Wakeru escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 22
Capítulo 21 - Jekill & Dikill*


Notas iniciais do capítulo

OI!
Surgi novamente!
Espero que gostem desse capítulo!
Dedicado a Derby-chan e a Aline V-kei!
Boa Leitura!!!!!



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“... Se alguma vez vi a assinatura do satanás em um rosto foi certamente no rosto de seu amigo.”

O Médico e o Monstro - Pág 29

Kaoru POV

Eu estava entediado, olhei para o relógio da parede, exatamente 07 da manhã, estava morrendo de tédio, e queria noticias do Tooru.

Estava deitado sobre a mesa, olhando os desenhos nos meus braços.

- Niikura-san...  – um homem de cabelos grisalhos, entrou na sala e me encarou.

- Sim...  – olhei para ele.

- Devia esconder essas tatuagens.

- Não tenho vergonha delas, não preciso escondê-las. Mas o Senhor não veio aqui falar das minhas tatuagens, ou veio?

- Não, vim discutir com você sobre o que você andou criando ilegalmente.

- Não há nada de ilegal criar uma nova formula.

- Mas há em usar em humanos.

- Não há muitas diferenças usando em animais, e  wakeru é somente um alucinógeno evoluído.

- Então esse foi o nome que você deu a formula.

- Sim, nada mais justo do que um simples ‘dividir’.

- Você disse ao investigador, que a intenção era dar as pessoas o direito da escolha da personalidade delas.

- É. Essa a idéia...

- Você está se achando um tipo de deus?

- PARA DE FALAR DESSA MANEIRA! – gritei socando a mesa. – EU NÃO ME ACHO NENHUM DEUS! EU NUNCA PENSEI DESSA MANEIRA! VOCÊS JULGAM TODOS APENAS POR CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, OU POR APENAS UM PEQUENO DESLIZE, MAS SE ENGANAM COMIGO! EU NÃO SOU UM YAKUZA SÓ POR QUE EU TENHO TATUAGENS EM MEU CORPO! EU NÃO PENSO QUE EU SOU UM ‘DEUS’  SÓ POR QUE EU  CRIEI UMA FORMULA ALUCINÓGENA! – soltei toda a fúria que eu tinha dentro de mim, eu não agüentava mais que todos me julgassem. Que todos apenas jogassem palavras contra mim, e eu ficava apenas calado.

- Não se exalte.

- Vocês fazem com que eu me exalte. – disse me  recompondo.

- Você será convocado para uma reunião, onde o conselho decidira se você poderá ou não, continuar exercendo a profissão de químico. Tenha um bom dia. – ele se levantou e saiu.

Tenha um bom dia?! Vá a merda desgraçado, você me diz que eu corro o risco de perder meu emprego e me diz tenha um bom dia?!

Guardei o restante dos insultos, e soquei a mesa novamente.

Logo o investigador entrou, e disse que eu estava liberado.

- Para onde eu vou?

- O oficial Daisuke te levará de volta a sua cidade. – disse ele tirando as algemas dos meus pulsos.

Assenti com a cabeça, e me levantei, seguindo para o corredor e encontrando o Daisuke.

- Eu quero ver o Tooru. – disse sem encará-lo.

- Tá. Eu te levo até lá, mas saiba que você ainda não se salvou da acusação de dar abrigo a um assassino.

- Não vou fugir... Se é isso que você está pensando. – disse seguindo ele.

[...]

Não demorou muito para chegarmos ao hospital, e assim que eu entrei no corredor me deparei com o Shinya.

- Shinya?! Como... O que faz aqui?

-  O Jun tinhas um GPS.  – respondeu bagunçando o cabelo do pequeno, que me encarava curioso.

- O que aconteceu Kao?

- Não se preocupe... Pelo menos ainda estou livre. – respondi, vendo ele abrir um sorriso singelo.

- Como o seu irmão está?

- Ele está dormindo... Deram alguns calmantes para que ele não ficasse  agitado perguntando de você.

- Ele perguntou de mim?

-É. Ele ainda não voltou a ser o Kyo. – disse Jun.

- Não?! Mas... A Wakeru não está estável! Ele já devia ter voltado ao normal... – eu não acreditava no que  acabava de ouvir, o Tooru ainda estava ali, e eu queria vê-lo.

- Eu posso entrar? – perguntei para uma enfermeira que acabava de sair dali.

- Claro que pode... – respondeu ela se afastando.

Entrei, e olhei o Tooru dormindo calmo, como se nada fosse abalar sua calma.

Me aproximei, e me sentei na beira da cama, olhando os fios loiros caírem sobre os olhos. Os braços agora mostrando as tatuagens que o Kyo havia feito.

Toquei-lhe o braço, e acariciei por alguns minutos.

Fiquei assim, somente em silencio, observando sua feição, não tão infantil agora.

- Kao... – sorriu levemente, abrindo os olhos azuis e me encarando.

- Como sabia que  era eu? – sorri.

- Por que eu conheço o seu cheiro. – riu ficando envergonhado.

- Ah, claro. E por que ficou vermelho?

- Ah... Por que eu fico sem graça de falar assim...

-Não fique... Está se sentindo bem?

- Estou sim, só sinto umas pontadas de vez em quando, mas o doutor disse que não é nada preocupante.

- Sim. – fiquei observando os olhos que brilhavam, me aproximei dele, e lhe selei os lábios.

Aprofundamos o beijo, mas logo ele, me afastou por que estava sem fôlego.

- O que fizeram com você? – perguntou.

- Só algumas perguntas. Mas o problema é que vão te levar também... E eu não sei o que vão fazer com você.

- Não se preocupe... O que tiver que acontecer, vai acontecer, e nenhum de nós poderá mudar isso.

- Eu tenho que te ajudar, eu não posso simplesmente deixar que te levem...

- Eu tenho que pagar pelo que e... O Kyo fez, dividimos o mesmo corpo.

- É culpa minha... Minha... eu

- O Kyo faria isso de qualquer maneira, o  Seiichi, sempre o influenciou... Era como se ele fosse um herdeiro... Estava sendo preparado para entrar na gangue.

- Ele pode te proteger agora... Não é?

- Tenho pra mim que não... .Tenho para mim, que tudo isso vai simplesmente ser ignorado por ele. Ele vai mandar me matar, isso sim.

A porta se abriu, e o Toshiya entrou.

- Preciso que você me dê licença Kaoru, preciso falar a sós com o Nishimura-san.

- Tooru... Eu vou fazer o possível para te livrar disso... – sussurrei para ele.

- Não precisa... – respondeu bem baixo.

Me afastei dele, e passei por Toshiya sem encará-lo.

Tooru POV

 Kaoru saiu, me deixando sozinho com o Toshimasa-san, que me encarava de maneira severa.

- Como você ainda não terá alta por enquanto, eu preciso saber algumas coisinhas...

Apenas encarei ele, tentando absorver o que iria acontecer.

Ele começou a me fazer diversas perguntas.

E infelizmente, eu não conseguiria mentir. Eu nunca conseguiria fazer mal a ninguém...

Eu era apenas uma ‘criança’, que com medo se escondeu, e somente reapareceu agora, ficando perdido numa situação.

Por que o Kyo não aparece agora, e conta tudo friamente?

Eu não sei ser frio...

- Tooru, após sua alta nesse hospital você será preso, e aguardará o julgamento. – Toshiya se afastou de mim.

 Espero que o Kyo volte logo... Pelo menos assim, se ficarmos muito tempo na cadeia, ele vai saber se defender.

Fiquei olhando para o nada, eu praticamente poderia saber no que o Kyo estava pensando.

E nesse momento, meu coração disparou, fazendo minha ferida doer...

“Eu não consigo voltar...”


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Notas finais do capítulo

Ah! Sim, o titulo do capitulo, é o nome do poema do Kyo do qual também me inspirei para escrever a fic!
O que acharam? Eu sei que não tenho muito talento para isso, mas estou me esforçando...
Enfim... não entendo muito de leis, como já disse, mas vou fazer o possivel para chegar na realidade.
Eu espero que tenha sido agradavel, e já prometo uma fic, agora do Versailles, que eu já estou adiantando...
Mereço reviews?