Desires escrita por Novo Universo


Capítulo 24
Epilogo




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A moto parou enfrente de um longo prédio, possuía questão de quatorze andares, era todo branco com as sacadas vermelhas e uma longa entrada com um belíssimo jardim. Flores vermelhas, brancas, rosas e muitas outras. Os dois saíram da moto e o homem colocou os capacetes em cima dela.

Percy havia cortado o cabelo. Estavam raspados os lados e deixado apenas no meio um tanto de cabelo, havia feito um corte militar. Não havia feito a barba há três dias o que queria dizer que estava com uma barbinha rala, o que o deixou mais homem. Vestia uma camiseta branca e uma calça jeans.

Já Thalia deixara seus cabelos até o ombro, suas pontas onduladas caiam tranquilamente sobre os ombros lhe proporcionando um charme em especial. Estava com uma maquiagem leve. Usava um sobretudo cinza com meia-calça preta e sapatos alto.

Eles entraram no apartamento, de mãos dadas, era um belo casal, quem visse de longe. Percy apertou o botão para o elevador subir, no quinto andar. Nenhum dos dois falou nada, não precisam dizer nada, não tinha a necessidade de dizer nada.

O elevador parou e abriu para o apartamento 52, os dois apertaram a companhia e viram quando um moreno abriu a porta.

Nico vestia uma camiseta preta, os cabelos estavam molhados e jogados para trás, usava um short qualquer e chinelos.

- Isso é roupa para receber visitas Nico? – Perguntou Thalia pasma, ou pelo menos fingido estar. Ele bufou.

- Estou na minha casa Sra. Jackson, tem sorte de eu não receber vocês de cueca. – Ele falou saindo da frente enquanto Percy entrava sem ser convidado. – E Percy, cadê a educação?

- O cheiro está bom. – Ele comentou fazendo Thalia rir e Nico revirar os olhos. Percy foi em direção à cozinha, onde uma filha de Afrodite se encontrava cozinhando.

Nico e Thalia andaram até a sala, ambos sentaram no sofá e, como se não precisasse de palavras eles pegaram os controles e Nico ligou o videogame. Os dois começaram a jogar Need For Speed 2.

(...)

- Isso eu nunca imaginava ver, vou ser sincero. – Comentou Percy enquanto via Elena olhar pela segunda vez a lasanha.

- O que? – Ela perguntou confusa. Estava com os cabelos presos num rabo, maquiagem perfeita e um vestido rosa.

- Você cozinhando. – Elena revirou os olhos.

- Isso é preconceito Percy Jackson. – Ela respondeu rindo.

- O cheiro está ótimo Elena, quanto tempo vai demorar para ficar pronto? – Ele a elogiou indo ver a lasanha.

- Uns trinta minutos, ou menos. Para de ser esfomeado. – Ela o repreendeu.

Depois de algum tempo, Elena e Percy havia se tornado grandes amigos, quase irmãos. Assim como Nico e Thalia. Eram praticamente uma família, eles planejavam morar perto uns dos outros quando as mulheres tiverem filhos, para que as crianças crescessem juntos.

Percy ficou na porta da cozinha para observar Thalia jogando videogame com Nico, ele estava serio e pensativo. Precisava fazer um negocio, entretanto não podia contar a nenhum do dois, pois, ambos o mataria.

- Elena. – Ele a chamou voltando à cozinha. Ela levantou os olhos. – Eu preciso fazer um negocio algo importante. Só que nem Nico nem Thalia podem saber disso, eles estão no videogame e vão demorar para sair, caso saiam antes que eu chegar...

- Eu digo que foi comprar refrigerante. – Ela suspirou. – Pode ir Percy, mas tomo cuidado ok?

Ele agradeceu com um beijo na testa, devagar ele saiu do apartamento e para não fazer barulho desceu as escadas mesmo. Olhou para a moto, mas saberia que o barulho iria despertar Thalia, então preferiu ir de a pé mesmo.

(...)

Ele viu a loira sentada no banco da braça, parecia solitária e infeliz. Vestia um short preto com meia calça e uma camiseta também preta. Seus longos cabelos loiros estavam presos em uma trança e usava uma maquiagem forte. Percy suspirou e caminhou até ela, sentou-se ao seu lado e não disse nenhuma palavra.

- Eu queria te entregar isso. – Ela apenas entregou uma carta a ele, tirada da bolsa. Annabeth o olhou por um tempo, um olhar amoroso. Percy pegou a carta sem dizer nenhuma palavra. A loira levantou.

- Porque viver solitária Annabeth? – Ele perguntou para ela. A filha de Atena deu um sorriso triste.

- Leia essa cara Percy e saberá. Não leia agora, volte para casa, almoce, aproveita o dia e leia a noite. – Ela apenas disse. – Adeus.

Ele a observou ir, a carta em seu colo. Annabeth havia perdido o brilho que tinha, ainda estava bonita, mas não parecia com vontade de viver. Depois de vê-la sumi dentro de um taxi, ele levantou-se e voltou para o apartamento.

(...)

Thalia dormia ao seu lado, ele não estava com sono. A filha de Zeus usava uma camisola branca e estava esparramada pela cama. Percy sorriu, ela estava linda, pelo menos para ele.

Ele levantou-se sem dizer nenhuma palavra e foi para a sacada da sala, se fossa para a sacada de seu quarto, acordaria a garota. Olhou para a carta em sua mão e suspirou. Abriu-a.

Querido Percy, eu sinto muito pelo que eu fiz no passado. Eu sei que errei e sei que meus erros não tem perdão, sei que fui egoísta, mesquinha e ambiciosa. Eu realmente sei tudo que eu fui. Todos me julgam, eu mesmo me julgo agora.

Eu o amava, de verdade, talvez fora a maior verdade em minha vida: o amor por você. Quando terminamos eu chorei por dias, eu sofri com a solidão e mudei para uma pessoa fria. Tentei fazer com que a dor do coração parasse me concentrando só no Acampamento, eu sofri sozinha.

Nunca pude contar com meus irmãos, apesar de termos ótimas relações não poderia despejar o que eu sentia para eles. Porém me afastei dos amigos a qual eu poderia ter feito isso: Grover e Nico. Quando você voltou, uma esperança surgiu em meu coração, mas quando eu vi você e Thalia lutando eu sabia que seu coração já tinha outra dona.

Eu fiquei com raiva, ódio e ao mesmo tempo eu fiquei magoada. Como você poderia ter me esquecido depois de tanto tempo juntos? Eu não entendia, mas agora entendo. Eu aprendi com a humilhação que Nico e Thalia me fizeram passar. As vezes o amor é lindo, só que as vezes ele cria ilusões e nos fazem sofrer.

Eu fui embora do Acampamento, depois de uma conversa com minha mãe. Foi uma conversa dura, difícil e triste. Mas mudou minha vida para sempre.

Percy parou um pouco de ler, faltavam apenas três linhas. Ele olhou para a lua, ela brilhavam intensamente. A madrugada estava silenciosa, uma madrugada gostosa.

Eu carrego uma maldição de Atena, minha própria mãe: viverei sozinha para sempre, nenhum homem jamais me amara e eu não terei amigos. A solidão sempre me acompanhará, mesmo num ambiente cheio como o Acampamento, ninguém irá ser meu amigo. Eu viverei solitária e só, para sempre.


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