Uma Nova Cullen escrita por Victoria Trindade, Fernanda Ventura


Capítulo 10
Dois


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!
Por favor não me matem, eu deveria ter postado dois capítulo já que estou duas semanas sem postar, mas me perdoem.
Minha avó faleceu há duas semanas e eu fiquei sem cabeça pra escrever, mas o importante é que já passou e agora tenho um capítulo novinho pra vocês.
Espero que gostem!



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PDV Rose

Estava ficando tarde, Nessie já tinha ido embora junto com os pais para o chalé, era visível que Suzana estava cansada, porém ainda estávamos conversando sobre o nome do bebê.

– Eu sei que foi Thomas que ganhou a votação, mas eu gostei de David – Esme se pronunciou.

– Um deles pode ser usado como segundo nome – sugeriu Alice.

– David Thomas – eu disse quase sussurando – acho que não combinam muito.

– É verdade. Fico feliz que essa brincadeira tenha animado Nessie, mas ainda não decidi um nome para menino.

– É melhor que decida logo, não deve demorar muito para ele ou ela chegar – Esme disse enquanto beijava sua testa.

– Não há necessidade para escolher um nome de menino – Alice era bem convencida na maioria das vezes. Não entendo como ela pode ter tanta certeza do sexo do bebê.

Como habitual me levantei do sofá para esquentar o leite que Suzana bebia todas as noites antes de dormir, depois eu a acompanhava até a cama e ficava com ela até que adormecesse.

– Rose, eu vou te esperar no quarto, ok?

– E como pretende subir as escadas? – eu gritei de volta pra ela.

– Esme vai me levar.

– Está certo. Subo em alguns minutos.

Depois retirar o açúcar do armário e de pegar a caixa de leite me dirigi ao fogão para esquentar o mesmo. Enquanto fazia isso senti dois braços fortes agarrando a minha cintura. Emmett me virou para ele (o que me fez derrubar todo o leite da chaleira) e começou a me beijar com desejo. Comecei a rir.

– O que está fazendo? O pessoal tá todo na sala. E olha só o que você me fez fazer – eu ainda ria.

– Posso saber do que você está rindo?

– De você é lógico! Que cara é essa? O que foi? –a cara dele não era muito boa.

– Rose – ele chegou mais perto e tento falar o mais baixo possível, mais baixo que um sussuro – sabe há quanto tempo nós não...

– O quê?

– Você sabe?

– Emm, nós fizemos ainda ontem.

– É mas, você só fica preocupada com a Suzana, caso ela acorde você sai sem importar o que estamos fazendo, não dá pra curtir o momento.

Ele abaixou a cabeça com um biquinho estilo Alice.

– Quer dizer que você tá carente? – eu disse fazendo carinho na sua orelha. Ele balançou a cabeça positivamente – vamos fazer o seguinte, eu vou limpar essa sujeira, eu vou aquecer o leite da Suzana, esperar ela dormir, e depois a gente sai. Pode ser?

A cara dele mudou de expressão.

– Perfeito. Mas não demora.

– Então limpa o leite que você me fez derrubar – pisquei um olho pra ele, e ele obedeceu – que eu esquento outra xícara e levo logo pra ela, assim ela dorme mais rápido.

Depois de esquentar o leite coloquei as quatro colheres de açúcar e me certifiquei de que não estava muito quente pra ela.

Subi as escadas e bati na porta do antigo quarto de Edward, que agora era dela, tinha a cama que ele comprou pra Bella (na época da batalha com recém criados), cortinas novas e até alguns quadros que ela escolheu.

– Pode entrar.

– Sou eu.

Ela sorriu ao me ver, estava deitada em um monte de travesseiros com a barriga pra cima. Ela se sentou pra pegar a xícara, assim pegou deu um gole.

– Delícia. Obrigada.

– De nada, então, ansiosa pra chegada dela, ou dele?

– Muito, você não tem ideia.

– Pra quando você acha que é?

– Essa semana, ou a próxima. Não deve demorar. E ele quer sair daqui também, de estar doido pra conhecer todo mundo, principalmente você.

– Por que eu?

– Eu conto a ele todos os dias antes de você chegar aqui o quanto vocês todos são bons pra nós, mas que, principalmente, você me salvou.

Aquilo realmente me emocionou, eu tenho certeza que se pudesse chorar eu estaria fazendo isso agora. Ela terminou a xícara e colocou na mesinha ao lado da cama. Quando se deitou novamente e ficou confortável eu a cobri. Tadinha, estava tão cansada que fechou os olhos rapidamente. Peguei a xícara, apaguei a luz e abri a porta. Antes de fecha-la ouvi uma última frase:

– Nós te amamos, Rose – fui até sua cama e dei um beijo em sua testa.

– E eu amo vocês.

Saí e do quarto e Emmett já me atacou, me colocou contra a parede enquanto beijava meu pescoço.

– Ainda não. Eu falei que nós vamos sair. Eu só quero trocar de roupa.

– Eu vou estar te esperando no carro, não demora – ele disse apertando minha bunda.

.

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.

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Saí de cima de Emmett e deitei novamente em seu peito (era a terceira vez nessa noite).

– Você é sempre perfeita, quando tem foco.

Dei um tapa nele.

– Eu sou sempre perfeita.

Eu o observei rindo pelo espelho no teto.

– A noite ainda não acabou, você ainda me deve por essas últimas semanas.

– Aproveite agora porque eu sou toda sua.

Seu olhar malicioso foi subindo até chegar no meu pescoço, onde ele começou a depositar beijos. Meu celular começou a tocar mas minha bolsa tava do outro lado do quarto (Emmett tinha reservado a suíte máster de um motel cinco estrelas há uma hora de casa).

– Deixa tocar – Emm pediu entre os beijos.

– Emmett, e se for alguma coisa importante?

– Não é nada.

– Espera só um pouquinho, eu vou atender.

Me levantei, vesti um roupão. Quando peguei minha bolsa foi uma guerra pra achar meu celular. Quando finalmente o encontrei ele já tinha parado de tocar, e descobri que ele havia tocado antes, tinha 19 ligações não atendidas. Todas de Bella.

.

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PDV Suzana

Pela primeira vez em algum tempo estava me sentindo bem e fui dormir tranquila. Acordei, ainda estava escuro. Senti algo molhado no colchão, era sangue.

– Rose! Rose! – eu gritava repetidamente mas não tinha retorno, comecei a chorar, era involuntário. O desespero estava tomando conta de mim, eu não parava de sangrar.

Alice entrou no meu quarto com uma camisola.

– Ela saiu com o Emmett – quando eu levantei a colcha ela percebeu que eu estava sangrando – ai meu deus. Eu vou buscar ajudar. Carlisle! Carlisle! – ela saiu a procura dele.

Poucos segundos depois ele entrou no quarto seguido de Esme, sentiu minha pulsação e viu que eu estava suando frio.

– Fique calma, está bem?

– Não sei se consigo – senti uma contração chegando, minha respiração ficava mais rápida consequentemente.

– Eu não sabia que isso era possível, eu estava prevendo uma cesariana para a semana que vem. De qualquer modo, não vou conseguir fazer sozinho. Alice, ligue pra Edward e Bella.

– Esme, por favor, não me deixa sozinha.

– Você não vai ficar meu anjo, prometo a você.

Poucos minutos depois Edward e Bella também estavam entrando em meu quarto.

– Onde está Renesmee?

– Ela está lá embaixo com Jacob – Bella respondeu enquanto secava o suor em minha testa - eu sei como está se sentindo, procure manter a calma, ok? Nós estamos aqui para garantir que nada ruim vai acontecer a você ou ao bebê.

– Mas eu estava sangrando, Bella. Eu não quero perder meu filho – eu disse no meio de soluços.

– E você não vai.

– Bella, a bateria do meu celular acabou, preciso do seu pra ligar pra Rose – Alice gritou de algum outro cômodo da casa, ela e Jasper eram mais sensíveis ao cheiro de sangue.

Carlisle tinha saído de meu quarto há poucos minutos agora retornou. Ficou de joelhos no pé da cama. Pelo seu semblante eu podia saber que era hora.

– Eu não vou conseguir ter um parto normal – era uma constatação.

– Eu não posso dizer com certeza, mas não quero arriscar nem você nem o bebê, não sei se anestesia geral vai durar muito então vou te dar morfina, pra ter uma garantia melhor. Vamos?

– Eu não posso fazer isso sem a Rose – não conseguia controlar mais meu choro.

PDV Alice

Na vigésima chamada Rose finalmente atendeu ao telefone.

– Bella, o que foi? Aconteceu alguma coisa?

– É a Alice, Rose. Vocês tem que voltar pra casa agora! Suzana está em trabalho de parto. Carlisle vai fazer uma cesárea nela.

– Estamos indo pra casa. Vamos fazer o máximo para não demorar, estamos muito longe de casa. Por favor, tranquilizeela por mim.

Então ela desligou o telefone.

Voltei para o quarto, ouvi a voz de Suzana “não posso fazer isso sem Rose”.

– Desculpe minha linda, mas ela está longe daqui, não sei se vai conseguir chegar a tempo.

– Mas eu fico do seu lado, ok? – Bella pegou a mão dela.

Ela nem teve tempo de responder. Edward chegou para leva-la à nossa enfermaria particular. Ela respirava com certa ansiedade e enterrou o rosto no peito de Edward para chorar mais um pouco, sem soltar a mão de Bella.

PDV Suzana

Já estava deitada na maca, minhas contrações estavam muito mais rápidas, meu choro era incontrolável e eu tremia de nervosismo. Voltei a ter sangramento o que me deixou ainda mais nervosa.

– Você vai sentir a picada da agulha, mas não é nada demais.

Senti a agulha entrar e a morfina se espalhar por meu corpo. Carlisle colocou um pano horizontalmente na minha frente para que eu não visse a cirurgia.

– Vai começar – Bella sussurrou pra mim.

Edward e Carlisle eram habilidosos, em poucos minutos minha barriga já estava cortada, mesmo com morfina consegui sentir o que eles estavam fazendo. Carlisle retirou o primeiro bebê, aquele chorinho foi como música para meus ouvidos. Bella olhou pra mim maravilhada.

– É um menino, Suzana. Um menino – era praticamente inaldível, eu estava completamente tonta.

Esme, que estava no canto da sala sem que eu percebesse, entrou e envolveu o bebê com um manto azul.

– Calma, meu amor! – Esme ninava meu bebê com tanta serenidade que eu senti inveja dela, eu estava quase não aguentando, será que ainda conseguiria ver meu segundo bebê ou ainda segura-los?

Bella ficou surpresa quando eles retiraram o segundo bebê, dessa vez uma menina.

– Você sabia disso? – ela perguntou olhando pra mim

Eu balancei a cabeça positivamente, com muito esforço, era o máximo que eu conseguia fazer. Minhas pálpebras estavam quase fechadas, mas consegui ver Edward levar minha filha enrolada em um pano rosa. Ele e Esme provavelmente iriam limpá-los e comunicar ao resto da família que tínhamos dois novos integrantes.

Vi eles darem meia-volta trazendo os bebês até mim, senti lágrimas quentes descer pelo meu rosto quando os vi tão de perto, ambos ainda sujos de sangue e chorando incontrolavelmente. Não podia descrever minha felicidade.

– São perfeitos, lindos – foi tudo o que consegui dizer. Esme e Edward sorriram pra mim.

Blair e Thomas seguraram um dedo meu cada um. O choro deles diminui consideravelmente nesse momento. Eles abriram os olhos e me encararam.

– Precisamos limpá-lo mas daqui a pouco você vai vê-los de novo.

– Não os leve pra longe de mim – eu implorei chorando, mas eles já estavam na porta do cômodo.

A mão de Bella não soltou a minha um só minuto, mas agora eu não tinha forças para manter minha mão ali.

Eu só sabia que eu tinha perdido muito sangue, estava muito fraca, mas meus bebês estavam bem, eram lindos e fortes. Apesar de tudo que eu passei, tudo o que eu sofri foi para que eles nascerem, assim que eu os vi eu sabia que tinha valido a pena. Cedi e fechei os olhos. Eu finalmente estava em paz.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que aconteceu com a Suzana?
Mereço reviews? Espero que tenham gostado!
Beijos e até logo :*