When Youre Gone escrita por TaTa B-P, Babi


Capítulo 21
Capítulo 19




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/194086/chapter/21

Dez anos depois...

Bella jogou longe mais um livro de medicina. Ela acabara há mais de um mês sua tese final, mas mesmo assim desejava nunca terminar a universidade e ter de voltar para sua família. Não que não desejasse estar com aqueles que lhe deram tanto amor quando ela mais precisara, mas ela não poderia voltar a conviver com a pessoa que ela amava tanto e que agora a desprezava. Sem contar que depois daquela briga que tivera com Jasper, sua relação com ele não voltara a ser a mesma e isso feria a ambos profundamente. Jasper deixou de perguntar por Bella e tratou de agir como se não se preocupasse, mantendo sua palavra, e Bella sentia na pele a falta que os cuidados do irmão lhe fazia. Ela desvalorizara tudo o que recebera e agora sofria as consequências e amenizava suas dores se afundando em seus estudos.

Fora com muito esforço e determinação que ela manteve sua verdadeira identidade e permanecer tanto tempo em um mesmo lugar. Terminar o curso de medicina era um sonho que estava realizando e logo se imaginava usando suas habilidades a mais para salvar vidas humanas e a sensação de reparação tomando conta de si, trazendo-lhe finalmente um mínimo de paz de espírito.

- Está sonhando de novo, Isabella? – A voz sedosa de Anne Louise tirou-a novamente de seus devaneios.

A vampira que exigia atenção era alta e possuía cabelos tão vermelhos quanto sangue fazendo uma combinação assombrosa com os olhos da mesma cor. Anne Louise estudava Literatura e conheceu Bella por acaso, quando essa entrou na biblioteca atrás de um livro e se assustou com a presença da vampira que possuía a dieta cuja Bella abandonara com completo asco. Elas rapidamente se entenderam e Anne Louise ficou curiosa com a dieta que Bella levava, quis prová-la e agora, de todos os modos, tentava resistir ao sangue humano. Porém sabia que o vermelho demoraria a abandonar seus olhos por isso fingia ser gótica e dizia usar lentes, tornando seu visual ainda mais medonho.

-É uma luta diária e você deve ter perseverança para conseguir se livrar do pior da tentação. – Bella lhe disse certa vez.

Enfim, ela continuava a olhar para a nova companheira esperando uma resposta. Bella suspirou e disse:

- Logo terei de ir para casa. E você, Anne,  Ela apontou.  vai conhecer a minha família.

Anne Louise riu tombando sua cabeça para trás e disse:

- Se forem tão “bem-humorados” como você, é possível que eu consiga dormir! – Zombou ela da frieza e inércia constante de sua amiga.

Bella revirou os olhos com a piada que não teve nenhuma graça para ela e murmurou:

- Aposto é que ficará maluca isso sim.

Anne Louise apenas riu mais uma vez. Logo ela mudou a conversa para assuntos mais mundanos.

- Está pronta para apresentar sua tese na frente de todo o corpo de medicina?

- Eu poderia passar sem essa tortura. – Bella respondeu.

Anne Louise tinha total e completa noção da aversão que a companheira tinha em relação à atenção e adorava cutucá-la em todos os pontos fracos que podia, exceto o “assunto proibido”, como elas chamavam a relação dela com Edward e todo o passado dela. Diferente da primeira vez, Bella depositou em Anne Louise rapidamente certa confiança e como ela provavelmente se juntaria à família, Bella não pensou em outra coisa a não ser contar toda a verdade a ela, da maneira mais resumida quanto possível.

- Está acabando, relaxe. – Ela pousou a mão, condolente, em seu ombro.

Bella suspirou e voltou a olhar para a tela de seu notebook, e fechou-o rapidamente. Ela se levantou e começou a andar pela casa olhando para o chão enquanto Anne Louise ficava parada no mesmo lugar esperando ela decidir o que fazer.

- Acho que eu deveria ligar para Alice... Só para saber se está tudo bem por lá.

- Você deveria deixar de ser cabeça dura e ir visitá-los esse final de semana.

- Para quê? Só quero notícias, palavras, informações. Além disso, eu tenho de me concentrar na minha apresentação e não vou conseguir isso colocando toda a minha família em um estado de tensão só por me ter por perto. Aliás, agora que meu irmão se casou com Alice, acho que não quero ficar segurando vela.

Anne Louise deu de ombros e Bella foi levada pelas lembranças do casamento de Jasper, que ocorreu um ano antes de toda a família Cullen se mudar para a minúscula cidade de Forks, depois de se formarem em Denali. Novamente o enorme círculo de amizades dos Cullen, Denali e os poucos amigos de Jasper se reuniram para celebrar um momento tão importante na vida do casal. Peter e Charlotte, Emmett e Rosalie, junto dela e, por incrível que pareça, Edward foram padrinhos do casal e Bella podia apostar que sua junção com Edward no evento foi obra de Alice. Ela fez um pacto com ele de pelo menos naquela ocasião manterem a paz, mas a tensão e a frieza entre ambos foram notadas. Só de lembrar-se das várias horas forçada a sorrir educadamente ao seu lado quando sua vontade era de gritar e voltar para Nova Iorque, fez com que Bella suspirasse e desistisse da ideia de ligar para casa.

- Quer saber? Não vou ligar. – Declarou ela.

No mesmo momento o telefone tocou e Bella atendeu-o.

- Alô?

- Como assim “não vou ligar”?! – A voz indignada de Alice chegou tão alta, que Bella afastou o telefone do ouvido. – Nós merecemos notícias suas, sabia?! E como vai Anne Louise?

Anne Louise olhou para ela aturdida e Bella apenas movimentou os lábios esboçando um “Eu não disse?”.

- Olá para você também, maninha. – Bella disse ironicamente. – Alice... Por favor, entenda... – Bella começou, mas foi interrompida.

- Nem venha com essa! Você não vem aqui desde o seu aniversário e isso foi em setembro! Sem contar que nós tivemos de te arrastar para cá. Já está na hora de tirar o atraso e eu mal posso esperar para conhecer Anne Louise!

Bella suspiro e disse:

- Façamos o seguinte, Alice: Eu vou apresentar a minha tese e vocês vêm para a nossa graduação. Depois voltamos todos juntos para... Onde vocês estão morando mesmo, Alice? Ah! Isso mesmo, Forks.

- Tudo bem, então... – Alice concordou à conta-gosto.

- Alice, não fique chateada.

- Não tem como não ficar, Bella.  Minha própria irmã evita, de todos os modos, ficar com a família! Qual é?!

- Alice, você sabe muito bem por que eu não gosto de ficar em casa, então não aja como se eu detestasse vocês.

- Desde a briga com Jasper você está assim.

- Não me acuse Alice! Por favor, eu não quero brigar com você também! – A voz de Bella era sofrida.

- Não é só você que sofre por isso.

- A escolha foi dele.

- De qualquer modo, – A voz de Alice voltou a um tom animado, eliminando o clima pesado. – Não se esqueça dos presentes de Natla, hein Bells?!

Bella sorriu aliviada pela mudança de assunto e disse:

- Pode deixar Alice. Eu vou pensar em algo bem caro e raro para você, está bem?

- Esse é o espírito!

Dessa vez foi Anne Louise quem riu. E Bella revirou os olhos.

- Tchau, Bells! Até semana que vem!

- Até, Alice. Mande um beijo para todos, está bem?

- Sim, sim.

Bella suspirou quando o telefonema se encerrou e devolveu o aparelhinho para o gancho. Anne Louise reivindicou a atenção para si, quando comentou rindo levemente:

- Algo bem caro e raro, huh?

- Vá terminar sua tese! – Bella reclamou.

- Você sabe que eu já acabei Bells.

- Vá ver se estou na esquina, estorvo! – Bella exclamou jogando um vaso em sua direção.

Em um movimento quase imperceptível, Anne Louise pegou o vaso e colocou em cima da mesa ao seu lado, intacto. Depois ela deu risada e zombou:

- Quase, Bells, quase.

Bella revirou os olhos resmungando um palavrão e arrumou suas coisas colocando de volta nas estantes e na bolsa. Anne Louise voltou para seu quarto, ainda rindo. Bella olhou para suas coisas amontoadas na mesa e decidiu deixar do jeito que estava. A experiência provou que arrumar sua bagunça, mesmo que proposital, apenas deixava-a mais estressada. Então, ela decidiu fazer como fora indicado uma vez em um programa de televisão: Ela caminharia para esfriar a cabeça e relaxar, mesmo que ela não usasse sua velocidade máxima, estava disposta a tentar.

Aquela tarde de primavera estava agradável, mas o vento apontava, junto com as nuvens cada vez mais escuras, apontavam que logo iria chover.  Há quanto tempo não via o sol? Não curtia um dia ensolarado como uma adolescente normal? Não se lembrava da última vez que saiu ao sol. Nem quando Edward era humano ela deu uma brecha. Era arriscado demais para os humanos.

FLASHBACK ON

Assim que viu o sol nascendo em um céu sem nuvens, Bella não hesitou em fechar as cortinas de seu quarto e rapidamente de todos os outros cômodos da casa. Os criados que ela contratara já sabiam de sua mania, que era justificada por uma sensibilidade muito grande e esse era um dos motivos que usara para mudar-se para os Estados Unidos, fugir do sol da França, palco de cada vez mais mudanças e mudanças era o que Bella deveria evitar para não ser prejudicada. Mas havia uma mudança contra a qual Bella não podia nem queria lutar. E era essa mudança que estava batendo na porta de sua mansão nesse momento.

Bella conteve seu impulso de correr para abrir a porta, pois não seria muito adequado, com aquele tempo, então ela esperou pacientemente a copeira abrir a porta e pedir para que Edward subisse até a biblioteca onde quase sempre Bella estava.

Enquanto metade de sua concentração estava no livro em seu colo, ela acompanhou seus passos pelo hall, pelos degraus da escada e pelo corredor até ele irromper no aposento. Ele olhou rapidamente ao redor, parou por dois segundos na janela cerrada e depois encontrou Bella sentada tranquilamente lendo um livro.

- Ah! Bella! – Ele murmurou sorrindo.

Ela levantou seus olhos dourados como ouro líquido, de trás das páginas do livro e sorriu para ele, irradiando felicidade:

- Olá!

Ela fechou o livro, deixando-o de lado e se levantou. Nesse momento, Edward se aproximou rapidamente encerrando a distância entre eles e colou seus lábios aos dela como sempre faziam quando se encontravam. Edward, estranhando sua temperatura extremamente gelada e Bella relaxando ao sentir aqueles lábios quentes e macios com os seus, como sempre.

- Como você está? – Ela perguntou, quando se separaram.

- Estou ótimo! O dia está lindo lá fora! Poderíamos aproveitar huh?! – Então ele olhou em volta e seus olhos pousaram novamente na janela fechada assim como todas as outras janelas na casa. – Aliás, porque está tudo fechado aqui? Pensei que a história de virar pó no sol fosse mito. – Ele estava confuso.

Bella deu um suspiro infeliz e seu olhar de repente tornou-se melancólico e ela baixou seu olhar.

- Bella, o que foi? Eu disse algo errado? Perdoe-me, Bella... – Edward se assustara com a reação dela e se chutara mentalmente por nunca conseguir manter sua língua para dentro da boca.

- Não Edward! Você não fez nada. É só que... – Ela se sentou. Uma risada desolada saiu de sua garganta. – Eu nem me lembro de qual a última vez que vi o sol, que senti o sol. Eu não morro com o contato a luz solar, mas eu me torno extremamente perigosa.

Edward sentou-se ao seu lado e perguntou cada vez mais confuso e agoniado com o sofrimento da amada.

- Mas eu não entendo. Como assim perigosa? – Disse.

- Quando uma pessoa se torna um vampiro, sua pele endurece, esfria e empalidece. – Ela passou a explicar. – Mas isso tem um preço. A palidez de nossa pele não nos protege do calor do sol e isso faz com que o sangue que tomamos seja usado para manter nossa temperatura fria, assim como o seu corpo usa seu alimento para mantê-lo quente no inverno, entende?

- Então seu sangue é consumido mais rápido. Isso quer dizer que... – Sua face se iluminou pela compreensão.

- ... Eu ficarei com sede. Exatamente. – Bella completou. – Eu não correria esse risco.

Edward olhou para ela ainda sem acreditar direito. E continuou:

- Mas... Você me disse que tem um incrível autocontrole!

- Um incrível autocontrole, mas não sem limites. Quando a sede é extrema, o nosso lado instintivo tomará conta e nada do lado racional restará. Eu não pensaria duas vezes antes de atacar alguém. Até mesmo você, Edward. Eu jamais me perdoaria se machucasse, mesmo que minimamente, você. Só de me imaginar sem controle, próxima a você, encostando um dedo sequer em você... – Ela balançou a cabeça firmemente, afastando a imagem de sua cabeça.

O tom fúnebre dela, fez com que o assunto se encerrasse e Edward desviasse seu olhar dela, sem saber o que fazer, ou dizer. Porém, ele se viu na obrigação de fazê-lo, então perguntou:

- Então o que podemos fazer? Sem envolver o sol, é claro.

Inesperadamente, a tentativa de mudar o assunto funcionou. Bella riu e olhou em volta:

- Não tem de ensaiar, Edward?

- Realmente. – Ele confirmou e se levantou no mesmo instante. – Vai fazer algo, ou irá me ouvir imediatamente?

- Na verdade, eu ia fazer uma proposta. – Ela sorriu. – Acho que você anda se concentrando demais no seu trabalho e aproveitando de menos outras coisas boas que a vida pode oferecer. Venha, sente-se aqui. – Ela apontou o banco ao lado dela.

Edward fez como indicado e continuou o diálogo que se instalara:

- Mas o que mais há para se fazer além de trabalhar? O trabalho define um homem de verdade. Pelo menos é o que meu pai diz e o que provavelmente, metade dos homens com que ele trabalha, mas eu concordo.

- Meu pai acrescentava a importância da pureza da alma junto a essa frase. – Bella murmurou sorrindo. – Mas eu não concordo com nenhum dos dois.

- Então concorda com a vida dos medíocres nobres da França? – Edward levantou uma sobrancelha em desafio.

- Começa com o seguinte: nem todos os nobres franceses são levianos como a maior parte dos filhinhos de papai aqui na América, se não, nunca haveriam existido os Três Mosqueteiros; Segundo: eu nunca disse que concordava com a leviandade de ninguém e Terceiro: Trabalhar não é tudo. Você mesmo sabe disso. Quando você tocava em sua casa sem ninguém olhando, depois de um dia exaustivo de trabalho, não era libertador?

Edward finalmente compreendeu o que ela estava tentando mostrar.

- Está dizendo que preciso de uma folga?!

- Sim. Na verdade você precisa de um tempo para si mesmo. Já pensou em ficar fazendo... Nada?

- Nada?! – Ele perguntou sem acreditar. – Como assim ficar sem fazer nada? Não seria completamente entediante?!

Bella bufou e revirou os olhos com as perguntas dele. Ela mudou a posição que estava sentada e deixou suas costas encostarem-se ao encosto do sofá, contrariando as idéias de postura da época e disse:

- Eu não acredito que nem quando era pequeno dedicou parte de seu tempo ao ócio. Na verdade, com os pais que você tem, eu não duvido.

Edward riu com a atitude rebelde da amada e em seguida, fuzilou-a com os olhos pela crítica feita a seus pais.

- Que seja. – Disse. – Então o que vamos fazer?

Ela sorriu elevou-o até seu quarto. Ele não entendia o que ela queria e sua mente começava a vagar para o lado errado. Porém antes que ele pudesse tirar qualquer conclusão precipitada, ela ergueu Edward do chão e jogou-o sem muita força para a cama.

Isso o deixou tão surpreso que ele gritou e quando caiu na cama levou três minutos para controlar sua respiração. Quando ele olhou para Bella, ela se dobrava na barriga de tanto rir.

- Mas o quê... – Ele tentou perguntar, mas mudou sua pergunta para uma afirmação. – Quem visse isso de fora, com certeza não iria acreditar! Você não parece tão forte assim...

Bella deu o sorriso preferido de Edward enquanto mudava de assunto, ignorando o comentário:

- Vou deixar você deitadinho aí refletindo sobre a vida.

- Como é?! Você vai me deixar sozinho?! No seu quarto?!

- Pensando bem... – Bella coçou o queixo teatralmente. – Não seria uma boa ideia... Talvez você encontre os cadáveres de minhas vítimas em baixo da cama! – Ela disse sombriamente e depois voltou a rir. – Quer que eu fique com você?

- Seria pedir muito? – Ele perguntou inocentemente e ainda surpreso, era difícil vê-la fazendo piada de sua própria espécie.

- Você sabe que para você a resposta para essa pergunta é sempre não.

Ela deitou na cama e ficou olhando para o teto. Edward fez o mesmo ao seu lado, porém não conseguiu manter o silêncio por mais tempo:

- Em quê está pensando?

Bella riu silenciosamente e respondeu:

- Em várias coisas.

- Um exemplo?

- Como eu me deixei levar por um humano. Você sabe quantas vezes eu tentei me afastar de você desde que nos conhecemos? Infinitas, mas só a vaga ideia de passar um dia sem vê-lo me deixa completamente fora de mim. Edward, eu sempre me considerei sensata, mas que pessoa sensata se deixa levar do jeito que estou fazendo?!

- Eu e você. Acha que se outra pessoa me tivesse oferecido algum tipo de ajuda do jeito que você fez, eu teria aceitado? Abandoaria até minha família pela ajuda?! Bella, você é diferente de tudo o que conheço, não apenas por você ser vampira, ou eu não ter visto muita coisa, mas olhe como você vê o mundo! Bella, se eu contasse seu caráter para qualquer pessoa que soubesse pelo menos sua classe social, acharia que eu estava louco ou sendo iludido. Não importa mais nada para mim, Bella, desde que você esteja comigo. – Ele a abraçou com toda a força que podia.

- Eu estarei Edward, até que chegue ao fim, eu estarei. – Ela disse retribuindo o abraço, porém controlando sua força.

Mais um tempo de silêncio antes de Bella perguntar, risonha:

- O que você está pensando?

- Eu estava pensando sobre o que você disse do sol. – Ela esperou ele continuar. – O que acontece se o sangue acaba? Eu quero dizer... Você consome o sangue para manter a temperatura, uma hora o sangue acaba, e depois?

- Bem... – Ela suspirou. – Depois que o sangue acaba e não temos ninguém de quem nos alimentar o que é difícil, nosso corpo passa a esquentar e esquenta até um ponto no qual entramos em combustão instantânea. Por isso o mito do sol nos queimar, porque acontece, mas é muito difícil de acontecer.

- Nossa! Deve ser dolorido. – Ele comentou.

Bella riu amargamente:

- Dizem as más línguas que dói como a transformação.

- Dói para se tornar vampiro? – Ele perguntou surpreso.

- Nem pensar! Assunto para a próxima. – Ela desviou do assunto. – Vamos apreciar o silêncio.

Ele deu risada e deixou passar, então o silêncio voltou a se instalar, mas os dois não mudaram a posição. Ficaram abraçados naquele quarto escuro, enquanto o sol brilhava em um dia maravilhoso do lado de fora.

FLASHBACK OFF

Depois de quase duas horas de caminhada, Bella achou melhor voltar para casa, já que no dia seguinte iria apresentar sua tese e finalmente poder ser considerada uma pediatra de verdade. Sempre, sem aviso, as memórias invadiam os seus pensamentos. O que bastava era Bella não ter nada com o que ocupar sua mente. E do mesmo modo como as memórias vinham, ela começava a pensar em Edward.

Ela gemeu de dor com a lembrança das palavras que ele lhe dissera na festa, as palavras furando como agulhas em sua mente e coração. “Grande amante que você é, Isabella. - Ele disse com desprezo. - Você me esqueceu tão rápido. Você me deixou. TROCOU-ME PELO PRIMEIRO QUE PASSOU POR CHICAGO! DEIXOU-ME SOZINHO NAQUELA MERDA DE CIDADE ONDE NINGUÉM VALORIZAVA O QUE EU ERA CAPAZ!”Mas ela valorizara. Depois todos os olhares frios que lhe eram mandados toda vez que direcionava seu olhar para ele, desejando ver o mesmo amor, o mesmo carinho, naqueles olhos que agora eram tão dourados quanto os seus, vieram à sua mente. Em seguida, ela imaginou como seria se eles pudessem estar juntos novamente, ela sentada em seu colo, em frente ao piano tocando, juntos, suas músicas favoritas.

Dando-se conta do que estava fazendo, Bella grunhiu e balançou insistentemente a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos. Não podia voltar a ter esperanças. Estava acabado. Então ela passou a andar mais depressa e não demorou até estar dentro de casa novamente. Ao vê-la entrar, Anne Louise se levantou do sofá e perguntou, gentilmente:

- Onde você estava? – Então ela viu a expressão sofrida da amiga e ficou preocupada. – O que aconteceu, Bella?

Bella não disse nada, apenas recusou-se a responder as perguntas com um meneio de cabeça e foi, com passos apressados, para seu quarto. Anne Louise ficou de pé no mesmo lugar sem saber o que fazer. De novo.

Do lado de fora da janela, a chuva caía. Da sala, observava pensativa, Anne Louise; do quarto, observava, melancólica, Bella.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiramente gostaríamos de mandar um beijo para a nossa leitora fiel Bella Alavarinho. Também queremos saber palpites e opiniões de vocês sobre os presentes de Natal para os Cullen e Anne Louise. Enfim, esperamos que todos estejam gostando da fic e adoraríamos se vocês comentassem. Queremos ouvir a sua opinião sobre a fic, se ela está boa ou se algo deve ser mudado. Comentem! Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When Youre Gone" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.