PDV Tate.

As semanas de terapia com Dr. Harmon estavam me ajudando muito, eu estava quase conseguindo ser um garoto “normal” que ele falou que eu teria que ser. Hoje os novos moradores se mudavam para a casa, me sentei na escada esperando eles entrarem, uma coisa que não esperava era ver Violet rindo junto com um cara alto e de cabelos espetados que tinha olhos azuis.

– Vejo que seguiu meu conselho não é mesmo? – Violet olhou para ele de um jeito que me deixou com ciúmes.

– Eu precisava de uma casa para ficar, afinal de contas. – Ele sorriu para ela.

Acho que meu tratamento tinha ido para o ralo depois disso.

~*~

– Dr. Harmon! Ela está com outro, continua achando que ela vai me aceitar? – Entrei no escritório de Ben quase berrando.

Ele olhou para mim confuso.

– Que outro Tate?

– Como assim? O novo morador. Quer dizer, um deles.

– Tem que mostrar para ela que você é melhor que ele. –Ben voltou a olhar para o livro que estava em suas mãos.

– Tudo bem, tudo bem... - Eu repetia essas palavras para mim mesmo sem para.

Sai do escritório e fui atrás dela. Infelizmente quando cheguei à sala me deparei com uma cena que não me agradou nem um pouco.

PDV Violet.

Me tornei amiga de Jared alguns dias antes dele se mudar para a casa, descobri que ele tinha perdido sua amada em um acidente horrível e hoje em dia ele fala que o amor machuca mais do que ser morto a facadas . Nesse meio tempo fizemos um acordo de que ele me ajudaria a fazer ciúmes e Tate. E não. Ele não sabia que eu era um fantasma, eu apenas disse que morava na vizinhança e tinha visto ele da outra vez que esteve aqui e ele facilmente acreditou.

Estávamos na sala da casa quando ele ligou o som e colocou no volume máximo me puxando para dançar.

– Não, não, nãaaaaaaaaaaaaao. Eu não gosto de dançar Jared. – Eu choraminguei.

– Se você quer que eu de uma festa vai ter que aprender a dançar senhorita. – Ele riu.

– Tudo bem... – Eu meio que gemi.

~*~

Passamos a tarde juntos, Moira estava fazendo a parte dela e eu a minha. A festa seria sexta-feira e como hoje ainda era segunda-feira teríamos 4 dias até lá, meu pai me falou que Tate não gostou de me ver com Jared, mas que por um milagre ele não fez nada, pela primeira vez ele se controlou. Em geral Jared estava meio que gostando de mim, ele era um ótimo amigo gostava de passar um tempo com ele. Agora estou indo a procura de Moira que estava na cozinha na ultima vez que eu tinha visto. Procurei-a em todos os cantos da casa mais não a achei então cansada, fui para o meu quarto, onde Tate estava sentado na cama mexendo com as mãos quando fechei a porta.

(música : http://www.youtube.com/watch?v=GY1GhBB4dcY )

Abri minha boca para falar e ele me interrompeu.

– Antes que me mande ir embora me deixe falar, por favor, Violet. – Ele falou sem olhar pra mim.

Suspirei peguei a cadeira que estava perto da escrivaninha e coloquei na frente dele me sentando logo em seguida.

– Fale. – Tentei não ficar incoerente perto dele mais era impossível.

– Violet, você acha aquele cara melhor que eu? – Tate perguntou tão rápido que eu quase não entendi.

Comecei a rir. E ele me olhou confuso.

– Digamos que ele tem mais autoconfiança do que você Tate. – Eu disse quando parei de rir.

– Isso quer dizer um sim? – Lágrimas caíram de seus olhos.

Cheguei perto dele fazendo-o olhar para mim, passei os dedos carinhosamente em seu rosto enxugando as lágrimas que desciam por sua bochecha.

– Sabe Tate... Você bem que podia sorrir um pouco...

Ele olhou para mim e sorriu.

–Faço tudo que você quiser que eu faça, mas me perdoe, por favor... – Ele segurou minhas mãos e olhou nos meus olhos começando a chorar novamente.

– Tate... Me de um tempo para pensar, o que você fez ainda me deixa com raiva de você. – Ele respirou fundo e largou minhas mãos se levantando e olhando para mim.

– Te dou todo o tempo do mundo meu amor. – Ele falou e se virou em direção à porta.

– Tate... – Ele se virou.

Me levantei cheguei bem perto dele e fiz uma coisa que desejava fazer desde que nos separamos. Nossos lábios se encontraram e uma corrente elétrica passou pelos nossos corpos assim que ele pôs as mãos e volta da minha cintura me puxando para si, sua língua pediu passagem e eu concedi nossas línguas se encontraram em uma batalha interminável e só paramos quando eu já estava na cama e ele em cima de mim.

– Tate... Acho melhor isso não acontecer... – Falei ofegando.

Ele saiu de cima de mim deitando ao meu lado na cama e respirando com dificuldade.

– Desculpe Vi.

– Acho melhor você ir agora. – Me levantei ajeitando meu vestido e meu cabelo que estavam totalmente bagunçados.

– Tudo bem. – E assim ele desapareceu.

– Oh meu Deus, o que eu vou fazer se isso continuar assim? – Coloquei as mãos na cabeça e suspirei. – Eu o amo e não consigo não perdoa-lo.

Me joguei na cama e fechei os olhos. Teria que ser mais rápida em relação ao plano que tinha em mente.

~*~

Por sorte meu quarto foi escolhido para ficar como o quarto de hospedes já que tinha muitos quartos na casa. Na manhã de terça-feira desci as escadas e fui direto para a cozinha e achei Moira de costas para mim, mas aparentemente mais alta e seus cabelos ruivos bem mais brilhosos sua pele não estava enrugada como de costume e quando ela se virou e eu dei um grito.

– O que foi menina? – Sua voz era doce e suave ao mesmo tempo.

– Moira? – Perguntei.

– Sim? – Ela olhou para mim.

– Por que você está parecendo uma mocinha vestida de empregada como se fosse fazer um stripper a qualquer momento?

– O que? Você esta me vendo como uma moça jovem? – Moira ficou espantada.

– Sim.

– Como isso pode estar acontecendo? – Ela se perguntou.

– Não era para eu ver você assim era? – Perguntei a ela.

– Não... Só os homens me veem assim. Como uma jovem que fica se oferecendo para eles.

– EEEEi, você não vai se oferecer pra mim não vai? – Arregalei os olhos.

– Claro que não! Ficou maluca?

– Espera ai... - Me lembrei de quando vi meu pai quase agarrando Moira quando ainda estava vivo em seu escritório. – Você seduz os homens e os incentiva a trair suas esposas?

– É mais ou menos isso.

– Você tentou seduzir o meu pai? – Perguntei para ela me sentando na cadeira.

– Sim... Desculpe-me, mas...

– Shiu, não quero saber. – Eu a interrompi. - Já fez o que eu pedi?

– Sim. Os dois já estão como cãezinhos obedientes! – Ela riu.

– Ótimo... Moira eu estava pensando... Você não quer sair dessa casa?

– Eu já quis muito isso Violet, acredite... Mas eu encontrei uma amiga a única e gosto de ficar com ela. Sua mãe é a melhor amiga que eu já consegui e acho que ela vai precisar de uma amiga quando você for embora.

– Meu pai ainda vê você desse jeito... Você sabe toda bonitinha.

– Ah, não Violet, não se preocupe ele parou de me ver assim no momento que viu que amava sua mãe, mas que tudo.

~*~