“Time, is going by, so much faster than I,
And I'm starting to regret not spending all of here with you.
Now I'm, wondering why, I've kept this bottled inside,
So I'm starting to regret not selling all of it to you.”

(Narração Thaís off – Bill on )

            Dias se passaram, e minha querida Thaís, ou melhor, eu, já estava andando bem, sem mancar muito, e a cicatriz já estava 90% formada já, para assim dizer.

            Voltei para a minha antiga escola, e logo no primeiro dia percebi que a grande maioria dos meus antigos professores continuavam lá. Só percebi que havia um professor de Filosofia novo, o qual tirava o fôlego de todas as alunas, menos eu, claro. Eu sou um garoto no corpo de uma garota, então eu não conto. Hasapokaspokaspoask...

            Metade das garotas da minha nova turma são fãs (obviamente, fanáticas) do Tokio Hotel, e a maioria delas eram “afim do Bill Kaulitz”, ou seja, euzinho aqui. E o restante delas eram afim do Tom e algumas do Gustav ou do Georg. Não eram muitas.

            Logo no meu primeiro dia de aula, algumas dessas fãs acharam que já tinham me visto antes em algum lugar (por quê será? ¬¬’ ), até que uma delas, chamada Vivien, perguntou:

            -Ow, você não seria, por acaso, a mesma Thaís com quem o Bill Kaulitz anda saindo ultimamente, não seria?

            -Er... –tentei pensar em uma desculpa que Thaís daria para falar “não”, mas nada me veio na cabeça. Suspirei fundo uma vez em modo de desistência. –sou eu, sim. –ou melhor, a Thaís é. Eu não saio comigo mesmo, porque seria praticamente o mesmo que dizer “sair com o Tom”, o que seria totalmente ridículo.

            Elas começaram a dar gritinhos histéricos, e por isso tampei os meus pobres ouvidos. Daquele dia em diante, virei “a aluna popular” da escola. ¬¬’ Só porquê a Thaís me namora. Aff...

            Em Novembro entrou outra aluna nova que, pelo que soube, havia repetido o 11º ano escolar em sua outra escola.

*Dia da entrada da tal nova aluna, 15/11*

            Eu estava no intervalo, na minha, quando umas colegas, fãs do Tokio Hotel, vieram até mim.

            -Thaís, vem com a gente lá na lanchonete conhecer a nova aluna! Pelo que eu soube, ela também é fã do Tokio Hotel!

            Concordei indiferentemente e fui com elas até o refeitório, onde um grupo de alunos estavam em volta de uma garota. Chegando um pouquinho mais perto, arregalei meus olhos de horror ao ver quem era a tal nova aluna: Franciska Krüger. Parei onde estava e minhas colegas pararam e olharam para mim, confusas.

            -O que foi? –disse Thamy, uma das garotas.

            -Por favor, não cheguem perto daquela... daquela tonta. –para não dizer outra coisa.

            -Por quê?

            -Foi... Foi ela que deu aquele tiro no Bill dois meses atrás. –disse, com todo o meu ódio em cada palavra que dizia, lembrando daquele dia que salvei Thaís da possível morte.

            Elas olharam chocadas para mim.

            -O QUÊ?!?! Foi ela? Está zuando da gente, não está?

            -Quem me dera estivesse, mas não. Como você acha que eu esqueceria o dia em que eu quase morri? –disse, com um duplo sentido, se você perceber.

            -Com certeza não. Mas... Como assim “eu quase morri”?

            -É que na verdade era para eu ter levado o tiro, e não Bill, que pulou na minha frente. –Acho que já estou me acostumando a fingir ser a Thaís. –foi muito dramático aquele dia... Vou te dizer...

            -Nossa... verdade. Mas que româãããntico! *0* -disse Vivien, como os olhos brilahndo. –Bill foi um perfeito cavalheiro salvando sua donzela!

            -^^’’’ Ele é sim...

            Tocou então o sinal de final de intervalo. Percebi que Franciska virou seu rosto e se levantou de sua mesa, e ela veio até nós, com aquele sorriso falso e maligno que só ela sabia dar.

            -Thaís! Que bom vê-la novamente!

            -Quem dera eu pudesse dizer o mesmo para você, Franciska! –coloquei todo o meu veneno naquelas palavras.

            -Certo... Então, como vai o Bill? Ele anda sentindo a minha falta?

            -Com certeza ele está mais feliz sem você por perto!

            Ela me deu um tapa na cara.

            -Pare com essas suas mentiras, Thaís. Eu sei que Bill já está se apaixonando por mim, e logo ele te largará! –minhas amigas só me olhavam, quietas feito túmulo.

            -Não tenha tanta certeza disso, Fran, porque eu sei exatamente o que ele pensa de você. –“e como eu sei”.

            -Ahã... E o que seria?

            -Seria algo mais ou menos do tipo: “Eu odeio aquela oferecida que tentou tirar a vida da minha namorada!”

            Ela olhou para mim com puro ódio estampado em seus olhos e foi embora para a sua classe, resmungando para si mesma algo que eu não compreendi. Eu e as garotas voltamos para a sala. No caminho, elas ficaram me elogiando pelo modo que enfrentei aquela oferecida. Fiquei bastante orgulhoso de mim mesmo.

“Never gonna be alone!
From this moment on, if you ever feel like letting go,
I won't let you fall.
When all hope is gone, I know that you can carry on.
We're gonna see the world out,

I’ll hold you till the hurt is gone.“