Mystic Falls escrita por Larissa Armstrong


Capítulo 37
Baile part. V - Onde as ervas daninhas prevalecem




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V


Hayley ainda estava cercada por gente, e a banda de Taylor ainda estava se preparando para tocar, quando Stefan me puxa pelo braço. Eu rio de leve.

–Pra onde você tá me levando? – eu pergunto enquanto nós nos desviamos das pessoas. Estávamos indo em direção a uma pequena varanda que estava vazia.

–Sei lá, só um ligar pra respirar. – ele conclui quando chegamos.

A luz do luar iluminava a pele pálida de Stefan, o fazendo ficar mais irresistível ainda. Respiro fundo e olho pra lua. Tão linda, e aparentemente tão próxima. Apoio-me no parapeito assim como Stefan.

Ficamos lá, em silêncio, observando a noite e ouvindo o canto dos grilos, o som da natureza.

Stefan passa o braço por cima do meu ombro, me esquentando. Mas mesmo assim, meu queixo insiste em bater de frio.

–Quer meu paletó?

–Nã...

Ele já tinha o tirado e me envolvido. Rio de leve e ele dá de ombros, rindo também. Aquela blusa que ele estava usando em baixo do paletó... as mangas tão apertadas realçavam os braços torneados dele. Sem contar com a barriga, a blusa estava apertada em todo o tronco, e eu estava babando.

Ele ri.

–Eu sei que você enlouquece. – ele diz deslizando a sua mão que antes estava na boca para o pescoço, e depois para o peito, e passando pela barriga... Valentina se controla!

Desvio o olhar.

–Você quer parar com isso? – ele ri.

–Com o quê?

–Dessas coisas que você faz e... ah você sabe. – ele já está rindo. – PARA TÁ?

Ele continua rindo e me abraça. Estávamos quase nos afastando quando sinto alguém tocando no meu braço três vezes.

Me viro para ver quem é e quase desabo no chão de susto.

Melany, da minha classe de francês, com o vestido que antes era verde e esvoaçante e que agora está todo rasgado, e não está mais verde.


Vermelho.


De sangue.


E seu rosto, sujo do que parece ser terra e mais sangue. Seus olhos não expressam emoção nenhuma. Nem de dor, nem de medo. Seu cabelo loiro ensopado e grudado no ombro. Uma mão está no pescoço, e a outra, ensanguentada, em meu ombro. Ela começa a cantar.

Primeiro um melodia sinistra e lenta. E depois começa a pronunciar os versos.

Onde ervas daninhas prevalecem,

As rosas não nascem,

Onde o sol não bate.

Vá busca-lo antes que ele o mate.

E repete.


Estou paralisada quando Stefan reage. Ele tira a mão de Melany do meu ombro com brutalidade e segura o dois pulsos dela fazendo-a olhar pra ele.

–Preste atenção. Preste atenção! – ela pareceu entender um pouco do que ele disse, mas ainda tinha o olhar vago. Parecia conseguir ver através de Stefan. –Melany. – ele respira fundo e fecha os olhos. – Onde ele está?

Onde ervas daninhas prevalecem,

As rosas não nas...

OK, eu entendi.

Onde o sol não bate...

–EU JÁ ENTENDI! – Stefan berra me fazendo estremecer.

Melany se cala e dá um sorriso. Não conseguia ver seus dentes brancos, pois eles estavam encharcados de sangue, deixando o sorriso dela bizarro.

Ela volta a ficar em frente de Stefan e toca no rosto dele com as duas mãos, deixando amostra o pescoço que ela tentava esconder com a mão. Não podia ver a profundidade do ferimento, mas estava pingando sangue por todo o seu vestido, e aquele cheiro estava me dando náuseas. Permaneço calada.

–Ele está quase morto. Eu sei disso. - ela diz sorrindo. Stefan assente com a cabeça.

–Preciso encontra-lo. - ele diz para quase si mesmo.

–Ele quem? – finalmente pergunto.

–Depois eu te explico. Agora eu tenho que ir.

–O quê? Stefan eu vou com você. – seguro o braço dele para ele não voltar ao salão.

–É perigoso...

–MAS EU VOU!

Ele respira fundo.

–Eu não tenho tempo, tudo bem, mas você tem que andar rápido.

Ainda precisamos encontra-lo.

Ele segue a caminho do salão e eu o puxo de novo.

–O que faremos com ela? – pergunto, olhando para Melany. Ela se balançava para frente e para trás, cantando cada vez mais alto aquela musica que me dava arrepios.

–Eu já estava me esquecendo – Stefan esfrega as mãos umas nas outras, e olha para Melany nos olhos. Ele respira fundo. –Você vai esquecer tudo o que aconteceu agora. Vai voltar ao se quarto, tomar um banho e dormir. Vai jogar essas roupas no lixo e lavar o cabelo. Essa cicatriz que vai ficar no seu pescoço é de infância, e você era muito pequena para lembrar. Amanhã você só lembrará que o baile estava chato e você voltou ao dormitório. Agora vá.

Ela assente com a cabeça e sai voando por nós. Atravessa o salão rápido atraindo olhares curiosos, e some em meio à multidão.

–Se você vai, a hora é essa. A gente tá perdendo tempo.

–Tudo bem... mas Stefan...?

–O que Valentina? – ele pergunta, controlando a paciência.

–A quem estamos procurando? Melany disse que ele estava quase morrendo... e eu não sei se...

–Damon. Estamos procurando por Damon.



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