A Bella E A Fera escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 13
Milagre


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, tudo bem? :)
Era pra postar ontem, mas eu tava tão cansada que terminei o capitulo agora.
KKKKK Assustei algumas de vcs né?
OBRIGADA POR TODOS OS RIVIEWS SUAS LINDAS :D
Obrigada às gasparzinhas camaradas que resolveram dar um "oi"
e as outras gasparzinhas, vamos aparecer tbm? :D
E vamos ao penúltimo capítulo.
NOTA IMPORTANTE NO FINAL (É SÉRIO, É PRA LER VIU?) ;)



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Autora p.d.v.

Os homens que acompanharam Jacob até o castelo andavam cautelosos pelos corredores. Estavam assustados e a decoração macabra do lugar os aterrorizava. Verificaram vários cômodos, mas felizmente todos estavam vazios. Não queriam transparecer, afinal eram considerados um dos mais fortes e valentes da vizinhança, mas estavam com medo, muito medo. Temiam encontrar os moradores daquele castelo, afinal, que criatura maligna moraria em um local tão macabro? Filhos do mal, do demônio, certamente.


O grupo estava dividido em diferentes partes do castelo, mas ambos os grupos tinham um só pensamento: fugir. Reuniram-se novamente no salão principal, suas expressões não mais escondendo o medo. Não ligavam para Jacob, não ligavam para a jovem maluca e nem para os possíveis monstros que habitavam aquele castelo. Iriam embora, iriam fugir, abandonar a missão suicida. Salvar suas vidas era mais importante, não queriam permanecer nem mais um minuto naquele local profano.


Então fugiram, abriram a pesada porta de madeira, correram com dificuldade pelo pátio coberto pela neve e chegaram até o grande portão de ferro. Sentiram alívio ao passarem pelo portão, mas o alivio durou pouco. Em meio às árvores havia grandes lobos negros com olhos amarelos que reluziam na escuridão. Esperavam pela próxima vítima com a ilusão de liberdade. Os homens não sabiam, como poderiam saber? O caminho para se livrar do macabro castelo também era o caminho certo para a morte.


Não tiveram tempo para uma reação. Os lobos atacaram, cada um se deliciando com uma vítima. Matariam todos primeiro, depois se preocupariam em se alimentar da carcaça. Alguns conseguiram reagir, mas a força dos lobos sobrenaturais tornavam seus esforços inúteis.

1...2...3...um por um eles caíram, até não restar mais ninguém vivo. Os lobos grunhiram em satisfação e iniciaram o banquete.



...



Jasper abraçava uma Alice trêmula e chorosa. Rosalie se controlava para não perder o controle e Emmett segurava sua mão para lhe dar força. Esme, ainda com a febre, não entendia o que estava acontecendo. Porque estavam ali, no calabouço frio e húmido da torre, amuados como ratos? Do que tinham que temer? Do que se escondiam? Tentou várias vezes se manifestar, mas seus familiares disseram para ela permanecer quieta. Ela via o medo em seus olhos, ela sabia que algo ruim acontecia, mas o que era? Preferiu não contraria-los, quando fosse a hora se pronunciaria.


Jasper estava ficando inquieto e impaciente, queria lutar, queria defender seu cunhado, queria enfrentar os invasores. Mas como? Não tinham armas, apenas algumas espadas sem corte e desgastadas pelo tempo. Luta corporal? Fora de questão. Estavam em menor número, desarmados e não tinham a força de Edward. Ele e Emmett sabiam que tinham que permanecer ali, cuidando de suas mulheres e agindo como covardes.


Rose e Alice estavam aflitas, sentiam que algo ruim estava acontecendo com o irmão tão amado. Sabiam que se houvesse uma luta ela provavelmente não seria justa, contavam com os poderes de Edward para que ele se safasse. Como ele pôde se entregar tão facilmente à morte? Alice não conseguia perdoa-lo. Rose, no entanto, o entendia. Trezentos anos naquela vida miserável deixaria qualquer um louco e desejoso da morte, ainda mais não tendo ninguém para amar. O que seria dela sem Emmett? Sim, ela o entedia e perdoava.


Emmett arriscou dar uma olhada pela janela, o vento frio cortava seu rosto. Com muita dificuldade notou que algo acontecia na noite escura. Perto do grande portão de ferro, algo se movia ali. Deixou sua visão se acostumar com a noite escura, e a lua, saindo de trás de uma nuvem escura, iluminou o que ele tanto tentava ver. Ele viu os lobos em cima de vários corpos, se alimentando dos que uma vez foram os invasores do castelo. Por um momento ele ficou confuso, porque os lobos se alimentavam dos invasores? Então ele entendeu, eles tentaram fugir. Alguma coisa tinha dado errado, porque eles fugiram?


Um grito invadiu a noite silenciosa atraindo a atenção de todos. Um arrepio passou por cada um deles. Alice começou a chorar mais, Rosalie também se entregou ao choro. Sentiam que algo ruim havia acontecido. Edward... seria ele o dono do grito? Emmett viu algo no pátio, esticou seu corpo mais para fora da janela, estremecendo um pouco por conta do frio, tentava ver o que havia ali. Com um pouco mais de esforço, conseguiu ter uma visão melhor e percebeu que o que havia ali era um corpo, o corpo de um homem. Por um momento sentiu medo, seria aquele o corpo de Edward? Mas percebeu que não, aquele era o corpo do homem que arrastava Bella até o castelo.


– Eu não aguento mais, preciso ver como Edward está! – Alice disse se levantando de repente e pondo-se a correr para fora da torre.


O seu movimento foi tão inesperado e tão repentino que por um momento ninguém teve reação. Após processarem o que havia acontecido, todos se apressaram para ir atrás de Alice.


– Alice, meu amor, espere! – Jasper implorava.


A silhueta de Alice já estava razoavelmente distante deles. Movida pelo medo de perder o irmão, Alice corria o máximo que podia até os aposentos de Edward. Os outros iam atrás, temendo que algo acontecesse a ela. Emmett sabia que os invasores estavam mortos, mas será que não havia nenhum vivo escondido no castelo, esperando para fazer alguma vítima? De qualquer maneira, qualquer um ali estava disposto a se sacrificar para protegê-la, não suportariam perder mais um membro da família.


Logo Alice chegou ao quarto do irmão. O procurou em todo lugar, mas não o encontrou. Então percebeu que havia alguém na sacada e, com um pouco de esperança, Alice correu até lá, gritando assim que constatou o que estava acontecendo.


– Edward! Ah não...NÃO! – Alice gritou, indo ao chão e mergulhando em lágrimas.


Os gritos de Alice chamaram a atenção dos outros que logo chegaram ao quarto. Jasper foi ao encontro de sua esposa, a dor que via nos olhos dela o dilacerava.


– Alice, Alice meu amor o que houve? – Jasper perguntava aflito.


– EDWARD NÃO!


– EDWARD, MEU FILHO! – Rosalie e Esme gritaram e se entregaram ao desespero assim como Alice.


– Droga, droga... isso não está acontecendo. – Emmett disse transtornado, sem ação, não sabendo o que fazer.


Jasper permanecia ao lado de Alice, lágrimas silenciosas desciam por sua face. À sua frente estava o corpo inerte de Edward, pálido como nunca esteve. Sua camisa estava um pouco aberta, em seu peito havia sangue para todo lado, uma adaga e um tecido azul sujos de sangue estavam ao lado de seu corpo. Isabella estava ao seu lado, acariciava o rosto dele enquanto chorava e falava coisas desconexas.


– Você o matou! – Rosalie falou de repente, repleta de fúria. – Você foi embora e depois voltou... para mata-lo. – todos voltaram seus olhares para Isabella que olhava desamparada para Rose.


A suspeita era evidente no rosto de cada um, seria Isabella o algoz de Edward?


– Como pôde? – Esme disse, sua voz rouca e embargada pelo choro.


– Eu...eu não fiz isso...Jacob, iria me matar, Edward entrou na frente, ele me salvou...mas eu preferia estar no lugar...no lugar dele. Eu não fiz isso, como poderia? Eu...eu o amo. – Bella falou tentando controlar os soluços e entrando novamente em desespero assim que voltou o seu olhar para o corpo de seu amado.


– Bella, Bella, olha para mim. – Emmett disse segurando forte o rosto da jovem entre as mãos e a forçando a olha-lo.


A visão dela estava turva, não conseguia ver direito o rosto de Emmett, tão pouco controlar o choro. A dor era grande demais.


– Bella, preciso que me diga, Edward...Edward levou a facada em seu lugar? É isso que me disse? Ele sacrificou a vida dele para salvá-la? – Emmett perguntava para jovem que demorou um pouco para responder.


– Sim...é tudo minha culpa. – a jovem disse se afastando de Emmett e voltando a se debruçar sobre seu amado.


Emmett então se levantou e começou a rir, em alguns segundos seu riso se transformou em uma estrondosa gargalhada. Ele gargalhava tanto que seu corpo se curvava e lágrimas de alegria escorriam pelo seu rosto. Todos ficaram atônitos, confusos, furiosos. Edward estava morto, como Emmett podia gargalhar diante tamanha atrocidade e desgraça? Rosalie lhe proferiu um forte tapa, mas nem isso foi o bastante para calar Emmett.


– Emmett, como ousa? Meu irmão está morto e você está feliz? Não é o homem que imaginei. – Rosalie falou, dessa vez chorando de ódio e decepção.


– Não escutaram o que ela disse? Estão surdos? Edward...Edward se sacrificou para salvá-la! – Emmett disse começando uma nova gargalhada.


A compreensão atingiu os outros como um choque. Aos poucos as lágrimas de tristeza cessaram e as de alegria tomaram conta. Rosalie agradecia aos céus, Jasper e Emmett se abraçavam enquanto gargalhavam, Alice dava pulos de alegria, enquanto Esme ainda não compreendia nada.


– Do que riem? Meu filho está morto e tudo o que sabem fazer é agradecer aos céus! – Esme disse com mágoa e se aproximando do corpo do filho.


Ela empurrou Bella para longe e pôs-se a alisar o rosto de seu amado filho. Edward poderia não ser seu filho de sangue, mas o considerava como um e a dor da perda era imensa. Tocou o rosto com cuidado, analisando a expressão calma no rosto do rapaz, depois passou a inspecionar o ferimento.


– Oh, meu Deus! Mas...eu não entendo... – Esme disse.


Isabella se aproximou, querendo ver sobre o que Esme dizia e, como ela, ficou incrédula. O ferimento de Edward estava fechado e totalmente cicatrizado, não havia nem mesmo uma marca no lugar.


– Não pode ser. – Isabella exclamou pasma.


– Está começando! – Alice falou ao ver que o ferimento não existia mais.


Isabella olhou-a confusa, mas assim que a olhou notou algo diferente atrás de Alice. As paredes, as paredes da sacada não eram mais negras, agora eram brancas. O piso de onde estavam não era mais de pedra cinza, era do mármore mais claro. Bella se levantou assustada e notou que as gárgulas e demônios que rodeavam o castelo se transformavam em querubins e arcanjos. O sol surgia no horizonte, e Bella pôde contemplar as mudanças assim que os raios alcançaram o castelo. O castelo estava todo mudado, não era mais aquela construção maligna e agourenta. Era um castelo esplêndido, repleto de mármore branco e estatuetas santificadas e puras.


Ao longe um uivo amargurado se pôde ouvir, Bella olhou em direção da floresta, de onde o uivo vinha, e ficou ainda mais surpresa. A densa floresta não estava mais preenchida pela penumbra e pela névoa, o mau agouro havia ido embora, e Isabella sabia que com ele havia ido também os lobos. Os raios de sol penetravam na floresta e podia se ver os reflexos passando pelos galhos. Os corvos que habitavam o telhado do castelo levantaram voo, gralhando enquanto se afastavam. Logo depois se pôde ouvir o canto de rouxinóis, sabiás e pintarroxos. Um casal de melro pousou na sacada de mármore cantando à plenos pulmões uma canção de felicidade. Os olhos de Isabella se encheram de lágrimas tamanha a beleza da mudança que houve no castelo.


Isabella foi despertada de seu encantamento pelas risadas dos que estavam presentes na sacada. Olhou para ver a comoção e pôde ver Jasper secando as lágrimas de felicidade de uma Alice inquieta.


– Seus olhos, meu amor, seus olhos! – Jasper continuava dizendo.


– Eu sei Jasper, eu sei! – ela dizia alto em uma clara demonstração de felicidade.


– Emmett, eu não sou fria! – Rosalie falou e logo depois se jogou nos braços de seu marido que a rodopiou.


– É um milagre! – Emmett repetia constantemente.


– Oh, Deus, agora eu entendo. Deus! Minha lucidez! – Esme falava em meio às risadas.


Isabella estava confusa. Ela havia visto a mudança que havia acontecido, mas qual o motivo da comemoração? O corpo de seu amado ainda estava inerte no chão.


– Bella, não chore! Bella, olhe para ele! – Alice disse se aproximando de Isabella.


Ela enxugou as lágrimas de tristeza da jovem e juntas se aproximaram do corpo de Edward. Isabella notou que Alice estava diferente, seu rosto estava corado, suas mãos estavam quentes e...Deus! Seus olhos, seus olhos eram verdes! Alice apontou novamente para Edward e Isabella desviou o seu olhar. Ficou olhando para Edward e reprimiu um grito por ser forçada a encarar o corpo de seu amado.


Mas notou que algo estava diferente, o rosto de Edward não estava mais pálido, estava corado. Como poderia ser? Edward estava morto, e tudo era culpa sua. De repente foi tomada por um susto, o corpo de Edward havia inspirado profundamente e de forma ruidosa. Viu seu amado abrir os olhos e lentamente se levantar. De costas para ela ele se inspecionava, não conseguia acreditar. Havia levado uma facada mortal no coração e ainda estava vivo, sem nenhuma sequela ou cicatriz. O que havia acontecido? Sentiu os raios de sol tocar seu corpo e percebeu que não sentia nenhuma dor ou fraqueza. Olhou para as suas mãos e pôde sentir o que não sentia há trezentos anos, o calor do sangue pulsando por suas veias. Ele estava vivo! Depois de longos anos de espera, finalmente voltara a ser humano. A maldição havia acabado, mas como? Então se lembrou... Isabella, Isabella era a responsável pelo milagre.


Olhou para os lados e viu sua família, agora também humana, o olhando com sorrisos genuínos de felicidade. Mas faltava alguém, onde estava sua doce Isabella? Ouviu alguém soluçar atrás de si e se virou bruscamente, encontrando uma Bella entregue às lágrimas.


– Bella, sou eu. – Edward disse cauteloso, não querendo afugentar sua amada.


Ela se aproximou cautelosamente, ainda não acreditava no que via, seria tudo um truque de sua imaginação? Tocou o rosto do rapaz e sentiu o calor que havia ali, olhou em seus olhos e se deparou com as mais lindas esmeraldas. A cor havia mudado, mas a essência continuava a mesma. Não havia duvidas, aquele era Edward. Seu amado estava vivo, não era uma ilusão.


– É, é você! – Isabella exclamou o abraçando, feliz por tê-lo em seus braços mais uma vez.


Edward retribuiu o abraço, apertava o diminuto corpo da jovem contra o seu afim de nunca mais deixa-la ir. Lágrimas involuntárias desceram pela face do rapaz que não conseguia mais segurar, precisava daqueles lábios. Precisava do calor de Isabella. Não querendo mais delongar sua ânsia, virou o rosto da jovem e tomou seus lábios para si, como jamais ousara fazer. Isabella percebeu que aquele beijo era diferente de todos os outros, era repleto de amor, felicidade, esperança. Era o beijo perfeito.


No andar de baixo, os empregados começavam a acordar e notaram as mudanças no castelo. A maldição acabara, estava claro isso, e havia apenas a vontade de comemorar. Voltariam a envelhecer, poderiam sair do castelo, poderiam se casar, poderiam ter filhos, poderiam ter uma vida.


O milagre acontecera.



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Notas finais do capítulo

E ai, reviews? Indicações? :D Meninas vou fazer uma PROMOÇÃO, digamos assim. Vou escolher duas leitoras para ler o capítulo final antes de todo mundo. Vou escolher uma das indicações e outra dos reviews, quem caprichar mais, no review ou na indicação, vai ser escolhida, eu vou entrar em contato pedindo o email e vou mandar o capítulo, o que acham? Espero que participem :) beijos suas lindas :*