Intimação Da Justiça escrita por Mayara Rabelo


Capítulo 1
Um Crime Diferente!




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Uma semana antes...

- Gil?

- Oi, Sara. – Levanta seu olhar para ela que entra na sua sala, estava tão linda, como sempre.

- Você não vai pra casa agora?

- Não. Tenho muita coisa pra fazer. – Voltou seu olhar para a papelada.

- Hum... – Olhou para ele, depois para os papéis. – Podia deixar isso para depois? – Ele a olhou. – É que... Sinto sua falta... – Sorriu de lado.

- Eu também sinto... – Sorriu tímido. – Mas eu não posso querida. Há muita coisa acumulada. Catherine está em um caso externo com Nick e os outros estão ocupados. É sua folga. Aproveite-a.

- Mas eu queria aproveitá-la com meu namorado. – Sara o esperou por um tempo. Ele poderia desistir de ficar ali, mas Grissom continuou a olhando sem nada falar. – Tudo bem. Certo. Vou embora. – Saiu totalmente arrasada.

Grissom sentiu Sara entristecer. Mas não podia simplesmente deixar tudo na mesa e ir ficar com ela. Mesmo esse sendo seu mais profundo desejo nesse momento. Pensou um pouco em seu amor, e depois voltou á atenção para aquele monte de relatórios.

Uma semana se passou...

Sara não se agüentava mais de saudades de seu namorado. Sabia que ele não tinha tempo. Mas o que custa ele esquecer esse “detalhe” por algumas horas e dedicar-se uns instantes á sua namorada?

E ela tinha uma idéia. Em sua folga, hoje, colocou seu plano em ação. Imprimiu o que tinha que imprimir e mandou o carteiro entregar no endereço do laboratório. Depois disso tinha certeza que ele viria correndo para ela.

E ele pensava... “Tanto trabalho, tanto cansaço e uma namorada completamente irritada. Ótimo! Meus dias poderiam ficar piores?”

Acho que não...

- Mr. Grissom? – Um homem desconhecido chega à porta de sua sala.

- Eu mesmo. – Olhou sério.

- Vim fazer uma entrega destinada ao senhor – Entrou na sala, chegando perto dele com um envelope nas mãos.

– Muito obrigado.

– Por nada. – O homem o entregou e saiu.

Grissom analisou o papel em suas mãos como analisaria uma evidência. Seus olhos estavam assustados pelo nome que tinha na frente. Intimação da Justiça. Como assim intimação? Não estava sabendo que iria depor na justiça. Será um caso pendente? Ou um caso antigo mal resolvido? Pra saber, era melhor abrir.

Meticulosamente, ele abria o envelope. E ao abrir, dava-se impressão de que, realmente, pertencia á um dos informantes da justiça. Bom, mas ao ler, viu-se que estava totalmente errado.

Intimação da Justiça

Quero informar, ao sr. Gilbert Arthur Grissom, que o mesmo está sendo intimado á depor bem baixinho no meu ouvido palavras doces e agradáveis. Caso o sr. não comparecer em minha casa para dar seu depoimento, será obrigado á me acompanhar a qualquer lugar no mundo. Mas, como prioridade, tem que comparecer em meu escritório particular, ou seja, em meu quarto, o quanto antes possível. Vale ressaltar, que o mesmo está sendo acusado de um crime literalmente cruel. Roubou meu coração e depois me deixou sozinha, me torturando de saudades. Lembrando que, pela lei que eu mesma criei, será um caso definitivamente encerrado. Ficará, em tempo indeterminado, preso sob custódia em minha vida.

Felizmente, há um tipo de acordo para tal crime. Terá a chance de pagar uma fiança de 1, 000.000 de beijos gostosos que somente o sr. pode dar. Se essa fiança não lhe favorecer, será detido para o resto de sua vida em meu coração, ou seja, prisão perpétua. Caso o sr. tenha advogado, não adiantará, pois será culpado de qualquer maneira, de acordo com a lei dita anteriormente. Só restará uma saída se tudo o que aqui foi lhes dito não for de acordo com seu gosto: Fica comigo pra sempre?

Agradeço a atenção.

Delegacia do Coração

Juíza: Sara Ann Sidle.

Enquanto lia Grissom tinha um sorrido malicioso no rosto. Pela graça de ver uma intimação dessas e pelo amor que se passava naquela brincadeira de sua namorada.

Grissom não sabia se corria dali até a casa de Sara, ou se gargalhava até não conseguir parar mais. Ela fez mesmo isso? Inicialmente, teve um grande susto. Pois as palavras, as abreviações, tudo estava se saindo muito real. Já havia recebidos muitas intimações á respeito de casos, só nunca imaginou receber uma “Intimação da Justiça... do Coração.”

Ela estava morrendo de ansiedade. Será que tinha lido? O que ele achou? Deve estar rindo da cara dela! Sara podia imaginar várias coisas. Mas não sabia o que seu namorado estava pensando. Sentou-se de frente á televisão com o celular de lado. Sara resolveu esperar e Grissom resolveu agir.

- Hey! Está de saída? – Catherine apareceu em sua sala, notando ele colocar aquela montanha de papéis de uma forma que ficasse em pilhas.

- Estou. – Olhando pra ela.

- E vai deixar essa pilha de relatórios ai?

- Aham. – Colocando o casaco.

- Vai sair? – Ele a olhou interrogativo. – É que os meninos mandaram te chamar. Estão no Frank’s e não se esqueceram de você. Você quer ir?

- Diga a eles que agradeço o convite, mas hoje não vai dar. Recebi uma intimação judicial, preciso depor. – Ele disse com um sorriso no rosto.

- Hum... Sei... E desde quando uma intimação da justiça te faz ficar com um sorriso bobo? – “Desde que a intimação foi mandada pelo amor da minha vida.” Pensou. A expressão no rosto de Catherine era de interrogação.

- Até mais Catherine Willows. – Saiu tocando no ombro dela. Cath ficou sem ação.

- Grissom está apaixonado. Só pode ser. – Pensou enquanto observava seu amigo sair corredor á dentro quase saltitando.

.....

- Oi!

Sara abre a porta com certo espanto. Mas seu sorriso não negava a felicidade de saber que sua “intimação” deu certo. Valeu à pena.

- É aqui a casa da juíza... – Ele fez que não se lembrava do nome dela e olhou no papel. – Sara Ann Sidle?

- Sim. O sr. é? – Era pra jogar? Então iria jogar. Afinal, foi ela que começou com a essa idéia.

- Gilbert Arthur Grissom. Prazer... – Pegou a mão direita dela e depositou um beijo. Sara tinha os olhos brilhando.

- O prazer é todo meu Mr. Grissom. Entre.

Grissom entrou e Sara trancou a porta. Ele jogou sua pasta e o papel no sofá e começou a se despir lentamente. Ao tirar seu casaco, ele falava abertamente:

- Eu não acredito que tive que vir depor! Além de não ter nada em legítima defesa! Como podem me acusar de um crime tão grande se eu também estava sendo vítima? – Sara colocou a mão na boca abafando os risos. – Mas, eu sei que sou culpado. – Chegou mais perto dela. – E vou fazer tudo o que tiver necessidade para pagar minha pena.

- Esse é seu depoimento? – Disse sarcástica.

- É tudo o que eu tenho á declarar. – A agarrando pela cintura.

- Ótimo! O que decidiu? Acordo ou fiança?

- Os dois. – Beijando seu pescoço.

- Por onde quer começar?

- Pela minha fiança. – Ele a puxou para um beijo quente e cheio de desejos. A saudade que eles estavam sentindo era tão grande que não podia ser medida. – Bem meritíssima juíza ainda falta 999.999 beijos gostosos que só eu posso dar.

- São muitos não? Por que agente não vai para o meu “escritório particular”. Acho que lá é bem mais confortável.

- Bom, como a senhora quiser meritíssima.

Grissom a embalou em seus grandes braços e foi até o quarto dela a depositando na cama, delicadamente. Continuou a beijá-la ferozmente, mostrando a verdade em seus movimentos e em seu olhar. Estava mesmo se torturando de saudade.

- Hey! Ande logo com isso! Vamos! Eu preciso saber a verdade. – Subiu em cima dele, com tom de autoridade. – Você realmente estava com saudades?

- Sim, meritíssima juíza, eu estava me acabando de tantas saudades dos seus beijos, do seu corpo... Saudades de você!

Sara o beijou novamente. Essa brincadeira estava ficando pra lá de excitante. Seus gestos estavam mais audaciosos, e por alguns instantes esqueceram-se do mundo real. Ao ver Sara completamente nua, do jeito que veio ao mundo, Grissom sentiu uma ponta de arrependimento no seu coração.

Sabia que Sara o amava de verdade. Porque se fosse outra mulher, uma que só ligasse para o sexo, não se importaria em terminar o namoro. Mas ela não. De uma maneira simples e contagiante, sem brigas, continuou apostando no romance secreto e fez uma reconciliação maravilhosa.

Amaram-se muito. Até o momento em que seus corpos estavam totalmente saciados. A sede de amar foi completamente preenchida, só restava agora...

- Você vai aceitar o último acordo também?

- Me recorde dele. – Aninhou Sara mais em seus braços.

- Fica comigo pra sempre?

Grissom levantou o rosto delicado dela para ficar de frente para o seu, e sutilmente dizer as palavras que foram tão ensaiadas dias atrás.

- Amor... – Começou uma carícia em seu rosto. – Eu encontrei a razão para mudar quem eu costumava ser. Uma razão certa, aquela para recomeçar de novo, sabe? – Roçando seus lábios, ele completou. – E a razão é você.

- Eu não sei o que dizer... – Seus olhos estavam marejados. – Porque, eu penso em te dizer as coisas mais lindas do mundo, mas quando estou com você, da minha boca só sai... Eu te amo.

- Precisa de coisa melhor do que saber que me ama?

Grissom a beijou. E percebeu que, o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade que acontecem. E é por isso que, mesmo que fique um instante ao lado dela, esse mesmo instante se torna inesquecível e ela continua sendo incomparável.

Quando ia beber água, algo o agarrou.

- Você ainda está preso! Sua fiança não foi totalmente paga!

- Haja dinheiro! Quer dizer... Haja energia! – Riram.

- Vamos lá! – Ela o beijou. – 999.950! Vai amor, faltam muitas!

- Dá pra parar de contar? Assim você me deixa confuso! Quem vai saber se você está roubando ai nas contas?

- Respeite-me ou vai dormir na solitária! – Disse com seu tom de superioridade.

- Onde é a solitária? – Sorriu engraçado.

- Solitária. O nome já diz tudo. No sofá. – Sara gargalhou. Grissom levantou a sobrancelha. Parece que se rendeu.

- Bom, onde paramos nas contas?


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Notas finais do capítulo

Eu espero ansiosamente pelos reviews!
Então? Gostaram?