Pov's Ichigo

Aquele jantar foi uns dos mais frustrantes da minha vida. Eu e a Sra. Fong chegamos lá em casa, e pra acaba, Yuzu achou que fosse a minha namorada! já sabia que meu pai tinha bom gosto por causa da minha da minha mãe (e eu falava também que minha mãe era cega!) mas enfim... eu disse que gosto das mais velhas, mas eu acho que ela já estava na faixa dos 40! mas nem parecia. Agora vem a parte frustrante: quando meu pai anunciou que a Fong-san era a nova namorada dele, as meninas ficaram um pouco surpresas, Yuzu, que apenas sorriu e continuou jantando, claro que no início ficou estranha mas tenho certeza que aceitou, mas o negócio ficou feio com a Karin, ela levantou com tudo da mesa e foi pra o quarto e fechou a porta, bom eu? fiquei sem jeito na frente dela, imagina como ela devia estar se sentindo. Meu pai pediu licença e sobiu as escadas.

– Err... desculpe pela minha irmã, Fong-san, ela não é de aceitar muito fácil... – Disse Yuzu com à voz meiga de sempre me fazendo acreditar que ela estava de boa com tudo isso, e ela apenas acentiu com à cabeça.

Só escutavamos os berros e gritos do meu pai e da Karin lá de cima, então eu tentei dar um jeito naquela situação:

– Err... de que sabor é essa torta, Fong-san? – Eu sabia que sabor que era, mas tinha puxar assunto com qualquer coisa naquela hora

– É pessêgo, fiquei com medo de vocês não gostarem, mais arrisquei mesmo assim!

– Eu gostei tem um sabor incrível! – Disse Yuzu, colocando a colher na boca

Naquele momento, só escutamos um barulho de fechar a porta com muita força, então meu pai apareceu na escada, com uma mancha roxa na cara, só o fato dele estar brigando com à filha e ainda leva um soco na cara devia ser frustrante pra ele.

– Me desculpem... a Karin tem um gênio forte...

E continuamos aquele jantar num tanto estranho, meu pai fazia as palhaçadas dele como sempre, e a gente ria, como sempre. Depois ajudei a Yuzu arrumar a cozinha depois de ter implorado para dona Fong ir pra sala, ela insistia em ajudar, mas ela era a convidada, então... Meu pai e ela ficaram na sala e eu subi pra colocar a Yuzu na cama, eu sei que ela já tinha seus 10 anos, mais tinha que arranjar uma desculpa pra sair de lá, sabia que meu pai precisava de um momento à sós com a nova namorada dele. Foi uma guerra pra Karin abrir à porta, primeiro coloquei a Yuzu pra dormir e chamei a Karin no meu quarto:

– Karin, será que pelo menos podia ser educada com ela? devia sentir vergonha por ter tratado ela daquele jeito!

– Não enche Ichi-nii, você sabe que nunca gostei de nunhuma namorada do papai, essas piranhas acham que podem ocupar o lugar da mamãe!

– Acontesse que ela não está aqui pra ocupar lugar de ninguém! para de exagerar, isso é só ciúminho besta do papai!

– Eu, com ciúmes do papai? sai fora, da onde vou ter ciúmes daquele velho!

– Sabe do que você precisa? apanhar na bunda, agora vai dormir! – Ela saiu do quarto bufando, mas ela tinha que entender, isso é uma decisão dele e não dela.

Pov's Rukia

Cheguei em casa, fui tormar um banho, e só pensava em deitar na cama, apesar de não estar muito casanda, mas eu gostava de ficar um sozinha pra refletir um pouco... mas tinha gente que não sabia disso, e que me infernizavam mesmo em casa, no caso, era Matsumoto que me ligou no celular:

– Fala, Rangiku-san

– RUKIAAAAAAAAAAA! Renji me contou que você se encontrou com o gostoso do Kaien! – Ela não tem modos mesmo.

– É.

– E como foi? me conta menina!

– Ai, a gente tomou café e conversou um pouco

– E foram pra cama?

– PELA AMOR DE DEUS MATSUMOTO ACHA QUE SOU VOCÊ?

– Pergunta não ofende... mas e ai vão se ver de novo?

– Não sei, disse que ia ligar...

– Hum... – Quando ela vem com esses "hums" é que tem alguma coisa errada.

– O que foi? qual é a desse "hum"? – Esse "Hum" sempre me deixa encabulada

– É que, sabe como é, quando um cara diz que vai ligar...

– Claro que não, no dia que passe meu número pra ele, no mesmo dia ele me ligou...

– Mas é diferente...

– Ah! se não ligar que se ferre... mais e você o que conta de bom?

– Sabe o Gin? – Não, claro que não, ele trabalha comigo, mas tudo bem, eu não sei!

– Que tem ele?

– Ele deu um sorrizinho hoje pra mim!

– Ran, você tá feliz por que ele te deu um maldito sorriso?

– Claro né? estou investido nele à meses e ele nunca deu um sinal qualquer!

– É mesmo...

– Hein, Ruki! – Detesto esse apelido, meu nome já é pequeno, não necessita deixa-lo mais

– O que?

– Fong-san falou que você estava berrando hoje com um garoto na firma – Com à "firma" ela quiz dizer agência.

– É, um mal educado que estava junto com um grupo que pediu dicas hoje...

– Sabia que ele é filho do novo namorado dela? – Sabia que tinha escutado esse sobrenome em algum lugar!

– Ah! então é por isso que ela deu à vaga de estágio pra aquele cabeça de laranja!

– Cabeça de laranja?

– Te explico depois, agora vou desligar!

Na manhã seguinte, eu levantei com uma dor de cabeça danada, deve ser efeito colateral dos gritos da Ran. Fiz TUDO o que faço quando acordo de manhã, pra mim era um ritual se não fizesse etapa por etapa, iria dar tudo errado naquele dia, é, tenho umas manias estranhas, é por isso que se eu me casar meu marido iria ficar louco... é mais ou menos assim: tormar um banho bem quente, escovar os dentes, depois ir procurar um roupa (que era a minha parte favorita), dar uma ajeitada na peruca (jeito de falar, tá gente), não gosto muito de me maquiar, tipo a Ran que anda com 5 kg de maquiagem. Eu passo uma base, um pouco de pó, e um rímel, e claro que antes de tudo isso, protetor solar por que sou muito branca e qualquer solzinho fico parecendo um pimentão de tão vermelha. Como não gosto de tomar café em casa, por causa do meu avó que fica falando sobre como é bom ter um parceiro e tal, passo em uma lanchonete e tomo meu café da manhã. Depois, vou para a agência, aguentar aquele povo que só sabe fofocar o dia inteiro, mal chego, e já tinha gente me esperando:

– Kaien? – Perguntei, pô, era 8 da manhã!

– Bom dia, Kuchiki-san!

– Oque está fazendo aqui, e ainda por cima na minha sala?

– Ah eu cheguei aqui, e a sua secretária disse que podia esperar na sua sala... mas enfim, eu estou aqui por causa do caso do sr. Suzuki.

– Mas porque?

– Não sabe? ele me contratou para ser uns de seus advogados... – Filho da puta esse Suzuki, acabou de insultar minha inteligência

– É mesmo? ele poderia ter me avisado! – Estava muito irritada com isso

– Calma, Kuchiki-san, ele me contratou por que achou que você estava muito cansanda trabalhando demais nesse caso – Sei...

– Okay, mas então o que quer, os relatórios?

– É... não era bem isso que eu queria agora... – Ele veio vindo na minha direção, engoli à seco, já adivinhando o que pretendia fazer, foi chegando mais perto, e mais perto quando... o telefone toca.

– O-oi? – Atendi meio sem jeito o telefone

– Srta. Kuchiki, à senhora Fong, deseja você na sala dela agora.

– Está bem, Noriko, já vou!

– E... então já vou indo, depois você me passa os detalhes do caso... – Ele saiu pela porta, e a minha vontade agora era de quebrar a cara de uma certa pessoa... poxa! ele ia me beijar! Sai da minha sala e fui direto na sala da sra. Fong. Bati na porta e esperei autorizar minha entrada.

– Fong-san? queria falar comigo? – Eu tenho um pouco de medo dela...

– Sim, sim, Kuchiki, você vai supervisionar o Kurosaki-kun – Oque? ela só pode estar de brincadeira comigo! – Ele vai trabalhar com você, e vai ficar na sua sala, ele vai ser tipo seu assistente – Ela está gozando com a minha cara, só pode!

– M-mas, Fong-san! ele não era o seu assistente?

– Sim, mas resolvi mandá-lo pra você, já que se conhecem... – Essa vadia.

– M-mas...– Sem mais, Kuchiki! você já é grandinha pra ficar de pirraça só porque teve alguns desentendimentos com o garoto, pelo menos dê à ele uma chance – É, não tinha como dialogar com ela, quando ela decide uma coisa, impossível voltar atrás – E além do mais, Ichigo é um garoto maduro, apesar da idade, mas ele já é praticamento um homem formado – Nada haver, só porque ele não é da altura dos garotos da idade dele, ele é maduro? com aquela tinta de cabelo, eu não engulo.

– Acha que ele é um homem? um homem pinta o cabelo de laranja?

– É a cor natural do cabelo dele, e o Grimmjow? que tem o cabelo tingido de azul? e olha que ele tem 27 anos! – Isso é verdade, além de ser insuportável

– Okay, sra. Fong...

– Ótimo, ele começa hoje, ele deve aparecer por aqui por volta das 14:30, se chegar atrasado, dê uma bronca nele – Com todo prazer – E mande o Kensei colocar a mesa que eu providenciei ontem.

– Que horas ele deve sair?

– Às 15 – Ótimo, vou contar as horas

– Agora vou para minha sala.

EU NÃO ACREDITO QUE AQUELA VACA ME FEZ ISSO? VOU FICAR 2 HORAS E MEIA COM AQUELE PIRRALHO! se acalma, respira... vou dar um jeito de dispensar ele, vou ligar pro Renji, e meter a boca nela!

Pov's Ichigo

Hoje é meu primeiro dia no estágio, e sem contar que aquela vaca trabalha lá! vou fazer o possível pra não encontrar ela...

– Kurosaki! – Sussurrou Ishida, agora que percebi, estavamos conversando muito esses dias, deve ser por causa do trabalho... por falar nisso, nem falei com Mizuiro que encontrei à amante dele no mercado, no recréio eu conto... – Kurosaki! – Opa, fiquei pensado demais que esqueci que ele estava me chamando.

– O que foi?

– Como foi ontem lá? conseguiu? – Eita, por que será que ele está tão interessado?

– É, caramba, mas por que está interessado?

– É que... bem que podia arrumar um pra mim lá né?

– Ué? tá interessando em direito, Ishida?

– Não em direito, mas sim na srta, Kuchiki! – Ele arrumou os óculos e corou um pouco, achei que ele gostasse da Inoue

– Daquela lá? credo Ishida que mal gosto! – Eu falei isso um pouco alto demais, a turma inteira olhou pra mim e claro, à professora também – Err... desculpa professora... foi sem querer... – Quando ela continuou à aula, e todas às atenções retornaram à ela, voltei à falar com ele – Você tem algum problema?

– Você é que tem! ela é linda! fiz meu pai mudar de advogado por causa dela! – Agora que ele falou, até que ela é bonitinha...

– Ah seilá, vou ver se arrumo alguma coisa pra você...

– Kurosaki Ichigo, vai parar, ou quer ir conversar com o diretor?

Depois de uma aula estressante, e a professora pegando no meu pé, voltei pra casa, e fui recebido com maior carinho do meu pai:

– ICHIGO! FINALMENTE VAI TRABALHAR, SEU VAGABUNDO! – E me dá outro soco no estômago.

– Sei velho, sem cerébro! sabia que isso pode me dar um cançer no estômago!

– Claro que não idiota! se pudesse, eu não estaria te acertando nele!

Decidi deixar aquele velho maluco falando sozinho, subi as escadas e tomei um banho e troquei de roupa. Fiz um lanche rápido mesmo com à Yuzu me xingando, mas é que eu queria chegar mais cedo. Não fazia idéia de como e o que eu ia fazer lá, mas achei que chegar mais cedo ia me dar uma certa vantagem. Sai de casa, indo em direção ao metro da cidade, mas no caminho, encontro adivinha quem? Inoue chatahime. Naquela hora, eu tinha duas opções: ir por esse caminho e mentir sobre tudo pra ela, ou ir pela outra rua mas, demorar um pouco pra chegar no metro. Se a Tats estivesse aqui, saberia o que tinha feito. Mesmo pegando outro caminho, cheguei lá umas 14:15, fui direto pra sala da Sra. Fong.

– Boa tarde! Fong-san!

– Boa tarde, Kurosaki-kun! pronto pra começar?

– Sim – Não – e então... eu não sei como...

– Quase me esqueci, sua "chefe" é a Kuchiki

– Q-q-q-ue?– A-a-a-ah ela???? mas porque?

– É que não preciso de um assistênte agora, então eu passei você pra ela, pode ir lá... e... se ela for grossa demais com você me fale tá? – Tô morto.

Fui em direção da sala da maluca, e com medo do que ela viria à fazer comigo, bati na porta e esperei por alguns instantes... bati novamente e esperei de novo... bati com mais força na porta:

– Mas o que?

– E ai.

– "E ai"? e ai digo eu, que jeito é esse de bater na minha porta?

– Eu bati 3 vezes e você não abriu – Fui entrando na sala

– Ei! você tem que esperar eu conceder à sua entrada na minha sala, só porque vai trabalhar comigo não quer dizer que tem passe livre pra qualquer lugar

– A Fong-san disse que ia trabalhar aqui e agora estou aqui

– Agrh! esquece...

Pov's Rukia

Fechei à porta e fui em direção a minha mesa, e ele ficou ali parado, com cara de "tacho":

– Vamos fazer o seguinte: eu não me meto na sua vida, e você não se mete na minha, faça o que tem que fazer e vá embora. Eu não gosto de você e nem você de mim, então vamos ao máximo evitar diálogo... ah! vê se tinge esse cabelo com uma outra cor menos laranja!

– EU JÁ DISSE QUE É...

– Natural? eu sei.... essa ai é sua mesa – Apontei pra mesa que estava no canto da sala – Como você o meu assistente, eu posso madar você fazer qualquer coisa, por exemplo... vai pegar café.

– O que? eu não vou pegar café nenhum...

– Shhhhhhhhhh! falou demais, vai logo! – Ele saiu bufando, e eu me matei de dar risada... ah esqueci que queria com adoçante!

Pov's Ichigo

Maldita! eu sairia daqui agora, mas como o idiota aqui prometeu pro velho que iria ficar pelo menos um mês, não posso ir embora! argh! eu tevia cuspir nesse café, aquela maluca me paga, à se me paga!

– Oi! – Olhei pro lado, e vi um cara com uma cor de cabelo estranha e um sorriso irônico no rosto – É novo aqui?

– É-é! sou o novo assistente da Kuchiki-san! – Vou chamar assim só na frente das pessoas

– Da Kuchiki? que má sorte em rapaz – Ele foi na minha frente e pegou café – Vou te dar uma dica, elogie os sapatos dela, ela adora! – Eu hein

– A-ah vou me lembrar disso, sou Kurosaki Ichigo.

– Gin. Ichimaru Gin... Kurosaki? por acaso é parente do novo namorado da Fong-san? – Caramba, o povo fofoqueiro

– Sim, sou filho dele. Já vou indo senão o café esfria!

– Kuchiki-chan odeia café frio! – Tomara que tenha cogelado!

Cheguei naquela maldita sala, e ela tava toda esparramada na cadeira, que folgada, eu vou pegar café e ela fica pendurada no telefone! já vi que esse dia vai demorar pra acabar!

Continua...