A Bella E A Fera escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 10
Adeus.


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas lindas do meu coração :D
ATENÇÃO GALERA!
Gente, vou pedir a paciência de vcs, minha mãe tá muito doente e eu que to cuidando dela. Por isso o cap demorou um pouco, mas vou fazer de tudo para postar sempre rápido pq tenho muito carinho pelos reviews e indicações de vcs, tenho que retribuir né? Por isso, mesmo custando minhas madrugadas, vai ter sempre mais de um cap por semana para vocês :D
MUUUITO OBRIGADA PELOS REVIEWS :D
CAPÍTULO DEDICADO À: Mah e BabiCullen pelas lindas indicações *--* amei meninas, obrigada pela motivação :D
indo ao que interessa... cap um pouco tenso :x
espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190830/chapter/10

p.d.v autora

– Não acho que ela vá voltar. – falou Seth soando entediado.

– Ela vai voltar sim, porque não voltaria? O pai está doente, terá que voltar. – Jacob falou irritado com o comentário inconveniente de seu empregado e amigo.

– Já faz mais de um mês. Onde acha que ela está? – Seth falou soltando logo depois um longo bocejo.

– Visitando algum parente, talvez. Talvez nem saiba que o pai está doente.

– Por que diz isso?

– Bella é muito afetuosa e apegada com o pai. Se soubesse, certamente já estaria aqui.

– Realmente gosta da moça? Ou apenas está interessado em sua beleza? – perguntou Seth curioso. Ele não entendia a obsessão de seu chefe, afinal ele era rico e tinha várias pretendentes, além de que Bella não poderia oferecer um bom dote.

– Os dois meu caro amigo. Os dois. – Jacob falou.

Sim, ele gostava da moça, gostava de sua personalidade, pureza e inocência. A esposa perfeita para ele. Mas a beleza, ah! A beleza da jovem o conquistou desde a primeira vez que se viram. Tão linda, meiga e delicada. Ela povoava seus sonhos mais íntimos e isso o atormentava dia após dia. Ele não aguentava mais esperar, teria que ter a moça, nem que para isso tivesse que usar de medidas drásticas.

Ficaria ali com Seth de tocaia em frente à casa da jovem por mais uma noite. A escuridão os escondia, o frio atrapalhava, a ansiedade estimulava. Ficariam até o amanhecer, depois disso descansariam e outros dois empregados tomariam seus lugares. Qualquer movimento na casa Jacob saberia.

Estavam cansados da rotina da vigília, e a noite apenas começava. Onde Bella estaria? Jacob se atormentava com essa questão. Estaria ela nos braços de outro homem? Não podia suportar a ideia. Não, Bella não seria capaz disso. Era muito pura para se apaixonar por qualquer homem. Só havia um homem para ela, e esse homem era ele. A única coisa que o irritava era que depois de casados ele teria que aturar o pai maluco de sua futura esposa. Mas por ela, por ela ele aguentaria tudo.

Como seriam seus filhos? Belos, com certeza. Afinal a mãe era linda, assim como o pai. Seria um legado e tanto. Jacob sorriu com esse pensamento.

– Por que sorri? – Seth perguntou curioso.

– Nada meu amigo, apenas saiba que a espera valerá a pena. – falou dando um sorriso ainda maior.

Oh, sim, a espera valeria. Quando Isabella chegasse ele falaria com ela, se ela negasse sua proposta, bem, ele sabia como resolver isso.

p.d.v. Bella

– Está tão linda. Parece uma princesa. – disse uma senhorita Alice muito sorridente olhando-me pelo espelho.

– Ora, obrigada. – eu disse sorrindo sem graça.

– Pronto. – Rosalie disse sorrindo para mim, depois de terminar de prender meu cabelo.

Eu me levantei da cadeira em frente à penteadeira e Alice me fez dar uma volta para que ela apreciasse melhor sua “obra prima”.

Eu estava com um vestido azul safira com detalhes dourados na saia, cintura e busto. As mangas eram compridas, pois a noite estava muito fria, mesmo com tantas lareiras acesas no castelo. Eu usava grandes brincos esmeraldas emprestados por Rosalie, em meu colo não havia nada, apenas um leve decote o realçava. Os saltos que eu usava eram bem altos, mas o sapato era incrivelmente confortável. Meus cabelos estavam presos pela metade por uma presilha, algumas mechas caiam em meu rosto e eu usava um pouco de cor nos lábios.

Durante o tempo em que Alice e Rosalie passaram me vestindo, descobri que Alice gostava muito de fazer isso. Ela gostava de arrumar as outras pessoas, preparar festas, organizar jantares, por mais pequenos que fossem. Ela parecia feliz, o que era muito bom, já que eu não gostava de seu típico olhar triste e vazio.

– Está perfeita! Edward vai adorar! Sabia que ele adora quando veste azul? – Alice falou muito animada.

– Oh, mesmo? – falei sem jeito.

– Melhor descer, o jantar deve estar pronto e Edward deve já estar esperando. – Rosalie falando dando-me um sorriso gentil.

– Não vão mesmo jantar conosco? – perguntei.

– Não, esse jantar é para vocês dois. – Rosalie falou.

– Mas o aniversário é de Edward. Todos deveriam estar presentes. – eu disse vendo Alice e Rosalie irem em direção à porta.

– Acredite, Edward prefere assim. – Alice falou dando um singelo sorriso. – Vamos?

– Sim.

Caminhamos em silêncio durante todo o trajeto. De vez enquando elas trocavam olhares e sorriam. Elas estavam estranhamente felizes esta noite. Será que era por causa do aniversário? Ainda sim, o comportamento delas era muito estranho. Paramos em frente a um dos salões de festa, eu podia ouvir o som dos violinos tocando lá dentro.  Olhei para os lados e não encontrei Alice e nem Rosalie. Estava sozinha em frente à grande porta de madeira.

Abri a porta e me deparei com um grande salão todo iluminado com uma grande mesa de madeira farta no centro. Havia um grande candelabro de cristal no teto, várias lareiras com detalhes dourados, pinturas macabras por todos os lados e alguns eram retratos da família em sua forma humana, o piso era de um vinho lustroso e ao fundo havia uma sacada envolta por pesadas cortinas azuis. Podia se ver a neve caindo lá fora e um pouco do vento frio entrava, mas a sensação de frio era insignificante por causa das inúmeras lareiras. Havia também um pequeno palco reservado para músicos em grandes bailes, e ali realmente havia alguns músicos tocando uma das magníficas melodias de Johann Bach.

Meus olhos finalmente se fixaram em Edward parado ao lado de uma das lareiras. Ele estava magnífico, mais do que ultimamente. Como era possível? Em seus trajes tipicamente negros havia pequenos detalhes dourados em sua gola e mangas. Era um traje fino, digno de um príncipe. Ele olhava distraído para as chamas trêmulas, parecia bastante pensativo, a ponto de não notar minha presença.

Me aproximei cautelosamente dele, e ele ainda não havia notado minha presença. Toquei seu ombro levemente e ele se virou para mim um pouco sobressaltado. Seus olhos me percorreram e vi suas pupilas dilatarem. Meu rosto corou com sua inspeção e ele sorriu quando viu meu rubor.

– Está linda. – ele disse com sua voz suave e aveludada.

– Obrigada. – eu disse abaixando meu olhar. – Feliz Aniversário. Desculpe não ter cumprimentado mais cedo, eu não sabia que era seu aniversário. – eu disse sem graça.

– Não se preocupe com isso, no entanto eu agradeço o cumprimento. – ele falou sorrindo. – Venha, vamos jantar. – ele disse estendendo seu braço para eu pegar.

– Você quer dizer que eu vou jantar. – eu disse rindo e o acompanhando até a mesa. – Acho um exagero esse tanto de comida. Não dou conta disso tudo. – falei divertida enquanto me sentava na cadeira que ele havia puxado. – Obrigada. – agradeci e o observei ir em direção ao seu assento.

– Coma o quanto quiser, não se preocupe com isso. Se pudesse, eu a acompanharia. – ele disse sorrindo sem humor.

– Seria ótimo, mas a sua companhia já me contenta. – eu disse corando. Não acredito que disse isso.

– Minha companhia a agrada? – ele falou me olhando curioso e começou a me servir, já que eu ainda não havia me movido.

– Bem, não é das melhores, mas dá para se apreciar. – eu disse com um pouco de humor e ele riu.

– É bom saber. – ele riu mais ainda e depositou o prato cheio à minha frente.

– Tudo parece delicioso. – eu disse sentindo minha boca se encher d’água.

– Realmente. – ele falou um pouco triste.

– Sente falta disso? – perguntei um pouco triste por ele.

– O quê? De ser humano? – ele perguntou me olhando.

– Bem, eu ia perguntar sobre se alimentar de comida, mas já que você falou, acho que posso abranger a pergunta agora. – falei um pouco sem jeito.

– Bem, faz tanto tempo que eu quase não me lembro mais. – ele disse suspirando fundo. – Não lembro mais qual é o gosto da comida, como é matar a sede com água ou como é aquecer o corpo ao sol. Ainda sim eu sinto falta, lembro que gostava do sabor do vinho e de comer bastante no jantar. Queria saber como é ter essas sensações novamente. – ele disse dando um sorriso triste.

Um pouco receosa, eu estendi minha mão e toquei a mão dele fazendo um carinho tímido.

– Não se preocupe, tenho certeza que você vai conseguir quebrar a maldição. E aí você poderá voltar a comer o quanto quiser e cavalgar ao sol, como disse várias vezes que fazia. – ele sorriu para mim e retribuiu o carinho.

– Espero que sim, não quero ser...isso... – ele disse apontando para si mesmo. – para o resto da eternidade. Não aguentaria viver mais alguns anos assim, prefiro a morte. – ele disse sério.

– Nunca mais diga isso. Tirar a própria vida é um ato muito covarde e egoísta. – eu disse o repreendendo e retirando minha mão.

– É, realmente. – ele falou simplesmente.

– Vocês contrataram músicos para esse jantar? Como os trouxeram aqui? – disse olhando para os músicos.

– Não, eles são os músicos do castelo. Ficaram felizes quando Alice pediu para que tocassem para nós. Há anos não têm uma “plateia”. – ele disse sorrindo.

– Imagino que mesmo sendo uma plateia tão pequena, ainda sim deve ser maravilhoso ter para quem tocar.

– Um músico quase sempre toca para si mesmo, mas realmente é maravilhoso quando se tem alguém para apreciar sua música. – eu concordei e comecei o meu jantar.

Durante todo o jantar conversamos amenidades. Perguntei sobre Esme e Edward me disse que a febre voltara. Estava mais forte desta vez e ele não entendia por que. A companhia de Edward realmente era agradável e a cada sorriso que ele dava meu coração disparava feliz. Ele me provocava sensações novas e estranhas a mim. Às vezes me sentia tão confusa.

– Quando anos está fazendo hoje? – perguntei curiosamente.

– 322, eu acho. – ele falou e riu. – Às vezes me atrapalho com a quantidade de anos que já se passaram.

– Nossa, você está bem para alguém tão velho. – falei brincando e ele gargalhou um pouco.

– Eu uso um ótimo creme para a pele. – ele falou divertido.

– Em questão de aparência, quantos anos você teria?

– Vinte um, tecnicamente estaria fazendo vinte e dois hoje. – ele suspirou e depois olhou para meu prato. – Está satisfeita? – eu assenti. – Ótimo, que tal dançarmos um pouco?

– Dançar? – eu disse um pouco nervosa. – Eu não sei dançar, apenas sei danças folclóricas pois não precisam de nenhuma técnica. – falei envergonhada.

– Ora, Bella, eu te ensino.

– Não acho uma boa ideia. – falei receosa.

– Bella, é meu aniversário. – ele falou me olhando como se fosse uma criança pedindo doce.

– Tudo bem, senhor chantagista. – falei pegando sua mão e o acompanhando para a parte livre do salão.

– Assim você me insulta senhorita. – ele falou rindo e colocando seus braços à minha volta. – Pronta?

– Não. – falei nervosa e ele riu mais ainda.

Adorava vê-lo rindo, e sentia meu orgulho se inflar por saber que seus sorrisos eram por minha causa. Edward era outro, se tornou um rapaz alegre e gentil, mas é claro que ele não havia abandonado sua antiga personalidade por completo, a prova disso é o modo como havia tratado Alice esta manhã.

Edward ignorou meu receio e iniciou uma valsa, guiando meus passos. Ele ia bem devagar, ao ritmo da música. Provavelmente não queria que eu me atrapalhasse. Apesar de ter um pouco de dificuldade consegui acompanha-lo. Riamos e Edward se divertia me rodopiando. Até que a música ficou mais lenta e passamos a dançar mais próximos. Era ótimo estar nos braços de Edward, e quando vi eu estava com a cabeça apoiada em seu ombro.

– Bella, você está feliz aqui comigo? – a pergunta me pegou de surpresa, e eu levantei minha cabeça para olhá-lo.

Ele estava sério, e me olhava profundamente nos olhos. Refleti sobre sua pergunta e respondi.

– Estou. – eu disse sincera. Eu realmente estava feliz, mas não completamente feliz.

– O que foi? – Edward perguntou notando meu semblante mudar de feliz para preocupada.

– Se pudesse ver meu pai novamente, só por um momento. Eu sinto tanta falta. – eu disse suspirando.

Edward segurou meu rosto entre suas mãos e me olhou de uma forma estranha, diferente. Emanava algo forte de seus olhos e senti um arrepio passar por meu corpo. No entanto, não consegui identificar o que era, apenas sabia que gostava.

– Há um meio. – ele falou e eu o olhei confusa.

Ele pegou a minha mão e me puxou para fora do salão.

– Edward, aonde vamos? – perguntei mas ele não respondeu, deixei então que me guiasse e me mostrasse o que ele queria.

Fomos em direção à ala oeste, e quando chegamos em seu quarto senti meu rosto arder com a vergonha. A cena de hoje de manhã ainda povoava meus pensamentos. Edward procurava algo em um armário e me olhou de relance, notou meu rubor e suspirou.

– Sinto muito por hoje de manhã. Foi errado, não deveria ter feito aquilo. – ele disse parecendo envergonhado.

– Não, não foi errado. – eu disse em um fio de voz.

– Não? – ele me olhou confuso.

– Eu queria. Não senti que era errado. – falei sem olhá-lo.

Um silêncio pairou durante alguns minutos até que ele voltou a procurar algo no armário e dizer por fim.

– Minha proposta ainda está de pé. – eu sabia do que ele falava. Ele falava do pedido de casamento. – Aqui está. – ele disse se aproximando segurando um espelho de mão oval e cheio de adornos dourados com prata. – Lembra que eu disse que Tanya havia mandado uma carta e junto com ela havia vindo um espelho? – eu assenti e ele continuou. – Esse espelho é enfeitiçado, tem o poder de mostrar quem você deseja. Basta falar e ele mostrará. Ela mandou para que fosse nossa porta para o mundo exterior. – ele falou me entregando o espelho.

Eu olhei curiosamente para o espelho. Parecia ser um espelho normal, eu podia ver meu reflexo como qualquer outro.

– Eu quero ver meu pai, agora. – eu falei e uma luz azul forte emanou do espelho, fazendo com que eu protegesse meus com uma das mãos.

E então eu ouvi um barulho. Alguém tossindo muito, como se estivesse ali no quarto. Procurei para ver quem era e vi que o som vinha do espelho. Nele havia a imagem de meu pai, deitado em sua cama enquanto tossia muito. A senhora Leah estava com ele, colocando uma toalha húmida em sua testa.

Charlie, precisamos chamar um médico. – a senhora Leah dizia preocupada.

Não, não temos dinheiro minha amiga. – meu pai dizia rouco iniciando outra crise.

Mas Charlie, você pode morrer assim.

Não vou morrer Leah, tenho que viver. Tenho que resgatar minha filha. – ele dizia tossindo novamente, dessa vez cuspindo um pouco de sangue.

Oh, Deus, está piorando! – Leah disse assustada.

– Papai, oh meu Deus! Está doente, e pode morrer! – eu disse alarmada.

Edward estava de costas, voltado para a sacada. Ele olhava para a noite escura e fria, e parecia ainda assim não ver nada.

– Então, você deve ir. – ele falou soando distante.

– O que disse? – falei incrédula.

– Seu pai precisa de você. Eu a liberto, já não é mais minha prisioneira. – ele falou me olhando e vi tristeza em seus olhos.

– Quer dizer, que estou livre? – falei um pouco em choque.

– Está. – ele falou simplesmente. – Pedirei para Emmett leva-la. – ele falou e foi até uma escrivaninha, retirando de lá uma pequena bolsinha de veludo. – Para o médico de seu pai. – ele disse me entregando a bolsinha.

– Obrigada. – eu disse ainda não acreditando no que estava acontecendo. – Edward, eu...

– Não precisa dizer nada Bella. Espero que seu pai fique bem. Leve o espelho com você, será um modo de olhar para trás e poder se lembrar de mim. – ele falou com uma expressão arrasada e amargurada, saindo logo em seguida do quarto.

– Espere, Edward, espere. – eu chamei indo atrás dele.

Mas eu não o achei em lugar algum, dei várias voltas no castelo chamando por ele mas ninguém me respondia.

– Bella. – escutei uma voz grave atrás de mim e me deparei com Emmett. Ele parecia triste, sem esperança.

– Emmett, onde está Edward?

– Ele me pediu para leva-la. Vamos, uma nevasca está se aproximando. Temos que ir antes que chegue.

– Mas Emmett, quero me despedir, preciso falar com Edward... há tanto para se dizer. – falei quase chorando. Meu coração doía por causa da iminente separação.

– Sinto muito Bella, mas temos que ir. – ele falou arrasado e entendi que eu não tinha escolha.

De repente me senti em uma encruzilhada, dividida em dois caminhos. Eu não queria partir, eu não queria deixar Edward, eu havia me afeiçoado tanto a ele e não queria perder o meu único amigo. Amigo? Essa palavra soava tão errada. Eu não queria deixa-lo, eu queria estar sempre ao seu lado e aceitar sua proposta. Mas por outro lado, meu pai precisava de mim. Precisava que eu cuidasse dele e precisava de um médico. Eu não podia abandoná-lo justo quando necessitava de mim, ele sempre esteve ao meu lado quando precisei. Eu precisava ir, e sentia meu coração ser dilacerado.

Segui Emmett em silêncio, as lágrimas descendo incessante por meu rosto. Logo eu estava na carruagem à caminho de casa. Casa... seria o castelo minha casa também? Havia sido por um mês. Eu voltaria ver Edward outra vez? Esse pergunta me martirizava. Lá fora a neve voltava a cair, e eu sentia que mais frio do que a estação estava meu coração. Edward. Tudo o que eu pensava era em Edward. Segurava o espelho que ele me dera junto ao peito me segurando para não pedir para ver sua imagem nele. Temia vê-lo e pedir para voltar. Eu faria isso, mesmo sabendo que isso significaria a morte de meu pai? Deus! Eu estava tão confusa.

Autora p.d.v

Edward estava na biblioteca, olhando para os flocos de neve caindo da sacada. Aquela biblioteca lhe proporcionava tantas memórias boas. Bella, sua doce e amada Bella se fora. Seu coração estava morto, assim como sua esperança.

– Edward, o que você fez? – Alice disse se aproximando do irmão enquanto secava algumas lágrimas que teimavam em cair.

– Tive que deixa-la ir. – ele disse com uma voz trêmula.

– Mas por quê? – Alice pedia suplicante. Não entendia como Edward deixara a ultima esperança deles ir embora. Estavam todos perdidos.

– Por que eu a amo. – Edward falou por fim deixando que as lágrimas de sangue manchassem sua face.

Alice ficou assustada por um momento, há séculos Edward não chorava. Viu o desespero do irmão e sentiu seu próprio desespero aumentar. Sim, estavam perdidos. Condenados àquela existência para sempre. Ainda sim Alice sentiu um pouco de contentamento, nunca imaginou que Edward voltasse a amar novamente, muito menos verdadeiramente. Por que o destino nos faz sofrer? Alice não sabia a resposta.

Edward se perguntava se um dia veria o rosto de sua amada outra vez. Ele queria esperar que sim, mas o pessimismo o controlava. Por que ela voltaria? Poderia ter uma vida normal, se casar com um homem bom e humano, ela tinha o mundo à sua disposição sem nada para atrapalhá-la ou impedi-la. Por que voltaria? Ali ficaria presa, escrava de um só lugar e sendo amada por um monstro que nada podia lhe oferecer. Bella estava perdida para ele.

­– AAAAH! – Edward rugiu alto para a noite, desejando que o grito aplacasse sua dor.

Mas de nada adiantou, a dor continuava ali, intensa. Ele não queria viver em um mundo onde não poderia ter Bella. Viver não tinha mais sentido. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, reviews? Indicações? Vaaai, eu sempre retribuo :D