-Thaís. –Bill começou.

            -O que foi? –ela perguntou parecendo inocente.

            -Eu sei que a gente já está namorando, mas...

            -Mas... ?

            -Mas eu queria tornar isso oficial para todos!

            Ao mesmo tempo que Bill abriu a caixinha, os olhos de Thaís brilharam.

            O anel de namoro era em ouro branco, 24 quilates, tinha um diamante bem no centro e discreto, e um monte de outros minúsculos em volta do anel. Era o mais lindo ( e com certeza o mais caro) que ela havia visto em toda a sua vida.

            -B-Bill... Eu...

            -Não gostou do anel?

            -Não, na verdade eu amei, só que...

            -Só que... ?

            -É lindo e caro demais para eu usar! Eu não posso aceitar esse anel! –ela teve vontade de chorar quando disse aquelas palavras.

            -Não só pode, como deve aceitar. Eu vi esse anel e achei perfeito para você!

            -Mas...

            -Shhhh... –Bill a interrompeu.

            Ele pegou a mão direita dela, mais especificamente o quarto dedo e colocou o anel no dedo de Thaís. Ela ficou sem graça.

            -Ai Bill, eu realmente amei esse anel, mas não acho que merço tanto mimo assim!

            -Mas eu quero.

            -Não precisava, de verdade! Porque o que mais me importa é saber se você me ama ou não.

            -Eu te amo, e muito. E fique com esse anel, por favor? Por mim?

            Bill fez cara de cachorrinho perdido, a típica cara que só Bill Kaulitz faz e que ninguém resiste.

            -Está bem. Mas só por você!

            -Obrigado!

            -De nada! –Ela deu uma piscadinha para ele e deu um delinho nele.

            Thaís aturou beber só mais um copo de vinho, mas depois pediu um suco de limão, seu favorito. O resto do jantar foi bem calmo e romântico.

            Enquanto comiam o Nhoque, às vezes Thaís dava comida na boca de Bill por brincadeira e vice-versa, e se davam muitas risadas com isso quando não acertavam a boca do outro. Na hora da sobremesa foi um problema, pois Bill queria mousse de morango, e Thaís, de chocolate.

            -Vamos fazer um acordo: você divide comigo o mousse de chocolate comigo, e eu faço o que você quiser por um mês INTEIRO!

            -Sem exceções?

            -Sem exceções.

            -Está bem.

            Bill pediu o doce e começou a pensar no que mandar Thaís fazer. Às vezes, enquanto comiam, Bill fazia uma careta. Thaís rachava de rir nessas horas.

            -Quero que você passa o Natal E o Ano Novo aqui. –ele disse.

            -Está bem, trato é trato! E eu iria querer do mesmo jeito! xD

            Depois de terminarem de comer, Bill pagou a conta, mesmo que Thaís tivesse oferecido para pagar a parte dela. Após isso foram embora no carro de Bill.

            No dia seguinte, Thaís acordou um tanto quanto cedo, escreveu um bilhete e deixou em cima do próprio travesseiro, para quando Bill acordar. Depois colocou uma roupa quente e de café-da-manhã comeu apenas uma maça e bebeu um suco de laranja, e saiu de casa e pegou emprestado a bicicleta de Bill.

            Bill acordou umas duas horas depois e estranhou não encontrar Thaís, e sim um bilhete, no qual estava escrito:

“ Bill,

Dei uma saída que pode demorar algumas horas. Não se preocupe, estou bem. Se quiser, pode ligar para meu celular.

Ah! Peguei sua bicicleta emprestada. Espero que esteja tudo bem para você.

Logo estarei de volta.

Beijos, Thaís”

            Ele foi até a sala, pegou o telefone e ligou para Thaís.

            -Bill? Bom dia! –Ela disse quando atendeu.

            -Como você sabe que sou eu?

            -Meu celular tem visor. Deeeer!

            -Atá. Er... Cadê Você? –Ele bocejou e Thaís riu.

            -Er... Conferência de garotas!

            -Tá na casa de Georg?

            -Tô, só que já mandamos ele sair. Ou melhor, ficar longe da gente por enquanto.

            -Que estranho.

            -Não se preocupe que daqui a pouco já estou de volta!

            -Ok.

            -Beijos, Tchau.

            -Tchau. –Bill desligou.