Buried Alive escrita por Miss Haner


Capítulo 14
Betrayal


Notas iniciais do capítulo

Oii!!! Primeiramente, me desculpem pela demora, é que eu estou sem internet porque estou mudando de cidade. Logo, logo tudo voltará ao normal. Conto com a paciência de vocês.
Boa leitura!



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Nunca me senti tão mal em toda a minha curta vida. Nunca me senti tão confusa. Algo dentro de mim doía e faziam meus olhos lacrimejarem. Mas agora já era tarde demais, eu não tinha mais tempo e apesar de toda esta indecisão é a coisa certa a fazer, é um único recurso que apesar de trágico é bom.

Mas o que me incomoda de verdade é envolver pessoas demais no meu plano. Não diretamente, é claro, mas eu estou enganando pessoas demais e isto me corrói. Deve corroer Jeremy também já que ele agora é o meu cúmplice, eu só espero que quando acabar ele ainda esteja vivo e que não seja apedrejado com o ódio que o que nós fazemos irá provocar. Eu sinto uma grande amizade e admiração por ele e o que me faz sorrir com toda esta loucura é saber que finalmente a minha promessa será cumprida.

In my place, in my place

Em meu lugar, em meu lugar

Where lines that I couldn't change

Onde as linhas que eu não poderia mudar

I was lost, oh yeah

Eu estava perdido, oh yeah

I was lost, I was lost

Eu estava perdido, eu estava perdido

Crossed lines I shouldn't have crossed

Linhas cruzadas que eu não deveria ter cruzado

I was lost, oh yeah

Eu estava perdido, oh yeah

Levantei-me e fui tomar um longo banho de banheira. Hoje, em especial, era um dia merecido, é o dia em que a confusão tomará conta deste lugar e que a dor em meu peito se intensificará. Tanto que eu chego a pensar em desistir, mas Elizabeth Grunger fez uma promessa e não deixará de cumpri-la. O banho foi longo, como o previsto. Depois de terminado eu me sentia melhor, porém o peso em minhas costas e a dor em meu coração ainda permaneciam lá, me lembrando a quão estúpida eu era. Vesti uma roupa fresca e costumeira. Saí do meu quarto e ele ainda dormia.

Fui até a cozinha e tentei comer algo, mas nada descia por minha garganta, minha barriga roncava, mas a vontade de me alimentar acabara a muito tempo. Liguei para Jeremy e marquei de encontrá-lo no parque. Peguei a chave do meu carro e fui até o local marcado.

- Oi! – ele disse com certa animação na voz.

- Nós não temos muito tempo. – suspirei enquanto dizia.

-  Vai dar tudo certo, Liza. Eu sei que eles vão entender. – ele tentava me animar, porém nem Jeremy estava mais animado.

- Não há nada o que entender Jeremy, eu estou fazendo o que é certo. É necessário, não importa o que vá acontecer, é apenas necessário. – falei firme.

- Tudo bem. Eu concordo com você. – ele assentiu e nós começamos a repassar o nosso “plano infalível”.

POV Damon

Quando acordei, ela não estava mais ali. Procurei-a por toda a casa e nada. Sinceramente, não sei o motivo da minha preocupação repentina por ela. Pode parecer idiota, mas eu sinto que ela está diferente, também pudera, depois de toda a minha desconfiança eu mereço o pior dos castigos, talvez eu me exponha a luz solar sem o anel só para provar para a minha garota que eu sou um idiota e que eu, a esta altura do campeonato, estou apaixonado por ela e faria qualquer coisa que a minha pirralha quisesse.

Visitei Elena durante a manhã e à tarde saí com Alaric. O mesmo que agora estava namorando e fez questão de me avisar séculos depois. Eu sei que estou exagerando, mas ele foi o primeiro a saber do meu interesse por Liza, então eu me sinto no direito de saber tudo o que ele faz ou sente.

No final da tarde eu voltei para casa e encontrei Liza na cozinha, bebendo alguma coisa. Quando me viu, a minha pirralha sorriu e eu não pude deixar de retribuir com o sorriso mais idiota de todos os tempos. “Eu acho que devo ganhar o troféu retardado do ano!”. Sentei-me de frente à ela e Liza me serviu um copo do líquido que ela tomava.

- Liza – comecei a dizer, eu estava sério.

- O que? – ela perguntou serena.

- Eu quero te pedir perdão por tudo o que eu te fiz. Você não sabe o tanto que eu me arrependo, todos os dias, todos os segundos esse sentimento de que eu te fiz sofrer me atormenta. – ela começou falar, mas eu a interrompi. – Isso tudo me perturba porque eu finalmente entendi que eu te amo. – movimentei-me rápido ficando mais próximo dela. Tão perto que era possível ouvir a sua respiração. – Talvez você ainda me odeie e eu realmente entendo seu ódio, mas eu não consigo ficar sem você. – ela deixou uma lágrima escapar. – Eu entendi que te conhecer foi a melhor coisa que me aconteceu, então eu estou disposto a deixar tudo, a minha vontade de salvar meu irmão, a Elena, esta cidade, tudo por você.

Selei nossos lábios, mas ela me impediu de aprofundar. De repente uma forte dor em minha cabeça fez com que minha visão embaçasse e eu ficasse extremamente confuso. Nunca fiquei assim, era estranho. Fechei os olhos com força e fitei Liza chorando e com um olhar de dor nunca visto antes por mim.

- Me desculpa Damon! – ela disse com voz embargada.

Foi a última coisa que eu ouvi antes de ser consumido por uma escuridão assustadora.

POV Liza

Burra, idiota, otária, estúpida, vaca, mesquinha, retardada! Eu sou tudo isso e mais um milhão de xingamentos. Eu não acredito no que eu fiz, não acredito no que eu ouvi, me odeio por ter nascido. Como uma pessoa pode ser tão errada a este ponto? Como uma pessoa pode ser tão egoísta? Como? Alguém me explica porque realmente está muito difícil para eu entender. A dor que me machucava, agora me derrota e corrói a cada segundo. Mas a maior besteira eu já fiz. Espero que após tudo isso, ele ainda possa me amar, ou apenas me perdoar porque eu mesma nunca vou me permitir tal perdão. Eu não mereço, eu sou má.

Logo Jeremy entrou e me ajudou carregar Damon para o andar de cima. Depois de colocá-lo na cama, Jeremy desceu até o nosso “esconderijo” e voltou trazendo a minha maleta e o diário. Começamos o ritual, eu tentava me concentrar da mesma maneira que Jeremy, ele parecia tão calmo, tão certo do que fazia, eu tive inveja dele neste momento. Também não queria sentir culpa.

- Liza, já está tudo pronto. – ele falou em voz baixa.

- Pode ir embora Jeremy. – disse com um fio de voz. – Ele não vai demorar a acordar e Damon não pode te ver aqui. – tentei dizer com convicção.

- Acho que é melhor não te deixar sozinha. – ele disse preocupado.

- Qual é Jer? O colar pode muito bem dar conta do recado. – respondi ironicamente.

- Tudo bem. – ele se rendeu. – E lembre-se: essa foi a coisa mais certa que nós fizemos. – Jeremy terminou sua frase, me deu um beijo na testa e saiu levando a maleta.

É, realmente Jeremy é a pessoa mais forte que eu conheço. Eu tive sorte de conhecê-lo e de ser sua amiga. Fitei novamente o rosto de Damon e me levantei com a intenção de sair dali o mais rápido possível.

POV Damon

Ai que dor horrível! Parece que eu fui esmagado por um caminhão cegonha que carregava outro caminhão cegonha que carregava uma tonelada e meia de chumbo. Levantei devagar a minha cabeça, passei minha mão ela e tentei me lembrar do que aconteceu.

Consegui me lembrar e eu preferia não ter lembrado de nada. Como eu fui tão idiota em acreditar naquela garota? Quem criou a aquela frase que os piores inimigos são aqueles que se fazem de seus amigos antes de te atacar estava certíssimo. Elizabeth foi uma traidora e eu fui uma anta ao acreditar que uma menina que saiu de sua cidade para me caçar e me matar me ajudaria em alguma coisa e ainda sentiria um sentimento bom por mim. Ah! Como eu sou burro. Mas isto não vai ficar assim. Ela não vai sair impune.

Levantei-me quando ouvi um barulho parecido com o de uma porta. Saí de meu quarto e por ironia deste destino eu a encontrei ainda em minha casa.

- Damon... – ela suspirou.

- Não diga nada sua cachorra. Ou melhor, que me desculpem os animais por eu estar xingando eles deste jeito. – silencio. – Como você pode fazer isto comigo? Com você pode ser tão falsa? Sabe o que eu te disse antes de desmaiar por causa daquele maldito drink que você me deu eu te disse que eu te amava. Mas esquece, esquece porque tudo o que eu sinto por você é repulsa, ódio, nojo. Vou ter que me lavar com lava de vulcão para tirar tudo o que ficou na minha pele quando eu te tocava, quando nós... Arg, nem acredito que eu dormi com uma vadia que nem você. – ela me olhava com sobrancelha arqueada, sem nenhuma emoção no rosto. – Vá embora da minha casa e nunca mais ouse por os pés aqui dentro, porque se você fizer isto, eu juro que ignoro toda a dor que este colar me faz e te mato do pior jeito possível. – ela continuou me encarando. – SAÍ! – gritei.

Liza piscou e foi em direção a porta. A chamei pela última vez, eu precisava tirar o que estava entalado na minha garganta.

- Eu te odeio sua vadia! – ela sorriu sarcástica e saiu da minha casa.


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Notas finais do capítulo

Não me matem! Eu sei que está ruim, mas é um capítulo necessário. Os proximos capitulos terão mais ação, então se preparem!!
MANDEM REVIEWS!! BEIJOS!!!



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