A Lenda Continua escrita por SamHylia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que não posso. Então porque sinto que preciso ir lá?



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"- Hoje é um dia especial... Quando minha pequena neta se tornará a princesa da família real... Como diz a tradição, a princesa será a joia mais preciosa que poderemos ter... Cuidaremos dela com todo nosso carinho... Saria – coloca a coroa em sua cabeça – Agora você é a nova princesa da família real Hylia. Parabéns minha doce menina – sorri com lágrimas."




Saria em lágrimas abraça seu avô... E em seguida seus pais.

Sua mãe acaricia seu cabelo, a abraça e diz: - Minha filha, você é um prodígio para nossa família. Jamais pediríamos que fosse diferente. Parabéns minha linda princesa, sei que será a melhor delas – chorava.

E seu pai a abraçou bem forte e disse: - Sei que dentro de você existe muita coragem e muita sabedoria, minha querida, e quero que saiba que estaremos sempre aqui para ajuda-la, não importa os desafios que estão por vir – sorri.


– Obrigada mãe. Obrigada pai. E vovô. Amo vocês de todo o coração – sorri limpando suas lágrimas.




E o resto do dia foi divertido. Link e Saria passaram horas com Epona, treinando-a. Zelda estava ajudando seu pai a guardar a papelada antiga de sua mesa.

Apesar de Saria achar que mesmo como princesa, nada mudará. Algo a puxa para aquela floresta atrás do castelo.

Ela estava montada na Epona quando fica imóvel, apenas fitando aquela imensidão verde que estava logo, a alguns metros de distância.

Seu pai percebe que ela ficara paralisada.




– Saria?

...

– Saria?! – sacode seu braço.

– Huh? O que?... O que foi pai? – volta à realidade.

– O que tanto olha para aquele lado Sary?

– Pai... O senhor já sentiu vontade de sair por aí e descobrir coisas novas? – sorri.

– Já fiz isso muitas vezes filha... Quando finalmente parei, virei pai – sorri.

– Eu sinto que algo me chama para entrar naquela floresta, eu... Realmente não sei explicar – olha para lá novamente.

– Você sabe que lá está proibida de ir Saria.

– Mas pai, o que de pior pode esconder uma floresta?!

– Acredite muitas coisas. Agora vá tomar um banho, já está ficando tarde – a desce da Epona.

“suspira” – Ah, tá bom – se deprime.



Link a olha com um pouco de tristeza. Ele entende o que se passa na cabeça de Saria, e seu desejo de sair para aventuras. Mas ele tem medo de que “aquilo” possa se repetir.


Zelda caminha pelos corredores, de um lado para o outro, nervosa. Suando frio. Com o coração acelerado.

Link chega e a abraça.




– Meu amor, tudo bem? Parece que viu um fantasma – risos.

– Querido... Eu tenho que contar uma coisa.

– O que?

– Descobri uma coisa que não será muito agradável aos nossos ouvidos – ela tremia.

– Vamos fale.

– Lembra-se do Ganon certo?

– Sim. Só de lembrar tudo o que passamos, tenho dores de cabeça – risos.

– Bem... Depois que tudo aquilo havia terminado, ele se endireitara na vida. Tinha começado a trabalhar com a irmã Nabooru, não é?

– Sim. Ele realmente mudou. Mas é isso que te deixou desse jeito?

– Não! O que eu descobri foi que... Ele tem um filho! Talvez na mesma idade de Saria!

– UM FILHO?! – exclama surpreso.

– É! Esse é o motivo pelo qual estou assim! E se tudo se repetir?! Sabe quem irão sequestrar! – ela começa a chorar.

– Nunca deixarei que sequestrem nossa filha! Nunca! – seu tom era de raiva.

– Meu amor o que faremos, eu...

– Quem vai sequestrar quem? – Saria sai do quarto.

– Huh, ninguém querida – diz Zelda.

– Não é nada. É só um filme que eu e sua mãe vimos esses dias – sorri – Agora vá dormir que já está ficando tarde.

– Huh, tudo bem. Boa noite mãe, boa noite pai – sorri.

– Boa noite – disseram os dois.



Quando Saria fecha a porta de seu quarto, Link puxa Zelda para a biblioteca.



– Zelda, talvez estamos nos precipitando, não acha?

– Mas...

– E se não houver nada disso que estamos pensando? Quais são as chances daquilo tudo se repetir?

– Bem, nunca se sabe! Precisamos pesquisar mais sobre o assunto. Afinal é a vida de nossa filha que pode estar correndo perigo.

– Eu sei – a abraça – Não vou deixar nada acontecer, fique calma.




Zelda estava uma pilha de nervos. Sabe a sensação de estar sendo perseguida, e acredite, não é a melhor sensação que existe.

Link a acalma, e depois de alguns minutos eles vão dormir.

No quarto de Saria, ela abriu a janela e estava sentada, fitando aquela imensa floresta que deve esconder os maiores segredos para a mente de uma garota de treze anos.

Seu sonho era descobrir, explorar, se aventurar. Não queria passar o resto da vida num castelo. Ou apenas trabalhando, quando for adulta.

E novamente o vento faz os sons preferidos de Saria beijarem seus ouvidos.

Era calmo e encantador... Fazia-a querer flutuar. O sono vai ficando mais pesado, então ela resolve se deitar. Deixando a janela aberta.

Quando se deita, lembra-se do objeto que Impa havia deixando em cima de sua cama. Olha para seus pés, e lá estava um presente. Embrulhado perfeitamente com um papel azul e verde. As duas cores favoritas de Saria.

Ela pega o pequeno quadrado e encima havia uma carta:


“Querida Sary, creio que irá gostar deste presente. Seu pai disse que gostaria. E seu avô me permitiu dar á você. É o tesouro secreto da família real. Passado á todas as princesas da família real Hylia. Quero que pratique sempre, e que guarde em extrema segurança. Com amor Impa, e meus parabéns minha querida.”



Esboça seu lindo sorriso de alegria.



– Ah Impa, você é a melhor.



Abre com cuidado o pequeno pacote. Sem rasgar muito o lindo papel. Era uma caixa dourada com o símbolo da família real. Ela abre a caixa e lá dentro estava, o tesouro da família real... A ocarina do Tempo. Que assim é chamada por gerações.

Os olhos de Saria brilhavam ao contemplar aquele incrível instrumento. Era de um brilho quase mágico, ele transmitia uma sensação tão agradável. Azul anil brilhante era sua cor. E na ponta, o símbolo da Triforce. Dourado e reluzente.

E junto na caixa, várias canções para Saria treinar. E na parte de dentro da caixa, havia algo escrito... Dizia: - A cada canção tocada, um acontecimento se mostrará. Toque com o coração.



– Um acontecimento? Como assim? – coça a cabeça.



Saria não entendeu sobre acontecer algo, então guardou a ocarina na caixa, pôs em sua mesinha de luz e apagou o abajur.

Assim que deita sua cabeça no travesseiro e fecha os olhos, sente a refrescante brisa vinda das árvores atravessar a janela.

Pode parecer estranho, mas ela jurou ouvir um sussurro chamando seu nome. Pensou que era imaginação e fechou os olhos novamente.

Passados alguns minutos ela ouve o mesmo sussurro: – Saria... Venha...

Se levanta rapidamente, começa a ficar com medo. De quem seria esse sussurro?

Tinha a total certeza que vinha da floresta. Não poderia haver ladrões no castelo. Há guardas por todas as partes.

Ela tenta se concentrar em seu sono, e volta a deitar e fechar os olhos.

E novamente:– Saria venha...

Salta da cama, apavorada. Tremia e segurava o travesseiro com força. O que estava acontecendo? Quem estava a chamando?

Seu coração estava acelerado e suas mãos suavam frias. Ela não aguenta mais e resolve sair de seu quarto.

Pensou em chamar seus pais, mas... Talvez não acreditassem nela.

Troca de roupa. Coloca seus tênis, pega uma lanterna e seu estilingue que havia ganhado de seu amigo.

Quando ela estava para sair pela porta, vê o brilho da caixinha dourada sob sua mesinha.

Pensa por uns instantes, e resolve levar a ocarina em seu bolso. Não sabe tocar, mas quem sabe, possa servir de algo.

Põe a ocarina em seu bolso e segue para o estábulo. Ela caminha sorrateiramente pelos corredores, para não acordar ninguém.

Quando passa pela biblioteca, vê um pequeno brilho sendo refletido acima da lareira.

Então entra na biblioteca, pega uma cadeira e pega o objeto de cima da lareira. Estava envolvido numa espécie de couro, havia uma alça embutida. Como se fosse para ser usado como bolsa. Ela abre o botão na ponta e tira o objeto que vira brilhar apenas um pedaço.

Ela dá um suspiro de espanto quando vê que é uma espada. Uma espada dourada, com um rubi em seu meio. E sua lâmina era prateada e muito brilhante. Devia ter sido polida á pouco.

Não sabe o que pensar sobre haver uma espada na biblioteca. Mas como esse castelo já fora completamente habitado por cavalheiros que serviram a família, não seria tão estranho haver espadas em um lugar ou outro.

Não era uma espada muito grande. O que podia ser manuseada por Saria facilmente. Ela não hesitou. Colocou aquela espécie de bolsa de couro, com a espada em suas costas. E continua seu caminho sorrateiramente até o estábulo.

Joga uma pedra no lago e despista os guardas por alguns segundos. Suficientes para correr para o estábulo.

Já devia ser onze da noite. A lua brilhava fortemente, deixando visível que o estábulo estava fechado com cadeado.



– Droga! – exclamou.



Ela pensa como poderia abrir esse cadeado... Lembrou que a chave sempre era guardada por Impa. O que ela não sabia era o lugar exato.



– Impa é tão misteriosa. Deve ter escondido em um lugar impossível.



Então percebe que algo acerta suas costas... Era a chave do estábulo. Vira rapidamente para trás e não havia ninguém.



– Quem está aí?! É você Impa?



Não havia absolutamente ninguém. O que a deixara mais nervosa do que já estava. Mas não há tempo para nervosismo. Então abre o estábulo. Epona estava acordada. Saria abraça Epona.



– Amiga, eu preciso de uma ajudinha sua – sorri.




Epona a acaricia com a cabeça, como se estivesse dizendo “conte comigo”.



– Preciso entrar naquela floresta de um jeito ou de outro. Sinto que algo está me chamando. E minha curiosidade é imensa para descobrir o que está acontecendo. Mas garanto que nada ruim irá acontecer. Afinal é só uma floresta. Tudo bem pra você Epona?



Epona faz um sinal afirmativo com a cabeça. Saria monta em Epona e segue para os fundos do castelo. Havia um pedestal com o símbolo da família.

Ela não deu muita atenção.



– Acho que esse deve ser o caminho para o cemitério da família. Vamos Epona – segue em frente.



Então elas entram na imensidão escura da floresta. Saria liga sua lanterna e prossegue.

Até agora tudo bem. Havia alguns esquilos, alguns gafanhotos e um sapo verde meio esquisito.

De repente ela houve um ruído nas moitas... Seu coração começa a disparar.

E do escuro surge um garoto. Saria grita assustada.



– Shh! Não grite! Vai atrair os guardas! – exclama o garoto.

“segura a lanterna com força” – Q-Q-Quem é você? O que faz aqui?!

- Me chamo Zukko. E eu estava chamando você.

– HEH? COMO SABE MEU NOME GAROTO?! – ela se assusta.

– Todos sabem o nome da nova princesa, certo? – sorri

– Humph – o olha com desconfiança.

– Calma, pode confiar em mim. Estou aqui porque preciso de sua ajuda – ele se para ao lado dela.

– Minha ajuda? Pra quê?! Você surge do nada, eu não te conheço e quer que eu confie de primeira vez?

– Sei o que está pensando. Mas não é de mim que deve ter medo.

– Como assim?

– É de meu antepassado que deve ter medo.

– Huh? Como de seu antepassado? Ele está morto, acredito.

– Ele renasceu em mim. E você tem que me ajudar – ele tinha o olhar perturbado.

– Como ele renasceria em você? É impossível? E o que eu poderia fazer afinal?!

– Ora... Você é a próxima princesa não é?

– Sou... Mas o que tem isso?

– É automaticamente a próxima escolhida.

– Que?! – diz com espanto.



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Notas finais do capítulo

Comentem ^^