When Youre Gone escrita por TaTa B-P, Babi


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, espero que gostem!



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Levou apenas mais um dia para Bella terminar seu quarto e então começar a arrumar seu quarto secreto. Ela levou mais um dia para acabar e finalmente olhar o resultado. Seu quarto tinha apenas a escrivaninha, o guarda-roupa e o tapete com a cadeira de balanço voltada para a janela que, naquele momento, estava coberta pelas cortinas negras.

O outro cômodo estava mobiliado com uma barra de metal para os antigos vestidos de Bella, que Jasper insistia em dizer que era desperdício mantê-los, ao invés dos quadros que dominavam todas as paredes, junto do divã onde Bella ficou deitada olhando, nostálgica, os quadros.

Parecia que, naquele cômodo um ar antigo e fúnebre dominava. O ambiente era apenas iluminado pela lâmpada amarela no lustre simples, que estava pendurado no meio do teto, e os quadros pareciam fazer uma homenagem no estilo de um mausoléu cenas de um tempo antigo, cheios de fantasmas. Ao constatar o fato, Bella sorriu sem humor nenhum.

Ela saiu do quarto e fechou a porta. Assim que abriu as cortinas do outro quarto e se dirigia à cadeira de balanço, Alice entrou no quarto, animada.

-Bella! Bella! Bella! Tenho novidades! – Cantarolou. – Amanhã, segunda-feira, nós vamos para a escola! Não é fantástico?! Fiz as matrículas no mesmo dia que comprei as tintas para meu quarto.

-E o que eu deveria achar disso? – Bella perguntou.

-Nada. Só estou informando que venho aqui te arrumar amanhã bem cedo, então quero que tenha suas coisas arrumadas. Aqui estão mochila e outros materiais necessários.

Bella suspirou enquanto pegava as coisas da mão de Alice e mandou-a sair. Em sua cabeça estava decidido que Alice não mexeria nas suas roupas ou nela mesma. Ela desceu e foi observar os resultados de três dias de organização. Os quartos de hóspedes estavam impecáveis e imaginou que o quarto de Carlisle e Esme também estaria, mas preferiu não entrar. O quarto de Alice ela já conhecia e ficou fascinada com o escritório e a biblioteca. Parecia uma biblioteca de universidade em miniatura. Carlisle sabia arrumar as coisas. As salas de estar, TV e jantar estavam maravilhosas. Tudo o que havia de moderno para uma casa estava naqueles cômodos. A cozinha possuía tudo de última geração, também, mas Bella sabia que nunca seria usada.

A sala de música foi o lugar que mais encantou Bella depois da biblioteca. O piano de cauda original da casa foi repintado de preto e ficava no centro do cômodo. Duas prateleiras foram instaladas e havia alguns cadernos e livros que Bella supôs ser de partituras. Outra prateleira estava instalada e uma flauta transversal e o violino Stradivarius, que Bella reconheceu sendo o de Jasper, estavam em suportes perfeitamente alinhadas nela. Timidamente Bella se aproximou do piano e passou levemente o dedo pelas teclas e suspirou.

Ela tinha medo de tocar novamente, pois sabia que se lembraria de quando ouvia Edward tocar, ou então de quando ela aprendeu a tocar com ele. Ela já sabia tocar, mas nunca aprendera a tocar com o coração, como Edward fazia e ele a ensinou a fazê-lo. No meio de sua indecisão e relutância, as palavras de Alice invadiram a cabeça de Bella: “Você viveu, tem memórias. E aposto que a maior delas boas!”; “Porém eu não me culparia de nada, porque tudo que teria feito seria com ele. E só de ter a chance de tê-lo, já vale a pena.” e as de Edward: “Eu não suporto a idéia de ver você tirando a sua vida por mim, entende?” Ela tinha de viver, porque Edward jamais iria querer vê-la jogar a vida dela fora e porque devia essa a Alice. Por mais que ela sofresse, que doesse, ela tinha de viver por aqueles que ela ama.

Finalmente ela decidiu que voltaria a tocar, pois tocar trariam apenas as memórias boas que teve com Edward. Ela se sentou em frente ao instrumento e, timidamente tocou uma nota. O som retumbou pelo ambiente e entrou pelos ouvidos de Bella, que fechou os olhos e respirou fundo. Assim que os abriu, posicionou as mãos e elas voaram formando uma melodia clássica e básica.

                               *~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Alice, ao descer do quarto de Bella fechou-se no quarto e disse para Jasper enquanto pulava descontraidamente na cama e apoiava as mãos no queixo:

-Vai voltar a me contar sua história hoje? – Seus olhos em um tom bege brilharam em expectativa.

Jasper se levantou da cadeira em frente à penteadeira e foi para junto da amada. Ele se deitou ao seu lado e puxou-a e deitou-a em seu tórax e Alice suspirou automaticamente ao sentir-se entrar em contato com o peitoral definido dele. Com essa reação, Jasper sorriu e beijou Alice que resmungou:

-Hey! Isso é trapaça!

Ele riu e respondeu descaradamente, deixando-a irritada:

-Eu sei.

Alice bufou e disse:

-Esqueça, pode me contar mais! Eu estou curiosa!

-Tudo bem, Alice. Não é como se eu fosse fugir!

-Você não teria nem chance! Ou você realmente acha que eu deixaria você partir tão fácil?! – Ela levantou a sobrancelha desafiadoramente.

Jasper revirou os olhos, descrente, e começou a contar de onde havia parado. Alice se calou na hora.

-Depois que eu parti me alistei no exército e eles acreditaram que eu tinha 20 anos por causa de minha altura. Já na guerra eu apenas vi algo pior, porém parecido com o que estava acostumado em casa. Violência, sangue e morte todos os dias. No começo, escrevi todos os dias para Rosalie contando como eu me sentia livre apesar das batalhas. Eu me sentia útil no exército. Não descrevi como as coisas realmente eram para não preocupá-la, mas nunca irei saber se funcionou, pois nunca obtive resposta e nem sabia se ela lia minhas cartas. Além disso, nunca participei de uma batalha diretamente. Eu apenas recuava uma população e voltava depois de terminado para ver o que podia resgatar e organizar do meio de toda a destruição. Então começaram as minhas promoções. Eu sempre fui carismático e conseguia ser ouvido e respeitado e isso chamou a atenção de meus superiores. Com vinte anos eu era o major mais novo da história dos Estados Unidos, mas é claro que eles nem tinham ideia de minha verdadeira idade. Junto de minhas promoções, minhas cartas para Rose foram diminuindo. – Ele fez uma pausa e respirou fundo olhando para o teto sem realmente ver.

Jasper revivia na memória todos aqueles anos e automaticamente sentia a culpa e as saudades tomando conta de si. Alice, absorta em sua narração, porém totalmente ciente do estado de espírito dele, acariciava seus cabelos suavemente sem tirar seus olhos dos dele, apesar de não ser retribuída.

-Eu estava em uma missão em Galveston. Precisava recuar toda a população dessa cidade em apenas uma tarde e uma noite. Eu já havia retirado todos de suas casas e eles estavam já a uma distância razoável. Estava voltando para verificar se nada ou ninguém ficara para trás quando as vi. Eu achei que estavam perdidas ou haviam ficado para trás e parei para prestar assistência. Eram três damas. Belas, pálidas, pareciam fantasmas, porém eram encantadoras. Logo de cara notei que se elas estivessem entre as pessoas de meu grupo eu teria notado e não esqueceria seus rostos. Mas definitivamente não as conhecia. Eu nem sabia que eram vampiras. Elas começaram a conversar entre si e diziam coisas, faziam comentários estranhos, pareciam que me avaliavam estavam decidindo se eu serviria ou não. Elas discutiam se eu iria sobreviver ou não. – Sua voz se tornou levemente sombria nesse trecho. – Eu estava paralisado sem entender nada, encantado com a excentricidade daquelas mulheres, apesar de meus instintos mais primitivos me mandarem fugir dali com todas as minhas forças eu não fiz, porque eu fui criado para respeitar as mulheres, era soldado, portanto não deveria sentir medo e porque no fundo eu sabia que se elas representassem um perigo real, eu não teria a menor chance. Então no meio de minhas divagações e confusão, duas delas desapareceram e apenas aquela que identifiquei como Maria ficou. Ela se aproximou e até hoje não esqueço o que ela me disse antes de me morder: “Lamento, soldado, mas você me é estritamente necessário e te garanto que isso vai doer bastante.” Então a dor da transformação me tomou.

 Ele interrompeu a narrativa e olhou para Alice que o observava sem dizer nada. Então ele concluiu:

-E por hoje é só.

Alice pulou da cama e deu de ombros e foi para a sacada sem dizer uma palavra absorta em seus próprios pensamentos. Jasper foi atrás dela e a abraçou pelas costas.

-O que tanto te entretém? A minha narrativa impressionou você?

-Você lembra bastante coisa de seu passado. – Ela murmurou. – Queria pelo menos me lembrar de momentos antes de minha transformação, ou alguma coisa de minha vida humana, ou então saber o porquê de eu não me lembrar. Mas eu só vejo oescuroe só possuo teorias vagas sobre o porquê de não haver lembrança nenhuma.

-Qualquer coisa, não é? – Ele perguntou com um suspiro.

-Eu não sei quem eu sou, nem de onde vim... Eu não sou ninguém!

-Você não precisa de um passado completo para ser alguém, Alice. Você já é alguém! Você é Alice Cullen, noiva de Jasper Whitlock, irmã de Isabella Swan e filha maravilhosa de Esme e Carlisle Cullen! O que mais você precisa saber para perceber que é muito mais que alguém?! Que é omeualguém?!

Alice suspirou e abraçou Jasper apoiando seu rosto no tórax dele.

-É difícil viver sem saber... Mas você tem razão, Jazz.

-Geralmente eu tenho. – Disse ele sorrindo.

-Vá se ferrar! – Alice ralhou rindo e dando um tapa fraco no ombro de Jasper.

Eles ficaram olhando o horizonte e viram um rebanho de cervos passando na floresta, não muito longe. De repente, eles ouviram uma melodia que se originava na sala de música e Jasper perguntou:

-Esme toca?

-Não. – Alice respondeu calmamente.

Jasper arregalou os olhos e disse pausadamente:

-Eu. Não. Posso. Acreditar. Nisso.

-Pois é... A nossa Bella está crescendo.

-Como ela não me conta que toca piano?! Eu me sinto como se não conhecesse minha própria irmã! – Jasper exclamou frustrado.

-Ah você resolve isso com ela, mas não custa nada ir assistir ao concerto primeiro, então se controle. Obrigada. – Alice disse saltitando em direção à porta, fazendo pouco caso da frustração de Jasper.

Não demorou nem dois segundos para eles entrarem na sala de música e encontrarem Esme e Bella na sala de música. Bella tocava totalmente concentrada as notas pareciam controlá-la, mantendo-a num êxtase e num transe intensos. Esme assistia admirada e sorriu ao ver os outros dois filhos se prostrarem silenciosamente ao seu lado. As notas da linda, porém melancólica melodia foram lentamente sumindo até a música acabar e Bella dar um suspiro e praticamente deixar a cabeça cair nas teclas, o que causou um ruído incomodo.

-Eu não consigo! – Murmurou frustrada para si mesma.

-Não consegue o quê? – Jasper perguntou cruzando os braços e Bella deu um pulo com o susto que levou. – Não sabia que vampiros levavam susto. – Ele sorriu brevemente.

-Eu não percebi que estavam aqui. – Respondeu ela constrangida.

-O que mais eu não sei sobre você? – Ele perguntou.

-Hm. Não tenho nada a esconder. Não tenho culpa que você não me perguntou se eu sabia tocar. – Respondeu ela prevendo o real objetivo da pergunta.

-Ela tem razão. – Alice concordou.

-Que seja. – Jasper disse movendo as mãos. – “Noturna” é linda não é? Chopin era um gênio.

-Chopin era um romântico emotivo. Tinha a merda de um relacionamento com uma escritora e vivia infeliz. Mas a música... Essa é inconfundível. – Bella complementou.

-Conheceu Chopin? – Alice perguntou.

-Sim. Eu o conheci algumas décadas antes de eu me mudar para os Estados Unidos. Ele tocou em um baile que eu dei. Ele morreu dez anos antes de eu me mudar, em 1849.

-Você conheceu Edward em 1859? – Alice perguntou, não contendo sua curiosidade.

-Não. Eu o conheci dois anos depois de chegar à cidade de Chicago.

Alice assentiu sorrindo e ignorando a dor que ela via em Bella toda vez em que ela se via forçada a falar sobre Edward e então um breve silêncio se instalou. Esme foi a primeira a quebrá-lo:

-Pode tocar mais?

-Não sei se consigo. – Bella deu de ombros.

-Por que não?!

-Bem... – Bella suspirou em buscas das palavras certas. – É como se eu sentisse que não está certo, sabe? Edward me ensinou a tocar com os sentimentos, mas parece que eu faço algo errado toda vez que tento! É como se algo faltasse ou não se encaixasse... – Ela levantou os braços num gesto de frustração.

-Você consegue Bella! Vai tentando, por favor! – Alice choramingou.

-Meu amor, não pressione Bella. Ela não consegue, por mais que tente. É alguma coisa nos sentimentos dela. É uma daquelas coisas que estão fora de nosso alcance. – Jasper disse olhando compreensivo para Bella. – Mas se você quiser, eu posso tocar alguma coisa para você. – Ele voltou a fitar a noiva.

Alice olhou para ele em expectativa e Bella disse encorajando-o:

-Seria maravilhoso, irmãozinho. Faz tempo que não escuto você tocar.

Jasper concordou e pegou cuidadosamente o violino Stradivarius do suporte. Alice praticamente quicava de entusiasmo no lugar e olhava com os olhos brilhantes para Jasper que se posicionava para começar a tocar. Antes de começar, ele olhou para Alice e perguntou:

-Qual você quer que eu toque?

Porém Bella se adiantou e disse:

-A minha! A minha! Por favor, Jazz, toque Primavera!

-Vivaldi?! – Alice torceu o nariz. – Por que não Tchaikowski?! Eu quero ouvir Lago dos Cisnes!

-Ah! Poupe-me, Alice!Lago dos Cisnes?! Você não tem cultura?! Essa melodia absurdamente simples que até eu tocaria?!

-Ah e Primavera não é uma melodia simples?! – Alice rebateu colocando as mãos na cintura.

-Não. Primavera é formada por várias melodias em tons diferentes para compor esse efeito hipnotizante da sinfonia inteira.

Jasper olhava para as duas sem saber o que fazer e pediu um socorro silencioso a Esme que calou as meninas e concluiu:

-Jasper não tocará nenhuma das duas. Eu quero que ele toque Noturna e você, Bella, vai acompanhá-lo no piano sem reclamar.

-Mas... Mas...

-Sem “mas”, Bella. Eu gostei de ouvir você tocar e sei que irá conseguir tocar pelo menos essa com Jasper.

Alice nem tentou rebater e apenas observou Bella sentar a contra gosto em frente ao piano novamente e Jasper se preparar mais uma vez. Eles contaram até quatro e começaram a tocar em perfeita sincronia, como se tivessem ensaiado para tocar naquele momento.

Mal havia começado a pequena apresentação quando a porta se abre e os Denali invadem a sala e Irina fala:

-Então chegamos bem na hora do concerto! Que divertido! A propósito... A casa é linda, Esme!

-Olá gente! – Alice acenou alegremente para eles.

-Desculpe a invasão. – Desculpou-se Eleazar. – Mas as meninas queriam muito vir visitá-las, então viemos.

-Não tem problema. Vocês são bem-vindos, sabem disso. – Esme respondeu.

Bella e Jasper não pararam de tocar com a chegada dos visitantes e logo a musica chegou ao fim. Ambos foram aplaudidos com entusiasmo e Bella, por ser tímida e ainda estar insegura em relação aos Denali, estava constrangida e disse que iria subir. Jasper apenas sorriu para Bella e então voltou sua atenção para Alice e os visitantes.

-Bella não gosta de multidões, não é mesmo? – Carmen comentou delicadamente olhando para a porta por onde Bella saíra apressada.

-Bella é uma menina um tanto... Complicada. – Esme disse.

-Eu gostaria de pedir que tomassem um pouco de cuidado com ela... – Jasper alertou. – Ela se fere e magoa com muita facilidade. Quando falamos sem pensar, acabamos cutucando suas feridas e então demora dias até ela melhorar novamente.

-Vocês não têm ideia do quanto foi difícil manter esse estado de espírito tranquilo dela. Bella é realmente uma bomba relógio... – Alice completou com a voz levemente triste ao pensar na instabilidade sentimental da irmã.

-Oh. Será que um dia poderemos saber que aconteceu? – Eleazar perguntou.

-Jasper pode explicar melhor. – Esme respondeu.

-Eu não sei se Bella concordaria... É algo pessoal e é um assunto muito delicado para ela... – Jasper disse hesitante.

Alice então bufou e saiu do cômodo correndo. Jasper ouviu seus passos subirem até o sótão e as vozes fracas pela distância alcançaram os ouvidos dele.

-O que foi Alice? – Bella perguntou.

-Os Denali querem saber sua história... Eles querem entender seu comportamento. Mas Jasper não irá contar um segredo que não pertence a ele e eu sei que você não contaria pessoalmente, além disso, você sabe que eu morro de vontade de saber sua história com Edward.

Jasper não ouviu mais nada depois disso. Apenas os passos apressados de Alice enquanto descia as escadas. O diálogo durara menos de minutos e Alice, ao chegar à sala, exclamou:

-Hora da história! Bella disse que você pode contar, porque merecemos saber.

Jasper levantou uma sobrancelha descrente, mas por fim concordou e conduziu a todos até a sala depois de guardar seu violino no lugar. Depois que todos se sentaram, Jasper começou a contar tudo aquilo que Bella contara para ele. Tudo o que ele sabia sobre a relação entre Bella e Edward, o que não era muito, e a morte dele.

-Ela o amava muito. – Ele disse suspirando. – Quando a encontrei ela estava prestes a se matar, porque ele havia morrido. Ela iria se jogar no fogo, mas eu a impedi. Às vezes eu me pego pensando se eu não tivesse a impedido, se tivesse deixado-a morrer ela seria poupado de todo o sofrimento que a domina, mas eu ainda acho que, ela não merecia isso, que ela ainda tem uma chance. – Ele desabafou e então suspirou e passou a mão pelos cabelos e sentiu o abraço reconfortante dos pequenos braços de Alice.

-Talvez ela não tenha... – Alice respondeu. – Mas você já deu tanto para ela, que você pode até testar ou perguntar. Ela daria a vida por você, Jazz. Você deu uma família para ela, você se importa com ela quando ela não tem mais esperança. Ela pode nunca mais sorrir completamente feliz, mas todos os sorrisos que ela nos dá, são verdadeiros. Tudo isso porque ela é amada e ama a todos nós.

Jasper sorriu para Alice com essas palavras e se conformou internamente com o limite dos sentimentos de Bella. Depois do relato os Denali ficaram quietos e pensativos, mas Jasper pôde sentir que eles estavam penalizados com a situação dela e que estavam dispostos a ajudar.

Depois de um tempo a conversa passou a fluir normalmente, mas Jasper continuou atento a todos os ruídos que conseguia perceber que vinham do sótão. Carlisle não demorou a chegar por causa da ligação de Alice anunciando a visita. Gentilmente ele propôs uma caçada em grupo, para curtirem melhor o tempo de visita dos Denali.

Jasper subiu as escadas junto de Carlisle e ambos foram juntos chamar Bella para acompanhá-los. Ela estava sentada na cadeira de balanço ao lado da janela observando a lua que saíra naquela noite.

-Hey mana, o que você acha de vir caçar conosco? – Jasper perguntou inclinando a cadeira até Bella olhar para ele.

-Os Denali vão junto?

-Sim. – Carlisle respondeu.

-Não quero ir. – Resmungou. – Eles vão me olhar com pena. Eu não estou com humor para isso.

-Se eles olharem com pena é porque se importam. Vamos, são só algumas horas e então amanhã vamos para a escola. Precisamos caçar. – Jasper insistiu.

-É só um tempo com a família, vamos! – Carlisle reforçou o pedido.

Bella soltou o ar pesadamente e concordou. Jasper sorriu de orelha a orelha e propôs uma aposta e uma competição com Bella. Ela olhou bem nos lhos dele e não pôde resistir ao desafio à sua frente, porém ela ressaltou enquanto desciam as escadas:

-Alice não vai participar.

Então a vampira apareceu na frente dela com a mão na cintura e fazendo um bico:

-Por que não?!

-Porque você vai ver o resultado e onde estão as presas, se você entrar você ganhará com facilidade.

-Mas que droga, Bella! – Reclamou ela.

-Paciência, anã. – Bella passou correndo por ela e se juntou rapidamente aos outros na sala.

Jasper ficou junto de Alice para consolá-la, porém eles não demoraram a descer também. As irmãs Denali também quiseram se juntar à competição e, por insistência de Jasper, Bella concordou. Alice fiou emburrada durante praticamente toda a caçada simplesmente por não ter participado da competição, mas encheu a paciência de Bella o tempo todo por saber quem venceria.

-Ah! Cale a boca, Alice! – Bella exclamou irritada quando um bando de cervos saiu correndo assustados ao ouvir a voz empolgada de Alice. – Desse jeito eu vou ter certeza de quem vai perder!

Alice soltou uma risada, porém ficou quieta quando recebeu o olhar fulminante de Bella. Depois disso, ela conseguiu caçar em paz. Eles se encontraram poucas horas depois em frente à casa dos Cullen e Carlisle perguntou curioso enquanto abraçava Esme pela cintura:

-E então, quem ganhou?

Alice começou a pular freneticamente e a dizer:

-Eu sei! Eu sei! Eu sei!

-Alice será que dá para parar de agir como uma criança uma vez na sua vida?! – Bella reclamou.

-Que bicho mordeu você hein, Bella? – Jasper perguntou para ela.

-Ela está desse jeito, porque sabe que não ganhou. – Alice cantarolou.

-Isso só porque você não me deixou caçar direito! – Ela rebateu irritada.

Percebendo que estava perdendo o controle na frente de visitas, Bella respirou fundo e balançou a cabeça no intuito de clarear a mente e se acalmar. Quando ficou calma o bastante para não gritar com a irmã ela disse:

-Não importa. É só um jogo. Quem ganhou afinal?

-O Jasper. – Alice disse.

-Hm. Esperava um resultado assim. – Bella assentiu.

Jasper sorriu abertamente e abraçou a irmã pelos ombros. Bella sorriu minimamente e apoiou a cabeça no tórax do irmão, já que ele era alto demais para ela apoiar a cabeça em seu ombro.

Os Denali não demoraram muito a partir e logo a casa voltou a ficar mais tranquila com Esme e Carlisle no quarto, Alice e Jasper na biblioteca e Bella no quarto, sentada em sua cadeira de balanço, observando as nuvens tomarem, novamente, conta do céu enquanto o sol nascia.


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Notas finais do capítulo

Babi: Ooi, não tenho muito a falar hoje, mas acho que posso falar por mim e pela Tata que achamos esse capítulo ótimo, eu pelo menos achei =D. E vocês, o que acharam? Espero que também tenham gostado. Beijooos, boa páscoa para todos vocês leitores queridos e nos vemos quinta-feira que vem.