The Week escrita por aninha


Capítulo 9
Domingo - Último dia?


Notas iniciais do capítulo

Então... Eu sei que demorei pra caralho pra postar esse capítulo, mas é que a minha criatividade não andava muito boa. E é por isso mesmo, não tem nenhum outro motivo. Espero que entendam, porque eu não queria postar qualquer coisa pros meus leitores queridos *-* Não tem sexo explícito, só mencionado. Um baita spoiler isso, mas eu tinha que avisar. Boa leitura! Ah, e feliz Valentine's Day atrasado pra vocês ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/193242/chapter/9

 

POV TAYLOR

  Acordei  com um cheiro bom de café invadindo minhas narinas. Percebo que estou com minha colcha e lembro que dormi no sofá com Ronnie, vendo filme. Mas ele não está aqui, e alguém tem que estar fazendo esse café.

- Achei que teria que jogar um balde de água gelada em você Taylor. – Ouço a voz do Ronnie vindo da cozinha. – Sabe que eu não me controlaria se a visse com essa lingerie branca completamente transparente por causa da água. – Olho para baixo e vejo que meu moletom está atirado de qualquer jeito no chão. Levanto a colcha fina e suspiro aliviada quando vejo que estou mesmo com a lingerie branca. Provavelmente senti calor no meio da noite, deitada em cima de um homem que era bem quente, por sinal. Levanto e pego meu moletom do chão, colocando-o de qualquer jeito e caminhando em direção à cozinha.

- Dormiu mal no sofá? – Pergunto quando chego à mesa. Sento-me na cadeira e observo-o servindo café nas minhas xícaras. Não é a mesma coisa, eu não tenho uma xícara com desenho de chocolates. Percebo que sinto falta disso.

- Um pouco. Você é leve e eu não me importo de tê-la em cima de mim. – Ele pisca e sorri maliciosamente. Eu me permito dar um sorriso. É o Ronnie, afinal. – Mas um sofá não é o lugar mais apropriado para dormir confortavelmente. – Ele diz simplesmente, vindo em direção à mesa e me dando uma das xícaras fumegantes. Fica com a outra e senta-se na cadeira à minha frente.

- Da próxima vez traga um colchonete. – Eu solto sem pensar enquanto encaro a xícara. Meus olhos arregalam e eu levanto o olhar para ver sua reação ao que eu disse. Ele está sorrindo. Porra! Porque eu disse isso?

- Vai ter uma próxima vez, então?

- Cala a boca, Ronald. Eu disse sem pensar, eu só...

- Quer que eu venha aqui de novo, eu entendi. – O sorriso aumenta.

- Vá à merda. – Digo simplesmente. Irritada, tomo o primeiro gole de café sem nem ao menos assoprar. Queimo a língua. Ronnie começa a gargalhar. Argh!

  O telefone dele toca, e ele atende ainda rindo.

- Nada que seja da sua conta. Sim. Sim. Ahã. Não, mas eu já ia... Porque avisaram em cima da hora? ... PORRA! TÁ LEGAL. Trinta minutos, pode ser? Ok. - Fecha o telefone e toma o café apressado. Não que seja da minha conta, mas eu sou curiosa demais pra não perguntar o que acontecerá em trinta minutos. Ou eu só estava curiosa pra saber o que ele ia fazer em trinta minutos. Eu iria perguntar igual, estava além da minha capacidade deixar isso passar.

- Compromisso de última hora? – Pergunto e tomo o café calmamente, tomando o cuidado de assoprar antes e tentando aparentar indiferença. Acho que não consegui, porque ele sorri amplamente.

- Interessada?

- Acho só que eu devia saber aonde meu parceiro de palco vai horas antes do show. – Rebato, dessa vez olhando-o nos olhos. Ele estreita o olhar e o sorriso se torna trapaceiro.

- Tem razão. Mas não se preocupe, eu não vou muito longe. Jacky tem trabalhado em algumas músicas e os rapazes têm feito alguns solos novos e eles querem minha ajuda e opinião. Volto antes que você sinta minha falta. – Eu reviro os olhos e tomo mais um pouco do café, que aliás está maravilhoso. Acho que no fundo eu tinha o pensamento idiota de que o café dele só era bom no apartamento dele. Mas se a pessoa faz um bom café em casa, ela fará um bom café em outro lugar, não é? Como eu disse, um pensamento idiota.

  Ronnie levanta para colocar a xícara na pia e vira rapidamente, me dando um beijo rápido na bochecha. Não tive tempo de reagir ou até mesmo de xingá-lo, e acho que era isso que ele queria. Vai em direção à porta, abrindo-a.

- Qualquer urgência sexual é só me ligar, você sabe. – Levanto e tento encontrar alguma coisa para atirar nele. Não pra matar, só pra fazer um machucado muito sério. Ele entende o que eu estou fazendo e fecha a porta, gargalhando. Me pego sorrindo pelo comentário idiota, enquanto termino o café e vou separar a roupa do dia.

POV RONNIE

  Taylor parecia um pouco diferente. Talvez fosse alguma ilusão da minha cabeça que queria que ela mostrasse algo diferente, mas acho que eu não era capaz de criar algo assim. Ela parecia não conseguir mais esconder o quanto apreciava minha companhia. E é claro que eu estava feliz com isso. Muito feliz.

  O problema é que eu só tinha hoje para fazê-la admitir qualquer coisa que fosse para ao menos poder manter contato com ela depois. Eu não tinha tempo de mudar o plano, esse teria que servir. Mas se não desse certo, amanhã cada um pegaria um avião para lugares diferentes, provavelmente muito distantes, e nós poderíamos perder todo e qualquer tipo de contato. Eu não queria isso, eu tinha medo disso. E eu só podia esperar que tudo desse certo.

POV TAYLOR

  O show foi normal. Se por normal você quer dizer a mesma coisa do show de ontem. Algumas performances diferentes, solos ensaiados e outros covers, mas foi basicamente a mesma coisa. Pra quem viu, é claro. Pra mim foi ainda mais insuportável porque eu havia chegado à conclusão de que não iria mais conseguir ficar longe dele. Não, pior ainda, eu havia decidido que não queria ficar longe dele. Eu não podia suportar mais, eu não queria ficar mais. Não que eu tivesse plena certeza de que Ronnie me amava e de que seríamos felizes para sempre quando eu resolvesse tentar algo. Mas né, eu tinha que tentar ao menos. Se ele se cansasse de mim eu iria ficar arrasada, tinha certeza disso. Mas então eu saberia que havia ao menos tentado, e que havia aproveitado o que eu pude. Eu havia tomado a decisão, só faltava por ela em prática.

  Terminamos o show com total aprovação do público e todos os integrantes pareciam satisfeitos ao se recolherem para o camarim. Vejo meu produtor em um lugar estratégico, chamando a mim e ao Ronnie.

- Tenho uma notícia boa e uma ruim pra vocês, qual vocês querem ouvir primeiro? – Ele diz sorridente. Ronnie olha pra mim e eu dou de ombros, agarrada na garrafa d’água tentando me hidratar.

- Porra, cara! Fala a ruim primeiro então. – Ronnie revira os olhos quando o meu agente abre ainda mais o sorriso.

- Vocês terão que fazer mais músicas.

- C-como é que é? – Eu e Ronnie dissemos juntos. A situação era séria, então não tínhamos tempo para achar isso engraçado. Mas meu agente parecia prestes a gargalhar de alegria. E eu estava prestes a socá-lo por isso.

- Acalmem-se! Eu ainda não falei a boa.

- Então fala, porra! Antes que eu soque você! – Eu cerro meus olhos tento transmitir por eles toda a impaciência que eu sentia.

- Você não faria... – Ele diz, levantando a sobrancelha.

- Eu faria, se ela não fizesse. Agora fala logo essa merda antes que eu coma a sua bunda, e eu realmente espero não ter que fazer isso. – Agora é Ronnie quem levanta a sobrancelha, e parece perfeitamente honesto com o que disse. Meu agente, coitado, arregala os olhos e engole em seco.

- Ok! A notícia boa é que vocês têm mais 40 shows marcados e só nos próximos dois meses! Nós não confirmamos a presença em mais shows porque eles querem mais músicas, e querem elas prontas antes de fechar negócio. É isso, ninguém precisa comer nada e...

- Caralho, o que foi que você disse? 40 shows só nos próximos dois meses? Wow, isso é... isso é... Foda demais!

  Eu não tinha mais palavras pra isso. Caramba! Eram só dois e agora eram 40? Sabíamos que tínhamos ido bem, mas isso foi totalmente imprevisto. Parece que Ronnie e eu tínhamos muito tempo juntos em função de trabalho, ainda. E a felicidade que me invade quando chego a essa conclusão é recebida de braços abertos. Parece que mesmo admitindo apenas pra mim mesma, eu me sinto mais leve. Mais feliz. E antes que eu agarre ele na frente de mais gente do que eu gostaria, ando a passos largos em direção ao camarim. A oportunidade logo chegaria... E eu aproveitaria.

***

  Eu só nunca imaginei que chegaria tão rápido. Na verdade, eu imaginava sim, e eu queria que fosse assim. Ronnie e eu chegamos coincidentemente na mesma hora, mesmo pegando caronas diferentes pra voltar pra casa depois da festa de comemoração. Dessa vez foi uma festa de verdade, com direito a todos da equipe, desde os componentes da banda até o maquiador. Bebemos muito, rimos muito, falamos milhares de coisas idiotas e nos divertimos bastante.

  Ronnie tentou me levar pro banheiro algumas vezes, mas eu não fui. Eu não queria uma rapidinha no banheiro, eu queria uma noite inteira dedicada a isso. Mas é claro que eu não falei nada do tipo e ele com certeza achou que eu ainda não queria nada. Mas isso fazia parte do plano.

  Despedimo-nos dos respectivos caronas e entramos no hotel, pegando o mesmo elevador e ficando em silêncio durante todo o percurso até o sexto andar. Não era um silêncio incômodo, era mais como se não quiséssemos estragar o momento de expectativa. Talvez Ronnie tivesse um bizarro sexto sentido e sentisse o que iria acontecer. Ou era o álcool que estava me fazendo imaginar coisas e o silêncio dele fosse por um motivo desconhecido. Vai saber.

  É o tempo de sairmos do elevador e nossas bocas se juntam desesperadas. Eu não cansaria do seu sabor nem que eu o tivesse beijado milhares de vezes. É irresistível, é alucinante, é o que eu precisei mais do que tudo, mesmo quando me negava a admitir. Meus dedos agarram seus cabelos e suas mãos apertam fortemente minha cintura. Não importa o quanto estivéssemos perto um do outro, era como se nossos corpos quisessem se fundir em um só.  Eu conhecia sua boca como a de ninguém e mesmo assim minha língua não cansava de tentar invadi-la e provocar gemidos nesse homem tão apaixonadamente sexy. Paramos apenas quando o ar se faz necessário e até mesmo a razão me diz que é o certo.

- Onde? – Ronnie pergunta, ofegante. E eu não preciso de mais palavras para entender o que ele quis dizer. Tento acalmar a respiração para conseguir pronunciar a resposta.

- Seu... apartamento.

  E não demora muito pra já estarmos em sua porta, com ele irritado tentando colocar a chave na fechadura enquanto tentava não se desgrudar um milímetro que fosse de mim. Eu ri da situação e peguei eu mesmo a chave para abrir a porta. Impaciente, ele chuta a porta quando passamos por ela sem nem ao menos fechá-la decentemente. Tentamos, aos beijos, chegar no quarto, mas a parte de trás das minhas pernas encontram o sofá e eu acabo caindo, com Ronnie em cima de mim. Rimos quase sem ar e eu tento inverter as posições. Ele parece entender e facilita, me ajudando a deitá-lo no sofá. Eu sou mais leve, era óbvio que era mais fácil pra ele fazer isso. E, sem querer esperar nem um minuto a mais, começo a despi-lo  ao mesmo tempo em que procuro provar cada milímetro do seu corpo. E o sofá acaba sendo o palco do nosso show particular. Do primeiro deles, pelo menos. E quando estamos tão exaustos ao ponto de quase desmaiarmos, ouço Ronnie falar a primeira frase completa da noite.

- Eu te amo, Taylor. Mais do que eu gostaria. – Eu rio fracamente, fechando os olhos e suspirando.

- Eu também te amo Ronnie. Muito mais do que eu gostaria.

  POV RONNIE

  Quando eu acordei e a vi dormindo do meu lado, sem nenhum tipo de maquiagem, com o cabelo desgrenhado e ainda assim parecendo um anjo delicado, eu percebi o quão burro eu fui em acreditar que eu só dormiria uma noite com ela. Era a segunda vez que eu dormia com ela e a vontade de tê-la em meus braços só tinha aumentado. Eu precisava tê-la comigo pra sempre, podendo acariciar o seu rosto, beijar seus lábios, tocar aquele corpo incrível que eu agora conhecia tão bem e, acima de tudo, poder admirar aquele lindo sorriso.

  Eu sabia agora, e não tinha vergonha de admitir para mim mesmo: Eu amava Taylor Momsen, e eu não seria feliz se não acordasse todos os próximos dias da minha vida com ela na cama ao meu lado. Eu havia sido sincero quando disse isso na noite anterior, apesar de naquela hora eu não medir a imensidão de minhas palavras. Eu me sentia feliz, não como um idiota apaixonado. Eu estava me sentindo completo e dane-se o resto. Eu a faria feliz custe o que custasse, porque agora eu era dependente daquele sorriso.

  Chego mais perto dela e a abraço, sentindo-a acordar.

- Puta merda, Ronnie! Me deixa dormir. – Ela fala mal-humorada e eu sorrio.

  Aquela era a minha estúpida, sensível e gostosa Taylor Momsen, e eu a amava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, vai ter um epílogo. Curtinho mais vai. Posto ainda hoje, porque ele tá prontinho aqui, só precisa ser revisado. Eu sei que eu tenho um problema com prazos, mas dessa vez não tem motivo pra atrasar, juro OIEHOIEJROIAJIER :) Mereço alguma review? *carinha do gato de botas do shrek*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Week" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.