Dias Sombrios escrita por Luan Klebers


Capítulo 3
HARRY




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Cinco meses se arrastaram desde que Harry derrotou Voldemort, ficara na casa dos Weasley (A Toca). Pouca coisa havia mudado lá, o relógio parara de indicar “Perigo Mortal” e indicava como deveria ser, o ponteiro de Fred havia sido retirado e dava lugar a dois novos ponteiros, os de Harry e Hermione, que também estava morando lá. Molly estava realmente muito triste com a morte de Fred, ela era a única Weasley que não retornava a Hogwarts para ajudar na reconstrução.

A tarde estava acabando, o sol quente estava indo embora e dando lugar a uma lua prateada, Harry decidiu ir falar com o quadro do Dumbledore na sala do diretor, a gárgula que ficava na entrada ainda não tinha sido reconstruída, portanto a sala estava aberta, ao entrar a multidão de diretores de Hogwarts olhou para Harry que se sentiu desconfortável, até ouvir a voz de Dumbledore:

-Olá Harry, o que o traz aqui?

-Eu... eu queria saber, se existe alguma maneira de Voldemort ter sobrevivido a nossa ultima batalha... a cicatriz, ela, ela tem formigado, muito fraco mas... –o tom de desespero na voz do Harry era notável.

-Há muito tempo, -disse o quadro de Snape- Voldemort estava testando novas técnicas, ele viajou ato Egito antigo, descobriu muitas coisas, me confidenciou uma coisa só: o fim está mais longe do que todos pensam.

-Exato. –a voz de Dumbledore era calma, claro, ele era só um quadro! –Existem magos no Egito. Magos que lutam pela Casa da Vida, seguem caminhos dos deuses, há muito tempo atrás, Sibila fez uma profecia, dizia que dois irmãos apareceriam quando o mundo estava prestes a terminar, eles marcariam o fim de uma era e o inicio de outra.

-O que isso significa?- perguntou Harry

-Significa que vocês devem ir ao Brooklyn. –disse Dumbledore –Traga o Sr. Weasley e a Srta. Granger aqui nesta sala e aparatem. Se não se importa agora nós, diretores de Hogwarts temos que ir para o Três Vassouras, o quadro da Madame Rosmerta está preparando nosso jantar. – E saíram todos os diretores, deixando Harry sozinho na sala, na sala a penseira, a estante com as memorias sobre Voldemort, e uma menor que lia-se “Snape”. Harry saiu da sala, procurou Rony e Hermione e os confidenciou tudo o que falaram, Hermione não parecia surpresa, dizia coisas aleatórias como “Eu sabia! Eu te disse, Ronald! Era sobre isso... OH Não!”
Mas quando era perguntada sobre algo ela fazia que não sabia.

Aparataram para A Toca, colocaram na bolsa de contas de Hermione tudo o que precisavam, tiveram uma breve conversa com Molly e Arthur, aparataram novamente para Hogwarts. Eles não sabiam aonde exatamente iriam parar, nem sabiam como iriam conseguir chegar ao Brooklyn.

Aparataram na porta do salão principal, os feitiços de proteção de Hogwarts estavam muito precários, todos os feitiços, inclusive os de aparatação foram quebrados durante a guerra, e ainda não haviam sido refeitos.

Ninguém parecia ver eles, deveriam ter chegado na hora do jantar, as poucas pessoas que estavam nos corredores andavam cabisbaixos, Minerva abrigou todos os que perderam familiares e não tinham para onde ir.

Entraram na sala do diretor, e lá estavam, os dois únicos quadros presentes eram os de Dumbledore e Snape.

-Bem a tempo. –disse Dumbledore.

-Boa noite, professor Dumbledore –disse  Rony.

-Boa noite professor –Hermione disse.

-Sr. Weasley, Srta. Granger. –Dumbledore falou formalmente.

-Professor Dumbledore, professor Snape.- disse Harry.

-Olá, Harry - Dumbledore falou.

-Sr. Potter. –disse Snape com um tom de desdém na voz.

Harry notou que havia outra coisa na ao lado da penseira, um rolo de pergaminho, o mais antigo que ele já vira.

-Pegue - disse Dumbledore, vendo que Harry olhava para o pergaminho.

 Harry pegou o pergaminho e olhou, não tinha nada escrito.

-O que é? –Perguntou Harry.

-Quando chegar a hora, agora aparatem. –disse Dumbledore em tom de autoridade.

-E Potter, boa sorte. –Disse Snape, aquilo realmente emocionou Harry, ele abriu um sorriso largo e disse:

-Obrigado, professor!- Harry agradeceu e eles aparataram.

Tudo rodopiou até ficar azul, uma piscina, algo grande e branco nadava nela: Um crocodilo albino! Hermione subiu para respirar e gritou:

-Petrificus Totalus!

-Em algum lugar do Brooklyn. –Rony falou.

-Incrível capacidade de dedução. –Falou Hermione.

De repente quatro pessoas aparecem, uma mulher mais velha aparece e nos manda entrar, nos da comida, e roupas secas, combinamos o próximo passo, descobriram coisas assustadoras, mas Harry não mencionou o pergaminho.

Pela manhã tudo parecia calmo, tomaram o café da manhã mais silencioso de todos e partiram no Camaro de Percy. Harry sabia como chegar à entrada secreta do Ministério da Magia, e depois de derrotar Voldemort, não lhe negariam um pedido simples como usar a rede de flú.

Chegaram à uma lanchonete, Hermione parecia conhecer muito bem os trabalhadores de lá, entrou e disse:

-Sete passagens, põe na conta. –ela disse e abriu um sorriso, de mãos dadas com o Rony pareciam velhos amigos do homem que os atendia.

-Conta? Vocês têm créditos aqui rapazes!  Mas devo perguntar.. quem são os outros? –o vendedor perguntou.

-Não quero ser indelicado, mas... é confidencial... –Rony parecia desconfortável em omitir a informação do homem.

-Certo... Não quis me intrometer, passem por aqui, Hermione sabe o caminho... Boa sorte, aos sete! –o homem não parecia ter desanimado sem a informação.

-Obrigado. –Rony falou e Hermione tomou a frente abrindo caminho por entre as portas chaveadas.

Hermione os levou a um lugar subterrâneo onde tinha uma porta um tanto pequena, entraram na porta e apareceram no Ministério da Magia.

Estava muito parecido, exceto pelos elevadores que estavam destruídos, o tumultuo era inevitável, um bruxo alto, cabelo comprido até os ombros, pele morena, judiada pelo sol, vestia roupas de bruxos, mas de colorações claras, marrom claro (quase um bege) o bruxo tinha uma barba bifurcada salpicada de fios brancos, olhava para eles com seus olhos castanho-escuro, mais parecia estar medindo suas habilidades em batalha do que trabalhando.

Passaram pelo bruxo, Harry olhou no fundo de seus olhos, podia jurar que eram fendas, mas ao olhar novamente eram normais. Algo estava errado, o ar ficara gélido, e o homem parecia estar seguindo eles. Annabeth e Carter pareciam ter notado também. Chegamos a sala do Ministro da Magia, batemos na porta e logo antederam a porta. Harry quase caiu para trás quando abriram a porta, o homem de barba bifurcada que atendera a porta era o mesmo que parecia estar seguindo eles. O homem disse:

-Vocês demoraram, entrem –sua voz era suave e autoritária, muito tentadora, Harry olhou para trás e viu que todos estavam muito ansiosos para entrar, como se o homem fosse lhes dar algum presente, não resistindo a tentação Harry entrou primeiro e algo muito estranho apareceu: o chão da sala parecia um redemoinho de areia, Harry entrou e foi sugado para baixo, em poucos segundos estava em um lugar muito quente, rodeado de areia: um deserto.

Logo caíram mais seis pessoas ao seu lado, tão pasmadas quanto ele.

O homem com barba bifurcada flutuou até o chão, e em uma risada estridente disse:

-HAHAHAHA! Então esse é o melhor que as três grandes nações têm para oferecer?

-Você não viu nada! –Carter gritou e invocou do nada sua espada, todos pareciam entender o que estava acontecendo, pois empunharam suas armas e partiram para uma batalha.

Pareciam ter treinado juntos durante a vida toda! Harry atacava, o monstro rebatia, Sadie o defendia, Percy atacava, o monstro bloqueava, Annabeth atacava, o monstro ia atacar Annabeth e Carter se colocava na frente, bloqueando o ataque e permitindo Annabeth atacar, Hermione acertava todos os feitiços, Rony parecia buscar em sua cabeça o melhor feitiço, porque só protegia Hermione com cara de pensativo, até que num jogo rápido o homem sacou um punhal, pegou Percy de refém e colocou o punhal no pescoço de Percy.

-Me deem o pergaminho, ou ele morre! –disse o bruxo.

-Que pergaminho? –Sadie gritou.

-Não temos pergaminho nenhum! –Annabeth disse.

-Não brinquem comigo, eu posso sentir o poder do pergaminho!

-Não entreguem nad... –Percy foi interrompido pela lamina do punhal apertando em sua garganta, um brilho no olhar de Percy anunciou que ele tinha um plano.

-Você não esta em posição de falar nada, Perseus! –o bruxo disse.

-Não entreguem! –Disse Annabeth, ela parecia ter entendido o plano de Percy mas tinha medo de por em prática –Mate-o... mate-o então! Nunca lhe entregaremos o pergaminho! 

O homem não pareceu gostar disso, cravou a navalha no pescoço de Percy, que com um sorriso no rosto viu a lamina se quebrar e com um golpe magistral cortou o homem no meio.

Então muita coisa aconteceu:

O homem começou a sangrar água, a areia cedia formando uma piscina realmente muito grande, das partes do homem saiam tentáculos, ele foi se transformando até virar uma coisa que Annabeth gritou:

-Kraken!

Dito isso Percy pulou na piscina, sem saber o que fazer, Harry olhou para Hermione que puxou da bolsa de contas uma planta que Harry conhecia: Guelricho. Harry colocou na boca e pulou na piscina, Carter recorreu as memorias de Hórus e aparentemente lembrou de alguma coisa e conseguiu invocar um avatar de batalha, mas era diferente, era azul, Carter pulou na água, Rony abraçado em Hermione tentando protege-la, Annabeth roía as unhas sem saber o que fazer, Hermione por sua vez pensava em mil coisas ao mesmo tempo, resolveu confidenciar à Sadie e Annabeth sobre o pergaminho, tirou da bolsa de contas um rolo de papel amarelado e espesso, mas com nada escrito e contou a história da maneira mais breve possível, depois disso ela lembrou de alguma coisa e disse:

-Eu sei como derrotar o Kraken! Li sobre isso na sessão reservada! Mas preciso chegar bem no fundo, preciso tocar o solo e a água para isso dar certo!

-Vamos, eu sei o que fazer, Jorge me deu isso – Rony falou e tirou do bolso uma bala verde- é uma capa de chuva que encobre o corpo todo, teoricamente pode funcionar...

-É, mas e a pressão da água? –Annabeth disse.

-É nossa única chance! –disse Sadie entrando na conversa.

-Eu vou, não vou deixar nada acontecer a você, Mione. –Rony falou com autoridade.

-Não, o feitiço é muito complexo para explicar agora... –Hermione replicou.

-Vamos juntos! Eu te protejo. –Rony disse colocando a bala na boca, apertou o braço no ombro de Hermione, empunhou a varinha na outra mão, saíram correndo e pularam na água.

-E nós, o que fazemos? –Perguntou Sadie.

-Não sei...-Annabeth respondeu- não tenho poder algum sobre a água, se eu entrar lá só irei atrapalhar, tenho que achar um jeito de ajudar por fora!

A voz de Ísis na cabeça de Sadie disse: Pense Sadie pense, você pode ajudar!

Sadie parece ter lembrado, apertou na mão o cajado e a varinha, de repente asas multicoloridas saíram de suas costas, ela estava flutuando.

-Di Immortales! –Annabeth disse –o que é isso?

-O poder de Ísis! –Sadie respondeu e voou para a batalha.

Annabeth não gostou de ser deixada para trás, em um ato de insanidade e raiva pulou na cabeça do Kraken e furou-lhe um olho com sua faca, o Kraken a jogou na água até que Percy a salvou criando uma bolha de ar onde ela caiu.

-Vocês são loucos! Gritou Carter, era o único que estava do tamanho do Kraken, mas como seu avatar de batalha ele também era um perigo, pois podia facilmente pisar em Harry, Rony, Hermione ou Annabeth.

Percy não gostou nada do monstro ter derrubado Annabeth, parecia que o volume da água estava diminuindo, Percy parecia estar sugando água, até que Annabeth disse:

-Percy! Ajude Rony e Hermione a chegarem no fundo!

Percy estava no topo de um moinho de água, ele pulou no meio do buraco e como uma bala passou por Harry, que lutava embaixo da água com o monstro.

Coisas ruins aconteceram, a bolha estava se rompendo, Hermione estava inconsciente e Rony parecia a ponto de desmaiar também, mas estava fazendo de tudo para voltarem a beira, em um ultimo e desesperado ato, Rony saiu da bolha e a jogou para cima com Hermione, Rony não aguentou e desmaiou, Percy criou uma bolha de ar em torno de Rony, mas aparentemente ele deixara o ar que tinha na bolha para Hermione, Percy sentia a agua em seus pulmões, uma quantia considerável, ele não sabia o que fazer, notou na voz de Annabeth que só Hermione sabia como derrotar o Kraken, e ela estava inconsciente, Rony estava com muita água nos pulmões, e seus amigos podiam estar mortos lá em cima, mas Percy fez o que era certo, apoio Rony no chão e pressionou seu peito, fazendo sair a água que tinha nos pulmões, Rony tossiu e cuspiu  a água, abriu um pouco os olhos e perguntou:

-Cadê...

-Lá em cima, você a salvou.

Ele fechou os olhos com um sorriso no rosto, Percy colocou a mão no bolso para pegar um pouco de ambrosia, mas lembrou-se de que Rony não era semideus, e ele não sabia quais poderiam ser as consequências disso. Olhou para cima e olhou Annabeth afundando com a testa sangrando, a raiva invadiu a cabeça de Percy, ele não via nada mais além de derrotar o Kraken. Percy a pegou e trouxe para a mesma bolha em que Rony estava.

-Eu levo Annabeth lá pra cima, você ensina pra esse monstro uma lição! –Disse Rony, parecia revigorado.

-O.k. Esse monstro mexeu com a filha de Atena errada! Não se preocupe Annie, você vai ficar bem... –Percy disse e saiu da bolha, com um gesto a bolha estava subindo, Rony fez algum feitiço e ela subiu mais rápido.

Percy estava com a cabeça fervilhando, só pensava em destruir aquele monstro, e ia começar a fazer isso por baixo.


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