As Duas Faces Do Meu Anjo escrita por MS Productions


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo...
Beliel não é assim tão mau como parece... ou será?



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Diogo (PDV)

- Não sei como ficaram a saber Azazel mas sabes que Samael não é para brincadeiras! – Ele olhava para mim, quando estávamos os dois no alpendre, eu em pé encostado à viga e ele na cadeira de baloiço – Ele vai encontrar a Margarida, dê por onde der!

- Eu acabo com ele, se ousar tocar com um dedo que seja nela! – Ficamos em silencio por um pouco – Obrigado por a protegeres! Acho que a devemos manter por aqui mais uns dias. Estará segura!

Ele esboçou um sorriso, e foi naquele sorriso que percebi, a volta que a Margarida tinha dado a cabeça dele, ele parecia eu próprio quando a protegi em bebé, os sentimentos já o tinham controlado.

- Azazel…- Disse-me, puxando de um cigarro e acendendo-o. – Como é sentir amor?

- Boa pergunta! Não sei explicar, é a força maior que alguma vez possas ter sentido, é a felicidade, no seu estado puro… é estranho. – Sorri, estranho ele perguntar aquilo.

- Amas a Margarida? – Olhou sério para mim. – Como soubeste que a amavas?

- Amo, embora não seja a ordem possível que o mundo possa tomar, eu amo-a, tu sabes que ela é a tal, porque só a vês em tudo, sofres quando ela esta triste, ficas radiante quando ela esta feliz. Soube, a partir do momento que a senti longe de mim, a falta que ela me fazia. – Estava a desabafar isto com o meu irmão, que tanto tentava prejudica-la. – Vais-me dizer que estas apaixonado?! – Ri, ele poderia estar muito confuso com tudo, mas apaixonado por alguém era complicado.

- Não… não sou um fraco como tu! - Levantou-se dando o último bafo no seu cigarro e apagando no chão – Eu não tenho espaço para amor, Azazel, e hás-de perceber um dia que isso não dura, não é conforme a tua lei! Vou ver como ela tá! – E afastou-se, deu-me a leve sensação que ele, simplesmente não queria admitir, preferia fechar-se para ele próprio.

Fiquei ali, olhando o rio e foi questões de segundos para ele aparecer de novo ao pé de mim.

-Juro que aquela miúda me tira do sério! Vai lá tu, porque ela não me abre a porta! – Estava danado, via pela sua expressão.

- Eu vou la! – Entrei dentro de casa e entrei dentro do quarto, materializei-me dentro do quarto, ela estava na cama olhando a parede, triste, fui-me deitar ao lado dela e abracei-a.

Margarida (PDV)

Aconcheguei-me a ele, tinha medo, sentia-me como um animal indefeso.

- Eu não tenho medo de morrer – Disse-lhe a verdade, não tinha.

-Tu não vais morrer, de onde tiraste essa ideia? – Olhou pra mim, passou a sua mão na minha face – Eu não irei deixar!

- Eu sei, mas se for para bem de todos, tens que me deixar ir!

-Nunca, eu não vou perder a única pessoa que me fez perceber o que era saber amar. – Sorriu-me – Tenho que ir falar com os chefões, dizer-lhes as novidades!

Assenti, e ele sorriu para mim, antes de desaparecer, calculava que não me ia deixar sozinha.

Levantei-me, abri a porta do quarto e logo uma cabeça se mostrou do sofá, como eu suspeitava, não tinha ficado sozinha. Fui-me sentar ao pé dele.

- Estas bem? – Perguntou-me, por momentos pensei que estivesse mesmo preocupado.

- Oh…Sabes como é… Perseguida por demónios é o que eu faço todos dias! – Ri-me e ele sorriu-me.- Um pouco de sarcasmo, sabe bem nestes momentos!

Ficamos os dois em silêncio por uns segundos.

- E um pouco de diversão também! Vamos! – Fiquei meio estranha, quando me puxou pelo meu braço e me levou para fora de casa.

-Beliel! Tá frio! É de noite, vou ficar doente!

- Agora já não! – Sorriu e o ambiente chuvoso e frio que estava naquele momento, tornou-se numa noite quente na qual o lago parecia convidativo, olhei para todos lados, apenas naquela zona o ambiente se encontrava assim, em volta tudo permanecia igual. Reparei em mim, estava de pijama.

- Não tenho nada para vestir!

- Vai rápido ao teu quarto tens la um biquíni em cima da cama! – Sorri lhe e corri para casa, abri a porta do quarto como se fosse uma criança a procura de uma surpresa.

 Quando acabei de vestir o biquíni, jurava que o matava entre risadas enquanto me olhava ao espelho, super reduzido, abusador!

Ouvi-o a gritar na sala e corri até ele.

-Vamos? – Estendeu-me a mão, agarrei-a. E ele sorriu maroto pegou-me como se fosse um saquinho de batatas.

- Beliel! Paraaaa! – Dizia isto enquanto corria comigo ao colo, até ao pequeno cais de madeira que se estendia no lago. Não tive tempo de dizer mais nada porque caímos os dois dentro da água que magicamente estava quentíssima.

O Beliel ria as gargalhadas, mandei lhe com uma palmada de agua, estupido. Parei, há quanto tempo não me sentia assim, verdadeiramente feliz.

- Obrigado! – Disse-lhe isto e ele veio calmamente junto a mim, parou a minha frente e tocou na minha face.

- Porque que agradeces?

- Por este momento, sei lá, por me teres protegido. – Ele baixou o olhar.

- Eu não sou o meu irmão margarida, podes ter mudado alguma coisa em mim, mas a maldade vai estar sempre aqui. – Tocou no seu coração, eu mandei-lhe água a cara, o que fez ficar irritado – Porque que fizeste isso? Ah… Vais pagar! – Riu-se pegando me ao colo, agarrei-me bem a ele, se me fizesse algo ia comigo.

- Tas com medo? – Olhei o nos olhos, as suas mãos agarravam as minhas costas, e ele baixou o olhar para o meu peito.

-Seu ordinário! – Soltei uma das mãos que agarrava o seu pescoço e dei-lhe um tapa ao de leve. Ele voltou a olhar para mim. Senti aquele olhar a penetrar o meu, hipnotizada, os nossos rostos foram-se aproximando, parei antes de cometer um erro estrondoso, ele sorriu.

- Pronta para mergulhar? – Mais uma vez nem tempo tive para dizer uma única palavra, e fez nos afundar, e puxou-nos rapidamente para cima.

-Ahhh! Eu odeio-te – subi para cima dele e tentei-o afogar, sem efeito porque foi mais rápido pegou em mim, bem no alto e atirou-me. Emergi e dei de caras com ele de novo a rir-se. Tás tramado disse para mim própria.

- Sou mais rápido, mais forte que tu, não tens hipóteses! – Agarrou-me, comigo a espernear para me largar, sem frutos, deixei-me ficar, assim que ele me levou para terra, reparei o estrondoso corpo que ele tinha, era robusto, muito mais que o Diogo, tinha tudo perfeitamente no sítio. O que me deixava um pouco incomodada.

- Vamos saltar de novo! – disse-me a rir.

-Beliel, outra vez não, tu levas-me ao fundo! – Ri-me, tarde demais já estava a correr comigo. – Oh não...oh não!

Puf… Os dois dentro de agua, assim que caímos ele apertou-me mais contra si, quando emergimos ria-mos os dois como 2 crianças felizes, com as brincadeiras parvas de infância. Ele parou de rir, olhei para ele, olhava-me com desejo, desespero, um misto indecifrável.

- Eu tenho que… - Os seus lábios tocaram os meus, estava sem reacção, porque por um lado sentia uma forte vontade e por outro, estava a engana-lo e a mim própria, o seu aperto tornou-se mais forte, a sua mão percorreu o meu corpo, deixei-me levar, os beijos ficaram insaciáveis, uma força animal parecia surgir dele, deixando-me mais uma vez sem folego.

Eu não podia, não podia, este pensamento corria a minha mente. Até que ele parou.

Olhou para mim.

-Tu tens esse poder, tens o poder de me dar a volta a cabeça, tu és como um vírus. Porque que não sais da minha cabeça – afastou-se, o meu corpo tremia com o diminuir da temperatura, aos poucos a chuva foi caindo e ele se afastando de mim, fiquei ali, sozinha no lago frio, como o ambiente que me rodeava.

Ouvi umas palmas a bater.

-Gostei da sessão romântica! Agora vamos, tu vens comigo! – Então tudo ficou escuro, talvez tenha perdido a consciência, porque me sentia a voar, o calor, o calor abrasador queimava-me todo o corpo, perdi totalmente o controlo, apaguei.


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