Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana
Notas iniciais do capítulo
Seiya e Saori.
Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes
Setsuna pertence a Nina Neviani.
CINCO MOMENTOS
(QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)
Chiisana Hana
Beta-reader: Nina Neviani
PARTE 4
A PRIMEIRA VEZ
"Agora vem pra perto, vem.
Vem depressa, vem sem fim dentro de mim.
Que eu quero sentir
O teu corpo pesando sobre o meu.
Vem, meu amor, vem pra mim.
Me abraça devagar,
Me beija e me faz esquecer". (1)
Capítulo XIV
– Quer dizer que vocês fizeram tudo lá mesmo na limusine? – surpreendeu-se Shun. O irmão sempre fora ousado, mas ele não imaginava que chegasse a esse ponto.
– É, mas foi só uma rapidinha... – Ikki disse, sem demonstrar o menor constrangimento. Minu, entretanto, estava vermelhíssima. – Quando chegamos ao hotel é que a coisa foi pra valer – ele completou.
– Não posso nem pensar nisso que já me sobem uns calores – Minu murmurou, abanando-se com o guardanapo. Ikki voltou-se para ela com um sorriso irresistível e disparou:
– Pode deixar que daqui a pouco eu resolvo isso, Minu.
– Hum... conheço muito bem esses calores – Saori disse, rindo, enquanto Minu ficava ainda mais vermelha. – Muitíssimo bem.
Minu aproveitou a deixa para mudar o foco da conversa:
– Tá, então agora é sua vez, Saori – ela disse. – Onde e quando?
– Hum... Na minha casa, poucas semanas depois de começarmos a namorar.
– Tivemos que rebolar porque o cão de guarda da Saori... – Seiya começou a dizer, mas foi interrompido pela esposa:
– Meu mordomo.
– É, o bendito mordomo estava de marcação com a gente.
– A verdade é que o Tatsumi achava que tudo não passava de rebeldia minha – Saori explicou –, e queria evitar a todo custo que eu chegasse aos finalmentes com o Seiya.
– Mas ele não foi páreo para a minha esperteza! – disse Seiya, estufando o peito.
– Corrigindo outra vez: ele não foi páreo para a minha vontade – Saori disse e, imediatamente lembrou-se do dia em que se esgueirou com Seiya pela ala dos empregados...
Dez anos atrás...
– Sabia que eu nunca tinha vindo aqui na ala dos empregados? – Saori perguntou, com ar inocente.
– Não?
Ela andava pelos corredores com curiosidade, observando tudo.
– Não. Quem sempre cuidou de tudo foi o Tatsumi.
– Pois vou aproveitar para reclamar direto com a dona, falou? Os quartos são uns cubículos sem ventilação adequada. Bem que podíamos ter condicionadores de ar, né? E um frigobar em cada quarto também não seria má ideia.
Saori ergueu as sobrancelhas.
– Quer também uma Jacuzzi, um ofurô, torneiras de ouro, massagista de plantão, toalhas de algodão egípcio, sais de banho importados?
– Ia ser legal!
– Eu vou mandar colocar o ar-condicionado, Seiya. O resto, claro que não, né? Mas onde fica seu quarto afinal? Já andamos, andamos e nada.
– Fica no fim do corredor.
Quando chegaram e Seiya abriu a porta, instintivamente Saori deu um passo para trás...
– Seiya, isso é um quarto ou um chiqueiro? – ela perguntou ao ver a bagunça. Havia todo tipo de coisas pelo chão: roupas espalhadas por todos os lados, papéis, livros, restos de embalagem de comida, copos e garrafas descartáveis. Seiya coçou a cabeça, embaraçado.
– É, tá um pouquinho bagunçado.
Saori arregalou os olhos e pôs as mãos na cintura.
– Um pouquinho? Nunca vi nada igual!
– Ah, também não precisa exagerar, né?
– Meu amor, o que é que custa limpar de vez em quando?
– Eu limpo!
– Não parece!
– É que no dia seguinte já baguncei de novo...
Saori entrou no quarto, mas pisou diretamente numa cueca.
– Pooooxa, Seiya, até cueca usada no chão?
Ele apressou-se em recolher, corado de vergonha e tentou justifica-se:
– É que eu não tive tempo de lavar essa semana...
– Ai, Seiya, pelo amor de Deus! Vou mandar limpar isso aqui! Que sujeira!
– Tá, tá, mas esquece, não viemos aqui para isso... – ele disse, agarrando Saori e recordando-se que tinham corrido para a ala dos empregados porque o clima começara a esquentar enquanto namoravam no jardim. Saori se afastou.
– Ai, Seiya, essa sujeira cortou totalmente minha vontade, né?
Seiya não se deu por vencido:
– Então vamos para o quarto da Seika? Está limpinho!
– Você é inacreditável, Seiya – ela disse, mas o acompanhou até o outro quarto. Quando começaram a trocar carícias mais ousadas e Saori já estava sem blusa, ela interrompeu tudo:
– Ah, não, Seiya. Assim não dá! Fico tensa! A Seika pode entrar aqui a qualquer momento!
– Ela não vem! Eu sei que não.
– Não importa, Seiya – Saori disse, enquanto se levantava e vestia a blusa. – Assim eu não queroooo!
– Então onde?
– Vamos lá pro meu quarto.
– Lá em cima?
– Claro! Onde mais?
– E se o Tatsumi...?
– A essa hora ele deve estar na cozinha dando as ordens para o jantar. Vamos logo!
– Mas eu... eu... eu... – ele disse apontando para baixo e mostrando que sua excitação era visível.
– Isso? – Saori riu. – Ah, a ideia é que ninguém nos veja, meu bem. Se virem, já vai estar tudo perdido mesmo, o que é que tem se perceberem que você está animadinho?
– É... – concordou Seiya, e os dois correram pela mansão. Por pouco não foram pegos por Tatsumi quando subiam a escada. Não precisavam de fato se esconderem. Ela era a dona da mansão e do próprio nariz, entretanto nutria grande apreço pelo mordomo e não queria desapontá-lo, além de achar esse jogo de esconde-esconde bastante excitante.
Saori olhou para os lados, certificando-se que ninguém os vira e abriu a porta do quarto.
– UAU! – Seiya exclamou quando entrou. – Isso é um quarto? Pooooorra! Parece um palácio! Eu podia morar aqui dentro! – disse e jogou-se na imensa cama com dossel. – Nossa! Parece que deitei numa nuvem! Que delícia! Essa cortina fecha? Nossa! Seu quarto tem televisão e som! Caramba, e aquele sofá imenso? Putz, assistir o jogo aqui ia ser demais! Aposto que o banheiro também é enorme. Deve ter uma banheira gigante lá, não é? Noooooooooossaaaaaaa!
Saori impacientou-se, pôs as mãos na cintura e disse:
– Você vai ficar aí admirando meu quarto ou vai me agarrar?
– Desculpa, amor, é que, poooooxa, tenta entender! Eu nunca vi nada igual.
– Seu bobo – ela disse e caminhou lentamente até a cama, despindo uma peça de roupa a cada passo. Depois, ficou em pé sobre o colchão e fechou o dossel.
– Pronto – ela disse, completamente despida, empurrando Seiya com o pé. – Agora você não pode ver nada lá fora e vai ter que olhar só pra mim!
– Não vai ser nenhum sacrifício – Seiya disse e puxou-a para si, esquecendo completamente do quarto e dedicando-se a acariciar a namorada.
A milionária deliciou-se quando Seiya começou a brincar com seus seios, apertando os mamilos entre os dedos. Quando ele se despiu apressadamente, Saori fez com que se deitasse e percorreu com as mãos o corpo do amado, beijando-o repetidas vezes. Depois, posicionou-se sobre ele e começou a se mover. Logo inverteram a posição. Com Seiya por cima e movendo-se livremente, Saori enlaçou-o com as pernas e procurou seguir o movimento com os quadris, até o ponto em que se entregou ao deleite que vinha sendo adiado desde que tudo começara no jardim.
Seiya continuou movendo-se sobre ela. Depois, colocou-a de lado e, encaixando-se nela, retomou o movimento que o conduziu ao ápice.
– Foi... – Seiya começou a falar.
– Se você perguntar "foi bom pra você" – interrompeu a garota –, eu te mato.
– Mas...
– Sim, foi ótimo, meu querido – Saori disse e voltou-se para ele com um sorriso sensualíssimo. Mordiscando a orelha do amado, ela murmurou: – Tão bom que eu queria começar de novo...
Continua...
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(1) Marisa Monte, Bem que se Quis.