Dias Sombrios escrita por Luan Klebers


Capítulo 5
CARTER




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Seguiram para leste, o sol forte queimando suas cabeças até que uma mulher com chapéu pontudo, vestes verdes e empunhando uma varinha. Quando ela se aproximou Harry disse:

-Professora McGonagall! O que faz aqui?

-Oh, não, não sou a Minerva, sou Bastet! –disse a senhora.

-O que? –Sadie perguntou.

-Minerva é um animago, ela pode se transformar em um animal, ela se transforma em um gato, por isso eu posso usar o corpo dela... mas voltamos ao que interessa, estou esperando alguém que vai poder abrir um portal para vocês. –disse Bastet.

-Quem? –Perguntou Carter.

-Um amigo dos gregos... Ele chegou! –Bastet parecia excitada com a ideia.

Um carro descia do céu, era difícil olhar para a lataria reluzente, quando o carro posou a luz incandescente da lataria cessou, um homem alto, loiro com músculos definidos e uma camiseta azul desceu dele, seu sorriso podia cegar qualquer um que olhasse diretamente.

-Apolo! –disse Percy, como se estivesse saudando um velho amigo.

Sadie parecia estar com seu modo babaca ligado.

-Apolo é quente... –disse Sadie.

-Ele é o deus do sol! –disse Percy –Francamente!

-Não é disso que ela está falando... –Disse Annabeth.

-O.k. crianças! Hora do show. Eu não sou bem vindo no duat, nenhum deus grego é bem vindo em terras egípcias, mas vocês precisam de alguém pra abrir o portal, Bastet não pode levar todos vocês então vocês vêm comigo. –disse Apolo.

-Espere –disse Carter –Você é o deus do sol? E Rá? você pode ajuda-lo a ficar jovem novamente?

-Na verdade é um pouco mais complicado que isso... eu e Rá, digamos que “treinamos” juntos –disse Apolo - Helio, o antigo mestre do sol nos treinou, e quando viu que nós subiríamos seu trono, ele desapareceu, mas nos deixou encarregado de tarefas diferentes. É uma coisa complicada de se explicar, quando virem Rá mandem minhas saudações para ele.

 -Apolo, quando você quiser. –disse Bastet.

-Certo! Eu posso abrir o portal aqui mesmo, faltam... quarenta e sete minutos para anoitecer, vocês devem entrar no barco de Rá quando ele estiver saindo, se não aquelas luzes serviçais vão tirar vocês do barco.

E dito isso  um rodamoinho de cor roxa começou a descer sobre suas cabeças, Apolo nos mandou pular, Sadie foi a primeira, o que fez Carter pensar se a ordem fosse qualquer outra Sadie hesitaria em faze-la.

Todos os outros pularam quase simultaneamente, e caíram no cais do rio Tâmisa, menos Zia, Carter não sabia onde ela tinha ido, torcia para Apolo tê-la levado para algum lugar seguro.

Haviam trocado de roupa, Carter esperava que todos estivessem como ele: Vestindo uma saia de pano, descalço e sem camisa, mas nem todos estavam assim.

Percy vestia uma armadura de couro, e sua caneta embainhada como se fosse uma arma mortal –que todos sabiam que era, agora que ela deixara de se transformar em espada, toda vez que era retirada a tampa se transformava em um tridente reluzente.

Harry vestia um sobretudo preto com mangas ligeiramente grandes, em sua cintura estava uma espada cravejada de rubis embainhada.

Sadie vestia um vestido branco, muitas joias em seu pescoço e nos braços.

Annabeth vestia uma armadura de couro igual a de Percy, como se fosse o par da armadura.

Rony –ainda segurando Hermione, que vestia um sobretudo parecido com o do Harry, em sua cabeça tinha um diadema prateado em forma de águia- vestia um sobretudo, mas o de Rony tinha detalhes em vermelho.

Logo viram Bastet no barco, com Rá sentado em seu trono de fogo, brincando com o gancho e o mangual.

Não demorou para o barco zarpar, e sete adolescentes pularem para dentro, Bastet fez sua cara de surpresa, Rá riu e bateu palmas feliz, as luzes serviçais pareciam ter tomado quatorze litros de pura cafeína, corriam para lá e para cá.

O barco já estava em movimento, entrando na primeira casa. Khnum, o homem-carneiro estava lá, mas Rá sorriu para ele e tentou acerta-lo de longe com o mangual e ele correu.

Quando Sadie viu que estávamos entrando na segunda casa ela correu pintar Hieróglifos de proteção na gente, houve um pouco de confusão, Hermione acordou e notou que estava em chamas, demoraram para convence-la de que era uma magia de proteção.

Caíram na cachoeira de fogo, houve gritos de pânico, mas nada fora do controle. Chegaram ao Terras Ensolaradas, e um turbilhão de lembranças invadiram a cabeça de Carter e Sadie.

Harry sentia algo esquentar em seu bolso, mas a magia de proteção já tinha saído. Entraram no Terras Ensolaradas, convenceram a todos de que seria ótimo cumprimentar um deus amigo. E lá estava ela, Tawaret, cuidando pessoalmente de Bes. Ela se animou em ver o pessoal, Rá parecia ter feito grandes amigos quando chegou.

 -Que bom que vieram vê-lo. –disse Tawaret.

-Nós simplesmente tínhamos que vir, espero que não se incomode, mas a única maneira de virmos era na viagem de Bastet... Ela esta esperando lá fora. –disse Sadie.

-Tudo bem... Eu... –Tawaret parecia estar cuidando o que ia falar.

-Mas que droga! –disse Harry, e todos o olharam- tem alguma coisa queimando em meu bolso!

Ele tirou do bolso um pergaminho em branco, mas Sadie não achava que estava em branco.

-O que tem escrito? –ela perguntou.

-Hã... Não tem nada escrito. –disse Harry.

-Tem sim, e são hieróglifos! –disse Sadie –deixe-me ver!

Ela falou e tomou da mão dele o pergaminho, mas ela não parecia o sentir queimar.

-Isso... Isso é... –ela disse como se não acreditasse – Aquele que pereceu pelas mãos do deus do luar agora está na presença do rei dos deuses, cercado por amigos, devera ressurgir, como a uma fênix ressurge! RETORNE BES! VOLTE NO AUGE DE SEU PODER!

Os olhos de Sadie estavam incandescentes, todos pareciam assustados, mas algo aconteceu:

Bes tentava respirar forte, mas aparentemente não conseguia respirar, caiu da cadeira com uma espécie de ataque de asfixia e começou a se debater, Tawaret cuidou para que não bate-se com a cabeça no chão enquanto seu ataque de convulsão não passava. Uma lágrima escorreu do olho de Tawaret.

-Sadie, o que você fez? –perguntou Carter.

-Não... Eu devo ter lido algo errado! Não pode ser!

O que ninguém esperava que acontecesse aconteceu: Rá espirrou, o barulho foi alto e ensurdecedor, todos os outros deuses idosos começaram a gritar e Bes abriu os olhos, mas não tinha aquela expressão de nada, agora eles eram como antigamente, um maior que o outro, viscosos e fitavam Tawaret.

-Ai... Minha... Cabeça! –disse Bes.

Tawaret o abraçou até ele gritar de dor.

-Tawaret! Temos que ir, se não nós não conseguiremos entrar na oitava casa! –Sadie falou.

-Certo! Vão...-Bes interrompeu Tawaret.

-Vão, eu encontro vocês na decima primeira casa!

-Certo! –disse Carter.

E saíram, voltaram ao barco, e seguiram para a quarta casa, relataram a Bastet o que tinha acontecido, ela tinha uma expressão muito alegre no rosto, passaram pela quinta, sexta e chegaram à sétima casa, onde pensariam que encontrariam Osíris.

-Cadê ele? Perguntou Sadie.

-Ele não pode vir hoje, nem ele nem Ruby, sinto muito Sadie.

-Certo, não temos tempo a perder, vamos entrar comer alguma coisa e navegar para a oitava casa! –Carter falou tentando parecer animado.

E dito isso entraram, comeram, conversaram bastante, contaram histórias de batalha, mostraram cicatrizes, riram, até que Bastet disse:

-Certo crianças, hora de continuar.

E todos retornaram para o barco. Entraram na oitava casa, a casa dos desafios, mas com Rá a bordo não pareciam tão desafiadores, a maioria dos monstros fugia quando via a luz do trono, e os que ficavam Bastet destruía, os bruxos ajudavam com alguns feitiços, algumas palavras como “Estupefaça, Confringo, Levicorpus [...]”

Passaram pela nona e a decima casa tranquilamente, chegaram à decima primeira casa esperando ver Bes, mas era outro deus que estava lá.

Hórus. Ele olhou para Carter e disse:

-É essa a chance que eu iria lhe proporcionar, você decide, você sabe o que fazer, o barco não vai parar, você tem pouco tempo.

Dito isso ele viu que algo bloqueava a luz do sol que vinha lá do fim, ele identificou-o: era Khonsu! Parecia sentir dor de bloquear aquela luz toda, e isso fez Carter e Sadie se sentirem felizes.

Navegaram mais um pouco e o fogo do trono de fogo se apagou, o barco parecia sombrio e silencioso, Carter sabia o que fazer, mas não tinha tempo de contar aos outros para decidir o que fazer, tinha que pensar rápido!

Ele decidiu fazer o que Hórus queria. Enquanto todos se entreolhavam assustados Carter correu para o trono de fogo, e disse:

-Olá mestre Rá, rei dos deuses, rei do sol, Apolo mandou lembranças.

-Polo? POLO SALVA DONINHAS!

-Isso, Polo, lembra-se dele? Então... eu preciso lhe pedir uma coisa.

Rá o olhou e exibiu um sorriso desdentado

-Zebra?

-Não... Eu preciso... –Carter olhou para o céu, o sol estava quase brilhando de novo –Preciso do Gancho e do Mangual!

Rá estudou Carter com seus olhos semiabertos e ergueu o gancho e o mangual.

-Isso mesmo, eu preciso deles emprestado, você me empresta eles?

-Biscoito de doninha! –Rá disse.

Carter achou justo, mas não tinha nenhum biscoito, então ele viu algo muito estranho:

Na margem do lago Bes estava montado em uma zebra.

-Não tenho biscoito de doninha, mas você quer aquela zebra? É só me dar o gancho e o mangual.

-ZEBRA! –Rá disse atirando o gancho e o mangual para Carter e pulando de seu trono.

Logo a Zebra se materializou ao seu lado e ele ficou muito feliz.

Carter desceu do trono com uma cara confiante, Hórus exibia um sorriso largo e Bastet estava abismada.

-Carter... –ela disse.

-Esse era o plano de Hórus, e agora eu estou entendendo. Quando vi imagens da nova era, vi um homem nas águas com um tridente igual o de Percy, agora sei que é Poseidon, se esse não é seu verdadeiro tridente, é uma réplica muito convincente, eu agora tenho o gancho e o mangual, são armas ancestrais que foram usadas e guerras, Harry, tem alguma arma que se destaque das outras no mundo bruxo?

Harry Rony e Hermione se entrolharam.

-Tem a varinha das varinhas. –disse Harry –ela pertence a mim... mas é muito arriscado usa-la!

-Mas são tempos desesperados, precisamos dela! Aonde você a deixou?

-Na Câmara Secreta... fica em Hogwarts.

-Devemos ir para Hogwarts então. –disse Percy –Se esse é o plano agora, devemos encontrar o símbolo de poder bruxo, assim as três grandes nações serão bem representadas pro nós, e teremos alguma chance.

Ao concluírem esses pensamentos, já estavam no fim da decima segunda casa, desceram do sol em um lugar estranho, Rony parecia feliz, dizia:

-Eu não acredito! Barco, eu amo você!

Ninguém exceto Harry e Hermione pareciam entender, desciam em um campo, no campo tinha uma casa grande e torta, Annabeth parecia intrigada, como aquela casa não caia? Era inclinada e torta. Ao lado tinha uma casa um pouco menor, parecia uma oficina, uma barraca no quintal, e de lá saíram quatro homens ruivos, mas como homens grandes como aqueles cabiam naquela barraca pequena? Rony anunciou:

-Bem vindos A Toca! Essa é minha casa!


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