Back To Summer escrita por Allie Próvier, Izzi Graham


Capítulo 11
Capítulo 11 - Completo desgosto


Notas iniciais do capítulo

UFA! Finalmente, um novo capítulo, meninas!
Agradecimentos à LuPaz! Capítulo dedicado à você, sua fofa! ♥
Enfim... boa leitura! (:



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Cap. 11: Completo desgosto

Eu não sentia nada.

Não sentia dor, não sentia incômodo, muito menos cansaço. Mas eu me sentia relaxado. Ah, sim. Estava deitado sobre algo macio, fofo e confortável. Mas como eu havia ido parar em algo assim?

A última coisa de que eu me lembro era de estar no box do banheiro... tentando sumir com a dor. E eu estava incomodado, sentado naquele chão frio, sendo o caso perdido que sempre fui.

E agora, aqui estou eu em um lugar quente e confortável.

Eu tentei abrir os olhos, mas eles pesavam. Eu sentia a minha boca seca e gelada. E agora, prestando atenção, há algo no meu braço. Tentei, novamente, abrir os olhos. E consegui, mas a luz branca que os atingiu os fez fechar-se automaticamente.

– Mark?- alguém sussurrou. Logo reconheci a voz.- Mark, abra os olhos. Consegue?- tentei abrir os olhos novamente. Senti a mão da minha mãe envolvendo a minha, fazendo eu me sentir mais reconfortado.

Consegui abrir os olhos, mas demorei um pouco para me acostumar com a claridade. Logo consegui enxergar melhor e vi minha mãe sentada em uma cadeira azul, ao lado da minha cama e de frente para mim, segurando a minha mão. Seus olhos estavam úmidos, sinal de que havia chorado por algo. Mas sua expressão estava completamente séria.

– Mãe...- murmurei, fraco. Minha cabeça parecia que iria explodir!- O que aconteceu?- perguntei, com um pouco de esforço. Fechei meus olhos novamente.- Que dor...- murmurei, respirando fundo.

Ouvi um soluço e abri meus olhos. Me assustei quando vi que o soluço vinha da minha mãe. Ela apertava minha mão com um pouco mais de força.

– Mãe...- sussurrei, começando a ficar preocupado.- O que acon...- ela me interrompeu, levantando-se da poltrona e se sentando na cama, ao meu lado, e rodeando meu pescoço com seus braços. Ela afundou o rosto em meu pescoço, e eu senti suas lágrimas quentes entrando em contato om minha pele gelada.

Eu queria abraça-la. Bem forte. Eu queria lhe dizer que tudo ficaria bem, mas eu não sabia o que dizer. Eu queria lhe dizer para não chorar, mas seria impossível?

Eu não sabia o que havia acontecido, mas sabia que ela estava daquele jeito por minha culpa. Eram raras as vezes que eu a fazia sorrir, e constantemente chorar.

Permaneci daquele jeito, parado, apenas ouvindo minha mãe chorar por minha causa.


Quando acordei, horas depois, me vi sozinho no quarto. Pela janela, vi que já estava escuro. Devo ter dormido durante a tarde inteira...

Mais cedo, depois da minha mãe ter parado de chorar, ela me contou o que havia acontecido.

Ela me disse que quando chegou em casa, foi me chamar no quarto, mas eu nada respondia e a porta estava trancada. Então, ela pegou a cópia da chave do meu quarto que ela tinha e abriu a porta. E me achou no banheiro.

Eu estava desmaiado no box, com a droga na mão e o nariz sangrando. Minha mãe me pôs no carro e me trouxe correndo para o hospital. E aqui estou eu. Parece que fiquei desacordado por uns 2 dias...

Ela me perguntou o motivo pelo qual eu fiz aquilo. Eu me fiz a mesma pergunta.

Mas eu queria ficar longe da dor e da frustração. Queria me livrar da vergonha, manda-la para longe de mim. E funcionou, mas apenas durante os minutos antes do desmaio. Porque a verdade é que doeu. Doeu tudo o que Summer me disse, doeu saber que confiei cegamente em Christofer. Doeu continuar me preocupando com a situação de Summer, mesmo depois de tudo o que ela me disse.

E eu não sabia o que fazer. Não sabia o que falar.

Não sabia se era certo ne preocupar com Summer que, aliás, deve estar no quarto ao lado.

Tudo se misturava dentro de mim, fazendo-me sentir vontade de bater a cabeça contra a parede. Porque não era nem um pouco justo eu me mudar para uma cidade diferente, com o objetivo de me recuperar e acabar me ferrando ainda mais. Eu queria apenas ficar na minha, acabar o colegial em paz e logo sair daquele lugar. Eu só queria fazer as coisas certas pelo menos uma vez na vida.

E por causa do meu envolvimento com Summer, tudo foi por água abaixo. Eu queria uma vida pacata, sem grandes emoções. É pedir demais?

Mas eu já sabia o que fazer: eu iria passar a ignorá-la. Eu iria fingir que não a conhecia, iria fingir que nada aconteceu. Era o melhor a fazer.

– Toc, toc!- ouvi falarem.

Olhei para a porta do quarto e vi minha mãe sorrindo.

Elena Campbell: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48549549&.locale=pt-br

Sorri fracamente, mas meu sorriso morreu quando eu vi quem estava atrás dela. Instantaneamente fiquei com raiva.

Charlie Campbell: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48546798&.locale=pt-br

– Oi, filho. Como voc...- o interrompi, com as mãos em punho.

– O que você faz aqui?!- o clima que estava tenso, ficou quase palpável.

Ele ficou quieto, parecendo estar sem graça.

– Vai ficar com essa cara de idiota?!- perguntei, praticamente gritando.

Ele suspirou, dando um passo a frente.

– Mark, fale direito com seu pai.- minha mãe falou, em tom de sermão. Eu ri, realmente achando graça.

– Falar direito? Com esse troço?

– Tem como ser mais desagradável?- ele perguntou, começando a ficar vermelho de raiva.

– Tem sim. Sai daqui porque você não serve para merda nenhuma!-

– Mark!- revirei os olhos. Por que minha mãe insistia para eu tratar bem aquele homem?

– Elena, está tudo bem. Já me acostumei.- ele disse.

Bufei. Era a cara dele fazer isso. Se fazer de coitado, de vítima.

– Eu só viajei durante 6 horas até aqui para ver o meu filho está bem.- ele disse, cruzando os braços.

Eu ri, recebendo outro olhar reprovador da minha mãe.

– Viajou esse tempo todo porque quis. Não te pedi para vir!- falei.

Charlie, o Psicólogo problemático e cínico que eu tenho que chamar de pai, suspirou, passando as mãos no rosto.

– Filho, por favor...- ele começou. O interrompi, sentindo uma pontada na cabeça.

– Para, eu não quero... eu não vou conversar com você, ok? Some daqui!- seus olhos brilharam, começando a lacrimejar.

Minha mãe ficou apenas observando, a tristeza estampada em seu rosto.

– Elena, eu já vou. Se cuide, ok? Qualquer coisa, me ligue.- Charlie disse, logo saindo do quarto.

Minha mãe permaneceu onde estava, apenas me olhando. Eu sabia o significado daquele olhar, e sabia exatamente o que ela iria falar quando abriu a boca, por isso, a interrompi.

– Não adianta, mãe. Você quer que um cara que te espancava me ensine a não fazer merda?! A não cometer erros?!

– Exatamente! E sabe por que? Porque ele é o seu PAI!- ela disse, séria.

– Pai? PAI? Aquele troço nã...

– Aquele TROÇO não, Mark! Aquele HOMEM é o seu pai, e se a cena de minutos atrás se repetir, você pode dar adeus à sua casa nova, à sua escola, aos seus novos amigos e à mim, porque se você não respeitar seu pai, irá morar com ele!- engoli em seco, sentindo a raiva da minha mãe indo diretamente em mim.- Ele viajou até aqui para te ver! Não poderia mostrar o mínimo de consideração?

Bufei, ficando em silêncio por alguns segundos. Logo falei:

– O que você viu nele, afinal?

Minha mãe deu um sorriso triste, se aproximando da cama e segurando a minha mão.

– Ele é uma boa pessoa, querido. A bebida é que o estraga.- ela falou.

Revirei os olhos.

– Se eu pudesse lhe dar um pai melhor, eu lhe daria, filho.- ela disse, dando um pequeno sorriso.

– Você pode.- murmurei, olhando para o outro lado do quarto.

– E quem se candidataria?- ela perguntou, risonha.

De repente, a porta do quarto se abriu.

Bom dia, pessoas lindas!

E Christofer McLean estrou em cena.





Para o meu completo desgosto.





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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! *--*
Aviso a minha queridinha March Sendou: quero meus filhos, ok?
Deixem reviews! Tentarei não demorar!
Mil beijos' ;*
P.S: Para quem ainda não sabe, fiz um blog! Postarei avisos e prévias lá, ok?
Link: sonhos-em-palavras.blogspot.com