“Wenn du lachst,

lachst du nicht.

Wenn du weinst,

weinst du nicht.

Wenn du fühlst,

fühlst du nicht.

Weil du ohne liebe bist.

Du bist automatisch.“

            Toquei a campainha.

            Não demorou muito, como sempre, e ele atendeu pelo interfone da casa.

            -Quem é?

            -Sou eu, Caio! Abre a o portão.

            -Belly?

            -Não, a sua tia? ¬¬’ Abre logo.

            -Tá, tá.... você não tá de bom humor hoje, né? Entra aí!

            E o portão abriu automaticamente.

            Entrei, fechei o portão e fui até a porta, onde ele já estava me esperando.

            -Por que estou tendo a onra de recebê-la em minha casa? –ele perguntou em tom de zoação. Tive vontade de sorrir, mas não o fiz.

            -Para uma conversa séria.

            O sorriso dele despencou, dando lugar {a uma expressão de medo, susto. Ele já adivinhou o que rolaria no meio dessa “conversa”.

            -C-Claro... Er... Aconteceu algo?

            -Olha... Eu nem sei como começar...

            -Então nem comece!

            -Mas eu tenho que falar. Eu sou uma egocêntrica e egoísta.

            -Não é não.

            -Sou sim. Eu comecei a namorar com você para eu tentar parar de amar uma outra pessoa. E... Não deu certo! Me desculpe...

            -Então quer dizer que você me usou? – ele começou a ficar bravo então.

            -Usei. Me desculpe. – Escondi meu rosto em minhas mãos e comecei a chorar.

            -Saiu daqui. Vai embora. –ele disse seriamente, se controlando para não gritar.

            -Caio...-eu comecei, olhando para ele.

            -CAI FORA! –ele explodiu, apontando para a porta.

            Fiz o que ele mandou. Fui até a porta, apertei o botão do interfone para abrir o portão e fui embora.

            Foi aí que perdi o meu melhor amigo.

[Narração Belly off –Georg on]

            Já passaram uns 30 minutos. Cadê ela? Eu tenho a impressão de que ela foi terminar com aquele tal de Caio. Eu espero. Mas se fosse terminar com ele, ela não podia fazer isso por telefone? Tinha que ser cara-a-cara?

            Mulheres... Sempre complicando as situações.

            Mas ainda sim continuo na casa de Thaís.

            A campainha toca. Eu corro até a porta para ver quem era, mesmo já talvez sabendo quem seria. Era a Belly, com uma expressão bastante triste. Parece que acabou de chorar.

            Abro a porta e vou até ela.

            Ela simplesmente me abraça e fica quieta. Ela não quer falar nada, eu presumo.

            -Belly... – Eu começo, mas ela me cala colocando o dedo indicador na frente dos meus lábios.

            É. Ela não quer falar nada. E nem ouvir.

[Narração Georg off]

“Dein Blick so leer
Ich kann nicht mehr
Alles an dir
Wie einstudiert“