When Youre Gone escrita por TaTa B-P, Babi


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eis aqui nós novamente.
Nem vou cobrar os reviews que NÃO vieram no prólogo, pq, afinal era só o prólogo.
Estou postando hj pq no outro site eu jah postei, mas as postagens são de quinta e jah vou avisando, sem reviews eu só posto na outra quinta!
bjus



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CAPÍTULO 1





Bella olhava para o horizonte como se esperasse ele aparecer a qualquer
momento dizendo para ela que estava tudo bem. Ela deu um suspiro. Sabia que ele
não viria. Ele nunca mais apareceria em sua porta com uma surpresa diferente e
aquele sorriso torto que a encantava. E a culpa era dela.



Com raiva de si mesma e num ataque violento derrubou a árvore centenária
a seu lado derrubando-a no precipício à sua frente. Ela observou a fenda
enquanto a árvore caía, respirou fundo e saltou. Deixou-se cair sentindo o
vento bater em seus cabelos mogno enquanto despencava de costas e com um
estrondo seu corpo atingiu o chão. Uma nuvem de poeira se ergueu com o impacto
e os pássaros saíram voando das copas das árvores, assustados.



De olhos fechados desejou fervorosamente que a queda tivesse sido fatal,
mas novamente percebeu que a única coisa que sofreu algum dano foi o chão onde
caiu. Então ela gritou. Gritou de frustração, de ódio, de dor. Dor de
não poder ter impedido aquilo que acontecera a seu amado, dor de não poder
estar junto dele, dor por não morrer e ir para perto dele. Logo soluços secos e
desolados irromperam em seu peito e ela ficou lá deitada afogando-se em sua
própria dor e culpa.



Quando o sol já havia se posto uma figura tão pálida quanto Bella se
aproximou e se sentou ao seu lado. Logo uma sensação de paz tomou conta do
corpo dela, porém não era forte o suficiente para aplacar a sua dor - apenas a
deixava em uma situação nostálgica. Uma mão acariciou amavelmente seus cabelos
agora totalmente revoltos e uma voz suave e tranqüilizadora chegou a seus
ouvidos sensíveis, porém a mesma estava levemente repreendedora e triste:



- Você tentou se matar novamente, não foi Bella? Sabe que jamais vai dar
certo.



- Se você soubesse o quanto eu queria que fosse mais fácil para nós
partir, o quanto eu desejei poder estar com ele agora! Será que essa é a minha
condenação por ser esse monstro, Jazz? Sofrer eternamente por Edward e jamais
poder vê-lo novamente? – A voz dela era apenas um murmúrio, como se ela não
tivesse mais forças.



Jasper passou a mão pelos cabelos loiros e deu um longo suspiro.
Entendia perfeitamente o que Bella estava sentindo, já que sentia através dela,
mas detestava vê-la se punindo daquela maneira. Sem responder à pergunta que
lhe foi feita, ele se levantou e estendeu a mão dizendo:



- Vamos para casa, Bella. Acho que seria melhor trocar essas roupas
depois de tomar um banho para tirar o pó de seus cabelos e de seu corpo.



- Tanto faz. – resmungou ela.



Bella já não se importava mais com o que fazia ou com o que vestia, ou
como se comportava. Ela apenas esperava os dias irem passando na esperança de
que, em algum momento, o seu desejo de partir fosse realizado. A única coisa
que a prendia a vida e à sua civilidade era seu "irmão adotivo",
Jasper.



Jasper a acompanhou até a porta de seu quarto na casa em que
"viviam" no meio da floresta. E depois foi até o escritório. Ele já
não sabia o que fazer para aplacar a depressão de Bella. A cada dia, a cada
ano, ela parecia piorar perceptivelmente. Por mais que ela tentasse se mostrar
amável e controlar seus sentimentos para poupar Jasper, ambos sabiam que não
era bem assim.



Ao fechar a porta do quarto, Bella soltou um pesado suspiro. Sabia
perfeitamente que ela só atormentava Jasper com seus sentimentos tão negativos
e estraçalhados. Odiava ser aquele peso morto na eternidade dele. Queria que
ele parasse de tentar com que ela se sentisse melhor e passasse a viver melhor
a eternidade, mas era inútil. Ele não a escutava. Ao mesmo tempo não sabia como
ia ficar sem ele. Suspirou novamente e entrou na banheira. Sentia a água quente
bater nela, mas não sentia seu corpo absorver o calor, indo contra as leis da
física. Ela sempre seria fria, fazia parte da sua maldição.



Jasper retirou um livro de sua estante e voltou a se sentar em frente à
escrivaninha. A frase "Grandes florestas da América" estava escrito
na capa. Ele abriu e foi folheando e observando as fotos e lendo as legendas.
Até que uma região lhe chamou a atenção. A reserva florestal Denali era uma
região abundante de animais com uma área extensa, pouco sol e muita neve,
segundo o livro, e isso chamou a atenção de Jasper para o local já que eram as
condições ideais para vampiros, como ele e Bella.



Fechou o livro e decidiu que conversaria com Bella mais tarde para saber
sua opinião. Depois disso pensou em algo que pudesse entreter Bella por um
tempo. Procurou na sua estante algum livro que pudesse ser interessante e
pudesse ajudá-lo com o que precisava. Achou um velho livro de brincadeiras
adolescentes da época em que era humano. Desde aquele tempo sentia-se fascinado
pelo mundo dos livros e sabia que Bella também era, mas não sabia o porquê
exato de Bella ter perdido esse entre outros tantos hábitos. Edward era sempre
a única resposta que conseguia extrair dos lábios da irmã.



Ele abriu o livro e procurou alguma coisa interessante para se fazer
numa noite de inverno. Achou um jogo de cartas bem interessante e decidiu que
tentaria aquele com Bella. Esperava que ela pelo menos concordasse em fazer
alguma coisa para passar o tempo ao invés de ficar se martirizando no quarto.



Bella já não sabia há quanto tempo seus pensamentos e sua mente vagaram
em imagens do passado, pois assim que voltou ao presente a água da banheira já
estava fria. Ela saiu e se secou sem nenhuma pressa. Tinha a eternidade inteira
para fazer qualquer coisa que quisesse. Exceto morrer ou estar com seu amado, o
que era impossível, pois, mesmo que morresse, ela iria para o inferno e Edward,
pensar seu nome lhe causou mais um aperto no peito, iria para o paraíso.
Dirigiu-se ao seu armário e pegou um vestido qualquer, preto assim como os
outros, simbolizando seu luto eterno, e se vestiu.



Assim que abriu a porta do quarto deu de cara com Jasper que sorria
suplicante para ela. Bella revirou os olhos para a cena. Sabia que ele iria lhe
pedir alguma coisa e também sabia que atenderia ao pedido para não magoar
aquele que agira como um irmão para ela desde que se conheceram.



-O que quer Jazz? – perguntou.



-Jogaria cartas comigo essa noite, Bella? Não queria que ficasse sozinha
e isolada. De novo. – pediu ele mandando ondas de tranqüilidade para ela.



-Tudo bem. Acho que não será tão ruim não é mesmo? – ela sorriu fraco.



Ela realmente precisava fazer alguma coisa para se distrair e esquecer
as memórias dolorosas que voltaram durante o banho.



Jasper sorriu em resposta à aceitação da irmã. Pelo menos ela aceitara
jogar cartas e isso já era alguma coisa. Eles se sentaram à mesa da sala de
jantar, que existia mais para esse tipo de atividade, já que sua espécie não
comia comida normal, humana. Então Jasper começou a explicar as regras. Só que
enquanto ele explicava as regras, a expressão e sentimentos de Bella começaram
a mudar para irritação.



-Qual o nome do jogo, Jazz? –perguntou ela cruzando os braços.



-Poker. – respondeu ele um tanto temeroso.



-Mas eu não jogo esse jogo nem amarrada e forçada sob tortura! –
exclamou, levantando-se. – Eu O-D-E-I-O esse jogo!



- Por quê? – Jasper parecia confuso.



-Minhas experiências provaram que é um jogo suscetível a trapaças.



Jasper começou a rir e em meio às risadas perguntou indignado:



-Você está de brincadeira? Esse motivo é absurdamente infantil! Sem
contar que o blefe faz parte do jogo. Apenas ouça as regras. Não vai
fazer mal algum. – Jasper não entendia algumas manias da irmã, mas internamente
continuava provocando-a, pois achava terrivelmente divertido.



- Ah é? Então jogue você, seu texano imbecil viciado em jogos de azar,
porque eu vou sair! – Bella gritou irritada e saiu porta a fora.



Jasper saiu atrás dela exclamando:



- Desculpe-me! Eu não quis ofendê-la ou irritá-la! É só que você fica
hilária quando irritada!



-Que bom que divirto você. – resmungou ela do alto da árvore. – Pelo
menos alguém é feliz. – murmurou para si mesma. –Você se enfiava em cassinos
quando era humano? – ela perguntou tentando provocá-lo.



Porém, não teve sucesso. Ele devolveu certeiro:



-Não. Eu tinha preocupações maiores, como a guerra, ou então tinha o
leve, porém relevante fato que os cassinos demoraram a surgir no Texas. – então
ele mudou subitamente de assunto. – Estava pensando em irmos para a América
novamente. Já estamos tempo demais na Irlanda e eu achei uma cidade
interessante...



-Eu não vou para Chicago de jeito nenhum, entendeu?! – a voz de Bella
tornou-se desesperada de repente e isso alertou Jasper, que além de mandar
ondas de calma para ela, apressou-se em responder.



-Não! Nós vamos para o Alasca! Lá tem bastante neve e quase nunca tem
sol. Sem contar a grande variedade de animais, principalmente os de grande
porte.



Bella suspirou visivelmente aliviada. Jasper, não contendo sua
curiosidade perguntou:



-Por que não queria voltar para Chicago? Qual é o problema com aquele
lugar?



-Nenhum. – respondeu ela descendo da árvore com um único salto e andando
calmamente em direção a casa.



Jasper, farto das respostas evasivas de Bella, ficou de frente para ela,
barrando seu caminho e disse sério:



-Bella, já chega! Eu só quero ajudar! Custa me dizer o que tanto te
incomoda e parar de usar evasivas quando toco em seu passado? Eu sei que
Chicago marcou de algum modo sua vida, pois quando eu te achei, se você não se
lembra, você estava prestes a pular numa fogueira, literalmente!



- O que aconteceu ou deixou de acontecer não é assunto seu, Jasper. –
ela desviou dele e entrou em casa, mas ele pôde ouvir a resposta para sua
primeira pergunta. – O problema são as lembranças.



-Que lembranças? – Jasper insistiu.



Mesmo sabendo a provável resposta e sabendo do risco de ter uma briga
feia com a irmã ele não parou de perguntar. Bella respondeu de dentro da casa.



-Dele, Jazz. – pensar no nome dele mais uma vez lhe trouxe uma
dor imensa no peito. – Não faça mais perguntas, pois não irei respondê-las. Que
fique avisado.



Jasper suspirou, sabendo que aquilo era o máximo que arrancaria da irmã
e entrou em casa novamente. Reuniu as cartas em cima da mesa e as arrumou para
jogar paciência. Bella se sentou na sua frente e ficou observando ele jogar em
silêncio. Algumas horas e partidas depois, Bella murmurou antes de ir para o
quarto:



-Até que Denali não parece uma má ideia...



Jasper sorriu e foi arrumar as coisas necessárias para a mudança. Primeiro
teria de empacotar tudo e ver o que deixaria e o que mandaria direto para o
Alasca. Ele suspirou pensando se não estavam sendo precipitados demais.
Finalmente decidiu que era melhor partirem logo. Resolveu deixar Bella sozinha
e foi para a cidade resolver o problema do transporte.



Rapidamente ele encontrou alguém que levaria as coisas para o porto. Ele
viria logo após o almoço. Ele voltou para casa para embalar tudo a tempo.
Chegando, lá chamou Bella para ajudá-lo. Mesmo sem a menor vontade de sair do
quarto, Bella saiu em busca das caixas e malas para arrumar tudo.



-Acredito que podemos deixar os móveis para trás. Tem algo que queira
levar? – Jasper perguntou enquanto olhava em volta.



-Não tenho nada muito especial aqui. E você?



-Tem a minha escrivaninha... Aquela com os inúmeros compartimentos
secretos que era de minha vida humana, – explicou ele ao ver a expressão
confusa dela. – mas é só.



-Então levaremos apenas isso.



Bella arrumou suas roupas e colocou-as em uma mala. Enquanto isso Jasper
empacotava pacientemente todos os seus livros. E pertences que se encontravam
no escritório. Ela se perguntava o que mudaria se eles se escondessem em outra
floresta. Todo o contato com humanos até chegarem lá seria terrivelmente
irritante e desnecessário, mas ela não conseguia dizer não ao irmão. Jasper,
por sua vez, pensava se uma mudança de ares e de alimentação iria melhorar o
humor de Bella e consequentemente o seu. Suas expectativas lhe davam energia
extra para continuar com a ideia.

Eles continuaram empacotando
tudo de cima abaixo e o tempo ia passando, tempo que logo os levaria da
Irlanda.


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Notas finais do capítulo

é isso ae.... espero q gostem.
n se esqueçam de comentar!
bjus até o próx cap!



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