Fiquei para em choque.

-Senhora? Ainda esta aí?

-Sim. Como assim morte cerebral?

-Ela chegou aqui de madruga. As 2:00.

-O que? Esqueça estou indo pra aí agora.

Olhei pras minhas roupas e antes de sair peguei meu celular e disquei aquele numero que procurei realmente evitar.

-Alo?

-Alo, quem fala?

-Frederick? Frederick Chase?

-Sim. Quem fala?

-Aqui é Annabeth, sua filha.

A voz do outro lado ficou muda e sai de casa.

-Annabeth? É você?

-Sim.

Consegui um taxi e falei para ele o nome do hospital.

-Você teria com vim para NY agora?

Falei sem ter esperanças. Meus olhos ardiam por causa das lagrimas que estavam prestes a cair.

-Sim. Annabeth, o que esta acontecendo?

-Minha mãe, ela..........

Não consegui completar a frase.

-Ela....?

-Minerva esta morta.

Fiquei ofegante e comecei a chorar silenciosamente.

-Eu....estou indo pra ai agora.

A linha caiu e o Taxi chegou no grande hospital com aparencia de igreja.

-São 10 dolares.

Sai do Taxi que ficou gritando que eu tinha que pagar. Fui até a recepção e procurei informãções de Minerva Chase.

-Ela esta no quarto 403. Você é quem?

-Eu sou Annabeth Chase. Filha dela.

O olhar da atendente se tornou solidario.

-Eu sinto muito.

-Não sinta.

-É no quarto andar.

-Se um homem chamado Frederick Chase chegar aqui, peça para me avisarem.

Ela assentiu e fui até o elevador. Ele demorou a chegar e quando chegou estava lotado.

-Pode entrar garota.

Ouvi a voz mais não vi quem tinha falado. Entrei no elevador e passamos por todos os andares antes de chegar no 4°. Sai do elevador correndo e quando cheguei no quarto 403, fiquei encarando a porta. Uma enfermeira saiu de lá e entrei.

Ela estava deitada na cama e parecia tão..... quieta.

-Oi mãe.

-Você tem 1 hora para se despedir. Depois vão leva-la para o necroterio.

A enfermeira fechou a porta e desabei na cadeira que estava ao lado da cama.

-O que aconteceu? O que você dessa fez?

Comecei a chorar com o rosto enterrado nas mãos.

-Eu sei que não era muito comunicativa mais..... O que eu fiz de errado? Acorda! Eu não vou conseguir! Por favor!

Antes que percebe-se, estava sacudindo Minerva pelos ombros.

-Fala comigo! Diz alguma coisa! Reclama que minha roupa tá uma droga.

Parei de sacudi-la e fiquei chorando ao lado da cama.

-Por que?

Olhei seu rosto de estrela de cinema e chorei mais. Fiquei assim por mais ou menos 30 min. Ouvi uma batida na porta, era Frederick. Abri a porta e fiquei surpresa por ele ter me abraçado.

-Ela.....esta morta.

Falei com o labio inferior tremendo.

-Eu sei.

Me desvencilhei dele e sai da sala. Sentei em uma cadeira de espera e fiquei encarando a parede.

-Annabeth?

Olhei para o lado e Thalia estava sentada do meu lado com um enorme curativo na esta.

-O que aconteceu com sua testa?

-Minha mãe....exagerou.

-Eu queria que minha mãe exagerasse.

-O que aconteceu?

Fiquei em silencio.

-Ela.....morreu.

Thalia ficou em silencio abrindo e fechando a boca.

-Eu.....sinto muito.

Voltei a encarar a parede.

-Sinto muito por você tambem Thalia.

-Que nada! Eu só tive que tomar alguns pontos. Percy foi na lanchonete comprar alguma coisa pra gente.

-Percy esta aqui?

-Ele que me trouxe.

Fiquei pensando se Thalia estava realmente brincando quando falou da "Nossa linda historia de amor". Esquece, deve ser bobagem da minha cabeça.

-Ah!

Continuei fitando a parede. Uma enfermeira entrou no quarto seguida de dois homens.

-Espera um pouco Thalia.

Me levantei da cadeira e entrei no quarto.

-O que vocês estão fazendo?

Perguntei.

-Vamos leva-la para o necroterio.

Meu olho esquerdo tremeu e Frederick me tirou do caminho para a maca passar. Fiquei observando enquanto eles levavam Minerva para o necroterio.

-Vá para casa Annabeth. Eu cuido do resto.

Sai da sala contra minha vontade e Thalia veio até mim. Se não fosse por ela, teria caido ali mesmo.

-Vamos, eu te levo pra casa.

Fiquei com os olhos fechados durante todo o trageto até minha casa.

-Chegamos.

Abri os olhos e fiquei encarando o corredor.

-Vamos! São apenas alguns passos.

Andei lentamente até meu quarto e me joguei em minha cama.

-Eu ja vo-

-Fica. Pode dormir no quarto dela.

Não vi qual foi a reação de Thalia, mais ouvi alguns passos e a porta sendo fechada.

-Eu não acho que ela esteja em condições de ir para a aula hoje.

Falou uma voz feminina.

-Você mesma falou que ela não era tão apegada a mãe.

Abri os olhos e vi uma mulher e Frederick discutindo no meu quarto.

-Quem é você?

-Eu sou Cristine.

-E.....?

-Eu sou sua madastra.

Me levantei e percebi que ainda estava com o vestido.

-Sai do meu quarto. E você tambem Frederick.

-Mais respeito comigo. Eu sou seu pai.

-Que deu o fora na primeira oportunidade. Agora, eu preciso repetir?

Relutante, eles sairam do meu quarto e bati a porta com todas as minhas forças. Eu vou para a escola.

Olhei o relogio que estava do lado da cama e vi que ainda era 6:30 da manhã. Fui até meu guarda roupa e retirei a melhor roupa que consegui:

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=42710187&.locale=pt-br

   Depois, coloquei meu maio dentro da mochila e abri a porta.

-Bom dia Annabeth.

Falou Thalia passando por mim.

-Você dormiu aqui?

-E peguei uma roupa sua. Espero que não se importe.

Dei de ombros e fui para a cozinha. Peguei um pacote de bolachas e sentei no sofa para ver televisão. Tava passando jornal, beleza.

-Margareth Chase morreu ontem de madruga-

Desliguei a televisão e Thalia se sentou do meu lado.

-Você não precisa ir para a escola hoje.

-Não. Eu quero ir.

Me levantei do sofa e fui no banheiro. Foi a primeira vez em muito tempo que passei maquiagem para esconder o nariz vermelho e as olheiras. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fiquei observando meu rosto no espelho.

Não que eu não fosse bonita. Mais minha ultima ida ao topo não foi muito bem.

Mais aqui em Nova York, as coisas são diferentes. Eu estou decidida.

Eu vou chegar ao topo novamente. E nada nem ninguem ira me impedir