Amor Não Autorizado escrita por GabKuka


Capítulo 17
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Hey, espero que gostem.



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Thomas Winson entrou na cabine.

– Posso? - pediu ele com um gesto para o banco em frente a Rose.

A morena acenou, sorrindo minimamente. O rapaz de cabelos louros-avermelhados sorriu abertamente e sentou pesadamente no assento.

– Preparada pra mais um ano? Dessa vez sem ele? - pediu ele indo direto ao ponto: uma característica que ela devia se acostumar logo.

– Acho que sim. - respondeu hesitante. Não tinha certeza de nada, apenas que sentiria falta de James horrivelmente.

Winson acenou com a cabeça e espreguiçou-se:

– Me acorda quando a senhora dos doces passar. - pediu, ou melhor, ordenou. Apesar de achar rude, Rose fez o que ele queria e deixou-o dormir enquanto lia mais uma vez os Contos de Beedle.
***

A cerimônia de Seleção foi marcada pelo fato de poucos novatos estarem nervosos. A maioria deles eram conhecidos de outros estudantes.

Rose estava sentada entre Alvo e Thomas, fingindo não perceber os olhares preocupados e compassivos que o primo mandava para ela. Já sentia falta de James nesse meio tempo, mas isso não queria dizer que precisava ser tratada como um bebê que está sem a mãe pela primeira vez.

A diretora McGonnagal levantou-se para fazer o discurso e após isso os monitores levaram os primeiranistas para a Sala Comunal - Lílian nervosa por essa ser sua primeira vez como monitora.

– Ross! - exclamou Roxanne passando pela mesa da Grifinória, como se não visse a prima a meses. Passou pelo namorado nem sequer o olhando e abraçou a prima fortemente.

– Oi, Ange ruiva. - brincou ela, mas o resultado fora invertido pois essa frase de James somente aumentara a saudade. - Tudo bem, prima? - pediu então, tentando mascarar o deslize.

Roxanne apenas sorriu e logo se despediu, dando boa noite para o namorado em seguida. Rose levantou-se seguida por Thomas até a Sala Comunal. Sentada numa poltrona, tinha um pergaminho no colo.

– James? - perguntou Winson, fazendo com que ela levemente se perguntasse "ele é meu amigo agora?". Thomas sentou na poltrona ao lado da morena, olhando abertamente para a carta ainda vazia.

– É, é pro Jay. - esperava que ele desse uma daquelas risadinhas, mas tudo o que recebeu foi um sorriso. "Férias mudam as pessoas.." pensou ela.

O louro acenou minimamente e reclinou-se, fechando os olhos. Rose o olhou estranhamente e revirando os olhos, pôs-se a escrever para o namorado.
"Já sinto sua falta, Jay. Esse ano será tão diferente.. desde o primeiro ano você esteve aqui comigo, e agora vai demorar para me acostumar.
Te amo, amor."
Enrolou o pergaminho e levantou-se fazendo Thomas abrir um olho castanho-esverdeado como um gato, logo tornando a fechá-lo.
Saiu da Sala Comunal e dirigiu-se para o corujal. Procurou por Tyler, a coruja marrom de Hugo e fazendo carinho na cabeça do animal, amarrou o pergaminho na perna dela.
Após ver a coruja sumir no horizonte escuro, voltou à Grifinória.

– Ross! - Alvo aproximou-se dela e a abraçou. - Já tem os horários pras revisões de NIEM's? - brincou ele fazendo-a rir. Alvo sempre fora o primo que achava que ela deveria ser uma Hermione da nova geração.

– Não, Harry. - provocou também pois sabia que ele odiava ser comparado ao pai. - Ron não me deixou em paz ainda. - Isso podia parecer um pouco doente, mas desde a epóca em que eram crianças, eles zoavam as pessoas que achavam que eles gostariam de fazer tudo como seus pais.

Potter riu novamente e com os braços em volta dos ombros da prima, levou-a até a escada dos dormitórios femininos onde se despediram.
***
James estava insone. Obviamente não era acostumado a dormir ao lado de Rose - Ron se ocupara de não deixar isso acontecer desde que James fez oito anos, mas às vezes eles cochilavam na mesma cama - mas ele sempre soube que ela estava na mesma cidade ou no castelo. Olhava o teto do quarto, mas levantou-se para abrir a gaveta onde guardava o mapa do maroto. Já havia aberto a gaveta quando se lembrou que agora podia usar magia e ficou com vontade de bater a cabeça. Com um bufo de impaciência, deitou-se novamente na cama desarrumada e olhou para a Sala Comunal, vendo Fred parado. Encontrou Rose no dormitório e sorriu saudoso. Isso lembrava a estória que seu pai contara sobre a epóca da Caça às Horcruxes, sobre quando passava tempos somente olhando o pontinho escuro sob o qual estava escrito Gina.
"Cuidando" de Rose à distância, adormeceu.
***

Rose acordou no dia Dois de Setembro com uma decisão: tentaria ficar mais contente apesar do fato de seu namorado não estar em Hogwarts, pois sabia que o veria em Outubro e, que apesar da distância, ambos pensavam um no outro. Levantou-se, estremecendo com a rajada fria que sentiu e começou a arrumar-se.

Enquanto tomava banho, percebeu - mais uma vez - que não tinha uma amiga amiga a não ser as primas, e não podia deixar de imaginar se deveria o ter. Só tivera amigos fora de sua família, como Scorpius e Thomas - já podia o considerar um amigo, não? - e a pessoa mais próxima de amiga fora sua colega de quarto, Elisabeth Adanet.
Mais uma coisa para modificar pensou ela secando o cabelo.

Desceu o escorregador - rindo do garoto de uns treze anos que reclamava com a amiga sobre a falta de confiança dos fundadores nos feiticeiros - e encontrou somente Ian, nenhum sinal de seu primo ou Winson.

– Bom dia, Ian. - sorriu ela quando o garoto a olhou.

– 'Dia, Rosie. - o rapaz retribuiu o cumprimento. - Vamos tomar café?

Rapidamente a Weasley pesou suas escolhas: poderia acompanhar Ian ou esperar Al ou Winson. Havia uma pequena possibilidade de que James ficasse com um pouco de ciúmes - afinal, pelo o que ele contara, Ian já gostara dela -, mas não seria nada demais, certo?

– Vamos. - ela concordou por fim e os dois se encaminharam para o Salão Principal.

Rose inspirou o aroma delicioso do café da manhã que já fora servido e suspirou - feliz, mas ao mesmo tempo, não tanto. É ótimo voltar a Hogwarts pensou ela servindo-se de suco de abóbora. Apesar da ótima comida dos elfos, já sentia falta das refeições de sua vó Weasley, e das comidas trouxas de sua mãe e vó Granger. E de James pensou olhando a revoada de corujas que chegara naquele exato momento.

Avistou Tyler e uma coruja da escola vindo em sua direção, sorriu sabendo que uma era de James e a outra de sua mãe.

Ian continuava sentado ao seu lado e lia o Profeta que acabara de receber. Rose abriu primeiramente a carta de Hermione - desejava pôder *absorver* e aproveitar ao máximo a carta do namorado.

Comendo uma torrada, a Weasley leu a carta da mãe, que era praticamente a mesma coisa em todos os anos. A única coisa que mudara foi um trecho em que ela dizia que "pode parecer difícil ficar sem James, mas ela ficara sem Ron e tudo dera certo".
Revirou os olhos - não admitiria que o fizera a sua própria mãe - porque não era uma Hermione miniatura e se perguntou se era assim para Dominique que parecia ter o dever de ser como Victorie.
Pegou a carta do primo na mão e sentiu o seu perfume que ele provavelmente passara na folha. Ian a olhava de esguelha, mas ela resolveu ignorá-lo e aproveitar a sensação que era ter notícias por ele mesmo.
"Amor, não quero te fazer chorar, 'tá bom?
Já sinto sua falta, muita. Aproveite seu último ano, você vai sentir muita falta de Hogwarts depois desse ano.
Me mande o dia do passeio a Hogsmeade que vou lhe visitar. Logo, logo nos vemos.
Te amo muito,
James."

Rose releu a carta e voltou a comer quando Neville começou a passar os horários para suas aulas.

Thomas havia chegado sem que percebesse e passara a mão em seu horário, procurando saber se teriam aulas juntos.

– Temos esse período juntos! - exclamou Winson, já levantando-se.

Rose levantou-se também e juntos se encaminharam para a aula de Transfiguração.
Tomara uma nova decisão: ela ficaria contente, aproveitaria seu último ano conforme James pedira. Por James.


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Notas finais do capítulo

E aí? Feliz Natal. x