“Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across”
[Narração Bill on]
Onde estou?
Por quê estou aqui? Cadê a Thaís?
A única coisa que é possível de ver ao meu redor é a ilha minúsculamente minúscula onde estou.
E depois há uma neblina em volta muito branca, parecendo que é tinta.
Olho para mim mesmo. Estou com um conjunto de roupas brancas.
Onde estão as minhas roupas pretas?
Por que meu cabelo está em sua cor natural? Loiro escuro?
E estou sem dreads. Apenas com os cabelos longos.
-Alô? – pergunto. Eco seguido de silêncio.
-Alguém? –pergunto novamente.
Eco. Silêncio.
Então começo a ouvir um ruído.
Parece ser o som de uma máquina, não tenho certeza.
Agora estou começando a ouvir vozes. Acho que são vozes desconhecidas. Não dá para ter certeza porque não as ouço direito.
Mas... De onde é que elas vêm? Não vejo ninguém!
O branco gradativamente desaparece, e a ilha também. De repente estou no meio de um corredor todo branco. Parece ser um Hospital ou coisa do tipo.
Há uma porta dupla branca na minha frentecom uma luz vermelha piscando um pouco acima. Quer dizer que uma cirurgia está acontecendo com alguém.
Um pouco mais à frente consigo ver duas pessoas sentadas num banco perto da porta com a luz vermelha.
Vou chegando mais perto, por curiosidade. Parece ser um casal. Mas não deve ser. São familiares demais para mim chegar a essa conclusão.
É a Thaís e o Tom!
Só que... Ambos parecem estar tão tristes. Principalmente Thaís, que parece que anda chorando há dias, há horas, sei lá.
-Thaís! Não chore! Por quê você está chorando? –perguntei à ela, mas nem ela nem Tom reagiram ao que eu disse, como se nem tivessem me ouvindo.
E então flutuei contra minha vontade até a porta dupla com a luz vermelha. Atravessei a porta sem ao menos ter encostado nela. E então vejo vários médicos em volta de um corpo.
Fui ver quem era na mesa de cirurgia.
Não... Não pode ser...
Sou eu naquela maca!
Sou eu que estou tendo uma cirurgia! Por isso que os dois estão tão tristes lá fora!
Os médicos estão tirando algo do meu estômago.
È uma bala de um revólver. Então eu me lembro de tudo.
Levei um tiro da Frnaciska.
De repente tudo vai ficando escuro, e sinto uma dor bem longe de eu perceber onde que é.
Estou de volta, foi a minha conclusão.
“You might be a big fish
In a little pond
Doesn't mean you've won
'Cause along will come
A bigger one”