Sempre Em Meu Coração - HIATOS escrita por Joy


Capítulo 4
Capítulo 4




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Na terça-feira já fazia uma semana e um dia que eu estava estudando e eu tinha esquecido completamente do trabalho que a professora Denise tinha passado, minha vida estava um pouco corrida já que estava procurando um emprego e tinha que ajudar a minha tia em casa e ainda tinha o colégio. Hoje eu teria uma entrevista em uma livraria eu esperava que talvez conseguisse o emprego, pensei que iria gostar de lá já que me dava bem com livros.
Quando cheguei à sala fiquei meio confusa o Lucas estava me esperando na minha carteira ela estava com um sorriso no rosto que quase me fez babar, mas ai eu lembrei que ele não era o cara que eu queria, ele não era o cara dos meus sonhos, ele podia ter um pouco de inteligência, mas não deixava transparecer, fui pra minha carteira com calma e com o rosto neutro.
-Oi.
-Oi. – eu achei meio estranho já que ele nunca tinha relado nele, ele tinha a pele quente, e eu nunca tinha visto ele cumprimentar alguém com um beijo no rosto eu senti minha pele formigar onde ele tinha beijado, mas ignorei a sensação e dei um sorriso constrangido pra ele.
Ele se afastou de mim e me deu o que parecia um sorriso bobo, será que ele havia sei lá gostado de relar em mim? Ai como eu sou idiota ele só me cumprimento e eu já tava criando expectativa ai como eu era boba balancei a cabeça como tentando esquecer o pensamento. Ele ficou esperando que eu falasse alguma coisa? Ou ele era lerdo? Ou ele estava me admirando. Ai como eu era patética. Depois de alguns segundos ele me abaixou a cabeça e disse um pouco rápido de mais:
-Eu estava pensando se nós podíamos… – Ai ele vai me chamar pra sair ai ai ai. – Fazer o trabalho na sua casa porque a minha casa da em reforma e a casa do Dan já tem muita gente lá ai você fala com seus pais e me responde amanha. –É ele não ia me chamar pra sair, eu tenho que parar de criar expectativas em pessoas que não dão a mínima pra mim. E ele achava que eu tinha pais e que a minha vida era normal. Eu fiquei meio paralisada com tudo aquilo e lembrei que ele estava esperando uma resposta minha.
-A pode sim eu só tenho que confirmar com a minha tia. –Eu falei tia com um tom tristonho e minha expressão mudou um pouco. Ele me olhou assustado como se estivesse feito algo errado, eu abaixei a cabeça e senti uma lagrima escorrer eu a limpei rapidamente e antes que alguém visse mas acho que ele viu.
-Me desculpe falei algo que não devia? – Ele me perguntou confuso, eu balancei a cabeça em sinal de não ele tocou no meu braço tentando me confortar e bem naquele momento eu ouvi o sinal bater, ele saiu e tropeçou na carteira e quase caiu, ele olhou pra mim e eu estava sorrindo entre sorrisos bobos eu perguntei pra ele:
-Você ta bem? – Eu ria mais da cara dele do que do quase tombo, ele não sabia se ria ou se arrumava a carteira. Hoje ele estava com o cabelo no lugar e ele estava com uma camiseta preta e uma calça azul escura, ele estava com o mesmo tênis que o meu primeiro dia aqui. Ele arrumou a carteira no lugar e depois olhou pra mim rindo e disse:
-É melhor assim. – Eu não entendi o que ele disse e olhei pra ele confusa.
-É melhor assim rindo do que chorando. –Ele apertou minha bochecha como quando fazem quando você é criança, eu sorri e mostrei a língua pra ele, na hora que eu olhei pra ele estava pálido e soltou minha bochecha e saiu andando sem dizer nada.
Eu sentei olhei pra onde ele tinha olhado antes de se transformar no mesmo Lucas, frio e grosso de sempre. Eu olhei pra trás e vi a Santana me fuzilando eu achei que ela iria pular no meu pescoço, mas ela só passou por mim como um furacão. E empurrou um menino que estava parado perto do lugar dela.
Ela chegou perto do Lucas e foi pra dar um beijo nele, mas ele virou o rosto e saí de perto, eu ouvi uma das seguidoras dele falar que ele tinha terminado com ela eu estava tentando ouvir mais sobre a conversa das meninas na minha frente quando, eu levei um susto com alguém me pegando pela cintura, eu soltei um grito, e todos da sala me olharam assustados eu olhei pra trás pra ver quem tinha me assustado eu imaginei que fosse a Carol mas quando olhei a mão do engraçadinho e vi que eram grandes de mais pra ser as mãos da Carol quando olhei pra ver quem era o sujeito vi que era o Danilo, ele estava com uma cara de bobo e com um sorriso na cara.
-Assustou? – Ele me perguntou rindo.
-Não imagina você acha, só dei o grito pra dar um efeito. –Eu disse isso com uma ironia enorme.
Ele abriu um sorriso e me puxou pra um abraço apertado como ele sempre fazia. Hoje o parecia que o cabelo do Danilo estava mais escuro que o normal estava quase preto e estava bagunçado, ele me lembrou o Lucas de alguma forma, o cabelo dele era maior e estava quase cobrindo os seus olhos que hoje também pareciam mais escuros eles eram com de mel, mas hoje estavam um castanho claro, ele estava com uma camiseta azul marinho e uma calça jeans apertada preta e estava com um tênis da Nike branco de molas azul claro.
Depois que ele me soltou do abraço eu vi o Lucas fazer uma careta e depois se sentar o segundo sinal tocou e a professora entrou na sala e todos foram para os seus lugares.
A aula foi sobre a literatura contemporânea, mas eu não estava com cabeça pra pensar em nada, eu ainda não acredito que eu me permiti chorar na frente do Lucas. Como iria ser agora toda vez que alguém falasse sobre meus pais eu iria chorar ai como eu sou patética.
A Carol não veio hoje e eu passei uma boa parte do almoço sozinha o Danilo e uma menina que eu não lembro o nome almoçaram comigo, mas depois do almoço eu tinha que ir à biblioteca devolver um livro, o Danilo me deixou na porta da biblioteca e disse que não podia entra, porque a bibliotecária odiava ele depois que ele não devolveu alguns gibis que ele emprestou.
Nas outras aulas eu consegui me concentrar mais do que nas anteriores uma hora ou outra eu via o Lucas olhando pra mim e pro Danilo ele alternava os olhares, mas quando eu olhava pra ele, ele simplesmente se virava.
No final da aula o Danilo se ofereceu pra me dar uma carona ele morava três ruas acima da minha e já que ele disse que não iria incomodar eu aceitei. Ele tinha um gol bola de quatro portas grafite.
Ele abriu a porta do carro pra mim e fez reverencia como se eu fosse uma rainha ou algo parecido. Ele correu pra porta do seu lado pulou dentro do carro, depois ele ligou o radio em uma radio qualquer e estava cantando Loca da Shakira, ele começou a cantar com uma voz fina e tudo que eu pude foi rir dele, ele cantava cada vez mais alto e me chamava pra cantar com ele e eu só ria.
Ele parou em frente a minha casa e minha tia parou logo atrás eu o agradeci e dei um beijo em seu rosto e fui pra dentro, pelo que eu vi já estava atrasada pra minha entrevista.


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