Dirty Little Princess escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 32
A parede e o algodão doce


Notas iniciais do capítulo

NA/ Título esquisito eu sei, mas depois de ler o capítulo eles faz total sentido, mesmo que continue sendo um pouco retardado.
Boa leitura!



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POV HUGO

Andei calmamente pelo castelo pensando em Heloíse Chase, o que não era novidade alguma. Era só o que eu fazia ultimamente. Heloíse era uma garota especial. E por mais que todos falem pelas minhas costas que para mim TODAS as garotas são especiais, eu não podia fazer nada quanto a isso. Mas Lise era diferente, ela era especial para mim de um jeito diferente. Se me pedissem exatamente como ela era especail, nem eu saberia descrever. Ela apenas era.

Eu sempre fui um cara indeciso, todos sabem disso. Para a infelicidade de meus amigos e a minha própria eu nunca soube exatamente o que escolher, o que decidir.

Isso sempre foi algo terrível, que costumava e ainda costuma me deixar absurdamente aborrecido. Afinal, como posso ser tão indeciso? Como?

Ah, mas se antes as coisas eram ruins depois que comecei a notar as garotas como algo a mais do que parceiras para jogar quadribol ou se divertir conversando e badernando por Hogwarts é que as coisas começaram realmente a se complicar. Porque imagina se Hugo Weasley seria capaz de ser decidido e tomar atitudes corretas uma vez na vida!? Não, é claro que não.

E ai, se toda essa minha confusão de sentimentos não fosse o suficiente surgiu ela. Na verdade, a palavra correta não seria surgiu, já que ela sempre esteve presente. Lily Potter. Uma garota completamente maravilhosa. Porque ela era tudo o que eu nunca fui. Ela era corajosa, decidida, sem medo de enfrentar a vida e buscar o que queria. Ela aquela pessoa que eu sempre podia contar, independente da razão que fosse ela sempre estaria presente. Era a minha melhor amiga. E também a minha prima.

Porque é claro que neste mar de confusões eu tinha de gostar de alguém que realmente não deveria. Não por ela não ser perfeita, porque ela era. Porque ela ainda é aos meus olhos, e também sempre será. Mas por ela ser da família, e havia algo de completamente errado nisto.

Ri dos meus pensamentos. Na maioria das vezes eu acabava não pensando em minhas atitudes e quando via, já estava em uma enrascada sem volta. Por não saber o que fazer eu magoei Lily e por agir quando achei necessário acabei com a minha relação com a Lana.

Lana. Seu nome ecoou em minha mente me fazendo dar um suspiro ressentido. Não tinha sido a minha intenção magoá-la. Nunca fora. E este é o problema, por mais que essa não seja a intenção eu sempre pareço acabar magoando alguém.

Subindo as escadas para a torre de astronomia pensei em minha ex-namorada. Ela também era especial.

O problema é que todas eram. Lily era a corajosa, Lana a astuta e Lise... Lise era a Lise e isso já significava tudo.

Ela me esperava como o combinado. Assim que a vi, um sorriso involuntário apareceu em meu rosto e para meu deleite a própria garota também abriu um lindo sorriso.

Sem me conter comecei a caminhar mais rápido, ela em resposta veio em minha direção até que finalmente pude abraçá-la. Heloíse Chase era tão pequenina que desaparecia em meus braços, após finalmente soltá-la permaneci segurando sua mão entre as minhas. Olhando em seus olhos senti uma estranha euforia que sempre me preenchia quando ela estava próxima.

–Por que demorou? -Me perguntou ela.

–Estava com a Lily, nós conversamos um pouco. -Respondi tentando não me sentir tão constrangido em falar dela para Heloíse. Afinal elas eram amigas e Lily sempre seria a minha prima. Lise me encarou, a garota a minha frente franziu o rosto ao dizer.

–Ela está brava comigo, fui bem dura com ela mais cedo. - Sua voz soava meio sem emoção, como se constatasse um fato e não pudesse fazer nada sobre o mesmo.

–O que aconteceu? -Pedi começando a me preocupar.

–Lílian apenas precisava ser lembrada que nem todo mundo consegue ser como ela. -Explicou Lise enquanto acariciava minha mão dando voltas com seu polegar.

–Acha que ela está brava conosco? - A pergunta simplesmente escapou, era indiscreta eu sabia, por outro lado me congratulei por conseguir verbalizar o pensamento. Afinal, eu me preocupava com Lily, não queria desestabilizá-la mais ainda em seu período de recuperação. Não estava sendo fácil para ela, qualquer um podia ver isso.

–Acho, mas eu realmente penso que Lílian está mais magoada do que com raiva. Mas não tenho certeza. Acho que talvez ela tenha convivido de mais com a Sara! – ao ver minha expressão confusa acrescentou- Não quer demonstrar o que realmente sente. - Falou soltando-se de minha mão e indo até o observatório onde um vento implacável castigava seu rosto delicado.

–Volta pra cá! Está frio aí Lise! -Reclamei. Como de costume ela foi teimosa e fingiu não me escutar, ela parecia um anjo caído, o vento a castigava com intensidade e senti medo que o mesmo sopro que a trouxe até mim a levasse de volta. Ou pior, que eu fizesse alguma coisa que acabasse realmente magoando-a e ela se afastasse de mim por opção. Levando meu histórico de relacionamentos em conta isso não seria difícil.

Havia algo de mágico em Heloíse, algo de puro, algo que a tornava especial, dentre as trevas ela era um sopro de luz e vida, mesmo que incompreendida. Eu sentia a necessidade de protegê-la, era como se sem mim ela fosse estar perante a um perigo terrível, ás vezes ela aparentava ser tão frágil. Mas o que mais me surpreendia é que a mesma garotinha boba se transformava nos momentos sérios e era direta em suas palavras, entendi porque Lílian devia ter se magoado. As palavras feriam, machucavam mais do que qualquer outra coisa. Ainda mais quando estas vinham de pessoas amigas. Pois os amigos devem querer apenas o nosso bem, e ao recebermos o aviso de que estamos falhando em algo não de um inimigo, mas de alguém que amamos. Nós sentimos que não há muito o que fazer a não ser aceitar que realmente erramos em algo, ou que a pessoa que nos julgou concebeu nossos motivos de maneira errônea.

Sem poder ficar mais tempo longe dela, fui eu mesmo até o observatório e percebi que ela sorria de olhos fechados, para minha surpresa o vento ali não estava frio como deveria, pelo contrário. Era quente e úmido com um cheiro de sal. Um cheiro de mar.

Abri os olhos chocado com aquilo, era impossível, nós estávamos em março ainda não estava tão quente, além disso nada explicava aquele cheiro, aquela maresia intensa e agradável.

–Lise, o que é isso? -Cara eu estava apavorado, quem não estaria, era a coisa mais estranha que eu já tinha sentido.

–Mágica Hugo, isso se chama magia. -Respondeu ela finalmente abrindo os olhos, que estavam lacrimosos, e assim que o fez o vento quente sumiu dando lugar a um frio insuportável. -Vem, vamos voltar pra dentro. -Chamou ela me estendendo a mão.

–Eu já me decidi Hugo, já decidi o que vou fazer quando Hogwarts terminar. -Começou ela parecendo levemente entristecida enquanto me puxava pra dentro da torre. -Eu vou embora, vou conhecer lugares, vou trabalhar onde puder e onde quiser. Vou descobrir meu lugar no mundo.

–O que? Você não pode ir Lise! Você não pode nos deixar! Não pode me deixar! -Implorei encarando sua face delicada.

–Eu nunca antes tinha me sentido tão feliz em uma escola, talvez se meu pai tivesse me mandado pra cá logo de início as coisas seriam diferentes. Você tem noção do que foi minha vida até agora?

Antes que eu pudesse tentar responder ela continuou.

–Eu tenho sido mandada de um canto pro outro contra a minha vontade desde que me entendo por gente.

–Então para! Para de ficar rodando por aí e fica aqui. -Pedi segurando sua mão com mais força.

–Não há nada aqui. Lílian vai pra Paris, Sara irá pra Rússia e Hogwarts acaba em Julho. Não há mais nada aqui pra mim.

–EU ESTOU AQUI! - Gritei pra ela sem poder segurar essa necessidade de tê-la perto de mim.

–Não por muito tempo. Posso não concordar inteiramente com Lily a seu respeito, mas até a boba da Heloíse Chase reconhece que está na hora de você decidir o que quer. -Foi como um tapa em meu rosto. Assim como todos os outros ela me cobrava decisões, como sempre as palavras fugiam e eu simplesmente não sabia o que fazer.

–Olha Hugo, eu sei que não tenho o direito de te cobrar nada, mas eu quero te dar uma opção. Quero que vá comigo.-Pediu ela me encarando.

Demorou um tempo até que eu conseguisse raciocinar quanto a isso, ir com ela? Meus pais nunca aceitariam, minha irmã me chamaria de ogro idiota, Sara diria que eu era um imaturo e Lílian nunca me perdoaria.

–Ir com você? Fazer o que? -Perguntei.

–Vamos descobrir quando chegarmos lá. - Falou Heloíse com um sorriso.

–Pra onde? -Perguntei novamente com medo de sua resposta.

–Vamos descobrir quando chegarmos lá. -Bom, eu devia esperar por essa resposta enigmática e tão a cara dela.

Fitei seus olhos grandes e cinzas e logo encontrei aquele tom opaco que me permitia saber que apesar do aparente brilho ela sofria muito por algo, ou alguém.

Lily tem olhos de um tom castanho. Eles costumavam demonstrar carinho e coragem.

Lana tem olhos azuis angelicais. Eles costumavam me encarar com um olhar instigante e astuto. Era como se ela esperasse que eu fosse desafiá-la.

Lise tem olhos cinzas. Que às vezes estão irradiando felicidade. Mas isso é raro. Na maioria das vezes ela aparenta estar feliz, mas as suas orbes cinzentas não mentem. O vazio não é facilmente mascarado.

Dei um passo à frente me aproximando ainda mais dela, já sentia seu cheiro doce, nós nunca tínhamos nos beijado. Parece besteira, mas em tempos como hoje em que é tão fácil ficar com alguém parecia quase especial ainda não tê-la beijado.

–Olha é só uma opção, eu quero que você pense bem nela, quero que avalie suas outras opções antes de se decidir. Eu realmente acredito em você Hugo.

Foram suas últimas palavras quem me tocaram, ela acreditava em mim. Por quê? Por que ela acreditava em mim?

Eu era um idiota indeciso, não havia nada de especial comigo exceto o fato de me envolver com garotas de mais.

Ninguém nunca acreditava em mim.

Lílian, ela acredita em você também.

A voz da consciência praticamente gritou em minha cabeça, sim minha prima também confiava em mim. Era isso que ela tinha dito ao me dar o distintivo de capitão. Elas confiavam em mim, droga! Eu conseguiria? Eu podia tentar?

–O que foi? -Pediu Lise, e então me toquei que devia estar sorrindo como um idiota.

–Você realmente confia em mim? -Perguntei novamente encarando seus olhos com mais intensidade que julguei possuir algum dia.

–Sim Hugo Weasley eu acredito em você!- respondeu prontamente sem hesitar.

–Viu, eu disse que você era a minha solução Heloíse! -Falei antes de finalmente selar meus lábios ao seu.

Quase não acreditei no que sentia, nunca antes foi tão fácil, simples ou sublime beijar uma garota. Quando era Lílian eu sentia aquele sentimento delicioso de estar fazendo algo errado que me motivava, quando estava com Lana eu mesmo não me reconhecia tamanha a paixão entre nós.

Heloíse porém, era linda, era fácil beijá-la, era delicioso e doce como algodão doce. Idiota eu sei, mas ela tinha gosto de algodão doce, delicada, macia, porém sem nunca se tornar enjoativa.

Foi ela quem empurrou meu peito, eu poderia ficar ali eternamente com ela, poderia prendê-la ali e nunca mais libertá-la, naquela noite ela me dera muito mais que um beijo. Dera-me confiança, uma nova e renovada confiança que eu não iria desperdiçar.

–Não, isso não tá certo. É tudo recente de mais Hugo, Lílian precisa da gente e por mais que eu também precise de você, é ela quem precisa se recuperar. Acredite eu sei o quanto dói ter que se tratar, já perdi algo também. -Despejou ela de uma vez.

–Eu sei, me desculpe. -Falei lamentei envergonhado. Mas de forma alguma arrependido.

–Droga! Não peça desculpar por ter me beijado! -Disparou ela me dando tapas no braço me fazendo rir.

–Ok, não vou pedir! Chega, para com isso! -Pedi segurando seus pulsos e vendo um sorriso surgir entre seus lábios grossos e delicados.

–Promete que vai pensar? Promete que vai pensar na proposta que eu te fiz? -Ela me pedia fazendo uma cara de boneca que quase me fez beijá-la de novo.

–Sim, prometo, mas antes eu tenho um jogo de quadribol pra vencer. -Sorri pra ela e nunca antes me senti tão confiante que eu podia cuidar daquele time.

Lílian tinha razão, agora eu era o capitão e mesmo que eu ainda fosse querer a ajuda da minha prima estrategista um orgulho estranho me preencheu o peito como um leão vaidoso rugindo. Me senti mais grifinório do nunca, me senti corajoso e confiante.

Afinal, elas confiavam em mim, que mal tinha eu começar a fazer o mesmo?

POV LILY

Ainda estava hiperventilando quando percebi que Lana me encarava sem entender o que estava acontecendo, tentei parecer menos suspeita, porém o próprio David parecia com dificuldade em fazer isso.

Era de se esperar que tendo vários aurores na família e dois irmãos mais velhos eu fosse me sair melhor em disfarçar coisas que eu não queria que os outros soubessem. Mas é claro que não, e dessa vez eu nem poderia culpar o acidente, sempre fui tão dotada artisticamente quanto o Alvo é dotado em sua espontaneidade para com estranhos.

–Então? Por que você estava encarando a Lílian no café da manhã? -Perguntou a loira de modo incisivo. Alguém realmente deveria ensina-la que não é correto fazer perguntas tão diretas. É muito rude de sua parte me por na parede se considerarmos que eu apenas não fugi ainda devido ao meu estado não saltitante, que dirá correndo.

–Ora não é óbvio? -Começou ele finalmente parando de me encarar, claro que eu estava toda "COMO ASSIM É ÓBVIO?". Ele devolveu o com um olhar semelhante. O que? Ele queria que eu inventasse uma desculpa agora? Qual se é a vantagem em ficar com um cara mais velho se quando é para ele exercer seu conhecimento de vida e arrumar umas boas desculpas ele não consegue?

Se bem que David aparentava ter um bom conhecimento de vida... Principalmente na questão pegada. Talvez ele não gostasse de ser colocado contra a parede desta forma. Se bem que eu tenho algumas ideias de como colocá-lo contra a parede que tenho a impressão que seriam de seu imenso agrado...

Sacudi a cabeça tentado me livrar de tais pensamentos absurdos e impróprios para o momento. Por mais que David estando tentadoramente próximo e a parede fosse uma fonte de ideias "interessantes" eu deveria me concentrar na conversa.

–Por que seria? -Perguntou Lana.

–Bom, vocês chegaram quase ao mesmo tempo no salão principal, imaginei que fossem amigas, mas achei bem estranho ela estar na mesa da grifinória. Me chamou a atenção, apenas isso.

O encarei com uma cara de "Você não acha que ela vai acreditar nessa desculpa fajuta, acha?". Até eu que estava perdida tendo sérios devaneios com a parede percebi o quão ridícula fora a sua resposta.

Bom, Lana era loira, mas não era burra, está certo que tecnicamente ela não era loira, mas pra quê se ater aos detalhes?

–Sério Davi? Você quer que eu acredite nisso? É mais fácil você ter reparado nela porque ela é gostosa do que por qualquer outra coisa! - Desdenhou a sonserina me deixando vermelha imediatamente, será que dava pra ela ser mais direta? Mais uma vez rude. Muito rude mesmo, sério minha cara Lana, se depois desta conversa eu não sair morta vou te dar umas dicas de sensibilidade em conversas delicadas.

–Não, claro que não! Quero dizer não que ela não seja gos...

–Ok, chega! Vou acreditar na primeira desculpa mesmo. -Falei interrompendo David antes que ele falasse de novo a palavra com "G" e eu explodisse de vergonha, ou pulasse em cima dele, vai saber como eu reagiria?

Afinal se alguem estava merecendo a palavra com G esse alguém era ele, nunca reparei como camisas podem ficar bem, nunca mais vou olhar pra um garoto com uniforme de quadribol e achar atraente. Não depois de ver David Prescott vestido de professor certinho, praticamente pedindo para ser desalinhado... E a ideia de pular em cima dele me parecia cada vez mais tentadora...

OK! CHEGA LÍLIAN! RESPIRA E SE CONTROLA!

Só pode ser influência da Lana, eu não era assim...

–Hei Lílian! - A voz de Hugo Weasley me despertou, meu primo caminhava em nossa direção ao lado de Heloíse que analisava a cena com curiosidade, na verdade ela encarava David com muita curiosidade.

Olhei pro meu novo professor e para o meu desespero ele também a encarava! Não ele também? Já não bastava o Hugo?

Eu sei que os cabelos dela são realmente interessantes, mas OI!!! Olha a ruiva aqui! Cabelos vermelhos também são legais!

David deveria estar se concentrando em minha maravilhosa pessoa aqui. Aonde aquela conversa sobre o meu alto nível de gostosura tinha ido parar? Eu estava quase jogando-o na parede, só que agora por motivos completamente diferentes.

Se ele não parasse de encará-la logo teria de adotar medidas extremas e pintar meu cabelo de verde limão para chamar a sua atenção! Não era justo que Lise aparecesse e todos os caras do sexo masculino passarem a querer adotá-la. Aleatóriamente me veio a imagem de Alvo fugindo de Lise. Meu irmão era realmente um cara exemplar. Estes dois tronquillos a minha frente deveriam tentar aprender algo de útil com meu irmão. Com o Alvo para deixar bem claro, não acho que ninguém além de James realmente precise saber as vantagens e desvantagens de praticar a sua corrida matinal com a sua samba canção de mini pufes da sorte.

–E aí? O que é que tá pegando? -Perguntou o garoto. Hugo parecia alheio à tensão a sua volta. Se antes Lana parecia disposta a bater com a cabeça das pessoas na parede agora parecia quere arrancar a cabeça de todos com as suas unhas de esmalte vermelho e muito bem cuidadas.

–Nada não ex-namorado, pode voltar pra sua sala comunal com a esquisita. -Desdenhou Lana soltando seu veneno pra cima do casal.

–Lana! -Falei em tom de repreensão, ela apenas revirou os olhos e cruzou os braços, porém percebi que não parecia se sentir a vontade na presença de Hugo. Bem eu ambém não me sentia a vontade com a presença de seu irmão na discussão. Apesar de que eu acho que ela não estava exatamente não a vontade por conta de uma quase incontrolável vontade de agarrar a pessoa que NÃO DEVIA SE APOIAR DE MANEIRA TÃO SEXY NA PAREDE!

–Ignore-a. - Disse meu primo sem parecer constrangido por estar perto da ex, olhando para o professor continuou. -E então, já em problemas com poções Lily?

–Por que ela teria problemas? -Rebateu David me fazendo corar totalmente, pobre coitado mal sabia o que o aguardava.

–David a pergunta correta é, por que ela não teria problemas! Lílian é péssima em poções. -Informou Lana, fiz uma careta pra ela e antes que eu pudesse formular uma resposta, Hugo perguntou.

–Por que chamou o professor pelo primeiro nome? Já o conhecia Prescott? -Impressão minha ou senti uma leve pitada de ciúmes na pergunta dele?

Fiquei com mais vontade ainda de sair correndo para um dos incontáveis cantos obscuros do castelo. De preferência arrastando o meu professor comigo.

Lana e David tiveram uma breve troca de olhares, percebi que a sonserina não queria que a escola soubesse que ele era seu irmão mais velho, porém Heloíse foi mais rápida.

–Ele é irmão dela. -Todos a encaramos ao mesmo tempo, Lana parecia querer voar no pescoço dela, David sorria carinhosamente e eu fiquei completamente chocada por ela saber disso.

–Não, não é não! -Discordou Hugo.

–Sim ele é. -Reafirmou Lise.

–Não pode ser! Passei uma semana na casa dela durante as férias e nunca ninguém mencionou ele. -Disse Hugo ceticamente olhando para o moreno com certa desconfiança.

–David fugiu de casa com 17 anos, negou o nome e a herança. -Esclareceu Heloíse e eu só imaginando como ela podia saber disso tudo!

–Pensei que não me reconheceria pimentinha. -Falou David sorrindo ainda mais para minha amiga de cabelos róseos, Hugo em um gesto possessivo segurou a mão dela.

–Espera! Vocês se conhecem? -Perguntei chocada.

–Lílian, eu comentei com você que fui educada por uma tutora. Aprendi tudo sobre as famílias nobres da grã-bretanha.

–Pimentinha? Ela é a garotinha que sempre cuspia no chá da vovó? -Perguntou Lana erguendo uma sobrancelha, não contive um sorriso ao imaginar uma Heloíse criança aprontando em um salão nobre. Apesar de que acho que ela não se importaria de ainda hoje cuspir no chá de alguém que a incomode.

–Eu mesma Prescott, achei que já tinha me reconhecido. -Respondeu minha amiga dando ombros.

Ainda estava um pouco chocada com aquela enxurrada de informações, era de mais para apenas um dia, graças a Merlin Hugo com seu ciúmes me poupou do trabalho.

–Hum, então vamos voltar para o salão da grifinória? -Pediu meu primo quase arrastando Lise. Acho que nunca gostei tanto das ideias de Hugo quanto nesse momento.

–SIM! -Falei alto de mais fazendo com que todos me olhassem como se eu fosse à louca da machadinha. Apesar de que eu colocaria a ruiva da parede, seria mais coerente com a realidade -Eu tenho dever pra fazer, vamos logo?

–Claro, vamos voltar. Boa sorte com as aulas David. -Falou Heloíse se despedindo e seguindo Hugo, sem querer falar nada dei um tchauzinho para os irmãos e quase voei de encontro a Hugo e Lise. Quando achei que estava em segurança ouvi a voz aveludada e melodiosa de David Prescott.

–Vejo vocês na aula, senhorita Potter se precisar de algumas aulas extras sabe onde me encontrar! -Virei meu rosto a tempo de vê-lo piscar pra mim.

AH MERLIN! Senti meu rosto queimar de vergonha, não sei como conseguiria assistir as aulas de poções dali pra frente, se antes eu não me concentrava imagina agora como ele na sala?

Ah eu estava ferrada, muito ferrada! Como se ainda não bastasse ele era irmão da Lana, como ela reagiria ao saber que tínhamos nos beijado na noite passada?

Como minhas amigas reagiriam se descobrissem? Só de pensar nos gritos da Sara eu já ficava com dor de cabeça.

Um sorriso involuntário veio aos meus lábios. Hugo e Lise me encaravam curiosos. Os ignorei e segui em frente.

Porque a vida é muito bela e as paredes mais ainda.

Há certas coisas que uma garota deve guardar só para si, imaginei que essa fosse uma delas.



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Notas finais do capítulo

NB/ Oi pessoal, saudades de vcs *--* E ai, o que acharam do cap? Eu gostei bastante!!!
Hugo aparentando ser um pouco mais profundo que uma colher de chá(:O, sim também estou chocada!). E Lily tendo crise com as proximidades da parede, (que fiquei bem claro que é só da parede, nada a ver com um certo professor de poções, ok?)
Esperando muitos comentos para que eu e a autora passemos o intervalo das aulas nos vangloriando que temos sim reviews do cap para ler! E a outra metade discutindo sobre quem deve responder. Nos desculpem pela demora neste caso, mas é que com a auto escola e o cursinho as coisas ficaram um pouco mais complicadas no quesito tempo. Mas não deixem de comentar, pois sempre lemos tudo o que vcs nos escrevem e eventualmente acabaremos respondendo (no caso após uma longa discussão para ver quem tem mais remorso, a autora ou a beta. Podem notar e quem assinar a resposta será a pessoa digna do troféu remorso de autoras relapsas!)
Bjs da beta,
Milady Black
NA/ Olá como estão? Espero que tenham apreciado o capítulo, confesso que esse foi complicadinho de escrever, tomara que mesmo assim tenha conseguido deixá-lo legal! Bom quanto as respostas dos reviews, vocês não vão querer que eu responda, a Mila é muito mais divertida! #milaresponde
Não se eaqueçam de comentar muito, eu amo ler os reviews quem ainda não recomendou que tal me deixar feliz? Drama mode on - sabem que eu acabei de reprovar no teste prático do detran e estou muito muito mal...que tal uma recomendação nova? - drama mode off!
Beijos
Loreline Potter



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