Era véspera de Natal, e o sol começava a se pôr, às seis da noite. Toda a família Weasley-Potter-Lupin e o resto estavam no jardim da casa de Ron, que resolveu que esse ano a festa seria ali.

O jardim estava decorado simplesmente, com algumas lâmpadas, uma tenda e um feitiço fazia a noite ser quente naquele terreno, podendo ficar fora da casa. Haviam também muitas decorações de Natal.

Os adultos estavam sentados na sala, conversando, principalmente sobre Fred, felizes.

Os adolescentes e as crianças estavam brincando e sentados na neve, conversando sobre nada.

Remus, filho de Teddy e Victoire, de 4 anos,e agora com o cabelo laranja, estava sentado no colo de Rose, e Arthur, filho de Lucy com 6 anos estava sentado no chão, ao lado dos dois.

James aproximou-se e sentou na frente da prima, rindo quando Arthur resmungou algo com ciúmes.

–Awnn, que fofo você com ciúmes, Tutuia. – brincou a prima fazendo o ruivo ficar mais chateado.

Potter o pegou e colocou em seu colo, e deu-lhe a língua quando o pequeno disse que queria o colo do Rose, não o seu.

–Prefere sentar no chão, então? – provocou.

–Tá – bufou ele, aconchegando-se melhor no colo do primo.

Então um estalo. Alguém aparatou. O rosto antes feliz de James rapidamente transformou-se em uma careta com desgosto.

–Desculpa! Foi um descuido! Fica comigo! – implorou Scorpius, aproximando-se de Rose.

Ron já estava vermelho, e iria brigar com o loiro, mas Hermione o convenceu a ficar e deixar a filha lidar com isso.

A morena levantou-se, deixando Rem no chão, que resmungou e ficou com o cabelo mais cinza um pouco, aproximando-se de Alvo. A Weasley fez um sinal para o Malfoy e foi até uma colina. James levantou-se e deu Arthur para Lilian, indo atrás dos dois, escondido. O resto da família dispersou-se, deixando o ex-casal se resolverem.

–Você me traiu. O que a gente “viveu” era só um amor de amigos, que a gente confundiu com outra coisa. – disse ela calma, disposta a acabar com isso calmamente.

–Eu só to aqui por você, Rose! – disse ele se referindo à casa de seus pais.

–Que seja, Malfoy. – disse ela fazendo um gesto de descaso, o que irritou o loiro. – Pois pode ir embora, porque eu vou dormir.

Assim que a morena saiu, Scorpius sentou-se e ficou lá por um tempo.

James foi até uma árvore próxima e Arthur se aproximou, puxando a sua manga.

–O que houve com a Ross? – pede ele na sua inocência de criança.

–Vou lá ver. – disse driblando o primo, bagunçando seu cabelo, ao que o pequeno resmunga.

Rose estava deitada em sua cama com edredom lilás, usando seu celular para escutar uma música, sussurrando-a.

–Hey, Ross. –ouviu a voz do primo. –Deixa eu entrar.

Levantou-se e foi até a porta, abrindo-a.

–Entra Sirius.

–Valeu, sangue ruivo. – o primo disse a fazendo sorrir. Jogou-se em um pufe azul bebê do quarto.

A morena olhou para suas roupas, que se resumiam a um vestido lilás e uma sandália dourada, e considerou trocar de roupa, mas a preguiça a venceu, fazendo-a deitar na cama novamente, escutando outra música.

–Rose, me deixa entrar! – gritou Malfoy, fazendo-a se perguntar se os parentes saíram da casa, para ele poder entrar.

–Nem fudendo, Scorpius. – retrucou pausando a música.

–ROSS, WEASLEY, ROSIE! –gritava.

–Cai fora, Malfoy. Ela não quer falar com você. –interveio James, sensato.

–O que você tá fazendo ai com ela, Sirius? – pediu ele.

–Coisas de primos. – respondeu simplesmente.

Scorpius caiu no chão, gemendo interiormente.

–Que coisas? – pediu pensando o pior.

–Me estrupando. – gritou a garota, fazendo Jay rir. – Escutando música, idiota.

–Que coisas poderiam ser? – pediu Potter curioso, tendo uma ideia.

Malfoy responde, timidamente:

–Eu e minha prima já nos beijamos..

–Bom pra vocês. – solta a menina, indo até o banheiro, para trocar o vestido por uma roupa mais confortável.

–Vocês já ficaram! – grita o seu ex-namorado.

–EU TINHA 12 ANOS! – gritou ela de volta, e mesmo ela estando no banheiro, James podia escutar ela resmungar coisas como: “por que insistem em lembrar isso?”.

–OKAY, eu vou embora, mas na escola, você vai falar comigo. – grita pela última vez, antes de aparatar.

–ALELUIA! – grita ela voltando do banheiro, usando uma calça de moletom cinza e uma camiseta polo branco e um casaco college cinza com branco, que James reconhece como de Alvo. Retoma a música, deitada na cama.

Sirius sobe na cama e fica em cima da morena, chamando-a.

–Hum? –pede desligando a música de vez, já que pelo jeito não iria poder escutar de qualquer forma.

James considera rapidamente suas opções. Ele poderia fazer o que estava planejando, fazer cócegas ou simplesmente, falar que esqueceu e ir de volta para o pufe.

–Eu quero fazer uma coisa. – diz o primo encarando os olhos claros.

–O que?

–Coisas de primos. – anuncia pressionando seus lábios rosados nos de cor de cereja da garota.

“O que você faz quando seu primo gostoso está tentando te beijar?” pensou Rose quando sentiu o mais velho traçar seu lábio inferior com a língua.

Entreabriu a boca, deixando James tomar o controle, sentindo-o explorar toda a sua boca.

–Eu te amo. – sussurrou ele na pele de seu pescoço, arrepiando-a.

–Io máistir you too, Jay. Come col ceathrar. – disse ela, e James sorriu, sabendo que ela falava irlandês misturado com italiano e sotaque australiano e inglês quando ficava nervosa.

–Vou te fazer gostar de mim como namorado. – fala rouco investindo na boca, mas a prima vira o rosto, o fazendo beijar sua bochecha e rir. – Eu conheço seus pontos fracos. – disse descendo os beijos para o pescoço, ouvindo um gemido baixo. – Eu disse.

Depois de um tempo, Ross cedeu, correspondendo aos beijos.

–JAMES! ROSE! – ouviram Arthur e Remus gritarem do lado de fora.

“O que esses dois tem com a gente?” pensou James enquanto viu a prima levantar-se corada e abrir a porta, e quase caindo quando os priminhos pularam em cima dela, a abraçando.

–Por que você tá tão vermelha e com o lábio inchado? E o Jay também? – pediu Arthur, confuso.

–Eu tava pulando corda e sem querer bati o lábio na parede.. – se fosse uma pessoa mais velha, iria perceber a mentira.. mas era uma criança. – E o James, ele.. mordeu o lábio muito forte.. por isso..

–AAH! – fez Remus, com o cabelo mudando continuamente, esticando os bracinhos para a prima, que o pegou de bom grado, depois agarrando Arthur também.

–Bom, tão chamando para o jantar. – disse o ruivinho.

–Okay, vão descendo que a gente já vai. –disse ela, e os dois obedeceram rapidinho.

Virou-se para o primo, que sorriu feliz, corou e correu para o banheiro, tentando esconder um pouco o lábio.