Diários Do Vampiro - Nada É Por Acaso escrita por Lulys


Capítulo 7
Infirmary and Questions


Notas iniciais do capítulo

Serei boazinha c vcs e postarei + um capitulo hj, talves até dois, vá saber né? KKK
Brinks. Enjoy!



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Eu o fitei, incrédula. Ele só podia estar de brincadeira! Visivelmente, ninguém conseguiria beber mais um copo de álcool sem vomitar. Até mesmo Alaric, que sorria, não parecia estar em seus melhores dias. Porém, fiquei quieta. Minha maior preocupação, naquele momento, era Matt, em meus braços.

Segurei-o pela cintura, pondo um braço dele sobre meus ombros. Damon fez o mesmo do outro lado. Saímos da sala, direto para a enfermaria.

– Eu falo. – ele sentenciou, baixinho, quando entramos na enfermaria.

Pensei em discutir, mas minha cabeça latejou e eu acabei desistindo.

Mas o que diabos está acontecendo aqui?! – ouvi Sra. Flowers dizer, no que soou como um grito em minha cabeça.


Ela veio correndo em nossa direção e nos ajudou a deitar Matt na maca.

– Está bêbado. – Damon declarou, no que eu mesma me assustei ao ouvir ele dizer a verdade.
– Por isso que eu detesto esses bailes escola. – a enfermeira declarou, irritada, pondo algo num copo e entregando a Matt – Sempre tem um espertinho que consegui contrabandear cerveja e vem parar aqui!

Lembrei-me que hoje era dia do Baile da Neve*, e que na próxima semana eram as provas finais. Provavelmente, ela deveria estar pensando que Matt havia bebido demais e por isso havia ido parar ali.

Abri a boca para dizer a verdade, mas Damon apertou minha mão com força, aproximando-se de mim.

– Ela não lhe fez uma pergunta e não estamos mais dentro daquela sala, por isso, trate de fechar o bico! – disse, baixinho, ao pé do meu ouvido.


Pisquei algumas vezes, surpresa com nossa proximidade. Meu baixo ventre se contorceu, freneticamente. Pude sentir o perfume dele de tão próximo que estávamos. Tinha um cheirinho tão bom... leve... refrescante... Mordi meu lábio inferior no mesmo instante, deliciada...

– Também está bêbada, senhorita McCullough?! – a enfermeira Flowers me perguntou, tirando-me de meus devaneios.

– Sim. – responde sem nem perceber. " Como eu odiava ser tão honesta!", pensei irritada comigo mesma.

– Não tanto quanto o Honeycutt. – Damon completou, vendo o olhar de espanto da enfermeira sobre nós.

– Tome isso! – disse, entregando-me o copo que Matt bebera com uma nova dose de um liquido amarelado.


Bebi e fiz uma careta. Ânsias de vômito invadiram meu ser no mesmo instante “ Que diabos era aquilo” pensei. Me encolhi e, qual não foi minha surpresa, senti os braços de Damon me puxarem contra si, tentando me esquentar. Agarrei-me a camisa dele, sem pensar duas vezes, escondendo minha face em seu peito largo... definido... Minha intimidade pulsava dolorosamente... “Agora, não...” pensei, ainda encolhida junto a ele.

– Vai melhorar em alguns minutos. – ela me informou, um tom de reprovação na voz – Acho melhor parar de beber por hoje!

Damon murmurou alguma coisa, mas eu não consegui entender o que era. Minha cabeça doía mais ainda depois que tomei aquele maldito remédio. Senti-o me puxar em direção à saída, ainda abraçado a mim. Respirei fundo e, quando dei por mim, já estava do lado de fora da enfermaria.

– Ele vai ficar bem. – Damon disse, encostando-me em uma parede para que eu pudesse descansar.

– Por que você me impediu de falar a verdade? – perguntei, sem me conter.

Ele revirou os olhos, contrariado por ter que responder a minha pergunta.

– Você só é obrigado a falar a verdade se te perguntarem alguma coisa dentro da sala onde estamos fazendo o jogo. – explicou-me, um tanto impaciente – A partir do momento que te fazem uma pergunta lá, você deve uma resposta e ela deverá ser verdadeira, se você quebra o juramento, pode acabar como a Vickie, que creio eu foi castigo por ter nos dedurado. Porém, se for fora você pode mentir a vontade, mais no seu caso você só consegui dizer a verdade em qualquer circunstancia. E não quero arriscar acabarem com nossa festinha por causa da sua honestidade.

– Por que quer tanto continuar com esse jogo idiota? – quis saber, os olhos fechados, a cabeça recostada na parede.

Ele bufou, provavelmente irritado por ter eu fazer tantas perguntas.


– Não é da sua conta. – disse, sério – E chega de perguntas! – reclamou, zangado, antes que eu pudesse fazer mais uma.

– Obrigado por ter me ajudado... – murmurei, cansada, abrindo finalmente meu olhos.

– Queremos curtir com a cara de vocês, não matá-los. – explicou, secamente.

Pegou uma mecha dos meus cabelos e a pôs detrás de minha orelha, a bela face impassível. Fechei os olhos, apreensiva. “Bela face”???, pensei comigo mesma. Eu só posso estar muito mal mesmo...

– Bonnie... – me chamou, baixinho. Abri os olhos e reparei que ele estava muito próximo, a poucos centímetros do meu rosto. Arrepiei-me no mesmo instante.

Murmurei alguma coisa quase inaudível, indicando que estava escutando. Os belos olhos azuis me encaravam, fixamente. Nunca antes havia percebido que eles eram extremamente... lindos. Me perdi neles por alguns segundos, até que a voz de Damon quebrou o silêncio.

– Você ficaria comigo? – perguntou, firme, sem deixar de me fitar.

Arregalei os olhos, incrédula com a pergunta e antes mesmo que eu pudesse pensar em mentir, disse:

– Sim.

Desespero. “O que foi que eu fiz???”, pensei, apavorada. Abri a boca diversas vezes, mas não havia o que dizer. Eu odiava mentir, mas por essa resposta nem eu mesma esperava. Jamais pensei que eu pudesse responder que “sim” a essa pergunta feita por ele. Pra falar a verdade, jamais pensei que algum dia ele pudesse vir a me perguntar uma coisa dessas.

Se meu ventre se contorcia antes, agora ele dava voltas e mais voltas. Meu desespero devia estar evidente em minha face, pois Damon se aproximou ainda mais, um sorriso no canto dos lábios... Ondas de calor invadiram meu ser uma após a outra... Fechei meus olhos, involuntariamente...

A mão dele desceu até minha cintura, apertando-me lentamente... Seu corpo tão proximo do meu... causou-me mais arrepios... Senti os lábios dele encostarem em minha orelha, sugando-a demoradamente... Por que eu não o mandava parar??? Porque, visivelmente e, internamente, eu também estava querendo aquilo...


– Muito bom saber disso... – murmurou, maliciosamente, sugando brevemente minha orelha e se afastando de mim.

Senti como se tivesse levado um soco no estômago. Abri os olhos, minha boca entre aberta devido ao choque. Deslizei pela parede, lentamente, até encostar no chão. Às pernas junto ao corpo, larguei minha cabeça, deixando-a pender por entre meus joelhos.

Deveria ter devolvido a pergunta, assim ele também seria obrigado a me responder. Faltou coragem. E se ele disse “não”? Sentir-me-ia humilhada. Aos poucos, meu corpo foi melhorando, não da vergonha que eu sentia, mas da bebedeira. O remédio de gosto horrível que Sra. Flowers havia me dado estava surtindo seu efeito e eu me sentia melhor, sem tonteiras ou náuseas.

– Precisa de ajuda pra ficar de pé? – ouvi-o perguntar.

Ergui a cabeça, surpresa por ele ainda estar ali. Fitava-me intensamente, do final do corredor.


– Não. – respondi, respirando fundo.

– Pois então venha. – disse, um sorriso zombeteiro – Ainda temos uma aposta para terminar!

“Mas que filho da p*ta!”, pensei diversas vezes enquanto caminhávamos de volta para o meu juízo final.


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Notas finais do capítulo

Uuuuh Damon mau, fez a menina se animar pra depois jogar um baude agua fria nela, q coisa feia kkkkkkkk.
Mandem reviews pessoinhas, isso é bom pro ego de qualquer autora ^.~'