E o jogo começa. escrita por JessyErin


Capítulo 3
O jogo do futuro.




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No dia seguinte, Dinozzo apareceu com um jogo chamado “O jogo do futuro”, que ele disse que era pra gente se conhecer melhor. Todos chegaram menos Gibbs e Ducky. Ducky estava com problemas com a mãe, e Gibbs estava realmente ocupado, ou procurando uma desculpa para não aparecer.

O jogo funcionava assim: Um deles pegava uma pergunta, e todos a respondiam. Demos muitas risadas com as várias respostas engraçadas, até que chegou a seguinte pergunta: “Como você gostaria de morrer?” Jenny quis pular a pergunta imediatamente, mas todos concordaram em responder.

– Dormindo! – Dissemos Mcgee e eu ao mesmo tempo, e todos riram – Afinal – eu disse – estaria tranquila e não sentiria nenhuma dor, seria bom.

– É, e eu já durmo em um caixão, então facilitaria as coisas – Disse Abby, e todos riram novamente.

– Eu acho que gostaria de morrer por algo, defendendo uma causa, ou algo assim – disse Kate.

– Melhor tomar cuidado, ou ela vai começar a se amarrar em arvores ou coisa pior – disse Tony.

– Eu não sei como você vai morrer Tony – eu disse – mas de uma coisa eu tenho certeza, haverá muitas ex-namoradas chorando em volta de seu túmulo.

– Ou rindo, talvez até dançando de felicidade – Disse Kate, e todos riram.

– No meu, não haverá muita gente, não tenho família e meus amigos estão todos aqui – Disse Jenny.

– Eu gostaria que no meu, ninguém chorasse – disse Kate e todos os olharam espantados.

– Quer o que? Risadas? – Perguntou Tony.

– Se possível – disse ela – quero que se lembrem de mim pelo que fui, e contem piadas, essas coisas. Não quero ninguém chorando porque morri, e sim sorrindo porque vivi.

– Profundo – disse Mcgee, imitando por um momento, o tom de voz de Gibbs, e todos riram novamente.

Depois de algumas horas, todos foram embora e eu fui me deitar. Kate, como sempre, ficou acordada trabalhando, e eu sempre me sentia culpada por ver ela tão ocupada e eu não poder ajudar em nada. Mas neste dia, eu fui dormir bem mais tranquila, mais calma. Acho que aquele jogo sobre a morte aliviou a tensão, por incrível que pareça, e eu me diverti. Só me perguntava por que Gibbs não quis ir.

Kate acordou um pouco mais cedo na manhã seguinte, disse que tinha recebido um telefonema e que teríamos que ir mais cedo. Assim que chegamos lá, Jenny me disse para aguardar no escritório dela, que ela tinha que conversar com a equipe sobre uma coisa, e que precisava de alguém no escritório dela para receber uma coisa. Subi para o escritório e quando cheguei lá, minutos depois, Palmer entrou, e me entregou um tipo de envelope branco, bem grande. Antes que eu pudesse agradecer ele disse:

– Você tem uma bela mãe.

– Eu o quê? – perguntei meio atordoada – onde você viu minha mãe?

– Eu, bem, olhe só, eu tenho que ir, mas acho melhor ficar aqui, caso haja mais alguma entrega – disse ele.

Ele estava, por acaso, tentando me prender ali?

Eu desci imediatamente, e logo que alcancei a escada, o telão me chamou atenção. Havia lá uma foto da minha mãe, e outra do lado, ela e um moço conversando, no que parecia um supermercado. Desci as escadas bem rápido, e olhei incrédula para Kate:

– Vai me dizer que esse moço... É ele? Ele achou minha mãe?

– Jessy – Jenny disse – Já tomamos as providências, ela está a salvo, em uma casa segura.

– Casa segura? – eu disse, perdendo a paciência – você me disse que ela estaria a salvo se eu concordasse em testemunhar! Ele poderia mata-la! Faz quantos dias que isso aconteceu?

– Alguns, eles só nos reportaram hoje, mas isso já aconteceu há alguns dias – disse Kate, parecendo um pouco culpada – mas está tudo bem agora, ele não tentará isso de novo.

– Como você pode ter certeza? Porque não o prendem logo?

– Jéssica, é complicado – disse Mcgee – não temos causa provável, só podemos contar com o que você viu no aeroporto, e ao que parece, ele é ótimo em fugir, então não temos como.

– E se fosse flagrante? – eu disse, com um pingo de esperança na voz.

– Ele não é bobo – disse Jenny – nunca conseguiríamos atrai-lo.

– E se, por acaso, vocês me deixassem andar por aí sozinha, claro, com certa distância de segurança e então ele poderia pensar que eu estou realmente sozinha, alguém poderia gravar, e usar isso no tribunal para condena-lo. O que vocês acham? – eu disse, sem fôlego, pensando na possibilidade de prender aquele canalha.

Todos olharam para Gibbs, que parecia estar considerando. Eu até havia me esquecido que estava ali, de tão quieto que ele se encontrava. E então ele falou pela primeira vez, olhando pra mim:

– Não. Muito arriscado. Não podemos.

Logo que ele disse isso, todos voltaram para suas mesas, afirmando com a cabeça, como se soubessem sua resposta.

– Mas Gibbs, digo, o senhor tem que entender – eu comecei, mas ele deu as costas para mim.

– Está resolvido, nada disso. Não vale a pena.

– Não vale a pena? Como assim não? É porque não estamos lidando com uma pessoa do seu interesse, é isso. Você não se importa porque não é a sua mãe que esta em perigo! – eu disse, gritando, e todos olhavam para nós assustados.

– CHEGA DISSO, ISSO NÃO ESTÁ ABERTO A DISCUSSÕES, VOCÊ NÃO VAI ARRISCAR SUA VIDA DESSE JEITO, KELLY. – ele disse, gritando, e eu dei vários passos para trás.

– JESSY! – eu disse, praticamente gritando – MEU NOME É JESSY, E TENHO CERTEZA QUE VOCÊ FARIA O MESMO SE FOSSE ALGUÉM QUE VOCÊ AMA!

Então Jenny chegou e o puxou pelo braço, ouvi - a resmungando alguma coisa do tipo “Francamente” e arrastou – o para o elevador.

Assim que chegamos à casa da Kate, jantamos e ela voltou a trabalhar, então eu tive uma pequena idéia:

– Kate, se lembra daquele M que eu vi na bolsa dele? – eu disse, procurando meu notebook.

– Sei sim Jessy, o que tem ele? – ela disse, parecendo não prestar muita atenção.

– E se não for um nome? E se for um codinome, ou uma agência?

– Uma agência? – ela disse, parecendo um pouco mais atenta – de onde você tirou isso?

– Eu vi a bolsa de academia do Dinozzo, tem um N de NAVY enorme nela, então eu pensei que talvez o assassino seja parte de uma agência, pois assim ele saberia muito bem...

– Como não ser encontrado! – ela completou – muito bom Jessy, muito bom mesmo! Eu vou procurar algumas agências agora mesmo.

– Eu posso ajudar se você quiser, pois pelo que eu sei, há agências no mundo inteiro, e você parece tão cansada.

– Claro que pode querida, obrigada.

Passamos praticamente a noite inteira procurando, e então, quando eu estava praticamente com um dos meus olhos inteiramente fechado, ela soltou uma exclamação:

– Terminamos, todas as agências estão listadas, agora é só descobrir em qual delas ele está.













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