTIÃ! –Tom se desesperou

-Não tem... mas isso é normal com as meninas –acabei me distraindo

-QUE SEJA! ELA É A MAY! Sai dessa vida ,cara! –ri

-Olha Tom, fica calmo. Eu não estou em um relacionamento sério com sua irmã

-ENTÃO É SÓ CURTIÇÃO? –ele arregalou os olhos

-Não! Não é nada. Na verdade, é só amizade. Entendo que você não a veja com os mesmos olhos que os meninos já que ela é sua irmã. Mas VÁRIOS garotos suspiram por ela.

-E você é um deles ,por um acaso? –ele arqueou as sobrancelhas

-não –ri

-digo nada mesmo –Lucy disse balançando a cabeça negativamente

-o que querem dizer com isso?

-Nada, nada não –os dois disseram juntos e riram

-vocês são fogo! –revirei os olhos rindo

-E vocês sabem que essa saída tem um motivo, certo? –disse me lembrando o porquê.

-uh! É Hoje?  -Lucy saltitou

-Yep! –Sorri

-Só quero ver a cara dela quando você mostrar –ri

-Pronto –May disse pulando o ultimo degrau da escada. Sorri quando ela levantou o olhar pra mim

-Vamos, então?

-só um minuto. –ela se virou aos meninos –Papai disse que já chegaria pra levar vocês ao trabalho dele, mas não baguncem. Tom é o responsável porque é o mais velho, agora. Mas sem gracinhas hein? Beijos, Beijos –ela se virou. Coloquei a mão sem suas costas, a guiando até meu carro. Por incrível que pareça, não fiquei incomodado com isso... foi... bom.

May P.o.v

Mico.

QUE MICOOOOOOO!

WHY GOD? WHY?

Subi correndo e peguei uma roupa (http://www.polyvore.com/call_me_sure/set?id=52209324 ) e fui ao banho. Lavei o cabelo, secando-os em seguida, deixando do jeito que gosto. Vesti a roupa separada e deixei os cabelos soltos mesmo. Não estava afim de passar maquiagem, mas mesmo assim, passei um gloss.

Desci as escadas normalmente e sorri ao ver o menino animado a minha frente.

Ele se divertia com meus irmãos.

E um suspiro involuntário saiu, sabe, sem querer.

-pronto –disse e pulei o ultimo degrau, sorrindo mais uma vez.

Depois de dar todas coordenadas aos meus irmãos, Justin colocou suas mãos firmes em minhas costas. A sensação foi no mínimo boa. Oh Gosh!

Ele me guiou assim até seu carro

**

-Onde vamos? –perguntei impaciente pela milésima vez.

-May, desiste –ele riu

-Nunca! –me virei pra ele.

-Eu vou dar uma dica.

-UH, VAI! –ele riu. Eu definitivamente parecia uma criança.

-É divertido –pensei

-Então vamos a Disney?

-AH, NÃO EXAGERA NÉ MAY! –Ele riu

-Da outra dica.  –fiz bico

-a ultima. .É como a praia. Pronto, já era.

-O QUE? MAS EU NÃO SEI! AAAAAH!

-Posso fazer nada! –ele ergueu os ombros

-Então não falo mais com você até chegarmos lá –disse cruzando os braços e olhando a janela. Ouvi sua risada

-É sério isso, May? –não respondi. Mas eu queria muito rir. Caminhamos alguns segundos e então paramos no sinal vermelho.

-May –Justin me chamou baixinho. Comprimi os lábios pra não rir.

-Hey, May –ele disse com uma voz, que até então, era desconhecida por mim. Senti um arrepio quando senti sua mão na minha perna desnuda, e então, olhei pra ele.

-Você não ta brava comigo, está? –ele sorriu de canto, com a mão ainda na minha perna, todo inclinado.

-to –sussurrei, me perdendo completamente em seus olhos e no cheiro do seu perfume 212 masculino

-Não, ta não –ele mordeu os lábios de um jeito brincalhão

-to sim. Besta –sorri de lado

-Não deveria estar. Você vai gostar da surpresa

-quem garante?

-te dou toda certeza –ele umedeceu os lábios. Olhei bem para eles. Rosados e chamativos, muito chamativos. Seu perfume agora, invadia minhas narinas, me levando ao delírio. Mordi meus lábios a ponto de me controlar. Ele chegou mais perto, fechei meus olhos já me entregando, junto a ele. Nossos lábios roçaram um nos outros e então...

BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEP

O som das buzinas nos fizeram saltar dos bancos. Justin se afastou bruscamente, puxando de volta o cinto de motorista e pisando no acelerador.

Ele limpou a garganta visivelmente corado.

Olhei para o outro lado da janela. Também envergonhada.

PEEEEEEEEEEEERA, O QUE ACABOU DE ACONTECER?

Eu... eu ia mesmo beijar o Justin?

Ta, tudo bem que ele é todo lindo, perfeito, fofo, malicioso ás vezes, o que é ótimo, ele tem muito estilo, tem a voz mais bonita que já ouvi, mas... CARAMBA! 

-Chegamos –ele mordeu os lábios olhando em qualquer direção, desde que não fosse a minha.

Suspirei vendo que o clima ficaria pesado.

Saí do carro dando de cara com um parque pra lá de lindo

-O que tem a ver com a praia? –perguntei rindo

-Ah... como nós não temos praias acessíveis como no Brasil, sabe, que esse parque é considerado nossa praia né? –ele disse sorrindo

-Não sabia... nunca tinha vindo nele

-COMO VOCÊ AINDA VIVE? –Ele gritou pegando uma cesta de piquenique. Fui até o porta malas pegando uma toalha e fechando a porta

-Valeu. Mas sabe que eu podia lidar com isso! –ele riu fraco

-sim, claro, gatão

-May, você anda se revelando ultimamente –O empurrei de leve com o ombro ouvindo sua risada

Nos ajeitamos em um lugar, em baixo de uma arvore grande e então começamos a comer

-Quem preparou? –perguntei

-Ué, não pode ser eu não? –ele disse se fazendo de ofendido e depois de ver minha cara de ’’ fala sério’’ rindo. –ok, foi a Dora

-Sabia! –ri

-isso magoa.

-Não saber pra onde eu iria também –mostrei a língua. Ele ia falar algo comigo quando uma menina chegou. Ela usava um top rosa e um short preto.

-Hey, espero não estar incomodando. Mas minha amiga, aquela lá –ela apontou uma garota com a parte de cima de um biquíni e um short curtíssimo que estava parada na arvore –tinha te curtido muito. E ela acha que vocês são namorados, mas eu disse que são só amigos. Então, se não for problema, quer pegar ela? –a menina disse, agora com o Justin. Ele ia abrir a boca pra dar um ‘’não’’ educado, mas eu fui mais rápida

-Na verdade, você está incomodando sim. Fala pra sua amiga parar de meter o olho nas coisas dos outros. Entendeu, Piranha? –a menina se assustou. Lancei um sorriso falso e então ela saiu de lá no pulo.

-AI MEU DEUS! –Justin rolava no chão de tanto rir

-O que foi? Bisca aqui não!

-NÃO POR ISSO, MAY!

-Então...?

-VOCÊ FICOU COM CIUMES!

-ah, fala sério –revirei os olhos e ele continuou rindo

-Para Justin, ta atrapalhando tudo a toalha! –Disse tacando um pãozinho nele.

- Se bem que aquela loira lá, hein... –ele mordeu os lábios olhando na direção em que ela estava. Abri a boca indignada.

-AH, FICA QUIETO! –Virei de lado de braços cruzados.

-ciúmes modo on. –Ele disse baixo mas o suficiente pra mim ouvir

-Eu não estou com ciúmes, ok? É Só que ela era uma baranga.

-Não precisa ter ciúmes, Brooks. Hoje sou só teu. –senti ele me abraçar por trás e sussurrar no meu ouvido. Arrepiei, claro

-Ai, saí também –o empurrei. Rimos.

-Isso foi pérola

-NÃO FOI NÃO! Nem pensa em falar pro povo

-Ixi, já falei –ele disse mexendo no celular

-AH PARA! –Fui engatinhando até ele e pegando o celular. Ele tentou tentar tirar de mim.

Ficamos nessa guerrinha até um cara –lindooooo –chegar com uma câmera profissional na mão

-Desculpe incomodar –ele me olhou com aquelas duas bolinhas de gude azul e sorriu –Eu sou fotógrafo e não pude deixar de olhar vocês, portanto, tirei algumas fotos do casal. Se importam?

-é que nós não so... –comecei a frase mas Justin me cortou, passando seus braços por meu pescoço.

-Não nos importamos não. Se quiser tirar mais fotos... sabe, eu e meu amor não negamos a ninguém –Justin riu fraco. O olhei incrédula.

-Sério? – o cara sorriu radiante –então... podemos tirar mesmo a foto?

-sem problemas. Como você quer? –Justin se levantou e me puxou pelas mãos. Eu só gaguejava, porque toda hora que ele via que a verdade sairia, ele dizia algo.

-Bom... você poderia a abraçar por trás? –Justin deu de ombros. Ele me abraçou por trás com seu queixo encostado em meu ombro

-sorria, meu amor –ele murmurou

-Você é um veado. Merece um murro–disse brava

-Amor... me bate que eu gamo –ele disse com uma voz melosa. Não aguentei, caí na risada, junto a ele. Ouvimos o Flash e então paramos de rir

-você nem avisou! –disse sem jeito

-Estava bom daquele jeito. Agora... você pode passar seus braços pela cintura dela, um de frente para o outro? –O cara disse.

-Assim? –Justin me puxou pela mão ficando cara a cara comigo. Ele passou seus braços por minha cintura, enquanto eu passava meus braços por seu pescoço. Nossos narizes encostavam. Ele olhou em meus olhos, sorri fraquinho, e em seguida ela desceu o olhar para meus lábios.

-Wow, ficou ótimo –o cara disse olhando a câmera, mas depois olhou para nós dois –Eu nem ia falar isso mas... eu vim aqui na esperança que fossem amigos –ele riu

-MAS NÓS SO... –Justin tapou minha boca

-Namoramos á bastante tempo.

-Percebi. Ela é linda

-E minha também –Justin riu afrontando o cara

-hã... Eu vou colocar as fotos no meu blog, tudo bem?

-Ok. Tchau –Justin disse antipático. O cara agradeceu e saiu dali.

-BESTA! –Gritei assim que Justin soltou minha boca

-Que foi? Estamos kits agora –ele piscou, colocando as mãos no bolso da calça

-Como assim kits? –perguntei

-Você me estragou com a loirinha, te estrago com o mané lá –ele sorriu

-Se você queria ficar com ela deveria ter ido –disse simples. Ele riu

-para de rir. Nem vem com a história do ciúmes –disse assim que ele abriu a boca

-Mas você sabe que está. –ele piscou

-Se eu estou, você também ficou com ciúmes do cara –disse agora rindo

-Eu? Com ciúmes? Para de sonhar né, May –ele disse sério

-Ta com ciúmes, ta com ciúmes –cantarolei saindo de perto dele

-Vamos ver quem ta com ciúmes –saí correndo tendo em vista que ele estava atrás de mim

Depois de um tempo ele me pegou

-ME SOLTA! –disse tentando sair do abraço de urso dele

-Me obrigue –ri da resposta dele e comecei a estapeá-lo

-assim você não vai conseguir –ele disse cantarolando

-me solta, por favor Justinzinho –Disse fazendo bico

-Quase –ele sorriu. Revirei os olhos dando um beijo demorado em sua bochecha.

-Aeeeeee, mozin –ele disse rindo

-Você não presta –ri caminhando até o lago que havia por perto. Peguei um pão que tinha no chão e parti um pedacinho jogando no lago. Logo veio um patinho comer.

-você ama animais, né? –Justin chegou do meu lado pegando um pedacinho e jogando para outros patos por perto

-Aham. São melhores que pessoas, as vezes

-Na maioria delas –Justin riu fraco.

**

-Hora do almoço, venha, May angelinne Brooks! –Justin ordenou com seu tom brincalhão

-Mas ainda tem muitos patinhos! –disse terminando de jogar o pão da minha mão

-Os patos comem e nós não? Pode vir aqui!

-Justin... –fiz bico

-Nada de “Justin’’, vamos –ele sorriu radiante. Joguei o ultimo pedaço de pão e me direcionei a ele. Pegamos nossas coisas e fomos até o carro.

-Onde vamos?

-Vai começar? –ele riu

-Ta bom –revirei os olhos rindo também. –pode ligar o rádio?

-Claro –apertei um botão em que passava uma música que eu realmente amava.

Me ame como você me ama
Me ame como você me ama
Como você me ama
Abrace-me forte e não solte

O que eu devo fazer
Quando você me ama como me ama?
Como me ama
Abrace-me forte e não solte

Querida, querida, querida
Prove me, prove me, prove me
Mostre me, mostre me, mostre me
O caminho para o seu coração

Oh, minha querida, querida
Eu estou implorando, senhorita, senhorita
Me coloque no meio
É onde eu vou começar

Eu gosto como seu olhos complementam seu cabelo
O jeito como seu jeans se encaixa está me fazendo encarar
Prometo, vou estar aqui para sempre, eu juro
(Nossos corpos estão se tocando enquanto)

Me ame como você me ama
Me ame como você me ama
Como você me ama
Abrace-me forte e não solte

O que eu devo fazer
Quando você me ama como me ama?
Como me ama
Abrace-me forte e não solte

Cantarolei os versos.

-Chegamos –Justin disse saindo rápido. Enquanto eu fui desligar o rádio, ele abriu a porta pra mim. Sorri com isso. Assim que eu olhei a placa do restaurante coloquei as mãos na boca.

-restaurante brasileiro? –ri

-yep. Achei que sentisse saudades de lá. –Justin sorriu

-Sim, eu sinto.

-Então vamos subir. –Justin me deu a mão e foi me levando até a sacada do restaurante, onde só havia nós dois.

-Já fiz o pedido. Se importa?

-nem um pouco. –sorri. Passamos um tempo conversando as coisas mais idiotas do mundo, mas naquele momento, pareciam ser as coisas mais significativas. Logo um garçom chegou colocando dois pratos de uma bela feijoada, com farofa, couve e dois copos de guaraná.

-AAAAAAAAAH MAN, QUE SAUDADE! –justin riu

-Seu pai tinha me dito que esse era seu prato predileto quando estavam lá.

-Meu pai é inacreditável –revirei os olhos rindo

-Inacreditáveis são seus irmãos –Justin comentou baixo

-como é? –perguntei

-Hã... nada –ele mordeu os lábios pra segurar o sorriso

-Ah não. Pode falar –apoiei meu rosto em minhas mãos esperando a resposta

-Nada. Eu não vou falar –ele disse desafiador

-Fala! –semicerrei os olhos

-O que acha dos meus olhos? Meu cabelo? Minha voz?... –ele se acabou de rir. E então eu entendi. Não pude evitar e acabei rindo também

-E quanto a mim e aos animais? Sou bonita? –ri perversa

-Minha mãe? –Justin perguntou rindo e corado de leve

-Sra. Bieber é demais velho! –rimos

Terminamos de comer tranquilamente.

Depois fomos tomar frozen yourgut no jardim do restaurante mesmo.

-Então gostou de reviver um pedacinho do Brasil? –Justin perguntou sentado no murinho ao meu lado

-Gostei muito.

-Me fala o que você gostava de fazer por lá? –ele perguntou me olhando e sorrindo maroto

-Eu era criança, então eu gostava de jogar três marias, amarelinha, stop (adedonha), coisas... bobas. Eu lembro que eu morava em uma casa simples. Era melhor do que a de agora porque o custo de vida no Brasil é menor do que o de New York. A casa Era com tons pastéis, era linda. Até porque foram meus pais que escolheram e me levaram ainda –ri fraco –Era legal quando eu saia na rua pra brincar com o pessoalzinho da escola. E quando minha mãe ia pintar os quadros dela e pedia minha ajuda. Mas ainda sim... O que eu sinto mais falta é da minha mãe. O jeito em que ela sabia de todas as coisas, de que só dela colocar um curativo no meu joelho, eu não sentia dor alguma, de quando ela lavava meu cabelo e fazia aquele monte de trancinhas que demoravam horas, mas ela não se importava. De quando eu vestia suas roupas que mesmo largas, me faziam tão bem porque... porque tinham o cheiro dela. Ou então, de quando chovia e eu, saia dando com medo pela casa até chegar ao quarto dela e puxar a barra da sua camisola branca, e então ela sorria, me pegava no colo e  me abraçava forte. Me fazendo sentir a criança mais sortuda do mundo, enquanto eu esticava o dedo mindinho, e olhando em seus olhos castanhos que sempre brilhavam mais que a lua, eu disse que nunca a deixaria partir, mas eu não cumpri minha promessa –disse com os olhos fechados. Já os sentindo arder e ficar umedecido. Suspirei tendo em vista que isso não poderia ter acontecido. Limpei algumas lágrimas que insistiam em cair e me levantei bruscamente sendo acompanhada por Justin, ele colocou sua mão em meu braço mas eu tirei

-Desculpa. Isso não deveria ter acontecido... eu –me virei

-May, eu... eu não me importo de você ter se abrido. –ele sorriu fraco

-Mas eu me importo, Justin. Eu estava bem ser vulnerável assim. Sem chorar tanto e... por que está acontecendo isso comigo? –Justin pareceu chocado com o que eu disse. Coloquei a mão na boca, fitando o chão e deixando minhas lágrimas falarem por mim. A cada vez que eu piscava, Eu via minha mãe, escorada na pia, chorando. Ou quão pálida ela estava naquele caixão. Foram minhas ultimas imagens dela.

-Você não estava bem, May. Você sabe disso mais do que eu. Você não é culpada por tudo que aconteceu... e talvez isso, esteja acontecendo pra você dar uma chance pra alguém entrar na sua vida e te fazer diferente –Ele disse calmo

-Por que você ainda está aqui? –perguntei em um fio de voz

-Porque eu quero ser aquele alguém –ele disse baixo vindo ao meu encontro. Dei alguns passos para trás, deixando claro a ele que eu não o queria perto. Ele entendeu. Mas ignorou. Ele simplesmente me abraçou. Tentei me soltar dele, mas foi em vão.

-Me deixa voltar a ser a Angel, por favor! –Disse ainda chorando

-Você pediu a minha ajuda, e eu disse que não desistiria. Por tanto, eu NUNCA vou desistir de você –ele disse me dando um beijo na testa. Me rendi aquele abraço.

O abracei forte deixando as lágrimas rolarem. Ele pareceu não se importar com aquilo, parecia estar concentrado naquele abraço.

Passaram-se cinco minutos, e ainda estávamos daquele jeito. Só que eu não estava mais chorando, claro.

-Vem. Ainda temos muito o que fazer hoje! –apenas sorri em resposta. Justin pagou e fomos de mãos dadas em direção ao carro. Ele abriu a porta do carro pra mim, enquanto eu colocava o sinto, e depois se direcionou ao banco do motorista. Fiquei olhando a movimentação que havia fora do carro.

Espera, ele disse que queria ser a pessoa que entraria na minha vida?

É isso mesmo produção?

Por que talvez... só talvez eu queira que ele entre na minha vida.

Mas que não só entre e passe. Que entre e seja pra sempre.

VELHO! O que eu to falando? Ele mesmo disse que eu não era o tipo dele.

Humpt, como se eu me importasse.

É, eu me importo.

Mas let’s viver o momento. Porque até agora, ele está valendo mais do que meus últimos anos.

-Chegamos –fui abrir a porta, mas ele me puxou

-May, não é porque aquilo aconteceu que vamos ficar diferentes. Certo? –ele passou o polegar no meu rosto sorrindo. Por um instante me derreti todinha, mas aos poucos me recuperei soltando uma risada.

-Lady Brooks, dê-me sua mão.

-Oh, tudo bem Sir Bieber –dei a mão pra ele enquanto com a outra mão livre e ele ativava o alarme do carro. Ele parou e posicionou o braço de um jeito que eu encaixasse o meu em um ato antigo. Fomos caminhando até a porta
Uh!

Abri a boca ao ver as pistas e as pessoas comemorando

-Qual é? Vai dizer que nunca veio no boliche também? –ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas parando no balcão entregando uma ficha ao cara  

-Bom, eu diria né... –disse olhando pra baixo

-May, eu vou trazer a sua vida de volta –rimos –qual seu numero?

-trinta e sete –disse sem entender. Ele pegou dois sapatinhos engraçados com o cara

-Pode usar. –ele disse tirando seus supra’s e colocando-os. Tirei minhas sapatilhas e os coloquei também.

-Agora, aprenda! –Justin pegou uma bola e se posicionou jogando-a fazendo com que todos os pinos caíssem perfeitamente.

-Strike –ri da comemoração dele.

-sua vez –ele sorriu me dando a bola. Quase a deixei cair quando fui pegar já que não esperava esse peso todo. Joguei a bola que foi rolando bem devagar até a canaleta. Justin riu, apenas revirei os olhos.

-Eu vou te ensinar, tudo bem?

-Vem que vem quicando –ele gargalhou

-What?

-Nunca ouviu?

-Não. Não mesmo. Mas aqui. Coloque seus dedos na bola assim –ele me mostrou, e assim fiz. –agora, inclina um pouco e dá impulso com a mão, mirando no centro dos pinos.

-ta, 2P –Fiz tudo o que ele tinha me falando, me concentrando ao máximo. Respirei fundo jogando a bola que escorreu pelo meio da pista acertando os pinos

-AWWWWWWWWWE! –pulei

-Talvez eu não devesse ter te ensinado –Justin disse com os olhos semicerrados

-Arque com as consequências, gato –ri

**

Yep, Justin ganhou de mim no boliche por alguns míseros pontos.

Mas eu ganhei no jogo de dança, mesmo ficando MUITO surpresa por tudo que ele apresentou.

Aí ele ganhou no jogo de armas laser, e então eu ganhei naquele jogo que é uma mesa que solta ar e tem que empurrar o pino no buraco da mesa, é!

-Já está tarde –disse olhando em meu relógio de pulso

-Pois é. Vou te levar pra casa já. Mas quer um pirulito de chocolate antes?

-AAAAAAAAAAH EU QUERO A DA HELLO KIT! –Pulei nele rindo. Ele riu e me zoou mas no final comprou um de bob esponja pra ele. Ok né.

-Jus –o chamei virando pra ele

-Jus? Uh. Fala Ma-ma –rimos

-Chama só de May mesmo, mama não rola –ele riu

-Ok, pois não? –ele disse sorrindo sem tirar os olhos da estrada

-Valeu por hoje. –ele virou rápido pra mim lançando um sorriso

-que bom que gostou, mas ainda precisamos desempatar –ri alto

-sem chances! Você não vai vencer! –ri

-É o que veremos –ele parou o carro, tirou o cinto e desceu indo abrir a porta pra mim.

-De quem é essa casa? –disse olhando a casa LINDA e grande a nossa frente

-vai levar só um minuto, ok? –ele disse segurando o riso

-hã... tudo bem –disse desconfiada

-Paramos na porta da casa. Justin tocou a campainha

-Justin, se importa se eu esperar no carro?

-O que aconteceu com o Jus? E sim, me importo –ele riu fraco

-Ok, então JUS, eu vou esperar no carro –assim que me preparei pra sair ele me puxou pela mão me trazendo pra mais perto dele, bem mais perto.

-May, é rapidinho –ele disse baixo olhando meus lábios. Lord. Assenti com a cabeça perdida totalmente no toque de nossas peles juntas.

Ele chegou mais perto, tirando todo espaço possível entre nós.