Buried Alive escrita por Miss Haner


Capítulo 5
Welcome to the family


Notas iniciais do capítulo

Oii, aqui está o quinto capítulo.
Que sejam bem vindos os novos leitores e que vocês continuem gostando da fanfic.
Boa leitura.



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Uma porta foi fechada. Ouvi Damon se aproximar da porta do quarto onde eu estava. Ele abriu e foi para a sala. O segui, eu queria saber direito sobre aquela história. O que aquele homem tem a ver com a morte da minha família?

Damon serviu-se de uísque e sentou-se no sofá. Aproximei-me dele e me sentei também. Damon tinha um olhar perdido, cheguei a ter pena dele, acho que não era apenas eu quem estava sozinha.

- O que aquele homem tem a ver com a sua ida a Glens Falls? – perguntei e vi Damon dar um suspiro pesado.

- Eu não quero ouvir você me culpando agora, ok? – sua voz estava embargada. – Por favor, se não for me matar, me deixe em paz.

- Eu quero saber o que aconteceu. – eu disse calma.

Damon suspirou e me olhou nos olhos. Era assustador, seus olhos brilhavam com as lágrimas que queriam cair, engoli em seco, de alguma forma aquilo me surpreendeu e me fez sentir mal. Aproximei minhas mãos de seu rosto e limpei as lágrimas que caíram. Damon desviou seu rosto e fitou o copo de uísque.

- Eu não fui a Tennessee, nem a Glens Falls à toa. Eu matei sua família para salvar meu irmão. – fitei o seu copo. Até que fazia sentido, mas isso não me tirava a raiva que eu sentia dele. Nós não temos nada a ver com o irmão dele.

- O que minha família tem com o seu irmão? – o olhei confusa.

- Nada. – ele riu desanimado. – Mas vocês têm com Klaus. Os anéis que você usam são parte de um feitiço para impedir que os híbridos de Klaus sobrevivam. – de certa forma eu entendia o que ele estava falando. No diário dos meus tios, tinha algo falando sobre isto.

Ficamos um tempo em silêncio. Eu tentava digerir tudo, Klaus era o homem com voz sedutora e ele tinha sua parcela de culpa na morte da minha família, mas algo me dizia que não era apenas por causa de seus híbridos.

- Por que Klaus não foi ele mesmo fazer seu trabalho sujo?

- Porque a história não está completa. – ele me encarou. – Meu irmão roubou a família dele. – arqueei minha sobrancelha. – Eles são vampiros originais, Klaus os aprisionou até conseguir ter seus híbridos e agora que a família dele de volta, mas meu irmão resolveu se vingar dele e roubá-lo.

Então eles faziam parte da mesma laia de destruidores de família. Klaus tinha razão de querer se vingar também e talvez ele pudesse me ajudar. Me levantei e fui em direção a porta.

- Ei! Aonde você vai? – Damon perguntou tomando mais um gole de uísque.

- Procurar Klaus. – dei de ombros e em menos de um segundo Damon estava na minha frente, tampando a porta.

- Você não pode procurá-lo! – seu olhar era de medo.

- Por que não? Está com medo de eu me unir a ele para te destruir? – perguntei irônica.

- Eu disse a ele que você estava morta.

- Eu ouvi. – revirei os olhos.

- Ele vai te matar! - Damon falou alto e eu acenei para que ele continuasse. – Você não tem anel, mas tem o colar e este colar é o que ele precisa para concluir o feitiço e se tornar o ser mais forte deste mundo.

Pensei no que ele disse. Relembrando, todos tinham um anel mesmo, minha mãe sempre dizia que era de família, igual ao do Damon, mas eu não tinha, nunca tive. Apenas quando meus pais morreram, eles deixaram o colar para mim e desde então eu não posso tirá-lo mais, ninguém me deixava e eu também não tinha vontade.

- Mas e o seu irmão? – eu perguntei pensando que entregar a Klaus meu colar libertaria o irmão dele.

- Eu vou dar um jeito de libertá-lo da hipnose de Klaus, mas você não pode entregar o seu colar.

Nos encaramos. Por algum motivo desconhecido, eu tinha dentro de mim que faltava uma parte. Como Klaus conseguiu criar os híbridos sem o colar e os anéis. Damon percebeu a minha hesitação e me guiou até o sofá de novo. Lá, ele me contou sobre o que eu tinha dúvida.

Ele me disse que uma tal de Elena, ex-namorada de Stefan, dava sangue para os híbridos, mas de um tempo pra cá, isso não estava resolvendo mais e o único jeito era os anéis e o colar(que Klaus não sabia que existia).

- O que ele vai fazer com seu irmão se não der certo o feitiço?

- Não sei. Talvez matá-lo. – ele deu um longo suspiro.

Pensando bem, até que não ir procurar Klaus era uma boa idéia. Se Stefan morresse, Damon ia sentir na pele o que é perder alguém que se ama. Então o que tinha que fazer era fazer o que Damon pedisse e arrumar um jeito de atrapalhá-lo com os planos para resgatar Stefan.

Novamente a porta se abriu e desta vez quem entrou foi uma mulher morena e magra. Ela veio até Damon e me olhou com cara de desconfiada.

- Ham... Eu estou incomodando? – ela perguntou.

- Não Elena. – Damon disse se levantando. – Esta é...

- Elizabeth Grunger, mas pode me chamar de Liza. – sorri. – Bom, vou deixar os dois sozinhos. Até mais. – disse indo de novo até a porta.

Damon me impediu novamente.

- Desculpa, mas você não pode sair daqui. Não por enquanto. – ele disse.

Que droga! Agora eu vou ter que ficar trancada nesta casa. Tomara que não seja por muito tempo, eu tenho algumas certezas de que não irá ser. Dei um meio sorriso e fui para cozinha. Não tinha muitas coisas comestíveis ali, peguei uma caixa de cereal e procurei por leite na geladeira. Não tinha nada, apenas sangue armazenado. Fiz uma careta e decidi comer o cereal sem nada mesmo.

Coloquei em uma vasilha de plástico e me sentei à mesa. Comi o cereal e me servi com mais cereal. Eu vou acabar com esta caixa em menos de um dia. Eu vou ter que sair daqui pra comer algo que preste.

- Não tem muita coisa pra comer, não é? – Elena entrou na cozinha e sentou-se à mesa.

- Na verdade tem, mas eu não gosto muito da dieta do sangue. – eu dei um sorrisinho irônico e ela fingiu que não percebeu.

- Damon me contou sobre você e sua família. – continuei a comer sem olhar para ela. – Acredite, ele não faria isto por prazer. – revirei os olhos. – Eu também perdi meus pais e toda a minha família, só me restou meu irmão. – bufei. – Eu sei o que você está sentindo.

- Olha você não sabe do que eu estou sentindo. E mesmo que soubesse, não me interessa. – ela arregalou os olhos. – Pode voltar lá e ficar com os seus homens – ri nervosa.  – Na verdade, aproveite o tempo com eles.

- O que você quer dizer com isso?

- Que o Damon provocou a pessoa errada. Vingança é uma palavra muito bela pra mim e eu vou ter a minha. – ela engoliu em seco.

- Você tem que entender... – ela se aproximou e colocou o braço no meu ombro.

- Eu não tenho nada contra você, mas não fica no meu caminho. – eu a ameacei e saí da cozinha. Damon não estava na sala, então saí de casa e fui até meu carro.

Dei algumas voltas pela cidade e parei em um armazém, eu precisava comprar comida se eu não quisesse morrer de fome. Comprei macarrão, queijo, algumas garrafas de suco, pão, alguns legumes, etc. Na volta, a cidade estava mais movimentada, passei em frente à uma escola e me lembrei da minha antiga cidade. Fora difícil eu me acostumar a ela, quando eu cheguei à seis anos atrás. Eu ainda sofria pela morte dos meus pais e estava em uma fase complicada, mas graças aos meus colegas eu consegui me adaptar.

Cheguei a casa e coloquei meu carro próximo a entrada. Peguei as sacolas e entrei em casa. Damon me olhava furioso. Elena estava do seu lado, ela me olhava com desconfiança, revirei os olhos e fui guardar as compras na cozinha.

- O que eu te disse sobre não sair de casa? – Damon pegou a sacola de minha mão. Eu fiz careta.

- Eu fui comprar algo comestível. Ou você estava pensando que eu ia me alimentar de sangue? – apontei para a sacola e ele me entregou.

- Não saia de casa sem me avisar.

Ri dele e comecei a guardar as compras. Terminei e fui em direção a sala.

- Eu estou falando sério. Não é pra você sair de casa.

- Damon, você não manda em mim. – me servi de uísque. – Eu faço o que eu quiser.

- Klaus não pode saber que você está viva. – ele bufou. – Se ele souber, vai matar Stefan

- É problema seu! – eu cuspi as palavras. Damon me olhou com ódio. - Não adianta me olhar assim, eu não me importo com o que vai acontecer com seu irmão. Eu me importo em ver você sofrendo.

- Ele é minha família.

- Você não pensou nisso antes de tirar a vida da minha família.

- Então esta é sua vingança? – ele disse irritado. – Você é mesquinha, idiota. Você realmente pensa que eu queria fazer isto com você? Tudo o que eu queria era estar bem com meu irmão e com Elena. Você faria a mesma coisa se fosse pra salvar quem você ama. – Damon disse e subiu as escadas.

Me sentei no sofá e pensei no que ele disse. É claro que eu faria qualquer coisa pra salvar a minha família, mas isso não tira a culpa dele. Mas também não o tira a razão.

Que droga! Lá vem a sensação de pena de novo. Família é família. Eu não posso deixar que o irmão dele morra, só pra me vingar. A minha raiva era de Damon e não das outras pessoas. Que droga, de novo! Eu estou com dó daquele traste, não tem graça me vingar dele com ele neste estado. Eu pensei que tivesse um pouco de adrenalina, mas até agora estou parada neste drama.

Bebi o resto da garrafa e subi até o quarto de Damon. Ele estava deitado com as costas para cima. Acho que ele não percebeu que eu estava ali, ele não se movia. Olhei para seu rosto e seus olhos estavam fechados.

A bebida já estava fazendo efeito em minha mente. A infantilidade tomou conta de mim. Distanciei-me da cama e saí correndo em direção a ela, pulando em cima de Damon.

Ele abriu os olhos e os revirou.

- Está tentando me matar me esmagando, é?  -ele riu pelo nariz.

- Está me chamando de gorda? – dei mais um pulo em cima dele.

- Gorda é elogio. – bufei e dei um soco em suas costas. – O que você quer?

- Esqueci. – ele grunhiu e eu continuei pulando em suas costas.

- Para com isso! – ele exigiu e eu ri alto. Damon bufou e se virou, me fazendo cair na cama.

Mostrei a língua para ele e ele deu uma risada gostosa. Começamos a rir sem motivos. Nossos olhos se encontraram e eu imaginei ter visto um Damon não monstro. Uma pessoa normal, que me irrita, mas é bom está perto dele. Aff! É melhor tirar isto da cabeça.

- Damon, – ele me olhou sereno. – eu quero te ajudar com o seu irmão.

Damon arregalou os olhos, mas logo depois me analisou.

- Por quê? – sua sobrancelha estava arqueada.

- Porque a minha raiva é de você. E você tem razão, família é família. – ele deu um sorriso torto e eu me coração acelerou.

- Então, bem vinda à família. – ele sorriu e me estendeu a mão.

Apertei sua mão e ele me deu um beijo no rosto, próximo a minha boca. Minha mente se encheu com as imagens do beijo que eu e ele damos. Ele beijava tão bem, e agora isto era melhor, beijar um vampiro é exótico e pra poucos. Nós nos olhamos, eu me aproveitei da nossa proximidade e dei um selinho nele. Para minha surpresa, Damon não se afastou, ele aprofundou o beijo e no segundo depois, nós estávamos na cama.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que vocês acharam? Por favor mandem reviews e deixem as suas opiniões.
Aguardo vocês no próximo capítulo. Vem surpresas por aí....



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