Lost In The Shadow escrita por LaraMagchep


Capítulo 7
Um Natal Verde e Vermelho - Primeira Parte


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capitulo teve os travessões "-" cortados ao separar a fala da ação do personagem na mesma frase. Peço desculpas, mas não vou tirar os caps do ar, enquanto arrumo, vocês leiam dessa forma e me desculpem outra vez pelo transtorno.



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A véspera de Natal parecia um sonho muito aguardado por todos os alunos de Hogwarts. Em parte pela já conhecida saudade de ano após ano passar tanto tempo longe de seus aconchegantes lares, por outro lado todos, e até mesmo os professores, queriam ver-se livre dos perigos que agora a escola emanava. Como todos haviam previsto, tornara-se uma repetição da Câmara Secreta, o colégio pressionado pelo então novo Ministro da Magia a tomar uma providencia, os alunos aterrorizados demais para pensar em seus estudos (e desta vez sem poupar os sangues puros) e os professores preocupados com o futuro do colégio formavam um grupo tão perturbador quanto a própria presença do recém batizado Monstro de Hogwarts. Por isso, quando a professora Minerva anunciou a todos no café da manhã do dia 23 que naquele dia seria passada a lista de quem ficaria no colégio, todos a ignoraram prontamente e ao fim do dia, quando sentou em seu escritório de vice-diretora e viu a prancheta com os nomes dos alunos ficou espantada em tal combinação tão incomum. Encabeçando a lista em sua caligrafia bem desenhada estavam os dizeres Hermione Jean Granger e abaixo dela, com letras apertadas as palavras diziam Draco Malfoy.
Harry e Rony não conseguiam entender porque a garota decidira ficar no colégio, gostava de passar com seus pais ou com o pessoal na Toca, mas ficar sozinha? Era incompreensível. Rony chegou a levantar a hipótese da culpa ser dele, ele e Hermione havia, no fim das contas, quase dado certo (mesmo Harry acreditando que o termo dando tudo errado era mais apropriado) e agora ela estava envergonhada demais, Harry o tranqüilizou dizendo que ela só podia estar estudando ou pesquisando mais sobre Bogus, o Monstro de Hogwarts. Pensando nisso o garoto havia até tocado no assunto, enquanto arrumava as malas supervisionadas por Hermione, no dormitório dos garotos.
– Não se preocupe Harry, eu ficarei bem Ela disse abraçando um Bichento que almejava uma escapadela.
– Você tem certeza? Rony, hum Harry escolheu as palavras Ele está imaginando que você não queira ir a Toca porque, bem...
– Não tem nada a ver Hermione apressou-se em explicar, corando, a garota se arrependia mortalmente do que fizera, mesmo que a tivesse ajudado tanto Sério.
– Gina não concorda Harry virou-se fingindo examinar se levaria aquele pijama, mesmo Hermione sabendo que era o único que ele tinha Ela acha que você tem outro motivo para ficar.
– Claro que tenho. Encontrar Bogus, por exemplo.
– Nah... Um tipo de motivo que envolve garotos. Harry ainda estava de costas, mas quase sentiu o ar de Hermione a sua volta se enrusbrecer.
– G-Garotos? Gina deve ter enlouquecido. Hermione apertou Bichento contra o peito, o gato miou em protesto.
– Um garoto, especificamente Harry virou-se, também corava, era difícil para ele falar de garotos com sua melhor amiga. Mas era isso, sua melhor amiga, assim como Rony era seu melhor amigo, eles precisavam se apoiar. Draco Malfoy.
– Vocês foram mordidos por fadas mordentes ou algo do tipo? Ela perguntou inflamada, apertando mais Bichento, o felino soltou um miado agudo e enterrou as garras nos braços da dona, Hermione o soltou Bichento, volte aqui. Harry eu vou...
– Não, Hermione Ele segurou o braço da garota Converse comigo. É sobre o Malfoy, não é?
– O que tem?
– Vocês passam muito tempo juntos.
– Só estamos cooperando.
– Só isso mesmo?
– Claro, Harry, o que mais poderia ser?
– Hermione, escute. Eu sou um garoto e não poderia haver ninguém pior em sentimentos para lhe dizer o que irei dizer, bom, com exceção de Rony, mas eu acho que ele nunca poderia lhe falar isso. Eu não sei o que há entre você e Malfoy, não sei se ele te enfeitiçou ou lhe forçou a beber uma poção do amor ou algo do tipo, ou pior se você está agindo assim por pura e espontânea vontade. Eu também sou péssimo com mulheres, mas entendo o que eu vejo Mione, e o que eu estou vendo entre você e Malfoy é algo assustador, a forma como vocês se olham, como se um precisasse do olhar do outro para viver. É, sinistro, não sei como você pode olhar para ele e sobreviver. Se eu vejo, Rony também vê o colégio também vê e Malfoy também vê. Eu não peço que você prenda seus sentimentos como se fosse culposo você sentir algo em relação a ele, mesmo eu achando ser muito nojento, eu quero que você tome cuidado com quem está lidando, Hermione, Draco Malfoy é astuto, perigoso e o pior, Comensal da Morte, não Ele cortou quando ela fez menção de falar pode dizer o que quiser, mas não me convenço de que ele não seja. De qualquer forma, Hermione, não se esqueça, Draco é como uma serpente, ela pode rastejar até você e enrolar-se sem fazer mal algum, mas quando chegar ao seu limite pode apertá-la até a morte.
Hermione escutou calada e contrariada, os olhos queriam arder, mas escutou o que o amigo tinha a dizer, sabia que ele precisava dizer Harry a entendia bem demais. Ela apertou os lábios e soltou gentilmente a mão do garoto, não disse nada até chegar à porta. Virou-se para Harry com os olhar brilhando em lagrimas e um sorriso fraco, porém sincero e luminoso brilhou em seu rosto.
– Eu não sobrevivo.
– O que? Perguntou Harry.
– Você perguntou como eu posso olhar para ele e sobreviver. Eu não sobrevivo. Olhar para Draco Malfoy é como contemplar o paraíso e queimar no mais profundo inferno.




Na manhã do dia 24 enquanto Hermione ia com os colegas até o portão, Draco esperava impaciente sentado nos primeiros degraus do Salão Principal. De lá ficara sabendo que Flitwick teria se ausentado por ordens de Dumbledore para resolver assuntos relacionados ao Monstro, Snape fora convocado para reuniões secretas, Minerva, Hagrid e um outro professor estavam no momento fora, os professores menos conhecidos haviam saído como de costume para suas festas natalinas. Restava na escola Draco, Hermione, a Profa.Sibila, Filch é claro e o próprio diretor. Quando avisou que ficaria no colégio recebeu uma carta preocupada de sua mãe e uma de sua tia, Bellatriz, animada demais e que obviamente transcrevera tudo o que o Lord das Trevas lhe narrara. Respondeu ambas de forma sutil, ficaria para continuar com o plano, mas tal plano era o que menos lhe ocorria no momento. Desde o beijo no vestiário, a garota Granger lhe ignorara tão fielmente que ele chegou a bater de cara em uma porta que ela fechara bruscamente fugindo dele, Draco conseguira se aproximar ela por alguns minutos para receber um tratamento de silencio doloroso. Queria muito falar com ela, dizer a ela mais coisas que não conseguiu no vestiário, queria beijá-la mais uma vez e o desejo o fazia arrancar os cabelos de ansiedade. Então a oportunidade chegara, ele pensava em ficar para o Natal, um dos motivos aos quais queria que ela voltasse a olhar para ele, e quando foi assinar a lista não teve mais duvidas do que pensar. Se ela ficara ou não pensando em um momento a sós com ele não interessava, pois ele a seguiria e a abordaria em qualquer lugar que ela fosse. As portas do castelo se abriram e ele a viu entrando, os cabelos de morango salpicado de neve, as bochechas coradas e levemente machucadas pelo frio, cada detalhe que Draco vira de perto em sua mais doce derrota. A garota fechou a porta atrás de si e quando viu Draco ficou tão desconsertada que cambaleou alguns passos para trás, batendo as costas contra a porta.
– Parece até que eu vou te morder, sangue-ruim Ele sorriu para ela descendo as escadas.
– O que você faz aqui?
– Não se faça de idiota, você sabia que eu ficaria. Eu escrevi no seu trabalho do Snape e eu sei que viu porque ficou aborrecidíssima mais meia hora reescrevendo-o.
– Obrigada por me lembrar o porquê de eu não estar falando com você. Ela jogou os cabelos para trás e passou por Draco, quase enfiando aqueles fios em seu nariz, fazendo o garoto respirar o cheiro dos morangos.
– E qual é? Draco perguntou a acompanhando, ela parou e o fitou firmemente. Me diz você, porque eu não sei.
– Porque você escreveu no meu trabalho, imbecil. Hermione respondeu encarando a expressão seria de Malfoy.
– Sabe por que eu escrevi nele, sangue ruim? Draco se aproximou dela, quase pode ouvir o coração da garota vacilar. Ela deu um passo para trás.
– Não, por que, sangue-puro?
– Porque o que eu mais queria, era que você ficasse. Ele terminou olhando levemente para cima.
Sem avisar, ou pensar sobre o assunto, ele a abraçou e a beijou tão facilmente que ficou realmente surpreso de não levar um chute ou algo parecido. Hermione se deixou ser beijada e beijou, uma, duas, três, cinco vezes até recuperar a sanidade e empurrar Draco, mas desta vez lenta e carinhosamente.
– Posso saber por que me beijou? Ela quis saber, sorrindo.
Draco a abraçou mais pela cintura e olhou para cima, Hermione imitou o gesto e riu do garoto.
– Um visgo, clássico. E você precisa de um visgo para fazer isso, Draco? Ela tornou a perguntar, acariciando a nuca loira de Malfoy.
– Vamos ver.
Ele a soltou e a empurrou centímetros para direita, onde não havia nada por cima de suas cabeças, aproximou-se o suficiente para fazer com que ela se encostasse à parede. Acariciou seus braços com a ponta dos dedos longos, fez com que ela abraçasse seu pescoço e voltou a beijá-la.
– É Ele decidiu quando se separaram Não preciso. Tantos visgos e tão pouca gente em Hogwarts.
– Oh, meu Deus, é verdade Ela lhe empurrou olhando para os lados O que pensariam se me vissem... Se me vissem... Pareceu incapaz de pronunciar a ação em voz alta e prosseguiu com a frase em um muxoxo Você.
– Eu fico muito agradecido com seu carinho de agora, sangue-ruim, mas eu prefiro o carinho de cinco minutos atrás. Draco se reaproximou rabugento Não tem mais nenhum aluno, somente eu e você aqui. Fora o diretor caquético, o aborto e a bruxa velha.
– Fora o bruxa velha para a professora Sibila, Malfoy, eu não gosto quando fala assim Reclamou Hermione cruzando os braços.
– Você realmente se importa, não é? Ele perguntou depois de um tempo a avaliando.
– Como você trata as pessoas? Importo-me bastante.
– Então eu paro Ele declarou a fitando cuidadosamente Está bem, Hermione?
– Hermione? Ela perguntou deixando ser abraçada uma vez mais por Draco. O que houve com o sangue-ruim?
– Você acabou de me dizer que não gosta.
– Eu não me importo Ela sorriu De ser a sua sangue-ruim.
Eles já estavam engajados em outro beijo demorado quando ouviram passos sob a escada e se separaram rapidamente, Hermione mais rápido que Malfoy que ainda tentava beijá-la a assediando pelas costas enquanto caminhavam-se para ver de quem se tratava os passos. Era professor Dumbledore e a professora Sibila.
– Ah, senhorita Granger e senhor Malfoy O diretor parecia contentíssimo de ter uma desculpa para sair da presença da colega Se unam a mim e a Sibila no café da manhã, será reservado e modesto, amanhã será muito mais animado, eu garanto. Venham, venham, o chá vai esfriar.
O casal entrou no refeitório e realmente aquilo era reservado, uma mesinha com cinco cadeiras estava abarrotada de comidas natalinas. Hermione sentou-se de frente para Draco que lhe dava meio sorrisos em meio a colheradas de cereal. Apressaram-se em sair de lá e subir as escadas juntos, Draco olhou para trás e deu alguns passos a frente de Hermione a impedindo de passar.
– Madame Ele fez uma ligeira reverencia e estendeu a mão para Hermione.
– Senhor Ela respondeu segurando a de Draco, ele ergueu os olhos por baixo da franja loira e sorriu para ela.
– Assim esta melhor Falou baixinho e se postou ao lado da garota, suas mãos unidas e seus dedos enroscados uns nos outros. Quer saber o que eu programei para este final de semana?
– Você fez um cronograma? Ela ergueu uma sobrancelha.
– Não, eu só pensei em algumas coisas, você pode me ajudar com o resto.
– No que você pensou?
– Depois do café nós poderíamos ir até uma sala aquecida e nos agarrarmos até à hora do almoço Ele respondeu sério, ela sorriu.
– E depois?
– Bem, poderíamos voltar a essa sala e nos agarrar mais um pouco e... Ei! Hermione acertou um tapa em seu peito, rindo e abraçou o braço de Draco Do que você não gostou?
– Não que eu veja mal nisso, mas não podemos ficar nos beijando o dia todo Ela respondeu ainda rindo.
– Não será o dia todo, pararíamos para almoçar. Ele apontou, olhando para baixo, em direção ao rosto dela em seu ombro Você não está me acompanhando, francamente.
– Nós podemos trabalhar um pouco no caso Bogus Ela sugeriu, ele franziu o cenho.
– Só falamos disso, Hermione.
– Mas nós precisamos encontrar uma maneira. Vamos fazer assim, pesquisamos por uma hora, faremos o que você quiser no resto do tempo, depois almoçamos pesquisamos outra vez e faremos o que eu quiser.
– Me parece um plano Ele cedeu abaixando o rosto.
– Um bom plano Ela concluiu parando e apoiando-se nas pontas dos pés para encostar seus lábios nos de Malfoy.


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