Quem Disse Que Seria Fácil? 2 Temporada escrita por Bee


Capítulo 20
Magically.


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu sei que demorei, podem atirar os tomates em mim. Sem a piadinha do preço do tomate. Bom, entendam, eu levei um choque ao receber minhas primeiras provas da faculdade, quase morri, então agora estou tentando melhorar, ou seja, vou me dedicar mais. Mas toda manha antes de ir pra aula escrevo um cadinho. Então, eu sempre vou postar, mesmo que demore um pouquinho mais. Bom, espero que leiam, e gostem :) Enjoy.



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Hermione e Ron estavam sentados na pequena sala que eles chamaram de escritorioteca. Era o escritório e a biblioteca. Ela revisava o processo de libertação de elfos, enquanto Ron lia os relatórios de batalhas e rondas dos aurores. Eles as vezes se olhavam e davam um pequeno sorriso, concentrados demais nas suas leituras.

Um ano de casamento havia se passado. Um ano de brigas, reconciliações, e de felicidade. Hermione estava adorando ser a senhora Ronald Weasley, mas ela precisava admitir. A vida de casado era de todo difícil.

Não que Ron não fosse difícil de conviver, ele era, mas Hermione havia se acostumado, afinal foram anos e anos vivendo com aquele peste. Mas o fato é que parecia que toda aquela paixão desperta há alguns anos havia se apagado. Eles estavam vivendo como amigos, ele praticamente não dizia para ela que a amava, ou lhe beijava de inesperado, mas ela também não o fazia. Quando ele começou a pegar horas extras, dois meses atrás, ela começou a se preocupar. Foi visita-lo uma vez, e se deparou com ele conversando com uma loira linda. E todos sabem como Ron parece gostar das loiras – Fleur e Lilá estão na lista -. A morena achava que ele a estava traindo.

Mas esqueceu dessa historia um mês depois, afinal ele não a trairia. Porém, ela só acreditou nisso após persegui-lo e ver que aquela era apenas uma colega de trabalho. Só não compreendeu porque aquela mulher usava roupas tão curtas para o trabalho.

Ainda assim, o casal não passava pelo seu melhor momento. E quando eles saiam com Harry e Ginny? Ah, toda essa tortura do mal relacionamento piorava. Harry e Ginny eram tão românticos um com o outro, tinham um relacionamento perfeito, e Hermione se sentia um lixo por não ter um relacionamento assim.

Eles como casal discutiram isso algumas vezes. Mas sempre acabou em promessas quebradas ao fim do primeiro tempo daquele jogo. E o relacionamento eram quem saiu perdendo.

[...]

 Um jantar na casa dos Potters, só os quatro. Hermione e Ron tentaram mostrar que estavam ‘se entrosando’ bem. Mas foi só o jantar terminar, e Hermione ir ajudar Ginny na cozinha – desculpa para conversar sobre tudo – que a morena desabou.

_ Como vocês conseguem? – ela questionou abalada – O casamento de vocês é mais longo que o meu com Ronald e vocês simplesmente estão em um paraíso.

_ O paraíso tem problemas também, Mi. – Ginny disse sorrindo docemente – Se quer saber, o seu casamento não foi o único que esfriou. Não comentei de quando resolvi discutir a problemática filhos, contei? Harry surtou.

_ Eu lembro. – Hermione sussurrou – Mas mesmo assim, agora vocês estão tentando, e bom, estão se resolvendo.

_ Bom, essa coisa de estar tentando. – Ginny sorriu envergonhada – Não precisamos mais tentar.

_ O que? – Hermione gritou –

_ Cala a boca. – Ginny disse –

_ Eu te odeio. – Hermione choramingou, claro que não odiava a cunhada, odiava o fato da cunhada ter conseguido, e estar tão feliz –

_ Eu sei, mas pode fingir estar feliz por mim? – Ginny estava corada e radiante –

_ Eu estou feliz por você. De verdade. Mas ficarei mais feliz ao ser madrinha desse bebê. – Hermione sorriu –

_ Vou pensar nisso. – a voz irônica de Ginny saiu um tanto engraçada –

Hermione ficou ainda mais triste ao saber da noticia. Ela estava enfrentando a maior crise no casamento, e a cunhada estava na melhor fase. Claro, havia uma diferença entre Rony e Harry, e essa diferença gritava, mas do mesmo modo.

[...]

Na sala, os amigos discutiam quase o mesmo assunto. Após Ron quase matar Harry quando este contou que engravidou a irmã daquele. Então chegaram ao assunto o casamento de Ron, ou como este chamava, o desastre.

_ Eu amo Hermione, realmente amo, mas ela quase não me dá a mesma atenção que antes. – Ron disse enquanto bebia um copo de Uísque de Fogo – Ela está toda entretida naquele processo para libertar os elfos, e ela nem perguntou se eles queriam ser libertados. E sabe, eu queria metade da atenção que ela dá pra eles. Vou começar a andar pela casa com uma fronha no corpo só, talvez assim tenha um mínimo de atenção.

_ Fale isso pra ela. – Harry aconselhou para o dramático amigo –

_ Ficou louco? É o mesmo que pedir pra morrer. Você conhece Hermione, conhece bem demais. – a voz de Ron saiu esganiçada demais, fraca demais –

_ Tem razão. Desculpa. – Harry gargalhou da cara do amigo –

_ Potter, você sabe da minha dificuldade em falar o que eu sinto, não é? Eu queria conseguir me abrir para a Hermione, mas parece que eu não consigo.

_ Escreva! – Harry aconselhou e Ron riu – Por que não tenta me falar tudo?

Ron se calou por um momento, parecia estar distante, mexia seu copo de uísque de fogo, depois de alguns minutos Ron olhou para Harry, e imaginou-se falando o que pensava para Hermione, e então desatou a falar.

_ Sabe, eu gostaria de dizer para ela que eu a amo, não sei se ela sabe, deveria saber. Gostaria que ela soubesse que para mim ela é a garota mais linda, e era na época em que tinha cabelo armado e dentes de coelho, que ela não precisa ser uma veela, loira e tudo mais para que eu goste dela, eu gostaria dela mesmo que ela fosse um dragão. Porque de todo modo, eu amo o que ela é, não a aparência dela, eu amo a forma como ela pega na pena e fica girando nos dedos enquanto lê, amo a inteligência dela e a forma como me sinto um paspalho quando ela começa a falar. Amo seus olhos castanhos.

_ Meus olhos são verdes. – Harry riu cortando o amigo que nem ligou e continuou a falar –

_ Amo os lábios dela, e o gosto dos beijos, amo quando ela me beija ao acordar, amo o brilho nos olhos dela. – Harry chamou Ron que não ligou e continuou a falar – amo como ela aperta minha mão quando sente ciúmes, amo quando ela queima a nossa comida, e amo como ela respira enquanto dorme. Você entende, Harry? Eu amo a Hermione por não ser perfeita, porque eu não sou perfeito, estou longe de ser, estou a milhas de distancia da perfeição, mas ela me completa. Eu amo como ela é bonita sem ser totalmente bonita, ela é bonita ao não ser bonita, e não se esforçar, não se encher de maquiagem, ou ficar horas se arrumando para ir trabalhar. Mas por algum motivo, eu não consigo falar para ela.

_ Você conseguiu. – Harry comentou –

_ O que?

_ Você disse para ela. Disse tudo para ela. – Ron ainda perdido olhou ao redor, e encontrou Hermione escorada na porta e sorrindo para ela –

_ Droga Ronald. – ela disse e se aproximou calmamente – Como você consegue ser um marido maravilhoso assim? – ela o abraçou – E eu achando que você estava de caso com aquela loira idiota.

_ Ariel? – Ron perguntou e Mione assentiu – Acho que vai gostar de saber, ela é lésbica, nunca daria bola para mim.

_ Mesmo?

_ Parece surpresa!

_ Só um pouco. – Hermione riu – Mas do mesmo modo, eu te amo e sim, eu sinto ciúmes de você, porque você é meu idiota, tipo, para sempre.

_ Com prazer. – Ron sorriu galante – Eu te amo.

_ Eu te amo. – Hermione ficou na ponta dos pés, enquanto o garoto segurava a cintura dela fortemente, e então eles trocaram um breve beijo –

_ Ah, vão pro quarto. – Harry comentou – Ou pra casa de vocês.

[...]

Chega a ser engraçado como essas coisas acontecem. De um minuto para outro a relação está se acabando, e então num pequeno momento tudo volta a se tornar belo, e feliz. Hermione passou a rir a toa, Ron ficou mais romântico desde a declaração surpreendente. Essa era a magia do amor, ele era feito de segundas chances, só precisava de uma credibilidade, é claro, nem sempre é bem sucedido como o casal foi, mas em geral, é só deixar seu coração guiar.

No domingo seguinte, o casal Weasley-Potter convidou toda a família para dar uma noticia, não que Ron e Hermione não soubessem do que se tratava, mas eles iam fingir surpresa quando Ginny conta-se, ou só talvez, Molly se zangasse por não terem contado antes.

Quando George e Bill começaram a perseguir Harry pela propriedade, Ron abraçou a irmã, em uma das poucas demonstrações de afeto dos dois, e os dois ficaram rindo do moreno, que demonstrou estar em ótima forma.

_ Quando você vai me dar um sobrinho? – Ginny questionou baixo para o irmão –

_ Eu já queria na verdade, mas a Mi acha que é cedo demais, temos que estar preparados para um ruivinho gritando lá em casa. – Ron riu docemente – Mas espero que seja logo.

_ Também espero. – Ginny sorriu e então partiu em direção a Fleur, que segurava o bebê de mais de um ano de idade nos braços, Victoire era linda, era loira como a mãe, com as sardas do pai e o sorriso do ruivo. Era a felicidade da casa – E logo ela vai correr com o meu menininho pela casa.

[...]

Hermione nunca imaginou que um dia estaria na sua biblioteca, ou seria escritórioteca, com Ronald Weasley enquanto, pasmem, ele lia um livro. Hermione havia explicado a historia para ele, de um escritor Victor Hugo, e sobre sua obra mais famosa, e ele se interessou. Então eles apenas se sentaram juntos para lerem como um casal.

Certa vez, ao andar descompassada pela rua em direção ao trabalho, Hermione encontrou uma velha senhora, os cabelos brancos como a neve, e a linda pele de chocolate e de olhar bondoso, que em menos de um instante pegou a mão de Hermione, e a leu. – Ciganas de rua, sempre com seu belo trabalho – “O amor é o seu bem mais precioso, e diferente do que a caduca lhe disse uma vez, você encontrará o verdadeiro amor, e saberá quando o tiver, saberá com todas as suas forças, porque ele será único e poderoso.” – ela velha senhora alegou, e recebeu alguns trocados que Hermione deu-lhe, não pela leitura, mas pela bondade.

Naquele momento, enquanto divagava ouvindo a voz de Ron, ela soube que aquela senhora com toda a certeza estava certa. Afinal, ela tinha o seu verdadeiro amor, era único e era poderoso, era como as aguas de um oceano em fúria que destrói e arrasta tudo que vem pela frente. É claro, em um bom sentido. Ela sabia que mesmo Ron sendo como é, o amor deles não se quebraria, as vezes ele se contorceria, e se curvaria, mas ele nunca deixaria se quebrar. E também se quebrasse, quem disse que eles não poderiam remendar com uma colinha?

_ Hey, você está me ouvindo? – Ron atrapalhou o pensamento de Hermione sorrindo –

_ Claro. – Hermione respondeu sem realmente ser verdade –

_ Então, o que acontece com essa menina? – ele perguntou –

_ Qual menina?

_ Essa do livro, a Cosette. – Ron indicou a pagina –

_ Por que não lê? É mais interessante. – Hermione sorriu –

_ Mas ela e esse guri se casam? – Ron perguntou com a testa levemente franzida –

_ Leia. – Hermione disse rindo –

_ Ah, eu vou esperar até sair no Cinema. – Ron fecha o livro –

_ Sabe que irá demorar anos até filmarem? – ela questiona rindo –

_ Serio? – ele parecia triste com a noticia – Então eu vou ler mais um pouquinho.

Ron prontamente voltou a ler, e Hermione sorria enquanto o ouvia ler calmamente, ela adorou aquilo, e não pode deixar pensar em como seria ele lendo para o filho deles futuramente. Ela notou naquele exato momento, que queria muito um filho. Mas não comentou nada, sabia que ainda era cedo, portanto esperaria e guardaria consigo o desejo.

_ Mi, esse cara escrevia bem. – Ron afirmou impressionado –

_ Victor Hugo foi um gênio. – Hermione sorriu – Victor... Hugo. – ela disse calmamente –

_ Se você diz, meu amor. – Ron sorriu abraçando a esposa e a ajeitando em seu peito –

_ O que você acha de termos um filho? – Hermione questionou –

_ Agora? – Ron sorriu malicioso –

_ Não. – Hermione deu um leve tapa no ombro dele – Mas se tivéssemos um filho que nome daria pra ele?

_ Nem pensei nisso. – Ron disse olhando nos olhos do marido –

_ Eu pensei em Victor Hugo. – a morena disse, e o ruivo se tornou vermelho como seus cabelos –

_ Nunca. – o ruivo disse raivoso – Não quero nenhum Victor, Viktor, ou seja lá, Vitor, na minha casa. Nada que lembre o seu namoradinho.

_ Desculpa. – Hermione riu – Que tal Hugo?

_ Que tal Megafone? – Ron riu –

_ Você tá brincando comigo? – Hermione disse nervosa –

_ Claro que sim. – Ron gargalhou – Eu gostei de Hugo. Mas e se for menina, vamos chamar de Huga?

_ Não. – Hermione sorriu – Mas eu deixo você escolher.

_ Eu irei pensar bem no caso, mas se eu chamar ela de Huga, a culpa é sua. – Ron sorriu antes de beijar a esposa -


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Notas finais do capítulo

E ai, leram? Gostaram? Odiaram? Contem tudo, digam o que acham de mim. E o especial, do que acham que vai tratar minha próxima Romione? Digam ai: em que epoca acham que será? Hogwarts? Pós Hogwarts? Digam o que acham, e se vão querer ler opkaspoa. Beijinhos sabor Huguito.