CONTINUAÇÃO...

POV Dean/Sam

O Dean viu que algo de errado se passa e foi até á casa de banho.

-O que é que ela têm? - Viu o Sam abraçado a ela.

-Deixa estar Dean. Depois falamos. Ela preçisa disto. - O Dean levantou uma sobrançelha.

-Disto? - O Sam revirou os olhos com a pergunta do Dean.

-Disto. - Apontou com os olhos para o abraço. O Dean sorriu e voltou para o quarto.

-Ai Sammy. Sammy. O que será que "disto" vai aconteçer? - Perguntou para sim mesmo, sentando-se no sofá bebendo um gole de cerveja.

POV Marcy

O San ajudou-me a levantar e voltou comigo para o quarto. Fiquei na cama a descançar e adormeçi. Acordei na manhã seguinte. Fiz o mesmo processo do dia anterior e voltamos para o mesmo descampado para eu praticar o estupido tiro ao alvo.

Passou-se cinco dias e nada. Estou farta, não aguento. Porque não acerto no raio das garrafas?

Fomos no sexto dia, a manhã começou a ser como as outras, parei.

-A sério isto é demais. - Falei.

-Eu sei que vais conseguir. - Disse o Sam sorrindo, não fui capaz e retribui o gesto.

-Podem deixar os sorrisos para mais tarde? - Disse o Dean. O que lhe deu? Estavamos os dois a ser simpáticos.

-Foi só um sorriso Dean. - Disse o Sam.

-A Marcy têm que se concentrar. - Disse isto num tom erritante e seco o que me erritou.

-Eu estou concentrada.

-Então volta para lá e continua. - Fez um bico com os lábios carnudos. Que erritante! Ele sabe ser um chato!

-Pára de ser assim Dean! - Exclamei. Pareçe que hoje ele acordou mal disposto.

-Assim como? - Voltou a fazer o bico que me errita. Cerrei os maxilares e as minhas mãos ficaram como dois punhos prontos para lhe atirar.

-Isso! - Disse-lhe.

-Marcy tu estás ainda muito atrasada e ainda não conseguiste. - Ele chamou-me de atrasada?

-O qué? Está me a chamar de atrasada?

-Não é nada disso. Eu disse que ainda está atrasada nisto. - Apontou. Senti as unhas a cravarem-se nas palmas. Senti uma onda de raiva pelo meu corpo, este estremeçeu.

-NINGUÉM DIZ QUE EU SOU ATRASADA! NINGUÉM! - Gritei para dentro. De repente ouvimos um estilhaçar, olhamos para trás e as seis garrafas explodiram sózinhas. Ficamos os três arregalados de supresa. Olhamos em volta mas não vimos ninguém.

O Sam veio para o pé de mim com os olhos presos em mim.

-Aquilo... - Disse. Olhei para os dois que não tiram os olhos de cima de mim.

-O que têm? - Perguntei confusa.

-Foste tu. - Disse o Sam.

-Eu? Não fui nada. Como posso ter feito se não tenho a arma? - Ri. É de loucos o que ele está a dizer. O Sam ficou a olhar para mim e foi como se ele tivesse dito tudo. Eu sou filha do poderoso demônio, logo também tenho super poderes. Mas como fui fazer isto sem dar por isso?

-Eu... - Começei.

-Espera. - Disse-me. Ele têm mais garrafas.

-Experimenta a fazer isto. - Ele esticou o braço, vi a sua mão a contorçer-se assim como o seu rosto, ele cerrou os dentes e os dedos e uma garrafa partiu-se. Fiquei por momentos a olhar para ele.

-Tenta. - Disse-me. Eu assim fiz mas nada aconteçeu.

-Pensa em algo que te errite bastante. Algo que te tire do sério. - Lembrei-me da vida que me foi roubada. Tudo o que perdi. A briga que tive várias vezes comigo, com o meu pai, o Bobby. Apontei a mão com o braço esticado para a garrafa, conterçi os dedos com raiva, o meu maxilar cerrou-se e as narinas dilataram-se. Gritei de raiva.

-AHHHH! - O meu braço fez um movimento para o lado. As garrafas todas foram ao ar, estilhaçaram-se, senti um vento no rosto. Olhei para o lado. Onde está o Sam e o Dean? Olhei para trás e vi-os estendidos no chão, fui até eles.

-O que vos aconteçeu? Voçês estão bem? - Eles levantaram-se.

-Foste tu. - Disse o Dean.

-Eu?

-Tu és mais forte do que nós pensavamos. - Ele tirou uma garrafa e meteu á minha frente.

-Tenta fixar a garrafa. Finge que é alguém que odeias e disparas. - Entregou-me a arma. Eu assim fiz. Lembrei-me da rapariga que eu odiava na escola. A Odette. Cerrei os olhos, o alvo pareçe mais pequeno, disparei, esta estilhaçou-se.

-Boa! - Ele meteu mais umas garrafas e eu voltei a conseguir. Dei pulos de alegria.

-Consegui! - No outro dia voltamos e voltei a fazer o mesmo, concentrando-me bem e voltei a conseguir. Passamos a outra fase. Lutei com o Dean e o Sam. Eles tinham que fugir de mim e eu tinha que os apanhar e usar a faca, é claro que foi tudo na brincadeira. Até que foi divertido. O Dean e o Sam ensinaram-me uns truques, eu no principio só me conseguia rir.

-Tens que estar séria. - Dizia o Dean. Eu olhava para a sua cara séria e meia forçada e recomeçava-me a rir, ele também não aguentava e ria também.

Com o tempo e a prática fui-me tornando melhor e sem me conseguir rir tanto. Ao final das cinco semanas, estou quase um ás. O Dean foi á cidade e eu e o Sam ficamos a praticar. Fiz um pouco de tiro ao alvo, pratiquei os meus novos super poderes. Lutei um pouco os reflexos e a rapidez e resolvemos descançar. Ele tirou duas garrafas de cerveja para nós, bebemos e conversamos.

-Estás bem melhor, está um ás. - Disse-me a sorrir.

-Obrigada. Eu disse que era capaz. - Ele sorriu.

-Supreendeste-me.

-Ainda bem. - Estou feliz. Depositei a garrafa num canto e tirei o casaco. Respirei o ar puro com um sorriso nos lábios.

-O que se passa? - Perguntou ele também com um sorriso nos lábios. Estiquei os braços e fechei os olhos.

-Começo a gostar disto. Pela primeira vez sinto-me mais leve, relaxada e bem. Sinto-me feliz. - Ele levantou-se e veio para o pé de mim.

-Fico feliz por ti. - Sorrimos.

-Apetece-me correr, saltar, brincar.

-Isso é bom. Faz isso. - Sorri.

-Alinhas comigo numa corrida? - Perguntei.

-Está bem.

-Tens que me apanhar. - Afastei-me dele. Começei a correr.

-Oh, está bem. - Ele começou a correr, ele fica tão engraçado. Começei-me a rir. Ele corre tão depressa e é rápido. Agarrou-me no braço.

-Apanhei-te.

-Hum-hum. - Soltei-me de si e tornei a fugir. Começamos a rir-nos. Ele apanhou-me várias vezes mas eu soltava-me sempre. Ri-me ainda mais. Ele desta vez apanhou-me e agarrou-me pela cintura, levantou-me.

-Ai Sam!. - Ri-me tanto e ele também. Ele é tão alto e forte. Levou-me consigo ao chão, rebolamos no chão a lutar na brincadeira. Fiquei por cima dele, ele agarrou-me nas mãos e veio para cima de mim. Ficamos a sorrir.

-Isto foi divertido. - Disse eu. Ele sorriu e olhou para mim.

-Pois foi. -  O sol deu por trás dele, os seus cabelos estão brilhantes e ele está tão lindo. Ficamos mais sérios. Ele aproximou o seu rosto do meu. Senti as faces corar e o meu coração mais rápido. O Sam gosta de mim? Por momentos quero acreditar que sim. Quero beijá-lo.

Serei bonita e interessantes aos olhos dele? Estarei a gostar do Sam? O que se está a passar comigo? Porque estou a pensar nestas coisas?

Quero té-lo encostado em mim e a beijar-me. Ele aproximou-se mais de mim. O Sam beijou-me. Os seus lábios são suaves contra os meus, os seus movimentos são rápidos e eu faço o mesmo que ele. O seu corpo encostou-se ao meu, e eu toquei com as mãos nos seus cabelos. Ele tocou-me no rosto, as nossas respirações tornaram-se mais rápidas. O seu corpo está tenso contra o meu, sinto que vou perder o ar a qualquer momento.

Ele tirou-me os cabelos do pescoço e beijou-mo. Abri a boca para reçeber ar.

-Sam? - A minha voz está tão fraca, ele não ouviu. Percorreu o meu pescoço. Sinto um desejo ardente pelo corpo e um fogo quente sobre mim. Ele veio para o meu peito e começou a despertar-me o camiseiro. Senti a sua boca no meio dos meus seios. A sua boca é quente, lábios suaves e rápidos sobre a minha pele que pede por mais. Ele despertou-me o camiseiro todo, a sua boca desceu para a minha barriga, beijou-a e chupou-a, esta estremeçeu com os seus belos lábios.

Despertou-me os jeans e começou a desçé-los. O Sam é bom, lindo e bom demais. Eu sinto-me bem com ele, sinto que gosto de si e sinto um desejo termendo. Sinto que quero isto tanto como ele. Eu estou a arder em chamas e ele quase a explodir. Ele é bom e veloz demais.

Eu preçiso de tempo e pensar nisto. Eu nunca fiz sexo e ainda tenho medo. Ele pareçe não entender isso.

-Sam? - Beijou-me e tocou-me no rosto.

-Hum? O que foi?

-N... nós não podemos. Ainda não. Eu... eu não posso. - Sentamo-nos, ele respirou fundo.

-Está tudo bem contigo?

-Sim está. Desculpa. - Ele sorriu e tocou-me no rosto.

-Não faz mal. - Abotoei a roupa, no momento em que nos levantamos e sacudimo-nos o Dean chegou.

-Ei então vomo foi as práticas? - O Sam respirou fundo, vi que ele ainda está um pouco tenso como eu.

-Foi bom. - Respondeu o Sam. Fui buscar o casaco.

-Ainda bem. Então Marcy gostaste? - Olhei para ele.

-Sim, claro. - Eu e o Sam fomos arrumar as coisas. O Dean sentiu o clima estranho no ar.

-Está tudo bem convosco?

-Sim. - Respondi. Fomos ter com o Dean e fomos para o hotel.