É com certeza eu tinha julgado ele errado e eu me arrependia mortalmente disso, eu nunca imaginaria que o Lucas poderia ler ou ao menos me fazer sentir com borboletas no estomago, quando ele pegou na minha mão pra me levantar eu quase cai de novo e agora ele estava na minha frente esperando que eu fizesse algo foi então que eu percebi que ele ainda segurava minha mão eu sorri e ele percebeu que eu olhava pra nossas mãos juntas e soltou ela com cuidado eu quase apertei a mão dele e pedi pra ele não me soltar, aquela era a segunda vez que ele pegava na minha mão(ta da primeira vez eu tinha pego na mão dele) mas novamente eu senti a minha pele formigar com seu toque.
Eu senti uma dor na palma da mão e pra mim aquilo não era um bom sinal eu sempre quis evitar essa dor na verdade não era uma dor era uma pressão na palma da minha mão direita e eu não gostava dela por perto, a ultima vez que eu senti isso eu descobri que estava apaixonada e bem eu não foi muito bom da primeira vez e eu não sei o que me esperava dessa vez.É eu sei que é estranho mas era como um aviso ou coisa assim mas eu sempre sentia isso quando começava a gostar de alguém.
Nós ficamos parados um olhando para o outro e então eu comecei a ficar vermelha e ele também e nos desviamos o olhar.
Depois de um segundo o Lucas me disse sem olhar nos meus olhos:
-Então você e o Danilo são só amigos ou … – eu olhei pra ele confusa, mas ele olhava pro chão eu nunca tinha o visto fazer isso ele estava tímido era isso, ele não terminou a frase e eu já tinha a resposta.
-Não, não eu e o Danilo, imagina ele é só meu amigo. – Eu disse rindo e ele olhou pra mim e me abriu um sorriso eu pensei que ele iria me abraçar, mas ele não disse nada e só ficou rindo pra mim.
Nós ficamos nos olhando e uma das outras funcionarias passou do meu lado e deu uma piscadinha pra mim eu comecei a recolher os livros do meu lado ele se abaixou e começou a me ajudar a pegar alguns livros, nossas mãos se relaram e foi tipo cena de cinema sabe ele olhou pra mim e eu pra ele e nos abaixamos a cabeça novamente.
-É eu acho que já vou indo, eu devo estar atrapalhando o seu trabalho aqui. – Ele disse isso em um tom triste como se fosse difícil me deixar, eu e a minha imaginação fértil.
Eu me levantei e coloquei os livros em uma mesa próxima a nós ele me seguiu, deixando e deixou os livros que ele tinha recolhido.
-Então já que eu estou aqui hmm… nós poderíamos sair depois que você terminasse aqui, sei lá nós poderíamos ver um filme ou eu poderia te mostrar a cidade.
Eu sorri feito criança enquanto ele esperava uma resposta minha.
-Ah pode ser hm eu saio em trinta minutos ai eu vou em casa tomo um banho e agente se encontra aqui em frente.
-Eu não posso te pegar na sua casa? – Ele me perguntou em um tom ressentido mas ao mesmo tempo com duvida na voz.
-Pode é só que eu achei que ficaria melhor pra você.
-Então eu te pego na sua casa às… 08:00, tudo bem pra você?
-Tudo. – Ele chegou bem perto de mim e eu achei que ele fosse me beija mas ele estava só se despedindo ele me deu um beijo no rosto quase na boca que fez eu me arrepiar toda depois ele pegou o seu livro e foi em direção ao caixa. Eu fiquei olhando ele sair da loja e se virar pra me olhar eu dei um sorriso constrangido e depois continuei fazendo meu serviço. Eu terminei o mais rápido que pude e corri pra casa.
Quando eu cheguei em casa minha tia estava assistindo a algum tipo de show de talentos eu a cumprimentei e subi correndo, ela veio atrás de mim e me perguntou:
-Aonde você vai com toda essa felicidade?
-Hm eu realmente não sei, vou sair conhecer a cidade…
-Você vai conhecer a cidade sozinha? – Ela já sabia que eu sairia com alguém, mas ela estava com um sorriso radiante e nos seus olhos tinha um brilho que eu não via a tempos. Eu ri e fui abraçar ela eu queria agradecer por tudo, mas ao mesmo tempo queria só ficar ali abraçada e sentindo protegida.
Nós ficamos em um silencio, mas não nos soltamos ate que ela disse:
-Eu fico feliz por você, eu fico feliz por você estar tentando ter uma vida.
-Eu também. – Mas sempre eu me sentiria culpada por tudo se eu não tivesse gritado com ele… ele estaria do meu lado agora, mas eu já tinha me lamentado de mais, e isso não mudaria minha vida. e a partir de agora eu viveria sempre com um sorriso no resto mesmo sem ele ser verdadeiro, mas mesmo com um sorriso verdadeiro eu sempre levarei a culpa dentro de mim não importa o que digam ou o que façam.
Ela me segurou pelos ombro olhou La no fundo dos meus olhos e disse:
-Sempre foi pra você ser minha, desde o inicio. – Eu quase desabei em lagrimas mas consegui me recuperar e sorri sem jeito pra ela e então percebi que uma lagrima tinha escapado, como sempre. –Agora vai você não pode se atrasar.
Ela me virou e deu dois tapinhas em minha bunda me empurrando pro banheiro. Eu virei e sorri e depois corri pro meu banho.